terça-feira, janeiro 20, 2015

Aécio promete mobilizar oposição no Congresso para derrubar ajuste fiscal



Aécio Neves
Segundo o senador, a petista "trai os compromissos assumidos com a população durante a campanha eleitoral"
DIVULGAÇÃO
O presidente nacional do PSDB, senadorAécio Neves (MG), voltou a criticar apresidente Dilma Rousseff pelas medidas econômicas que o governo anunciou nesta terça (20). Segundo ele, a petista "trai os compromissos assumidos com a população durante a campanha eleitoral" ao vetar a correção de 6,5% da tabela do imposto de renda.
O tucano promete ainda que vai "mobilizar" a oposição para barrar no Congresso as medidas anunciadas por Dilma.
"Hoje, a presidente vetou o reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) que havia sido aprovada no Congresso Nacional com o objetivo de garantir a correção da tabela pela inflação. Na prática, isso significa que o governo está aumentando o imposto de renda a ser pago pelos brasileiros", afirma Aécio.
A crítica foi divulgada pelo partido em nota. No texto, o tucano diz que o brasileiro "tem sido a grande vítima da incompetência e das contradições do governo do PT". Nesta segunda-feira (19) ele havia usado o mesmo método para criticar o aumento de impostos e do preço da gasolina.
"O pacote de medidas anunciado pelo governo aumentará o preço de combustível, cosméticos, produtos importados e operação de créditos. Trata-se de mais um exemplo do estelionato praticado na campanha eleitoral para reeleger a presidente. Os discursos e programas de TV do PT abusaram do terrorismo político, afirmando que a oposição promoveria arrocho, aumento de impostos e redução dos benefícios sociais. Não era verdade. O PT está fazendo o que falsamente disse que a oposição faria."
Para Aécio, "é inaceitável que medidas dessa magnitude, que afetarão a vida de milhões de famílias, sejam tomadas sem nenhum debate com a sociedade". "A oposição vai se mobilizar no Congresso Nacional para impedir que medidas que penalizam parcelas expressivas da população, em especial o trabalhador brasileiro, sejam implantadas."

segunda-feira, janeiro 19, 2015

Governo sobe IOF sobre crédito, tributos na importação e combustíveis


Alexandro MartelloDo G1, em Brasília
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia aumento de tributos nesta segunda-feira (19) (Foto: Agência Brasil)O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia aumento de tributos nesta segunda-feira (19) (Foto: Agência Brasil)
medidas econômicas iof gasolina  (Foto: Editoria de Arte/G1)
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou nesta segunda-feira (19) aumento de tributos sobre combustíveis, sobre produtos importados e, também, sobre operações de crédito. A expectativa da equipe econômica é arrecadar R$ 20,6 bilhões neste ano com as alterações.
Essas medidas tendem a tornar o crédito ao consumidor mais caro e, caso a Petrobras não reduza o preço que cobra das distribuidoras, a gasolina e o diesel vão subir.
Segundo Levy, as medidas fazem parte do esforço do governo para ajustar as contas públicas "com o menor sacrifício possível". "As medidas têm por objetivo aumentar a confiança da economia, a disposição das pessoas e dos investidores em tomarem risco, e dos empresários em começarem a tentar novas coisas", explicou o ministro, acrescentando que elas tendem a baixar a curva de juros de longo prazo.
Desde que foi anunciada a nova equipe econômica, no fim de novembro, o governo vem anunciando medidas para ajustar as contas públicas, que tiveram forte deterioração em 2014 – ano em que a arrecadação registrou comportamento fraco, devido às desonerações e ao baixo ritmo de crescimento da economia, e no qual os gastos públicos continuaram a avançar.
Veja as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda:

crédito (Foto: G1)
Levy anunciou que haverá alta no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre as operações de crédito para o consumidor. A alíquota passará de 1,5% para 3% ao ano (o equivalente à alta de 0,0041% para 0,0082% por dia). Esse valor será cobrado além dos 0,38% que incidem na abertura das operações de crédito. Com essa medida, o governo espera arrecadar R$ 7,38 bilhões neste ano.

Combustíveis (Foto: G1)
De acordo com o ministro da Fazenda, estão sendo elevados o PIS, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis.
Segundo ele, o impacto será de R$ 0,22 para a gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. O PIS e a Cofins terão alta imediata, mas o aumento da Cide só terá validade daqui a 90 dias. A expectativa do governo é arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.
"Daqui a três meses [quando começar a valer o aumento da Cide], temos intenção de reduzir o PIS e a Cofins", declarou ele. Questionado sobre qual será o impacto no preço dos produtos para o consumidor, o ministro informou que "isso vai depender da evolução do mercado e da politica de preços da Petrobras".

Importações (Foto: G1)
Nas importações, o ministro informou que está elevando o PIS e a Cofins. As alíquotas avançarão de 9,25% para 11,75%. O objetivo, segundo Levy, é compensar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que excluiu o ICMS das importações. "A gente ajusta a alíquota para que não se prejudique a produção doméstica. Correção da própria economia", declarou. A expectativa é arrecadar R$ 694 milhões neste ano.

Cosméticos (Foto: G1)
Um decreto presidencial vai equiparar o setor atacadista e o industrial no Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cosméticos. A medida, informou Levy, não implica em aumento da alíquota e apenas "equaliza" a tributação ao longo da cadeia de produção e distribuição desse setor. Mesmo assim, o governo espera arrecadar R$ 381 milhões com a medida neste ano e R$ 653 milhões em 2016.

Meta para 2015
Para este ano, o governo estabeleceu uma meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor público – que inclui também os estados, municípios e empresas estatais.
Desse montante, R$ 55,3 bilhões correspondem à meta para o governo e R$ 11 bilhões são uma estimativa para estados e municípios.
De janeiro a novembro do ano passado (último dado disponível), as contas do setor público registraram um déficit primário – receitas ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida – de R$ 19,64 bilhões, segundo números divulgados pelo BC.
Foi a primeira vez, desde o início da série histórica do BC (em 2002 para anos fechados), que as contas do setor público registraram um déficit nos 11 primeiros meses de um ano. É o primeiro déficit e o pior resultado para este período. Até o momento, o pior resultado havia sido registrado em 2002 (superávit de R$ 53,73 bilhões).
Medidas anunciadas anteriormente
Nos últimos meses, a nova equipe econômica já tinha anunciado medidas. São elas: mudanças nos benefícios sociais, como seguro-desemprego, auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte, que ainda têm de passar pelo crivo do Congresso Nacional. Além disso, também subiram os juros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor produtivo, como forma de diminuir o pagamento de subsídios pelo governo.
Outra medida foi a alta do IPI para automóveis no início deste ano. O Ministério do Planejamento, por sua vez, anunciou a redução dos limites temporários de empenho para gastos no orçamento de 2015. Na semana passada, o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, confirmou que não haverá mais repasses do governo ao setor elétrico, antes estimados em R$ 9 bilhões para este ano, o que deverá elevar ainda mais a conta de luz.

quarta-feira, janeiro 14, 2015

Caiado endossa fala de advogado e diz que Graça deveria estar presa também

O líder da oposição no Congresso, deputado federal e senador eleito Ronaldo Caiado (DEM-GO), concordou com a afirmação do advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, de que, se o ex-diretor Internacional da Petrobras está preso, a presidente da estatal, Graça Foster, também deveria ser detida.
"A tese levantada pelo advogado dele sem dúvida nenhuma procede. Não pode haver dois pesos e duas medidas", comentou Caiado. Para o líder, é preciso acompanhar com atenção se diretores da Petrobras estão transferindo bens para não terem de ressarcir futuramente os cofres públicos.
Cerveró foi preso na madrugada desta quarta-feira, 14, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, vindo de Londres. O advogado chamou a decisão judicial de "arbitrária" e disse que se Cerveró foi preso pela transferência de três imóveis a familiares, Graça Foster também deveria ser detida. "Se é crime para Nestor, é para Graça. Se o Ministério Público Federal pediu prisão para o Nestor por esse fato, deveria pedir para a Graça", declarou.
A oposição articula a criação de uma nova Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para dar continuidade às investigações iniciadas no ano passado e que não conseguiram ir além das apurações conduzidas pela Justiça Federal.
Os líderes de oposição vão se reunir na última semana de janeiro para organizar a coleta de assinaturas e protocolar nos primeiros dias do ano legislativo o pedido de instalação da comissão. "Nem discuto uma nova CPI, isso é fato consumado", disse Caiado.
Fonte: Estadao Conteudo

segunda-feira, janeiro 12, 2015

A marcha dos 4 milhões na França envergonha o Brasil


Manifestação nas ruas de Paris neste domingo (Foto: AP)Manifestação nas ruas de Paris neste domingo (Foto: AP)










Marcha dos 4 milhões, em Paris, envergonha a América Latina em geral e o Brasil em particular. Prova que, tecnicamente, abandonamos a cidadania há muito.

Magro e grave, outro dia um comerciante dos Jardins comentava: “Em São Paulo se mata apenas para ouvir o barulho do tombo. Mas deixa pra lá, sempre foi assim”. No Brasil os roubos e matanças já se incorporarem ao nosso biótipo: saem pela urina, e sem pedrinhas machucantes.

Há finais de semana que se matam 50 pessoas em São Paulo. Homicídios mataram 56 mil brasileiros em 2013. Qual o hino oficial da Irlanda? É praticamente a balada Sunday Bloody Sunday, do U2. Sabe quantos morreram no Domingo Sangrento em janeiro de 1972? Quatorze ativistas. Quantos morreram no nosso Carandiru? 111.  Os números brutais de matanças no Brasil não mais nos emocionam.

O brasileiro incorporou à sua sub-rotina se acostumar com mortes a quilo e roubos a tonelada. Uma vez em Israel um ministro caiu por desviar seis mil dólares. Todos seguem firmes com o Petrolão e Dilma vai muito bem obrigado.

No livro Os Sertões, de Euclydes da Cunha, o brasileiro é descrito como o Hércules-Quasímodo: “falta-lhe a aparência impecável, o desempenho, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto. Hércules-Quasímodo, reflete no aspecto a fealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante e sinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a postura normalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter de humildade deprimente”.

Somos Hércules porque ainda sobrevivemos nessa pré-coerência estilizada que é a cidadania brasileira.
Família e amigos choram a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva, morto em Abril de 2014, no RJ.Família e amigos choram a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva, morto em Abril de 2014, no …
Os 4 milhões de pessoas nas ruas não protestaram apenas contra as mortes. Protestaram contra o estado de coisas que o terror traz.
Sabem o que é o terror? É o medo sem objeto. Por isso a Bruxa de Blair fez tanto sucesso: não eram tubarões ou Jasons ou Chucks no ataque: eram ventos, galhinhos. Era o Nada. Por isso Heidegger e Sartre falavam que questão mais fundamental da filosofia do século 20 era o Nada.
A França não quer viver no estado do Nada. Nesse sábado os policiais franceses foram orientados a retirarem das  redes sociais as suas foros porque “o ataque terrorista pode vir de qualquer canto”. Ninguém suporta o terror sem objeto.
Isso serve para os dois lados. Depois do ataque às torres gêmeas, o ex-presidente George W. Bush mostrava as fotos dos 19 terroristas. Depois, proibiu a divulgação: saía de cena o “terrorista” e entrava o “terrorismo” –o que justificava combatê-lo no país que interessasse a Bush. Foi assim que se forjou a invasão do Iraque.
 O cineasta Alfred Hitchcock admitia que “não existe terror no estrondo, apenas na antecipação dele”. O ex-presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, gostava de dizer que “as pessoas reagem ao medo, não ao amor”. E Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, orgulhava-se de ter detectado que “falamos sempre não para dizer algo, mas para obter algum efeito”.
 O terrorismo vive de efeitos. Quer se fazer presente mesmo onde jamais vai estar.
A França não protesta apenas contra as mortes: mas contra um estado de coisas no ar.
Mas o brasileiro jamais vai conhecer esse tipo de sensibilidade: Hércules-Quasímodo não tem tempo para essas coisas, afinal…

sexta-feira, janeiro 09, 2015

Polícia mata irmãos que realizaram atentado em Paris, diz imprensa

Internacional

Polícia mata irmãos que realizaram atentado em Paris, diz imprensa

Sequestrador que fazia reféns em mercado de Paris também teria sido morto

Jornal do Brasil
A imprensa francesa anunciou na tarde desta sexta-feira que a polícia invadiu a fábrica onde estavam os dois suspeitos do atentado contra o jornal "Charlie Hebdo", os irmãos Said e Cherif Kouachi. Eles teriam morrido durante a invasão, na cidade de Dammartin-en-Goele. Antes, foram ouvidas fortes explosões e disparos de armas. Helicópteros pousaram no teto do edifício. As primeiras informações indicam que o refém que estava em poder dos terroristas foi libertado. A fábrica fica nas proximidades do aeroporto Charles de Gaulle, o mais importante do país.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, confirmou a morte dos dois irmãos suspeitos do atentado terrorista contra a revista Charlie Hebdo. 
Momento em que a polícia invade o mercado para matar sequestrador
Momento em que a polícia invade o mercado para matar sequestrador
Crianças das escolas próximas foram bloqueadas dentro dos colégios e a polícia pede que seus pais não saiam de casa para buscá-las, a fim de evitar novos acidentes.
Em outra ação quase simultânea, a polícia também matou um sequestrador que tinha feito reféns em um mercado de Paris. Segundo a imprensa, a polícia teria confirmado que quatro reféns também morreram. Três policiais ficaram feridos. 
Emissoras de TV locais afirmaram mais cedo que Hayat Boumeddiene e Amedy Coulibaly mantinham cinco reféns no supermercado Hyper Cacher, entre eles, mulheres e crianças. A suspeita Hayat Boumeddiene, namorada do atirador, está desaparecida.
Segundo a imprensa francesa, Coulibaly conhecia um dos suspeitos do atentado contra a revista Charlie Hebdo. Ele foi visto com o suspeito do ataque contra a revista satírica Cherif Kouachi em 2010 durante a investigação sobre a tentativa de fuga de uma prisão na França. Ele foi condenado por seu papel e é bem conhecido da polícia antiterrorista.
Os irmãos Said e Cherif Kouachi foram mortos pela polícia francesa
Os irmãos Said e Cherif Kouachi foram mortos pela polícia francesa
Histórico    
Hayat Boumeddiene e Amedy Coulibaly faziam reféns em um mercado. Amedy também foi morto
Hayat Boumeddiene e Amedy Coulibaly faziam reféns em um mercado. Amedy também foi morto
Dois homens encapuzados entraram na redação do jornal satírico "Charie Hebdo" na última quarta-feira, dia 7, abrindo fogo contra a equipe. Doze pessoas foram mortas, entre elas alguns dos mais famosos cartunistas do país; oito pessoas ficaram feridas, sendo que quatro seguem em estado grave no hospital.    
Há três dias, a Polícia francesa perseguia os foragidos. Cerca de 88 mil homens foram mobilizados para capturar os suspeitos, informou o Ministério do Interior.    
O mais jovem dos três envolvidos no atentado se entregou à Polícia na madrugada desta quinta-feira, após uma operação na região de Reims. Hamyd Mourad tem 18 anos e os investigadores suspeitam que ele dirigiu os carros usados na fuga. 

Dilma Rousseff está entre os piores líderes dos países emergentes

A análise chama atenção ainda para o escândalo da Petrobras

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Apesar de a situação macroeconômica brasileira não ser nada animadora, as perspectivas de mudança em 2015 não trazem nenhum alívio, segundo aponta um estudo da consultoria britânica Trusted Sources, especializada em mercados emergentes.
Em um ranking sobre o ímpeto reformista de sete líderes de países emergentes, a presidente Dilma Rousseff aparece em quinto lugar, melhor apenas que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
A consultoria atribuiu nota para os chefes de governo, variando de +2 a -2, e vai atualizar essas avaliações a cada dois meses. Nessa primeira etapa, Dilma obteve nota -1,5.
“A presidente reeleita precisa se comprometer com uma reformulação das políticas econômicas, em meio a crescentes problemas econômicos e um grande escândalo de corrupção”, diz a Trusted Sources, se referindo às denúncias envolvendo a Petrobras.
O capítulo sobre o Brasil, intitulado “A verdadeira Dilma poderia por favor se levantar?”, afirma que as políticas econômicas heterodoxas da presidente, juntamente com condições externas adversas, levaram o País para a recessão.
A mensagem da candidata durante a campanha presidencial foi clara: as políticas ortodoxas da oposição resultariam em aumento do desemprego e colocariam em risco as conquistas sociais dos governos do PT.
“Porém, pouco após a eleição, ela começou a indicar que poderia abandonar seu modelo ‘Dilmanomics’ e adotar um caminho mais ortodoxo”, afirma o texto, assinado pela pesquisadora Elizabeth Johnson.
A analista aponta que Dilma indicou o “ultraortodoxo” Joaquim Levy para comandar o Ministério da Fazenda, o que agradou os investidores, embora nem todos estejam convencidos de que ela dará autonomia para o subordinado.
O relatório comenta que o pito passado por Dilma no novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre mudanças na fórmula de reajuste do salário mínimo, mostra que ela parece não ter mudado a postura do primeiro mandato.
“O incidente confirma que a inclinação da presidente para controlar de perto seus ministros não desapareceu. Também ressalta a difícil batalha para impor medidas de austeridade ao governo, sendo que a maioria delas precisa ser aprovada não só por Dilma, mas também por um Congresso fragmentado”, afirma o texto.
A análise chama atenção ainda para o escândalo da Petrobras, que pode afetar a popularidade de presidente, que por vários anos comandou o conselho de administração da companhia.
“Dilma precisará transformar-se em uma hábil política, algo para o que ela mostrou pouco interesse ou capacidade nos últimos anos. Se não conseguir fazer isso, se tornará testemunha da destruição da Petrobras e estagnação da economia”, afirma Elizabeth.
Ranking
O país mais promissor no ranking de ímpeto reformista da Trusted Sources é a Índia, comandada por Narendra Modi, com uma nota +1,5. Em seguida aparece a Indonésia, do presidente Joko Widodo (também nota +1,5), seguida pela China, de Xi Jinping (+1).
O México é o quarto do ranking, com o presidente Enrique Peña Nieto recebendo uma nota +1.
“Os líderes desses quatro países sobre os quais nós temos uma avaliação positiva precisam entregar resultados em 2015 em meio a condições econômicas desafiadoras. Nós analisamos o impacto pessoal e políticas de cada um deles, sob a luz do contexto político e social, além de considerar as forças aparentemente inexoráveis da lógica econômica”, diz o relatório.
“Aqueles que reconhecem a necessidade de mudanças estruturais e estão preparados para investir seu capital para superar os obstáculos políticos e sociais representam a melhor chance de uma retomada nos prospectos de uma expansão sustentável para as economias emergentes”, acrescenta.

quarta-feira, janeiro 07, 2015

PSDB acerta com TSE regras para auditoria nos resultados da eleição


O PSDB acertou nessa terça-feira, 6, com o Tribunal Superior Eleitoral os últimos detalhes para a liberação dos dados das urnas da última eleição presidencial. Os dados estarão à disposição do partido nas próximas horas e a equipe de trabalho já montada para fazer a auditoria da votação eletrônica deve começar a trabalhar na próxima semana, mais de dois meses depois de o TSE julgar o pedido feito pelo partido. As informações foram confirmadas pelo advogado da legenda e coordenador dos trabalhos, Flávio Henrique Costa. A expectativa é de que um relatório final seja divulgado em 60 dias.
Até o acordo costurado nesta semana, pessoas ligadas à equipe que vai fazer a auditoria se mostravam incomodadas com a demora na liberação dos dados pelo TSE. Segundo o advogado do PSDB, detalhes técnicos impediram que o repasse fosse feito antes.
O partido concordou com duas exigências feitas pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli: manter confidencialidade dos dados até a conclusão do processo e apresentar um plano de trabalho que inclui um relatório final fundamentado. "Nosso trabalho é, a partir dos dados do TSE, fazer verificação da operacionalização dos dados do sistema, do processo de totalização dos votos e das transmissões dos resultados pelos diversos órgãos da Justiça Eleitoral", disse Costa.
Coordenador jurídico da campanha de Aécio e autor do pedido de auditoria, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) diz que a revisão dos dados trará segurança para o processo eleitoral. Segundo Sampaio, há desconfiança sobre o pleito e só a auditoria poderá saná-las.
A equipe responsável pela auditoria está praticamente fechada, mas o coordenador dos trabalhos evita citar todos os integrantes porque os contratos ainda não estão assinados e os funcionários também terão de se comprometer com as exigências da Justiça Eleitoral. Mas já certo é que o escritório Opice Blum, que trabalha com o PSDB, fará parte do grupo.
Em audiência no início de novembro, o TSE rejeitou o pedido do PSDB de que fosse feita uma auditoria oficial nos dados, mas autorizou a liberação de documentos para que o partido fizesse sua própria revisão.

França procura atiradores que mataram 12 em atentado a revista


Jornal do Brasil

Homens encapuzados e vestidos de preto entraram na redação munidos com fuzis kalashnikov e gritavam "Allah u Akbar" (Alá é Grande). Os atiradores fugiram do local após trocarem tiros com policiais e, segundo o site Le Parisien, as autoridades encontraram o carro dos terroristas abandonado nos arredores de Paris.

Entre os mortos no atentado estão o diretor de redação da revista, Stéphane Charbonnier, o Charb; Jean Cabut, o Cabu; Georges Wolinski e Bernard Verlhac, o Tignous
Entre os mortos no atentado estão o diretor de redação da revista, Stéphane Charbonnier, o Charb; Jean Cabut, o Cabu; Georges Wolinski e Bernard Verlhac, o Tignous

Uma testemunha que presenciou o atentado afirmou que os terroristas "falavam francês perfeitamente" e "reivindicaram ser da Al-Qaeda". Porém, as autoridades não confirmaram a autoria do ataque.
Poucos minutos antes do massacre, a revista postou nas redes sociais uma foto satirizando o líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr Al-Baghdadi. A revista Charlie Ebdo costuma satirizar o extremismo e seus líderes em suas publicações.
O presidente da França, François Hollande, disse que o ataque foi "terrorismo". "A França está em choque por um atentado terrorista porque foi isso que aconteceu", afirmou. Ele enfatizou que nas últimas semanas "vários ataques foram frustrados" pelas forças de segurança do país. Um ataque dessas proporções não era registrado desde 25 de julho de 1995, quando oito pessoas foram assassinadas em uma estação de transporte de Paris.
Em 2011, a sede da mesma publicação foi atacada após publicar uma charge do profeta Maomé e causou a ira dos grupos extremistas islâmicos.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que a segurança foi reforçada em todo o país, inclusive com a presença do Exército, e que um plano de emergência foi implementado na cidade de Paris e seus arredores após o ataque.


Ataque em Paris deixou 12 mortos e 11 feridos
Ataque em Paris deixou 12 mortos e 11 feridos

O secretário de Estado americano, John Kerry, disse que "nenhum país sabe mais que a França o preço da liberdade", o que os "extremistas temem mais do que tudo". Sobre as 12 vítimas do ataque, afirmou que "são mártires da liberdade". 
"A liberdade de expressão não pode ser assassinada por este tipo de ataque", concluiu o norte-americano, em pronunciamento oficial. 
Já o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que os EUA estão determinados a ajudar a França a prender e levar os responsáveis pelo ataque ao Charlie Hebdo à Justiça. Ele ainda destacou, em entrevista à CNN, que "a França é uma corajosa aliada e sabemos que não se intimidará com esse ato terrível".
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, afirmou que foi "um ataque horrível e injustificável". "Temos de defender a liberdade de expressão e tolerância contra todas as formas de ódio", disse.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse que sente "horror e consternação pelo atentado em Paris". "Estou totalmente próximo a François Hollande e Anne Hidalgo neste momento terrível. A violência perderá sempre contra a liberdade e a democracia".
O Vaticano também condenou o ataque em Paris. Segundo a assessoria de imprensa da Santa Sé, o ataque é duplamente condenável porque é um atentado terrorista e contra a liberdade de imprensa.
Os EUA estão determinados a ajudar a França a prender e levar os responsáveis pelo ataque ao Charlie Hebdo à Justiça, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. Em entrevista à CNN, ele afirmou que "a França é uma corajosa aliada e sabemos que não se intimidará com esse ato terrível'. 
Subiu para 12 o número de mortos na sede da revista francesa Charlie Hebdo, informou a Procuradoria de Paris. Duas vítimas eram policiais que tentaram conter os criminosos. 
    Homens encapuzados e vestidos de preto entraram na redação munidos com fuzis kalashnikov. Segundo um dos jornalistas, eles foram evacuados para o telhado da empresa.
Os homens que invadiram a redação gritavam "Allah u Akbar" (Alá é Grande) disseram testemunhas do atentado, segundo a televisão francesa. 
O advogado do jornal confirmou que, entre as vítimas do ataque, estão o diretor e chargista Charb e outros três desenhistas da publicação: Georgers Wolinski, Cabu (Jean Cabut) e Tignous (Bernard Verlhac). 
O chargista Coco, que trabalha no Charlie Hebdo, afirmou que os terroristas "falavam francês perfeitamente" e "reivindicaram ser da Al-Qaeda", disse em entrevista ao site L'Humanité. 
    Poucos minutos antes do massacre começar, a revista postou nas redes sociais uma foto satirizando o líder do grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis) Al-Baghdadi. O Charlie Ebdo costuma satirizar o extremismo e seus líderes em suas publicações.
O presidente da França, François Hollande, afirmou que o ataque ao jornal foi "terrorismo". "A França está em choque por um atentado terrorista porque foi isso que aconteceu", disse. Hollande também afirmou que nas últimas semanas "vários ataques foram frustrados" pelas forças de segurança do país. Um ataque dessas proporções não era registrado desde 25 de julho de 1995, quando oito pessoas foram assassinadas em um estão de Paris. (ANSA)

domingo, janeiro 04, 2015

Joaquim Levy tranquiliza sobre medidas

Brasília (AE) -
 O segundo governo da presidente Dilma Rousseff começou a se estruturar ontem quando 14 novos ministros assumiram suas cadeiras na Esplanada dos Ministérios. A admissão da falta de expertise para os cargos - uma das críticas que os setores fazem a boa parte da nova equipe - marcou alguns discursos de posse. Foi o caso de titulares de Pastas como Esporte e Pesca. No caso dos Portos, a admissão foi feita em conversa com a reportagem do Estado. Ao assumir a chefia do Ministério do Esporte, o deputado federal George Hilton (PRB), um dos nomes mais contestados nos últimos dias, admitiu não entender “profundamente” do  tema. (Veja detalhes na página 16). No Ministério da Pesca, o novo ministro Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), se esquivou das explicações sobre a experiência no setor. Questionado, disse que o Pará é um grande produtor de peixes e que o importante é “ter capacidade de gestão”. “Mais importante do que qualquer atividade em si é ter capacidade de gerir a pasta”, disse Barbalho.
Ed Ferreira/Ec
Henrique Paim transmite o cargo e cumprimenta Cid Gomes, que ficará responsável por implementar reformas no ensino básicoHenrique Paim transmite o cargo e cumprimenta Cid Gomes, que ficará responsável por implementar reformas no ensino básico

Derrotado na disputa pelo governo do Pará pelo tucano Simão Jatene, a indicação de Barbalho para comandar a pasta foi vista como um gesto da presidente Dilma Rousseff para afagar o PMDB.
Também assumiu ontem o novo ministro de Portos, deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP), que chega ao comando da pasta pela mão do vice-presidente, Michel Temer. Ele reconhece o “ceticismo” do setor em relação ao seu nome e já disse que pretende vencer a desconfiança do empresariado com a escalação de um corpo técnico competente.
 O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou ontem estar alinhado com o discurso do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, de manutenção do aumento real do salário mínimo. Questionado sobre a declaração do novo ministro, que assumiu a pasta do Planejamento nesta manhã, Levy disse: “Eu tenho a impressão de ter ouvido algo similar também da presidência. Certamente, a valorização do trabalho, a valorização do emprego é o objetivo de tudo o que formos fazer”. Ao assumir o cargo no Planejamento, Barbosa disse que a nova proposta de aumento do mínimo será enviada ao Congresso Nacional em “momento oportuno” e ressaltou que continuará a haver aumento real.A falta de conhecimento para lidar com um ministério foi levada com bom humor na Previdência Social, onde o senador Garibaldi Alves lembrou que, há quatro anos, disse que havia aceitado o convite para uma pasta que era um “abacaxi”.


Irreverente, o senador Garibaldi Alves, que transmitiu o cargo de ministro da Previdência a Carlos Gabas, relatou que, quando foi chamado para assumir a Pasta, recebeu um “pedido entre aspas” do então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. “Para o bem da sua permanência vai ter que levar o Gabas. Manda quem pode e obedece quem tem juízo”, disse, levando o público aos risos. De acordo com ele, Gabas recebeu a “nobre função” de vigiá-lo no cargo. “E terminei aprendendo alguma coisa”, constatou.

As confissões de inexperiência reforçam o coro dos críticos ao ministério formado por Dilma. A lista dos escolhidos pela presidente contestados desde a indicação inclui os novos titulares da Agricultura (Kátia Abreu), da Cultura (Juca Ferreira), da Educação (Cid Gomes) e dos Direitos Humanos (Ideli Salvatti). 

No dia 1º, no Planalto, a peemedebista Kátia Abreu foi vaiada ao lado de Hilton. Considerada por movimentos sociais como uma inimiga da reforma agrária, a nova ministra da Agricultura chegou a dizer que “nem Jesus Cristo” agradou a todos. Os nomes de Juca Ferreira para o Ministério da Cultura e de Ideli para Direitos Humanos também geraram tensão, dessa vez dentro do próprio PT.
Cid Gomes não foi prestigiado pelas principais lideranças do próprio partido. Na quinta-feira, o presidente nacional do Pros, Eurípedes Júnior, demonstrou descontentamento com o fato de não ter participado das negociações com o Palácio do Planalto que culminaram na indicação do ex-governador do Ceará para o ministério da Educação. “Não dá pra ficar nessa pequenez de discussão de cargo”, criticou o deputado federal Hugo Leal (Pros-RJ), um dos poucos representantes do partido na cerimônia de transmissão de cargo no MEC.

A transmissão de cargo no Ministério da Fazenda, por sua vez, será na segunda-feira, às 15 horas, na sede do Banco Central. Levy descartou nesta tarde a possibilidade de anúncio de medidas econômicas já no dia em que assume o cargo. “Não há a intenção disso”, afirmou. Levy falou com a imprensa ao deixar cerimônia de transmissão de cargo na Controladoria-Geral da União (CGU), a qual assistiu. Ele destacou a importância do trabalho da CGU, que passa agora a ser comandada por Valdir Simão. 
Ele ressaltou a importância da atuação do órgão para controle do gasto público de forma eficaz. “Vamos conseguir ir avançando ainda mais nisso. Sem afetar direitos, mas realmente focando onde o gasto deve ser feito para podermos ter eficiência em tudo o que o governo faz”, disse Levy, ao deixar a CGU.
 

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