sexta-feira, março 22, 2013

FHC aponta 'usurpação' de projeto tucano por governos do PT


Pedro Cunha *Do G1 MG

Fernando Henrique Cardoso participa de evento do PSDB mineiro  (Foto: Pedro Cunha / G1)Fernando Henrique Cardoso participa de evento do
PSDB mineiro (Foto: Pedro Cunha/G1)
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso disse nesta segunda (25), durante evento do PSDB intitulado "Minas Pensa o Brasil", em Belo Horizonte, que houve uma "usurpação de projeto" no país.
Questionado sobre o projeto tucano para o Brasil, FHC atacou o PT e destacou que o atual governo usurpou projetos do PSDB. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff foi "ingrata" ao dizer que o PT construiu e não herdou nada do PSDB: “O que a gente pode fazer quando a pessoa é ingrata? Nada. Cospe no prato que comeu”.
No último dia 20, na festa de comemoração dos dez anos do PT no governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PSDB ficou sem discurso e sem propostas porque, no governo, o PT fez "mais e melhor". No mesmo evento, a presidente Dilma Rousseff disse que os governos petistas não herdaram nada do PSDB. "Nós não herdamos nada [...]. Nós construímos", afirmou na ocasião.
Nesta segunda, FHC declarou que o atual governo é que ficou sem projeto em razão do que chamou de "usurpação" do projeto tucano.
“Quem não tem projeto é o governo. Vocês têm que entender que o que aconteceu no Brasil foi uma usurpação de projeto. Só que, como ele é usurpado, ele é mal feito. Não têm coragem realmente de dizer que vai privatizar. O projeto que eles tinham, eles engavetaram. Eles tinham duas grandes metas: uma ligada ao socialismo, e outra ligada à ética. De socialismo, nunca mais ninguém falou. E, ética, meu Deus. Não sou eu quem vai falar a respeito do que está acontecendo no Brasil. Não têm palavra. Estão tentando utilizar os programas que eram nossos e mudam o nome”, disse.
Líder do governo responde
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a fala do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso "confirma aquilo que os candidatos do PSDB tentaram esconder nas últimas eleições".

Segundo Chinaglia, a gestão FHC foi marcada por um "programa agressivo de privatizações de áreas estratégicas do país".
Para o líder do governo, as rodovias federais pedagiadas oneram "infinitamente menos" os usuários do que as que existem no resto do país, "especialmente as rodovias estaduais de São Paulo", estado administrado pelo PSDB.
"Me parece que ele, de certa maneira, está estabelecendo comparações. Aplaudo a disposição dele de retomar a comparação. Com certeza, o povo brasileiro vem comparando as realizações dos governos do PSDB e do PT. Queremos continuar essa comparação", declarou Chinaglia.
Aécio
FHC voltou a defender o senador Aécio Neves (MG) como candidato do PSDB para as eleições presidenciais de 2014 em razão da necessidade de "renovação".

“Isso não é uma coisa que signifique que só um possa ser. Tem mais de um que pode ser. Nesse momento, por uma questão de conjuntura, eu acho que a pessoa que tem maiores possibilidades, no meu julgamento, é o senador Aécio Neves”, avaliou.
Para ele, o momento atual é de "renovação". "Eu acho que a gente tem que estar sempre preparado para ventos novos. Então, eu acho que é uma candidatura mais dinâmica, mais jovem”, disse.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (22) pelo site do jornal "Folha de S.Paulo" indica que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria 58% das intenções de voto se fosse hoje a eleição para presidente da República
.

A eleição será em 2014, e, pela legislação eleitoral, os candidatos serão escolhidos em convenções partidárias entre 10 e 30 de junho do ano que vem.
Segundo o site, a pesquisa aponta a ex-senadora Marina Silva (Rede) com 16% das preferências. Em seguida, aparecem o senador Aécio Neves (PSDB-MG), com 10%, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 6%.
No cenário com esses nomes, de acordo com o site, 6% disseram que votariam nulo ou em branco e 3% disseram não saber em quem votar.
O site informou que o Datafolha ouviu 2.653 pessoas nestas quarta (20) e quinta (21), com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos

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