domingo, julho 31, 2011

Em entrevista ao Poti, ex-governador Iberê critica a atual gestão de Rosalba

De Allan Darlyson e Fábio Araújo para a redação do Poti

O ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) se mostra magoado com as críticas que recebeu da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). Ele declarou que a democrata, desde que assumiu o Executivo, focou suas ações para passar uma imagem "falsa" de que tinha recebido um estado "arrasado". Com o balanço das dívidas deixadas pelo seu governo, o pessebista afirma que os números reais dos débitos recebidos pela gestora não chegaram aos R$ 150 milhões, diferente do valor de R$ 800 milhões divulgado pela democrata. "O estado parou, a arrecadação subiu, o arrocho fiscal aumentou, o turismo caiu, a geração de empregos despencou, as obras foram paralisadas", afirmou Iberê, sobre o início do governo do DEM. Ele também criticou as medidas tomadas pelo governo na economia. Para o ex-governador, a medida de acabar com os incentivos fiscais é uma "gulodice fiscal" da governadora e só prejudica o desenvolvimento e a geração de empregos no Estado.
-Depois desses seis meses fora do governo, qual a avaliação que o senhor faz dos nove meses em que esteve a frente do Executivo?
-A avaliação que faço do meu período é extremamente positiva, na medida em que você avalia o tempo que eu tive. Além de ter sido um período curto, de apenas nove meses, eu peguei logo aquela fase eleitoral, que tem uma série de limitações impostas pela lei eleitoral ao governante. Eu tenho convicção que, mesmo não tendo sido possível fazer o que eu queria e tinha vontade, deixamos um saldo positivo para o Rio Grande do Norte.
-Como o senhor recebe as críticas da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) à sua gestão?
-Quando o governo do DEM assumiu - não sei o porquê, deve ser estratégia do próprio DEM -, teve como primeiro objetivo passar uma imagem de que o estado estava quebrado. Você não conhece nenhum objetivo, nenhuma ação, nenhum plano, nenhuma ideia nova do atual governo. Até hoje, ninguém viu nada. A estratégia deles foi a de querer mostrar à população que o governo passado tinhadeixado o estado falido, que a situação era caótica, que o RN era uma terra arrasada. Isso tudo o governo fez deliberadamente, usando os meios de comunicação oficiais do próprio governo.
-As ações do seu governo tiveram continuidade, durante a atual administração?
-O governo parou todas as obras que estavam sendo realizadas. Tínhamos estradas iniciadas com recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Isso tem um custo. Agora o governo começa a dar ordens de serviço, que não são ordens de serviço. O governo está apenas autorizando o reinício das obras. As paralisações custaram caro para o Estado. Cada paralisação eleva o valor da obra, devido aos contratos com as empresas.
-Então as obras divulgadas pela atual administração na verdade já tinham sido iniciadas na gestão passada?
-Todas elas. Inclusive acompanhei pela imprensa que a governadora fez uma solenidade para autorizar a construção de oito centros tecnológicos de ensino profissionalizante. Quando vi, pensei que seriam mais oito. Imaginei que seriam então 16. Mas, quando fui ver, não era isso. Os oito eram os mesmos que eu já havia autorizado. Para se fazer justiça, esses centros foram luta do saudoso Ruy Pereira. Nós fomos em busca desses recursos, fizemos a licitação, autorizamos a obra e quando ela chegou parou, mas agora está recomeçando e dando ordem de serviço. Que na verdade é ordem de reinício. Vi também ela autorizando a obra da estrada de Serra de João do Galo. Ninguém mais do que o deputado Nélter Queiroz, que é um lutador, por ser de lá, sabe que a obra foi licitada, autorizada e iniciada no meu governo. Como todas as outras que estão recebendo ordem de reinício. Ela está reiniciando as obras porque os recursos são do BNDES e o Banco não financia obras pela metade. Ele só financia se o recurso for para o início e o fim da obra. Então, deixamos R$ 80 milhões para prestar contas da primeira parcela e continuar. Ela parou e agora está reiniciando. Não porque ela queira, mas porque não tem como mudar. Essa obra de Pium, dosaneamento, foi iniciada ainda no governo Wilma. Ela parou por uma questão ambiental. Depois foi liberada. Quando ela assumiu, parou. Agora, está reiniciando. Por aí vem o terminal pesqueiro, a estrada de Pipa e muitas coisas que não fui nem inaugurar. O governo é impessoal. As obras, por terem sido iniciadas no meu governo, não deveriam ter sido interrompidas. Ela deveria ter continuado sem parar. Seria um mérito. Eu elogiei a decisão do governo com a Copa do Mundo. Eu fiz a licitação no final do governo e a gestão atual continuou os procedimentos.
-Mas o governo anunciou a conquista da Copa do Mundo de 2014 para Natal como feito da gestão Rosalba. Segundo a atual gestão, antes de Rosalba assumir a Copa, Natal estava fora das cidades-sedes. O senhor concorda com essa avaliação?
-Eu vi depois o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, chegar aqui em Natal e dizer que a cidade nunca esteve fora da Copa. Ninguém perguntou. Ele que disse. Se eu não tivesse feito a licitação, não tenha dúvidas, não haveria tempo hábil. O Rio Grande do Norte teria perdido o evento. Ela aproveitou, lógico. Está certo. Eu não vou querer dividir os méritos. Wilma fez a parte dela, que é importante. Wilma ousou, investiu e fez um projeto que foi premiado. Eu fiz a minha parte e Rosalba está fazendo a dela. O governo é impessoal. Mais importante do que nós é a população.
-Como o senhor avalia os sete primeiros meses do governo Rosalba?
-A avaliação que faço é a pior possível. Eu lamento demais. O que eu vi nesse governo foi, primeiro, tentar mostrar que o estado era uma terra arrasada e eu vou mostrar que não era porque tenho o balanço que ela mesma publicou. Segundo, ela foi forte com os mais fracos, retirando de pequenos funcionários gratificações que eram somadas ao salário mínimo. Ela retirou. Muitos desses funcionários tinham parte do salário já comprometida em empréstimos consignados. Então, esses estão sofrendo mais. Houve o enfrentamento. Enquanto isso, ela vai fazendo caixa. Dizia que o débito era deR$ 1 bilhão. Depois, baixou para R$ 800 milhões. Em seguida, R$ 700 milhões. No entanto, o balanço mostra que o débito real era de R$ 150 milhões. Houve aumento de arrecadação. Nesses seis primeiros meses, comparados aos seis primeiros meses de 2010, tivemos um acréscimo só de ICMS de R$ 158.426.000 na receita. No Fundo de Participação dos Estados (FPE), houve um aumento de R$ 353.851.000. Somando um ao outro, o governo já teve, em relação ao ano passado, R$ 512.277.893 a mais do que foi arrecadado no primeiro semestre do ano passado. Isso mostra que a máquina de receita do Estado é competente. Se o meu governo ou o de Wilma, que ela diz que arrasou o estado, tivesse mexido na máquina, a situação não estaria assim. Tivemos respeito pela Secretaria de Tributação. Não fizemos politicagem. Nenhum governo fez mais pelas microempresas do que o meu.Uma das polêmicas na transição do seu governo para o de Rosalba girou em torno da aprovação dos planos de cargos, carreira e salários de várias categorias. O não cumprimento dos planos deflagrou várias greves entre os servidores. O governo alegou que o estado não pode pagar os aumentos devido à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
- O senhor foi quem sancionou esses planos. Existe viabilidade financeira?
-Esses planos foram encaminhados à Assembleia Legislativa (AL) no último dia útil do governo de Wilma de Faria. Eles foram aprovados na Assembleia por unanimidade. Eu sancionei. Todos eles possuem a ressalva de que só poderão ser implantados se não desobedecerem a lei de responsabilidade fiscal. Mesmo assim, em momento algum nós passamos do limite prudencial. Hora nenhuma saí do limite prudencial. O limite máximo legal de gasto com pessoal é 60% do orçamento. Ficamos com 59%, mas não chegamos aos 60%.
-Com a implantação total dos planos, esse limite seria ultrapassado?
-Na época em que foi concebido, o estado fez um alinhamento de redução de outras despesas para pagar aos funcionários, como diminuição dos gastos com telefonia e outras despesas. Nós demos os 30% em novembro. Não foi fácil pagar novembro, dezembro e o décimo terceiro salário naquela época, com o fechamento do caixa, já que era o final do governo. O que estou vendo é o governo tentando fazer caixa e querendo passar para a população que o Rio Grande do Norte era terra arrasada.
-Qual era a situação financeira do Estado quando o senhor deixou o governo?
-Esse é o balanço do Estado que foi publicado e encaminhado à mesa diretora da Assembleia Legislativa. A receita orçamentária estimada era um pouco mais de R$ 7 bilhões. Mas, teve R$ 437.201.334,00 abaixo da sua previsão, correspondendo a 5,6%. Essa foi a frustração de receita dita pelo governo deles. A receita ficou abaixo do previsto. A dívida que ficou foi de R$ 149.150.626,00. É o total que Mineiro chegou, após tirar os débitos de obras que tinham financiamento do governo federal e outros que não eram do governo passado. Eles montaram um programa para saber o débito em que diziam as obras licitadas e colocavam o valor das obras como débitos. Mas "esqueceram" de dizer que eram obras delegadas por órgãos federais, que têm os recursos enviados pelos respectivos órgãos. Isso tudo entrou como se fossem débitos do governo.
-Por que o senhor demorou tanto para se pronunciar, depois de sucessivas críticas da governadora Rosalba Ciarlini à sua administração?
-Primeiro, eu acho que quem ganhou deveria ter seu tempo para avaliar, analisar. Segundo, fiquei com dificuldades de ter acesso aos números. Não fico com tudo na cabeça. Eu apenas sabia que não era o irresponsável que eles estavam pintando. Pela forma que fomos tratados, colocaram tanto eu quanto Wilma como dois marginais. Mas a verdade sempre vem. Eu resolvi esperar o balanço para mostrar. Acho errado é, por meio da publicidade paga, o governo enganar a sociedade para fazer caixa. Hoje, o que vemos é que o Estado parou. Simplesmente, parou tudo. Isso é política de quarteirão. Política vencida. É politicagem. Dizer que o que o outro deixou não presta. Depois faz a mesma coisa. Mas, tem que deixar a população esquecer para recomeçar as obras realizadas pelo gestor anterior. O governo teria grande mérito se não tivesse paralisado as obras deixadas. A Estação de Tratamento do Baldo é uma obra espetacular e está parada. Os carros da Emater estão parados, sem combustível. A central do cidadão de Currais Novos passou três meses sem internet por falta de pagamento. O Turismo está caindo. O Estado está folgado? Não. Todo mundo sabe que o Rio Grande do Norte, como os outros do Nordeste, depende muito dos recursos federais.Uma das medidas iniciais do novo governo foi o corte de incentivos fiscais concedidos pelos governos do PSB. Em contrapartida, o Executivo enviou para a Assembleia um projeto de incentivo à importação pelo Porto de Natal.
-Qual sua avaliação sobre essas primeiras ações de Rosalba na economia do Estado?
-A receita é tão grande.O Estado está tendo aumento. A Tributação é uma instituição que merece respeito. O RN desponta com posição privilegiada. Daí vem o governo e corta benefícios de distribuidores de remédios, de equipamentos de computação, atacadistas e outros. Eles não tinham condições de competir aqui sem o incentivo. A medida de incentivar essas atividades aqueceu a economia, gerou empregos, diminuiu os preços. Mas, veio a governadora e acabou com tudo. Já tem empresa tendo que demitir pessoas por causa disso, sobretudo as empresas de atacado. Eles conseguem hoje vender mais barato na Paraíba, que tem incentivos, do que aqui. Quando havia aumento de impostos do governo federal, o senador José Agripino (DEM) dizia que se tratava de uma "gulodice fiscal". Pois bem, é o que Rosalba está fazendo no estado. Eu lamento que o governo do DEM cometa a mesma "gulodice" que o senador criticava. Em relação ao Proimport, a Assembleia Legislativa já deu parecer de inconstitucionalidade. Eu não conhecia mais em profundidade. Mas, tinha muita coisa ainda para ser feita. O governo cancelou os incentivos, promoveu esse arrocho, depois decide abrir para a importação?
-Após esse impasse do Proimport, o secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado, Paulo de Tarso Fernandes, chegou a declarar que a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) é caudatária dos interesses das indústrias de outros estados. O senhor concorda com essa afirmação?
-Eu lamento. Pelo contrário, a Fiern tem sido um parceiro importante não só dos empresários como do Estado. Pode pegar a época de Garibaldi para cá, de todos os governantes. A Fiern, assim como o Sebrae tem firmado parceria muito importante. Essa visão é totalmente distorcida. O secretário é uma pessoa culta, preparada, mas na área jurídica. Não conhece muito da área econômica. Tanto é que a governadora mesmo foi à Fiern para amenizar a situação.
-Outro projeto enviado pelo governo à Assembleia trata da renegociação das dívidas. A proposta do Executivo é pagar primeiro a quem oferecer o maior desconto. Como o senhor vê essa medida?
-Eu acredito que é inconstitucional. Seria abrir um contrato já firmado entre governo e iniciativa privada. Muitas das dívidas tiveram licitação, homologação e prestação de serviço. Como vai abrir para fazer um leilão? Esse negócio de dizer que paga primeiro a quem oferecer um maior desconto não cheira bem não. É uma coisa que precisa ter muito cuidado.
-Já está na hora de o PSB assumir uma postura mais firme de oposição a Rosalba?
A Assembleia é o lugar mais adequado para haver essa oposição. Temos uma bancada pequena, mas que tem levantado algumas questões, não tem votado tudo que o governo manda. Temos Mineiro, que é do PT, mas que foi coligado conosco, junto com Fábio, Márcia, Tomba... Temos um grupo bom que vai se mobilizar. De nossa parte, estou sempre apurando. Agora, não concordo com oposição por oposição. O que o governo fizer de importante para o Estado, devemos apoiar. O Brasil e o RN precisam de uma oposição responsável. Não se pode fazer esse tipo de politicagem que foi feita nesses sete meses pelo governo, que não tem ideias, projeto, planos de governo. O estado parou, a arrecadação subiu, o arrocho fiscal aumentou, o turismo caiu, a geração de empregos despencou, as obras foram paralisadas. Essa é uma estratégia de governo com a qual não concordo.Devido às denúncias do atual governo à sua gestão, o Ministério Público pediu uma inspeção extraordinária do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de sua gestão e da ex-governadora Wilma de Faria. O resultado será divulgado em agosto. Qual é a sua expectativa quanto a isso?Estou absolutamente tranquilo. Se vão fazer análise correta e responsável, como faz o TCE, acredito que deve ser feita. Está certo. Sou da filosofia de que o que está errado deve ser investigado e os culpados punidos. O que sou contra é a esse radicalismo político entoado pelo governo, que resolveu querer destruir a oposição, criar uma imagem de terra arrasada, para depois ela surgir como salvadora da pátria.
-Iberê, e seu futuro político?
-O futuro a Deus pertence.
-O senhor pensa em se candidatar em 2012 ou 2014?
-Em 2012 não. Eu graças a Deus, vou muito bem de saúde. Mas esses dois primeiros anos (após descoberta da doença), estou sendo acompanhado. Em 2012, não serei candidato a nada, mas estarei presente nas campanhas onde for solicitado, dos amigos que me ajudaram, que foram corretos comigo. Quanto a 2014, é outra eleição. Poderei ser candidato a deputado federal. Mas não tenho nenhuma ansiedade. Minha vida foi trabalhando pelo estado. Não tenho frustração. Repetiria tudo novamente. Evidente que, se a população achar que devo disputar a vaga, irei.
-Qual a opinião do senhor sobre a possível candidatura de Wilma?
Acho importante. Ela é a maior liderança do partido em Natal. Time de futebol que não joga no campeonato não tem torcida. A torcida surge nas lutas dos times. Na política também. Os partidos crescem com as disputas eleitorais. Se o PSB não disputar, não se fortalece. O PMDB paga um preço alto por isso em Natal. Há 20 anos não disputa a prefeitura, mesmo tendo lideranças fortes como Garibaldi e Henrique. Não estou dizendo que o PSB não fará coligação. Eu acho que deve fazer. Vamos procurar. Mas Wilma é um nome forte. A população tem saudades da época dela como prefeita.
-Com quem o PSB poderia fazer aliança?
-Acredito que com os partidos da base do governo federal. Só não poderíamos compor com DEM e PSDB. Mas com PT, PDT, PCdoB... esses partidos que participam da nossa aliança. Se não for possível no primeiro turno, que façamos no segundo turno.
-Chegou a ser divulgado na imprensa nacional que o senhor poderia trocar o PSB para o PMDB para assumir um cargo no governo federal. Há essa possibilidade?
-Absolutamente. Nunca houve nenhuma conversa nesse sentido. O presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo, nunca tocou nesse assunto comigo, até porque ele sabe que estou muito bem no PSB. Ele sabe dos meus compromissos com o partido.
-O senhor tem ainda alguma expectativa de assumir um cargo no governo Dilma?
-Não. Não tenho mais expectativa. Noinício, houve a sondagem, mas problemas lá do governo impediram. Muitas substituições não foram feitas. Passou. Depois de um certo tempo, eu deixei para lá. Já voltei à minha atividade normal. Mas, quando tenho um tempinho, vou fazer política. Não consegui tirar a política do sangue.
-Como aliado de Dilma, como o senhor vê esses sucessivos escândalos de corrupção no governo federal?
-Eu vejo de forma positiva pelo seguinte: não há um que ela não tome providências. Isso ocorre. Eu achava que ela estaria mal se estivesse sendo conivente. Mas você pode ver que na medida que ela vem sendo informada vem sendo dura.
-Ela é menos tolerante do que Lula?
-Eu diria, pelo estilo dela, que sim. Aparentemente, é. Lula é uma pessoa correta, mas é mais político. Ela tem um estilo mais duro e tem batido forte nesses problemas que têm saído.
-Como o senhor recebe a notícia da saída do deputado estadual Gustavo Carvalho do PSB?
-Eu lamento. É um bom quadro. Ele prestou grandes serviços. Ele iniciou a vida política ao lado de Wilma. Foi secretário de Infraestrutura, do Gabinete Civil. Tenho uma grande admiração por Gustavo. Só posso lamentar essa saída.

sexta-feira, julho 29, 2011

Maioria dos brasileiros é contra união estável e adoção por casais gays

Agência Brasil
A maioria dos brasileiros é contra a união estável de casais homossexuais, autorizada desde maio pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, divulgada nesta quinta-feira (28/7), 55% da população não aprova a união entre pessoas do mesmo sexo.O percentual é o mesmo quando o assunto é a adoção de crianças por casais homossexuais: 55% dos brasileiros são contra e 45% a favor. O levantamento mostra que, nos dois casos, a resistência é maior entre os homens, os evangélicos, os mais velhos, pessoas com menos escolaridade e de classes mais baixas. Nessas categorias, os índices de rejeição às causas homossexuais são maiores.Em relação à união estável, por exemplo, 63% dos homens são contra, enquanto entre as mulheres o percentual é 48%. Entre os jovens de 16 a 24 anos, 60% são a favor da decisão do STF, ao mesmo tempo em que apenas 27% dos entrevistados com mais de 50 anos têm a mesma opinião. Na população evangélica, o percentual de rejeição à união estável entre gays é de 77%.Entre as mulheres, 51% são a favor da adoção de crianças por casais homossexuais, enquanto apenas 38% dos homens se dizem favoráveis a essa possibilidade. Nesse tema, a maior resistência está entre as pessoas com mais de 50 anos, categoria em que 70% são contrários à adoção por casais gays, e entre os evangélicos, na qual o percentual chegou a 72%.Apesar de a maioria ser contrária ao casamento e à adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo, a pesquisa mostra que no dia a dia os brasileiros têm posturas mais tolerantes com os homossexuais. O Ibope perguntou qual seria a reação dos entrevistados se o melhor amigo revelasse ser homossexual. A grande maioria, 73%, respondeu que não se afastaria do amigo, 14% se afastariam um pouco e 10% disseram que se afastariam muito. A resistência é maior entre os homens: entre eles, o percentual dos que se afastariam em algum grau de um amigo que se declarasse gay é de 35%, ante 20% das mulheres.O instituto também questionou os entrevistados sobre a aceitação de homens e mulheres homossexuais trabalhando como médicos no serviço público, policiais e professores de ensino fundamental. De acordo com o Ibope, 14% dos brasileiros é, em algum grau, contrário à presença de médicos homossexuais, 24% têm restrições ao trabalho de gays como policiais e 22% são contra homossexuais trabalhando como professores de ensino fundamental.

Três fatores contribuíram para queda do AF 447, diz investigação da França

Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo
Relatório preliminar do Escritório de Investigação e Análise para a segurança da aviação civil (BEA), órgão francês responsável pela investigação das causas do acidente com o voo AF 447, aponta que três fatores principais contribuíram para a queda: falha no treinamento dos copilotos, a perda de sustentação da aeronave e problemas de coordenação na cabine.O Airbus A-330 fazia a rota entre Rio de Janeiro e Paris em 1º de junho de 2009 quando caiu no Oceano Atlântico deixando 228 mortos. O relatório foi divulgado nesta sexta-feira (29) e toma como base as informações das caixas-pretas da aeronave.
Segundo o BEA, contribuíram:
1) Pilotos
Houve o que é chamado na aviação de "falha de gerenciamento da cabine". O comandante de bordo foi descansar em momento crítico, em que enfrentariam uma tempestade, e saiu sem dar ordens claras e sem dividir tarefas entre os copilotos. Ao retornar para a cabine durante a queda, não retomou o controle. A cabine estava sob situação de confusão, em que os pilotos tentaram ao mesmo tempo dar ordens ao avião e não adotaram procedimentos esperados, como fazer checagem de informações antes de tomar uma decisão.
2) Estol (perda de sustentação que leva à queda)
Os pilotos não reconheceram o alarme de estol (perda de sustentação) e não entenderam o que estava ocorrendo com a aeronave. Em nenhum momento eles falam em voz alta (como seria o esperado) que o alarme de estol soava - o que ocorreu por 54 segundos ininterruptos - e que a aeronave estava caindo. Não se sabe ainda o porquê, mas eles adotaram o procedimento errado, contrário ao esperado para recuperação de estol, elevando o nariz da aeronave.
3) Treinamento
Os pilotos não haviam recebido treinamento para entender o que ocorria com o avião após o congelamento dos pitots (sensores de velocidade) e a perda das informações em alta altitude. Eles também não haviam recebido treinamento para controlar manualmente a aeronave naquela situação após o desligamento do piloto automático e para recuperar o avião da situação de estol em alta altitude.
O escritório de investigação francês divulgou ainda uma lista com dez recomendações de segurança de voo que devem ser adotados para evitar novos acidentes.
saiba mais
Novo relatório identifica erros da tripulação no acidente do voo 447Após relatório, Air France defende seus pilotosLeia a íntegra do relatórioVeja íntegra de recomendações de segurança após acidente do voo 447Falha em sensor pode ter levado a erro de pilotos, dizem especialistasAirbus recomenda treino para perda de sustentação um ano após AF 447Congelamento dos pitots
O BEA confirma que o acidente foi desencadeado após os pitots (sensores) congelarem durante uma tempestade, começando a enviar informações erradas sobre a velocidade e outros parâmetros para a cabine e desligando o piloto automático.
Como o comandante de bordo estava descansando, um dos copilotos assume o controle e o alarme de estol (perda de sustentação) começa a tocar.
A partir de então, o copiloto sempre eleva o bico da aeronave para cima, chegando a mais de 38 mil pés (cerca de 11,5 mil metros de altura). O procedimento padrão para recuperação estol é o inverso ao adotado pelo piloto, e sim de jogar o bico da aeronave para baixo, buscando ganhar velocidade e recuperar a sustentação, e impedindo a queda, afirmam especialistas e investigadores de tragédias aéreas.
'Eles não erraram', diz especialista
"Este relatório reconhece que a tripulação não tinha informações técnicas suficientes para agir e realizar o maior desempenho possível para impedir a queda", diz o comandante Jorge Barros, investigador da reserva da Força Aérea Brasileira (FAB) e especialista em segurança de voo.
"O BEA também diz que os pilotos não entenderam a situação de estol, principalmente por falhas no treinamento. Não tem como atuar numa pane se eles não sabem o que fazer, não foram treinador para isso", afirma o oficial."Para mim, isso não significa erro dos pilotos. Erro é quando você é treinado para fazer um procedimento e adota um inverso.Eles não erraram, pois não sabiam o que fazer porque não lhes foi passado", acrescenta.Outro aspecto levantado por ele é que o BEA destaca recomendações para que a Airbus melhore o projeto do avião."O painel sem dados, o alarme tocando, a falta de treinamento, e a engenharia da aeronave construíram uma armadilha para que o acidente ocorresse. Os pilotos caíram numa armadilha", afirma Barros.
Sem entender nada
O BEA diz que a saída do comandante da cabine, para descansar na metade do voo, foi feita sem recomendações clara e que não havia uma repartição explícita de tarefas entre os dois copilotos. Antes de ir dormir, o comandante avisa aos subordinados que enfrentarão uma tempestade e pede ao segundo copiloto, mais jovem e com menos experiência, que assuma o lugar onde estava sentado.Quando o piloto automático cai, após o congelamento dos pitots, o primeiro copiloto assume os comandos. Mas o BEA aponta que eles "não identificaram e anunciaram a perda das velocidades" e também não adotaram os procedimentos corretos neste caso. Segundo a investigação, os copilotos não tinham recebido treinamento sobre o que fazer neste caso e nem em como segurar o avião fora do piloto automático naquela altitude."O piloto não entendeu o que estava acontecendo na aeronave. Ou o avião é complicado ou o treinamento é incompleto. O ser humano foi selecionado e treinado pela empresa aérea. Se ele erra, o responsável pelo desempenho dele é a companhia”, acredita Barros. O G1 divulgou com exclusividade em junho que, um ano após a tragédia, a Airbus emitiu um comunicado alertando para que os pilotos treinassem recuperação de estol.A investigação destaca que o avião caiu sempre na horizontal, tocando a água com velocidade de 200 quilômetros por hora, e que, durante os 3 minutos e 30 segundos que durou a queda, nenhum anúncio foi feito aos passageiros.

quarta-feira, julho 27, 2011

..Maluf não descarta concorrer à Prefeitura em 2012

Por Daiene Cardoso
Agência Estado
O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) não descarta se candidatar à Prefeitura de São Paulo em 2012. Hoje, durante inauguração da ponte Governador Orestes Quércia, na capital paulista, Maluf dividiu o palco com autoridades, tirou foto com populares, rasgou elogios ao ex-governador morto em 2010 e deixou em aberto a possibilidade de concorrer pela quinta vez. "Ainda tem um ano para pensar. Só perde quem não disputa, quem disputa sempre vence", filosofou.Embora nos bastidores venha negociando apoio ao deputado federal Gabriel Chalita, pré-candidato do PMDB à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (ex-DEM), Maluf afirmou que o assunto ainda não está em pauta no PP. "Isso não está sendo tratado agora. Ainda temos 11 meses para as convenções dos partidos", afirmou. No entanto, o deputado destacou que seu partido tem atualmente uma proximidade com o governador tucano Geraldo Alckmin e que uma eventual declaração de apoio do PP deve levar em consideração o entendimento com Alckmin. "Vamos discutir primeiro com o governador Geraldo Alckmin", disse.Entre fotos e cumprimentos durante a inauguração, Maluf não deixou de afagar seus "eleitores". "É de vocês que eu gosto", declarou aos populares assim que chegou no evento. "A gente trabalha para gerar emprego", disse a outro simpatizante.O deputado aprovou a homenagem ao ex-governador do PMDB. "O que fica para o homem público é o que ele constrói para a coletividade. O Quércia merece essa homenagem porque ele trabalhou muito por São Paulo", justificou o deputado, que se gaba das obras deixadas em São Paulo nos períodos em que foi governador e prefeito.
Perguntado sobre as denúncias de fraude na coleta de assinaturas para a criação do partido do prefeito Gilberto Kassab, o PSD, Maluf tergiversou: "Não tenho cartório de reconhecimento de firma". O deputado disse que não têm dúvidas de que Kassab conseguirá assinaturas suficientes para criar a nova legenda, mas que a lista de apoio ao PSD não contará com sua assinatura. "A minha (assinatura) desta vez não está falsificada, simplesmente porque não está lá", ironizou, em referência a um dos processos contra ele. Em 2004, o Ministério Público informou que o deputado autorizou, através de uma carta, a transferência de recursos para o exterior. Na época, Maluf alegou que sua assinatura na carta foi falsificada.

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DIREITOS QUE NÃO SÃO DIVULGADOS

1. CERTIDÃO DE NASCIMENTO / CASAMENTO:
Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar!
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.
2. AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!  Agora é: 08002800102  - Vejam só como não somos avisados das coisas que realmente são importantes....
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO VERDADEIRAMENTE GRATUITO.
3. DOCUMENTOS ROUBADOS - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98 - VOCÊ SABIA???
Acho que grande parte da população não sabe, é que a Lei 3.051/98 que nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como: Habilitação (R$ 42,97); Identidade (R$ 32,65); Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11). Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do Boletim de Ocorrência e o original ao Detran p/ Habilitação e Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP..
4) MULTA DE TRANSITO : essa você não sabia
No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB. Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito Brasileiro
Art. 267 - Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa. DIVULGUEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS POSSÍVEL. VAMOS ACABAR COM A INDÚSTRIA DA MULTA!!!! É possivel neste Brasil de Cabral, que nos tenhamos alguma chace de diminuir nossa despesas com taxas e impostos. O Brasil tem a maior carga de impostos do MUNDO, é mole ou quer mais.







A Festa dos Navegantes deste ano acontecerá pela última vez no Largo de Eventos de AREIA BRANCA

DEU NO O MOSSOROENSSE
AREIA BRANCA -
A Festa dos Navegantes deste ano acontecerá pela última vez no Largo de Eventos. A notícia foi dada ontem, 26, pelo prefeito Manoel Cunha Neto, "Souza" (PP), depois de reunião com representantes da Advocacia da União e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), regional de Mossoró.Em 2010, a PRF havia entrado com uma representação junto à União pedindo a proibição de eventos de grande porte como o Carnaval e Festa dos Navegantes no Largo de Eventos, que fica na extensão da rua Jorge Caminha, na BR-110, que adentra cerca de dois quilômetros no perímetro urbano.Na representação, a PRF alega que o município não pode realizar um evento do porte da festa de agosto numa rodovia federal, interditando o tráfego por vários dias, onde inclusive é proibida a venda de bebida alcoólica, com base na "Lei Seca".A proibição da festa no local seria já a partir deste ano, mas o prefeito "Souza" expôs que a cidade está comemorando os 100 anos da festa de Nossa Senhora dos Navegantes e toda a estrutura do evento já está montado, as bandas estão contratadas, de forma que não há tempo hábil para deslocar o evento para outro local.Diante dessas alegações, ficou acertado que a festa seria realizada pela última vez no Largo de Eventos, já que a partir de 2012 a Prefeitura de Areia Branca terá que arranjar um outro local para armar as estruturas do Carnaval e da Festa dos Navegantes. Os "arrastões" que vêm da praia para a cidade, podem passar pela BR. "O que não pode, segundo a Polícia Rodoviária Federal, é a interdição da pista com estrutura de palco e barracas", acrescentou "Souza".Mas segundo o prefeito, a palavra final sobre o assunto será dada numa outra reunião com a PRF e o Corpo de Bombeiros, em Mossoró, agendada para o mês de novembro deste ano. Para "Souza", o grande problema é arranjar outro local para realizar festas com estruturas gigantescas como o Carnaval e a festa de agosto. "Definitivamente na zona urbana de Areia Branca não temos um local tão espaçoso para eventos desse porte. Mas temos que buscar alternativas, pois os eventos em questão além de tradicionais, são importantes para a geração de empregos temporários e fortalecimento da economia do município", concluiu.

terça-feira, julho 26, 2011

Dilma nomeia Pelé 'embaixador honorário' do Brasil para Copa 2014

Dilma se reuniu com Pelé e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, em seu gabinete, no Palácio do Planalto. O rei do futebol afirmou que "não poderia deixar de aceitar" o convite de Dilma. Ele terá como função fazer a promoção no país e no exterior da Copa do Mundo do Brasil. A função não é remunerada."Eu não poderia deixar de aceitar esse convite da nossa presidenta. Como brasileiro vocês sabem que eu já faço isso desde quando nasci. Desde a primeira Copa do Mundo que eu defendo e faço a promoção do Brasil. É uma responsabilidade muito grande, mas eu não poderia deixar de aceitar", disse Pelé.Eu não poderia deixar de aceitar esse convite da nossa presidenta. Como brasileiro vocês sabem que eu já faço isso desde quando nasci. Desde a primeira Copa do Mundo que eu defendo e faço a promoção do Brasil. É uma responsabilidade muito grande mas eu não poderia deixar de aceitar"PeléLogo após o anúncio do novo cargo, Pelé pediu o apoio dos brasileiros para a realização do mundial de futebol no Brasil. Pelé lembrou a Copa da Suécia, em 1958, quando a vitória da seleção brasileira “enalteceu” o nome do país. Segundo ele, todos os 190 milhões de brasileiros precisam contribuir para a organização do mundial.“Eu gostaria de pedir para todo o povo brasileiro que acreditasse, porque estava meio confuso, meio em dúvida com alguns problemas que nós tivemos aqui e que a gente sabe ainda das condições, mas que podemos acreditar, porque a presidente disse que vai fazer todo o esforço e espero que a gente entregue bem essa Copa do Mundo. Agora essa administração será feita com com 190 milhões de brasileiros e todos ficaremos orgulhosos de entregar bem essa Copa”, disse o ex-jogador.O ministro dos Esporte, Orlando Silva, afirmou que a presidente Dilma ficou "feliz" em receber o ex-jogador em seu gabinete. Segundo Orlando Silva, a função de embaixador é uma homenagem a Pelé "pelo que ele fez pelo esporte e pelo Brasil”.É um homem que conhece muito do mundo do futebol. Vai nos ajudar, vai nos representar em eventos. Até junto à Fifa [Federação Internacional de Futebol]. Pelé significa superação, vitória, é um símbolo importante para o Brasil”, disse o ministro.Para o ministro, a experiência de Pelé ajudará a orientar o governo e na interlocução dentro e fora do Brasil. “Ela [presidente Dilma Rousseff] acredita que pela força da imagem do Pelé, pela história dele, um homem que viveu 10 copas, a presidente acredita que seria a melhor face da Copa do Mundo de 2014 e esse título [de embaixador] tem um pouco esse sentido”, disse Orlando Silva.O ministro afirmou ainda que está prevista na agenda da presidente Dilma a participação no sorteio das chaves para as eliminatórias da Copa de 2014. O sorteio será o primeiro evento oficial da Copa. O evento será realizado no Rio de Janeiro no próximo sábado, dia 30.Dilma havia se encontrado com Pelé na cerimômia de abertura da 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, que ocorreu no Engenhão, no Rio de Janeiro, no sábado (16). Durante o evento, a pira olímpica foi acesa por Pelé, que foi escolhido por ser o atleta do século 20 e por ter jogado na seleção militar no início da sua carreira representando as Forças Armadas.





Manifesto de terrorista é colagem da internet; Brasil tem 12 citações

Por Jose Roberto de Toledo, Estadao
O manifesto de 1.516 páginas de Word deixado pelo terrorista anglo-norueguês Anders Breivik impressiona pelo tamanho, mas não pelo conteúdo. Grande parte foi produzida seguindo os preceitos da escola tecno-filosófica do CTRL+C e CTRL+V. Plágio puro e simples. Do manifesto do Unabomber a blogs de extrema-direita, de páginas de malucos em geral à Wikipedia, trechos inteiros foram copiados e colados. Há pouco de sua própria autoria. É uma colagem a que ele chama de compêndio.Quanto ao conteúdo, trata-se de um caso radical do que o crítico Roberto Schwarz certa vez chamou de 'ideias fora do lugar'. Citações desconexas de autores marxistas misturadas a trechos da revista The Economist, estatísticas inventadas e passagens do Alcorão. Tudo para 'provar' que a Europa está sob ataque do Islam (uma nova onda de ataque, na sua versão) e que precisa defender-se militarmente -usando todas as armas que tiver à mão, o terrorismo inclusive.Porém, antes de atacar os muçulmanos, o auto-confesso terrorista defende ser preciso combater os adversários internos que facilitam a penetração do 'inimigo' no território europeu. A saber: políticos liberais, marxistas, feministas, defensores do politicamente correto, a academia e, basicamente, todo mundo que discordar de suas convicções racistas. Daí os alvos de Breivik terem sido o governo liberal norueguês e os filhos de seus líderes.Impossível não notar, todavia, que é covardemente conveniente matar adolescentes desarmados, encurralados em uma ilha sem ponte nem proteção policial, em vez de enfrentar um bando de jihadistas com experiência em combate.A nuvem de 778 mil palavras do texto mostra-se bastante repetitiva. Os termos mais citados (em inglês) são 'europeu', 'Europa', 'muçulmano(s)', 'Islam/ilslâmico', 'cristão(s)', e 'ocidental'. A tentativa de fazer uma oposição 'política' e 'cultural' entre os dois mundos fica evidente no texto, no qual ainda têm destaque as palavras 'guerra', 'militar', 'país', 'cavaleiros' e 'multiculturalismo'.O Brasil recebe 12 menções no manifesto, especialmente em dois blocos. Num, o país aparece como anti-exemplo de multiculturalismo e 'mistura de raças', que seriam responsáveis pela suposta falta de coesão interna e transformariam o Brasil em um país de segunda classe.A outra menção é sobre o episódio com césio 137 em Goiânia, no final da década de 80, quando várias pessoas foram contaminadas e algumas morreram ao entrar em contato com o material radiativo. O caso é citado como lembrete de que os fanáticos devem tomar cuidado ao manipularem esse tipo de material ao prepararem 'bombas' ou outros artefatos.Breivik, que se assina Andrew Berwick no texto, tenta valorizar seu trabalho intelectual escrevendo logo no começo que a elaboração do documento lhe tomou nove anos de trabalho e custou 317 mil euros. Difícil imaginar como um trabalho de copiar-colar pode ter demorado tanto tempo e custado tanto dinheiro. Parece ser mais um auto-elogio e uma tentativa de alcançar reconhecimento entre sues colegas racistas internet afora.As citações a uma nova ordem de cavaleiros templários, unidade paramilitar cristã, parecem mais um desejo do que uma realidade. O estilo de ação e de seu manifesto lembram muito mais psicopatas solitários como o Unabomber e o atirador de Realengo do que terroristas organizados como a Al-qaeda.

segunda-feira, julho 25, 2011

Corpo do jornalista Rogério Marinho é velado no Rio

O corpo do jornalista Rogério Marinho está sendo velado na tarde desta segunda-feira (25) no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio. O velório reúne parentes, amigos, funcionários e ex-funcionários do jornal O Globo. Rogério Marinho morreu nesta manhã, aos 92 anos, de insuficiência respiratória aguda.A filha Ana Luisa, emocionada, quis apenas dizer uma frase: "Além de ter deixado um legado para o jornalismo brasileiro, deixou para mim uma herança inestimável: o amor pela arte, pela música, pelos livros. Isso niguém vai me tirar", disse a produtora cultural.A coreógrafa Deborah Colker, amiga de Ana Luisa, lembrou que o jornalista sempre apoiou seu trabalho, desde o início de sua companhia. "Tenho um carinho especial por ele, uma pessoa sensível," disse, lembrando que o jornalista sempre ia a seus espetáculos até dois anos atrás, quando a saúde já dava sinais de fragilidade.O colunista George Vidor lembra que o conheceu em 1972, quando começou em O Globo. "Sua sala era colada à redação, mas ele sempre estava junto dos funcionários. Era muito doce no trato social", lembra Vidor, dizendo que ele se comportava com os jornalistas como um "colega de profissão".Estiveram presentes ainda no velório os imortais da Academia Brasileira de Letras Luiz Paulo Horta e Merval Pereira, colunista do jornal O Globo, e o diretor da Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel.O corpo do jornalista será velado até às 18h30 desta segunda. Na quinta-feira (28), será cremado no Crematório do Caju, Zona Portuária do Rio.Rogério Marinho começou a trabalhar em O Globo em 1938, quando o jornal já era dirigido por seu irmão Roberto Marinho, 15 anos mais velho, e no qual já trabalhava, desde 1933, seu outro irmão, Ricardo.Suas primeiras funções no jornal foram na seção de esportes, onde trabalhou sob orientação de Mário Filho. Logo passou a integrar a equipe de Alves Pinheiro, na qual fazia todo tipo de tarefa, da apuração de reportagens à tradução de telegramas. Ainda em 1938, teve a ideia de utilizar o “bonequinho” nas críticas de cinema, criando a seção Bonequinho viu, até hoje publicada no jornal.Criador do 'bonequinho' de O Globo, Rogério foi grande defensor da naturezaEm depoimento ao projeto Memória Globo, Rogério Marinho descreveu a atividade jornalística naquela época. "Era um jornalismo heróico. Não era esse jornalismo de hoje, tecnológico. Era um jornalismo de esforço pessoal, cada um fazia o que devia fazer e o que outros deviam fazer também, para não atrasar o jornal".Em 1940, passou a trabalhar como redator, atuando também nas mais diversas áreas: além de reportagens variadas, fez críticas de cinema, de ópera e teve uma coluna esportiva assinada por pseudônimo. Uma de suas primeiras entrevistas foi feita com Ari Barroso, que retornava dos Estados Unidos. Entre os profissionais com quem trabalhou à época, estavam José Lins do Rego, Thiago de Mello e Pinheiro Lemos. Em 1952, foi designado por seu irmão para assumir o cargo de diretor substituto, passando mais tarde a vice-presidente do jornal.Entre julho de 1944 e maio de 1945, dirigiu com Pedro Motta Lima o tabloide O Globo Expedicionário, destinado a elevar o moral dos pracinhas e a prestar serviços como troca de mensagens e publicação de cartas. Segundo Rogério Marinho, havia a preocupação editorial de buscar matérias que fossem de interesse dos soldados. Alguns números do Globo Expedicionário foram publicados após o término da 2ª Guerra Mundial.Quando Rogério Marinho ingressou em O Globo, o jornal era ainda um vespertino. A edição matutina começou apenas entre 1935 e 1937. Uma das “missões” confiadas a Rogério Marinho por seu irmão Roberto foi a de agilizar a saída do jornal, de forma a torná-lo o vespertino que primeiro chegasse ao público, fazendo frente a outros vespertinos como Última Hora e Diário da Noite. Para isso, Rogério chegava ao jornal entre 3h30 e 3h45, revisava todos os originais, ampliava ou condensava assuntos e, quando necessário, fazia alterações editoriais de última hora. Em torno de 1954, seus esforços conseguiram fazer com que O Globo passasse a chegar às ruas entre 7h e 8h.Rogério Marinho teve a ecologia como uma de suas preocupações constantes. Foi membro do Conselho Deliberativo da Fundação Brasileira pela Conservação da Natureza entre 1975 e 1987; vice-presidente do Conselho de Curadores da Fundação Rio Congressos e Eventos - Rio Convention Bureau, entre 1984 e 1989; e membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente a partir de 1986, quando foi designado pelo então presidente José Sarney.Também participou como membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Rio de Janeiro, do Conselho da Associação dos Amigos do Museu Imperial e do Conselho do Museu Nacional de Belas Artes. Foi agraciado com as seguintes medalhas: Ordem Mérito Naval, Ordem ao Mérito Santos Dumont e Grande Oficial da Ordem do Mérito Brasília.Rogério Marinho casou-se, em 1948, com Elizabeth Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, filha do Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras. Os dois tiveram uma filha, Ana Luisa Pessoa Marinho, também jornalista, que lhe deu 2 netos, Eduardo Marinho Christoph e Bruno Marinho de Mello.





PERDI UM GRANDE AMIGO - CONSTÂNCIO LUIZ CHAVES

Morreu pela madrugada o amigo Constâncio Luiz Chaves.Era um bom homem, honesto e trabalhador.Aos 81 anos Constâncio ainda trabalhava. Tinha uma construtora e dela fazia bons trabalhos beneficiando as cidades. Trabalhou muito tempo com o saudoso senador Jessé Pinto Freire. Com a morte do senador ele passou a servir ao deputado Jessezinho Freire, com a morte prematura deste passou a assessorar o então deputado Fernando Freire. Constancio era um grande Agripinista. Seguidor do senador José Agripino, ele rompeu com Fernando Freire em 1994, por não concordar com união política deste com Aluizio Alves, então Ministro. Numa certa ocasião, falei para Constâncio não alimentar o rompimento, pois mesmo com sua experiência e vivência política nunca poderia imaginar que um dia José Agripino pudesse se aliar aos Alves. Quando aconteceu ele ficou pasmo e me disse que ele não sabia nada de política. E disse: você Aristides é que sabe tudo de política, você antecede os fatos. E continuou na sua franqueza. A política do Rio Grande do Norte perdeu um cientista, um cientista de raciocínio rápido e análises certas e diretas. Vá em paz meu amigo e que Deus o tenha num bom lugar ao seu lado. Aos familiares o meu pesar...

NOTÍCIAS DOS JORNAIS BRASILEIROS

O MOSSOROENSE
A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) rebateu as críticas da ex-governadora Wilma de Faria (PSB) em entrevista à Rádio Caicó, afirmando que ela está sendo alvo de ataques por estar mostrando a realidade do Rio Grande do Norte. "A oposição está incomodada porque nós estamos mostrando, com sinceridade e fidelidade, o quadro real do Estado. Ninguém pode jogar pra debaixo do tapete, todas as dificuldades e erros que aconteceram no governo passado. Nós governamos com o dinheiro do povo e temos que prestar contas", argumentou.Em seguida, ela enumerou os problemas que encontrou ao assumir a administração estadual. "Encontrei um Estado com uma desorganização administrativa imensa, com um desequilíbrio financeiro, com mais de 800 milhões de reais em dívidas. Imagina você ser surpreendida com uma manchete de jornal dizendo que os carros que estavam alocados na polícia vão ser levados porque há um débito de mais de um ano, que o governo não estava honrando. Recentemente tivemos um problema muito sério na saúde. O oxigênio que atende a todos os hospitais estaduais fazia um ano que não era pago. A empresa queria parar as atividades e tivemos que negociar o passado e pagar em dia este ano. Com os professores que trabalharam todo o ano de 2010, como professores substitutos e não tinham recebido um único mês, e eu quitei com eles e estou pagando em dia. O teto de férias de todos os funcionários no ano passado não tinha recebido e começaram a receber. Encontrei 8 milhões de débitos no Programa do Leite, então começamos a pagar este ano e fizemos uma negociação do débito passado. Eu não posso esconder isso do povo, se incomoda a população não posso esconder", frisou.Ela disse ainda que em agosto as obras inacabadas do governo anterior serão retomadas. "Temos o lançamento de sete centros de profissionalização de escola de 2º grau, temos que corrigir algumas estruturas que estão necessitando urgentemente de uma ação, como é o caso do Centro Cultural Adjuto Dias. Estamos recuperando toda a malha viária, inclusive o contorno de Caicó, vamos lançar o mão-amiga, com escritório em Caicó para atender todo o Seridó. O Samu, que vai chegar também neste segundo semestre no Seridó. Já estamos estruturando e começamos pelo Vale do Açu e vamos levar ao Alto Oeste. O do Seridó vai ser o último porque vai ter uma central própria", declarou.
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GLOBO.COM
Um homem de 32 anos tentou invadir o Palácio do Planalto nesta sexta-feira (22) ao subir a rampa principal do prédio com uma moto. Segundo a assessoria do Planalto, Jandilson Pereira Galdênio jogou a moto e capacete dentro do espelho d'água do Palácio do Planalto ao chegar no meio da rampa. Em seguida, foi recolhido pelos seguranças do Planalto.Segundo a assessoria, o homem, natural de Campina Grande, estava "visivelmente alterado".Durante depoimento aos seguranças do Planalto, ele alegou estar desempregado, ser ex-presidiário e regresso do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. Galdênio afirmou, ainda, ser morador do Paranoá.Dois bombeiros, com a ajuda dos seguranças do Planalto, retiraram a moto de dentro do espelho d'água e levaram para a garagem do prédio. O homem foi transferido para a Polícia Federal.
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BRASÍLIA - Um dia antes de conceder entrevista para repórteres, a presidente Dilma Rousseff recebeu com exclusividade o colunista Jorge Bastos Moreno para um jantar, no Palácio do Planalto. Estiveram presentes além de Dilma, as ministras da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Questionada até onde vai a 'faxina' no Ministério dos Transportes, Dilma foi enfática:
- A 'faxina' não tem essa coisa de limite. O limite é mudar o Ministério dos Transportes. É transformar o Ministério dos Transportes naquilo que é o seu próprio papel: a base da infraestrutura do país. Mas também é bom que todos saibam que não estamos agindo politicamente contra um partido. A ação é sobre pessoas que agiram de forma errada, e nem todas essas pessoas são de um mesmo partido. Isso precisa ser esclarecido.
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DIARIO DE NATAL
Um avião Bairon prefixo PT-JEP com três ocupantes, sendo dois irmãos de um médico potiguar, caiu na última sexta numa fazenda em Eldorado dos Carajás, no Pará, região Norte do país. A aeranove caiu após uma decolagem mal sucedida. Apesar do susto, todos os ocupantes foram resgatados com vida. Na aeronave estavam os irmãos do médico seridoense Sant´Clair Torres. JOão Cléber, de 50 anos, e Francisco Torres, de 45 anos, são fazendeiros na região de São Félix do Xingu e visitavam a região onde o avião caiu a negócios. A aeronave tinha como destino o município de São Felix do Xingu, tendo no comando o piloto Dário Ferreira, 72 anos, da reserva da aeronáutica, e com grande experiência de voo. Na operação de salvamento inicial, aviões locais voaram da Fazenda Serra Grande, em Parauapebas, até a Fazenda Primavera, em Curionópolis, onde as vítimas foram resgatadas e trazidas para Parauapebas. Os feridos sofreram queimaduras nas mãos, tórax e faces e foram encaminhados ao Hospital das Clinicas, onde receberam os primeiros socorros. Em seguida, foram removidos para Goiânia, onde serão reavaliados.A autoridade aeronáutica já iniciou as investigações para apurar os motivos da queda.
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JORNAL DE FATO
Rosados contra quem...?
Nas eleições municipais de 2004, numa linha alternativa, o ex-deputado Francisco José se apresentou como o “novo” para a Prefeitura de Mossoró. E levou às ruas o discurso do “dê férias aos Rosados”, apostando na ideia de que o eleitor estaria cansado da tradicional família da política mossoroense. O slogan, que certamente foi criado sem qualquer sustentação confiável, acabou passando a ideia de agressão. Os Rosados terminaram a campanha em primeiro e segundo lugar, com as primas prefeita Fafá Rosado (DEM) e deputada Larissa Rosado (PSB), enquanto Francisco José só não ficou na lanterninha devido ao punhadinho de votos que recebeu o candidato do PT, jornalista e poeta Crispiniano Neto. Por ironia, ou não, o ex-deputado acabou ficando com as “férias” dos Rosados ou antecipando a aposentadoria, não conseguindo se eleger a mais nada. O relato se faz necessário diante do sentimento – menor – de que na política de Mossoró não existe espaço para outros sobrenomes fora da família Rosado. Não é verdade. O espaço existe, falta quem realmente tenha capacidade para ocupá-lo. Em meados dos anos 80, surgiu um grupo forte na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, na época FURRN, capaz de quebrar a hegemonia dos Rosados. Mas, não teve vida longa porque seus personagens tinham interesses individuais, que não eram compatíveis com a ansiedade dos mossoroenses, e acabaram aderindo aos Rosados. Mais recentemente, em 2004, surgiu o Fórum Avança Mossoró, com uma proposta para repensar a cidade, envolvendo mais de uma dezena de siglas políticas. Chegou até a disputar a Prefeitura, com Francisco José, mas se desfez diante de questões pessoais. É possível citar muitos outros exemplos, lampejos de momentos, sem consistência ou sem projeto sério para Mossoró. Isso explica um pouco da hegemonia dos Rosados, que pela falta de adversários reais, competentes e comprometidos com a sociedade, vão continuar com a aprovação popular.
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CORREIO BRAZILIENSE
O Superior Tribunal Militar (STM) decidiu transformar em cargos efetivos os postos de oito funcionários comissionados do órgão que não se submeteram a concurso e abriu precedente para uma modalidade tardia no serviço público, conhecida popularmente como “trem da alegria”. Com a medida administrativa, os servidores serão integrados ao quadro da União e terão benefícios iguais aos dos concursados, inclusive a aposentadoria calculada pela remuneração de um técnico judiciário, que pode chegar a R$ 9,4 mil. Como trabalharam sob o regime de previdência geral, os funcionários beneficiados com a efetivação dos cargos contribuíram com valor inferior à aposentadoria que alcançarão.Em questão administrativa publicada no boletim interno de 1º de julho, documento obtido pelo Correio, o ministro do STM William de Oliveira Barros registra que o tribunal deferiu “por maioria” o pedido para transformar as funções comissionadas em cargos efetivos. A decisão cita o artigo 243 da Lei nº 8.112 de 1990 para sustentar a mudança do status dos funcionários. O advogado trabalhista André Viz, especialista em serviço público, explica que o artigo 243 rege a transformação de “empregos públicos em cargos públicos” — para adequar a situação dos contratados antes da promulgação da Constituição de 1988 que criou regras mais rígidas para a seleção de servidores — mas estranha que a efetivação dos funcionários comissionados tenha ocorrido tanto tempo depois e aponta que a decisão forma jurisprudência no assunto. “Até a Constituição de 1988, haviam alguns decretos que previam a contratação sem concurso público. Não era cargo público, era emprego público. Na Constituição de 1988, foi prevista a igualação dos cargos. Essa é uma situação particular para um grupo de servidores. Óbvio que outros casos similares podem passar a ter direito. É de causar espanto depois de tantos anos uma situação assim vir a ser reconhecida. É inusitado.”A assessoria do STM informa que os comissionados efetivados exercem funções administrativas “em diversas unidades” do tribunal e que a decisão foi tomada depois de manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU) que aceitou a alegação de que as atividades desempenhadas pelos funcionários eram funções de confiança, e, como tal, enquadravam-se no conceito de emprego público. Em 2010, o Superior Tribunal Militar registrou R$ 295,8 milhões em gastos com pessoal.A decisão do STM ocorre no mesmo momento em que o Congresso pressiona pela votação em plenário da PEC nº 54/99, que estende aos comissionados e terceirizados do serviço público que estão na máquina desde o período anterior à promulgação da Constituição, a possibilidade da efetivação. O deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB), autor do requerimento de votação da PEC, afirma que já reuniu 400 assinaturas dos colegas. Sindicatos estimam que a medida pode incluir formalmente 600 mil funcionários na folha de pagamento federal.“A PEC beneficia os que foram contratados antes de 1988, o projeto ampara essas pessoas, para que depois de uma vida de trabalho não tenham que se aposentar pelo regime geral. Só na Paraíba são 60 mil funcionários da União, estado e municípios nessa condição. Mas a lei não pode trazer nenhum escândalo de criar novo trem da alegria. É preciso criar parâmetros, como contar o tempo de serviço de forma ininterrupta”, afirma o deputado.O diretor do Sindicato dos Servidores Federais do Distrito Federal, Carlos Henrique Bessa Ferreira, critica as efetivações dos comissionados e resume que a PEC é um risco para o serviço público por gerar despesas para a União. “Somos contra, no nosso entendimento é uma espécie de trem da alegria.”
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Reportagem da revista Época aponta o envolvimento de dirigentes da Agência Nacional do Petróleo, ligados ao PCdoB, com esquema de propina para resolução de pendências de empresas distribuidoras de combustível, postos e empresários do setor de petróleo e gás com a agência. A revista obteve gravações sigilosas em que dois assessores da ANP exigem o pagamento de R$ 40 mil de propina em troca da renovação do registro de uma empresa, com o aval de Edson Silva, dirigente do PCdoB, ex-deputado federal e então superintendente da agência.
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A cor da pele ou a raça é determinante no cotidiano das pessoas, principalmente quando o assunto é trabalho. Essa é a percepção dos brasileiros apontada por pesquisada divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ambiente do trabalho, o reconhecimento que existe discriminação é bem maior. Foi o que admitiram 71% dos entrevistados, total maior do que aqueles que consideram que a cor da pele faz diferença no convívio social (65%) e na relação com a polícia e o sistema judiciário (68,3%). O Distrito Federal foi destaque na pesquisa, ao apresentar os maiores percentuais entre as pessoas que reconheceram a existência de racismo em todas as esferas abordadas, exceto relações matrimoniais."Já aprendi a levar esse tipo de ocorrência, desde que não seja muito grave. Se formos combater todas as ocasiões, não vamos fazer mais nada da vida", Esmeralda Reis, artesã O DF apresentou o segundo menor percentual de pessoas que se declaram brancas (29%), frente à média geral de 49% e atrás do Amazonas, com apenas 16,2%. No DF, 41,1% consideram-se negros, pardos ou pretos, conforme a classificação apresentada pelo IBGE na entrevista — percentual maior do que a média geral do levantamento, de 22,7% e dos 24,7% verificados em São Paulo. Segundo o IBGE, 9,14% das pessoas das seis unidades pesquisadas disseram ser negras ou pretas — no DF, foram 11,6%. As demais disseram ser morenas (21,7%, no total geral, e 21,1%, no DF).A técnica do IBGE Bárbara Cobo Soares afirmou que não é possível dizer que a maioria da população do DF tem preconceito racial, pois a pesquisa não abordou diretamente a questão. O antropólogo e professor da Universidade Brasília (UnB) José Jorge de Carvalho discorda: “Se a maioria dos entrevistados do DF percebe que a cor da pele faz diferença no dia a dia, é sinal de que a discriminação racial é na mesma proporção”.A artesã Esmeralda Reis conhece bem o que é o preconceito racial. Apesar da pouca idade, sua neta de 9 anos, também negra, já sofreu discriminação na escola onde estuda. “Ela fez uma trança linda, toda colorida, no cabeleireiro. No primeiro dia em que apareceu com ela, um menino de sua turma disse a ela que não tinha cabelos suficientes para usar esse penteado e arrancou sua trança”, lamenta. “Já aprendi a levar esse tipo de ocorrência, desde que não seja muito grave. Se formos combater todas as ocasiões, não vamos fazer mais nada da vida”, afirma.De acordo com o levantamento, as mulheres foram as que mais reconheceram a existência da discriminação racial: 66,8% delas frente a 60,2% dos homens. Ao se verificar as faixas de idade, constata-se que a cor da pele conta mais entre as pessoas de 15 a 39 anos, na média geral. No Distrito Federal, o destaque é do grupo de pessoas entre 40 e 59 anos, com 79,5% admitindo a influência da cor da pele no cotidiano.
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CORREIO DA TARDE
Nos dias 25 a 27 de agosto será realizado, no Teatro Municipal Dix-Huit Rosado, o 1º Congresso Internacional de Direito Contemporâneo, intitulado As novas Tendências do Direito. As palestras destinadas ao público presente apresentam temáticas diversificadas tais como: A vitimologia - um elemento de redução para a dosimetria da pena, ministrada por Dr. Rafael Garcia Lagos, Constituição Social: sistema de garantias públicas e privadas que terá como palestrante Dr. Francisco Marques Lima, o novo processo Civil e sua compatibilização com a ampla defesa, palestra ministrada por Dr. Marcos Araújo, o código de processo constitucional cujo palestrante será Dr. Arthur Bonifácio. O evento contará também com as seguintes palestras: a função judicante no modelo de processo penal assecuratório, ministrada por Dr. Pedro Rodrigues Neto, o novo processo penal, debatido por Dr. Paulo Quezado, a insignificância do princípio da insignificância para o direito, ministrada por Dr. Adriano Saraiva. Finalizando o ciclo de palestras, serão apresentadas as temáticas: discurso sobre o sistema penal:uma visão crítica e o direito de concorrência na união européia como proteção aos direitos dos consumidores e ao mercado comum. As inscrições começaram no dia 04 deste mês e se estenderão até o dia 25 de agosto. Os interessados em participar do congresso poderão se inscrever por meio do preenchimento de uma ficha de inscrição que deverá ser entregue na Faculdade Mater Christi, instituição organizadora do evento, bem como via internet através do endereço eletrônico: www.matherchristi.edu.br. A taxa de inscrição para estudantes até o dia 07 do próximo mês corresponde a R$ 120,00, já para profissionais da área jurídica o valor equivale a R$150,00 em igual período. A partir do dia 08 de agosto até o dia 25 do mesmo mês, a taxa de inscrição destinada a estudantes sobe para R$ 150,00, já para profissionais o valor será de R$ 200,00, em idêntico período.Nos casos de inscrição de estudante, será necessária a apresentação da carteira estudantil no momento do credenciamento juntamente com o comprovante de depósito. A carteira de estudante também será exigida para o acesso ao congresso. O evento certifica 25h aula para fins de extensão universitária ou atividade complementar. Os certificados serão entregues aos participantes no último dia de realização do evento (27 de agosto), sendo necessária a comprovação de freqüência mínima equivalente a 60%. Aqueles que se inscreverem de vem ficar atentos ao fato de que não haverá restituição em caso de cancelamento. Os que não comparecerem ao evento perdem o direito ao reembolso da taxa de inscrição.
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ZERO HORA
Não restam dúvidas de que as mulheres conquistaram, definitivamente, um papel importante nas empresas, como executivas, diretoras e presidentes. A tendência, indiscutível, é o seu crescimento profissional. Porém, nem tudo são flores: jornadas de trabalho excessivamente longas, exigências e cobrança de metas pesam ainda mais quando aliadas a compromissos sociais, maternidade e cuidados com a beleza e a saúde. E a Tensão Pré-Menstrual (TPM), nesse contexto, é a gota d'água para crises de estresse.Um estudo da Universidade Estadual e do Centro de Pesquisa em Saúde Reprodutiva de Campinas mostrou que a TPM é cada vez mais comum entre as brasileiras. Das 860 entrevistadas, com idade entre 18 e 35 anos.
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Saiba como afastar o diabetes da sua vidaDoença é intimamente ligada à obesidade e vida sedentáriaA frase "Stop Diabetes", estampada em um cartaz gigante na frente do Centro de Convenções de San Diego, sede do 71º Encontro Anual da Associação Americana de Diabetes (ADA), realizado em San Diego (EUA), no final de junho, representava o clamor dos endocrinologistas contra essa epidemia mundial. Descontrolada, a incidência de diabetes dobrou em 20 anos, segundo um estudo da revista científica The Lancet. Hoje são 347 milhões de pessoas com a doença no mundo, um número tão alto que superou projeções anteriores, segundo as quais o planeta teria 285 milhões em 2010. O diabetes mais comum, do tipo 2, é fortemente associado a outra epidemia do século 21, a obesidade combinada à vida sedentária.A doença pode provocar complicações como distúrbios cardíacos, derrames, danos aos rins e ao fígado e cegueira. Do total de portadores do mal, 138 milhões vivem na China e na Índia e outros 36 milhões, nos Estados Unidos e na Rússia. Entre os 199 países analisados, o Brasil ocupa a 119ª colocação, com 20 milhões de diabéticos. Todos com predisposição para apresentar distúrbios secundários, como, por exemplo, a retinopatia diabética.Em todo o mundo, a prevalência de diabetes em homens de mais de 25 anos cresceu de 8,3% para 9,8% entre 1980 e 2008. Para mulheres com mais de 25 anos, saltou de 7,5% para 9,2% no mesmo período. – Essa é uma das características definidoras da saúde mundial nas próximas décadas – diz Majid Ezzati, epidemiologista do Imperial College London, que chefiou o estudo apresentado na reunião americana. Segundo ela, trata-se de uma epidemia em grandes proporções. E diferentemente dos casos de hipertensão e colesterol alto, não há um bom tratamento para o diabetes. A terapia atual consiste no uso de insulina ou de medicamentos para controle de glicose, alimentação pobre em carboidratos e gorduras e atividades físicas por toda a vida. O prognóstico é sombrio para quem não segue essa regra. Ainda segundo a pesquisa divulgada pela The Lancet, o diabetes mata 3 milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano.Na raiz do problema está o excesso de peso. Porém, para manter o peso em dia, não basta eliminar açúcar e doces da dieta. O endocrinologista Saulo Cavalcanti, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, participou da reunião de San Diego e voltou convicto das suas teses: o diabetes exige mudanças do estilo de vida. – Precisamos deixar de ser sedentários, ter uma alimentação mais saudável e preferir alimentos não industrializados. Hoje as pessoas vivem mais e o diabetes é uma consequência natural do envelhecimento – alerta Cavalcanti. :: Dieta especial: quer você tenha diabetes tipo 1 ou tipo 2, você se beneficiará bastante se seguir uma alimentação saudável, que irá ajudar a melhorar seus níveis de glicose, pressão e colesterol no sangue, além de ajudar a manter o seu peso sob controle. Mesmo que você tome remédios para a diabetes, controlar a sua alimentação é essencial para tomar as rédeas da doença e evitar as complicações. Lembre-se de obter auxílio adicional para o seu caso específico com o seu médico, com um profissional especializado na educação sobre a diabetes e/ou com um nutricionista.:: Abandone o excesso de bagagem: estima-se que 90% das pessoas com diabetes tipo 2 estejam acima do peso quando são diagnosticadas com o problema. E mais: problemas de excesso de peso podem acelerar o processo da doença e precipitar o desenvolvimento de complicações, especialmente doenças cardiovasculares e derrames. Ao comer melhor, seu corpo melhorará o uso da insulina disponível para diminuir os níveis elevados de glicose sanguínea, o que pode ajudar a retardar, reduzir ou eliminar a necessidade de medicamentos para a diabetes. :: Conheça seus carboidratos: a receita tradicional para pessoas com diabetes era o seguinte: evite carboidratos simples ou açúcares simples (como açúcar de mesa) porque eles aumentam o nível de açúcar no sangue rapidamente, e prefira os carboidratos complexos (como o amido e fibras encontrados em grãos, batatas, feijões e ervilhas), pois eles aumentam o açúcar sanguíneo de maneira mais lenta. Porém, o que realmente importa é como a comida é preparada e o acompanhamento desses carboidratos. A gordura, por exemplo, deixa a digestão de carboidratos mais lenta e diminui a velocidade com que a glicose é liberada no sangue. Carboidratos complexos que ainda não foram refinados ou processados continuam a ser as melhores opções devido aos nutrientes valiosos que fornecem, pois o refino e processamento costumam tirar os nutrientes e as fibras. :: Acostume-se com as fibras: uma das razões pelas quais os carboidratos complexos não refinados, como pães e grãos integrais, são tão benéficos é que eles são ricos em fibras, que diminuem os picos de glicose sanguínea após uma refeição.:: Coma aos poucos: muitos especialistas acreditam que os portadores da diabetes tipo 2 conseguem atingir níveis de açúcar normais evitando uma sobrecarga de alimentos de uma só vez. Tente comer três refeições menores e dois lanches durante o dia, mas sem aumentar a ingestão total de calorias.
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JORNAL DE BRASILIA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é contra a realização de prévias no PT para a escolha de candidatos às prefeituras, em 2012, e já trabalha para evitar a prática. Lula avalia que o modelo com voto dos filiados, tradicional no partido, deixa sequelas na disputa e mais atrapalha do que ajuda na atual temporada de costumes políticos pragmáticos. Em viagens pelo País, Lula já está articulando candidaturas e alianças. Ele combinou com a presidente Dilma Rousseff que cuidaria da montagem dos palanques nas principais capitais e enquadraria o PT. Aliancista, Lula avalia que o PT só deve apresentar candidato onde tiver reais chances de ganhar. Caso contrário, recomenda ceder a cabeça da chapa para uma outra legenda. "Em determinadas situações, precisamos juntar todos os diferentes para enfrentar os antagônicos", diz o ex-presidente. Em São Paulo, Lula está disposto a bancar a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, à revelia do PT. Pouco afeito a gestões políticas, Haddad enfrenta resistências na seara petista. O ex-presidente avalia que é preciso um nome novo na praça para enfrentar a "máquina" da prefeitura, comandada por Gilberto Kassab (fundador do PSD), e também do governo, dirigido por Geraldo Alckmin (PSDB). Além disso, há o fator Gabriel Chalita, deputado que migrou do PSB para o PMDB e assusta os petistas.A senadora Marta Suplicy (PT-SP) está na frente nas pesquisas, postula a indicação do partido para concorrer à Prefeitura de São Paulo - que já administrou de 2001 a 2004 - e acha que é a única em condições de derrotar José Serra (PSDB), apesar de enfrentar alto índice de rejeição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.























domingo, julho 24, 2011

MP pede anulação de promoções

Marco Carvalho e Fred Carvalho - Repórteres
O Ministério Público Estadual ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) pedindo a condenação por improbidade administrativa do ex-comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro. A ACP foi assinada por quatro promotores de Justiça no dia 1º de julho deste ano. O documento relata a denúncia de supostas irregularidades em processos de promoções de oficiais nos anos de 2005, 2006 e 2008. Em decorrência dessas supostas irregularidades, o Ministério Público quer, em outra Ação Civil Pública, anular as promoções de cinco coronéis, dos quais quatro compõem a atual cúpula administrativa da Polícia Militar. Possíveis irregularidades de Marcondes Pinheiro teriam beneficiado coronéis, entre esses Cel. AraújoDentre os coronéis alvos da Ação está Francisco Canindé de Araújo Silva, atual comandante-geral da Corporação. Além dele, outros oficiais ligados diretamente à administração da PM foram denunciados: os coronéis Francisco Canindé de Freitas, atual comandante da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE); Francisco Belarmino Dantas Júnior, subcomandante e chefe do Estado Maior da PM; Francisco Reinaldo de Lima, comandante do policiamento interiorano; e André Luiz Vieira de Azevedo, que está hoje na Espanha em curso de aperfeiçoamento. Todos esses têm as ascensões ao posto máximo da Corporação contestadas.A ACP se baseia em elementos colhidos em dois inquéritos civis para pedir a condenação do coronel Marcondes por improbidade administrativa e a anulação da promoções dos oficiais citados: o inquérito de número 094/06 e o de número 046/09. Nesses, são descritas as supostas irregularidades nas promoções dos oficiais que teriam ocorrido na gestão do coronel Marcondes, que assumiu o cargo em março de 2005 e o deixou em abril de 2010.Dentre as supostas irregularidades expostas estão agregações fictícias para abertura de vagas para promoção, interpretação errônea de decretos assinados às vésperas das datas de promoção e manipulação de fichas de notas que estabelecem a ascensão na carreira militar.As denúncias do Ministério Público, fundamentadas nos inquéritos civis, falam em "um grande conjunto fraudatório" desencadeado desde o ingresso do coronel Marcondes no comando-geral "até a sua saída". O pedido de anulação é assinado pelos promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público Afonso de Ligório Bezerra Júnior, Eudo Rodrigues Leite, Danielli Christine de Oliveira Pereira e Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida.Segundo o inquérito 094/06 utilizado na ACP, "as manobras perpetradas pelo então comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro, visaram unicamente favorecer determinadas pessoas por ele indicadas, o que implica em flagrante afronta, não apenas à legalidade, mas principalmente aos princípios da moralidade e impessoalidade administrativas". O inquérito 046/09 complementa a visão exposta pelo documento anterior. A investigação aponta "um conjunto de lamentáveis arbitrariedades" com pessoas ligadas ao ex-comandante-geral "por vínculo político ou pessoal". O documento prossegue: "Cada ato aqui imputado faz parte de uma cadeia de outros tantos, como uma espécie de caminho trilhado única e exclusivamente para beneficiar seus protegidos".O processo de número 0117271-15.2011.8.20.0001 relativo ao pedido de anulação das promoções foi distribuído por sorteio no dia 7 de julho passado e está sob responsabilidade de julgamento da 4ª vara da Fazenda Pública, que tem como juiz Cícero Martins de Macedo Filho. Já o processo 0117203- 65.2011.8.20.0001 relativo a acusação de improbidade administrativa do coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro corre na 1ª Vara da Fazenda Pública, que tem como juiz Virgílio Fernandes Júnior.Em 17 de abril de 2006, a Associação dos Oficiais Militares do Rio Grande do Norte protocolou representação no Ministério Público Estadual noticiando diversas irregularidades nos concursos de promoção de policiais militares. As irregularidades mais acintosas teriam ocorrido nos processos de promoção para o posto de tenente-coronel nos meses de abril e agosto de 2005.
O documento da Associação sustenta que a promoção foi fraudulenta uma vez que ocorreram agregações fictícias de oficiais da PM. Entende-se por agregações fictícias, os oficiais formalmente remanejados pra outros órgãos do Executivo, mas que continuaram a desempenhar as funções na antiga lotação. Dessa forma, como a Lei Estadual 4.533/75 prevê, há a abertura de vaga para a promoção com o objetivo de supri-la. A partir da denúncia, o Ministério Público compreendeu que o objetivo das agregações fictícias era o "favorecimento de determinadas pessoas por ele [coronel Marcondes] indicadas". O inquérito 094/06 traz os depoimentos dos, na época, tenentes coronéis Benedito Guilherme, Ademir Ferreira, Antônio Cipriano de Almeida e Joselito Xavier de Paiva. Os oficiais admitiram que sequer chegaram a prestar mais de dois dias de expediente para os locais onde foram remanejados. Em virtude dessa interpretação, o Ministério Público emitiu uma recomendação conjunta nº 60/2006 com objetivo de que os oficiais agregados passassem a exercer efetivamente suas funções nos órgãos da administração pública. Também recomendaram que a então governadora do Estado, Wilma de Faria, não mais efetuasse promoções de tais maneiras.Apesar disso, a Ação Civil Pública (ACP) relata que os supostos atos ilegais de agregações fictícias por parte do coronel Marcondes Pinheiro continuaram ocorrendo e obrigou a instauração de novo inquérito, que resultou na atual ACP.Dentre os que foram promovidos em abril de 2005 estavam o então major Francisco Canindé de Araújo e o major André Luiz Vieira de Azevedo, promovidos - à época - a tenentes-coronéis.Em 2008, além dos problemas com as agregações fictícias, surgiram denúncias de suposta manipulação das fichas de promoção pelo ex-comandante-geral, coronel Marcondes Pinheiro. De acordo com o exposto nas duas ações civis públicas ajuizadas este mês, "a instrução do inquérito civil comprovou que o então comandante da Polícia Militar do Estado do RN, coronel Marcondes Rodrigues Pinheiro, interferiu decisivamente nas promoções para o posto de coronel da Polícia Militar nos meses de agosto e dezembro de 2008". Foram nesses meses que os cinco coronéis citados na Ação do MP - que pede nulidade das promoções dos coronéis Araújo, Freitas, Reinaldo, Belarmino e Azevedo -, ascenderam ao posto máximo da Corporação por critério de merecimento. De acordo com a denúncia, o ex-comandante utilizou "o sigilo imposto ao processo e determinou a substituição de algumas fichas de informações em agosto de 2008 e de todas as fichas de informações dos chefes imediatos em dezembro de 2008". Assim, a substituição das fichas ocorreu por "conceitos atribuídos unicamente por ele, maculando o processo de promoção de forma definitiva e irreparável".A suposta manipulação nas fichas foram comprovadas através de depoimentos do Diretor de Pessoal na época, coronel Sérgio Guimarães da Rocha, e do capitão Gugliênio Marconiedson Siqueira. Consta no depoimento do coronel Sérgio, que o ex-comandante pedia verbalmente a fichas para si: "que as avaliações individuais de todos os concorrentes foram feitas pelo comandante da Polícia Militar; que algumas fichas já haviam sido preenchidas pelos chefes imediatos dos candidatos; que essas fichas preenchidas pelos chefes imediatos foram descartadas do processo de dezembro de 2008, porque prevaleceu a avaliação do comandante da Polícia Militar".A promoção ao posto de coronel decorre de três notas: nota técnica - soma de antiguidade, cursos e elogios -, nota individual - emitida pelo chefe imediato mediante conceitos como disciplina e capacidade -, e ainda uma terceira nota emitida de forma subjetiva e sigilosa pela Comissão de Promoção de Oficiais. Os valores são somados e divididos por três, de onde decorrerá uma média. De acordo com a quantidade de vagas e a posição alcançada pela média do candidato, o oficial é promovido. Os coronéis Freitas e Araújo foram promovidos em agosto de 2008. As ascensões de Reinaldo, Belarmino e Azevedo ocorreram em dezembro do mesmo ano.Em face das supostas irregularidades que cercavam o processo de promoção de oficiais desde o ano de 2005, o Ministério Público ajuizou no ano de 2009 uma outra Ação Civil Pública com objetivo de acabar com o sigilo envolvido no processo de ascensão dos policiais militares. Contudo, antes de começar a discutir o mérito do caso, o juiz Ibanez Monteiro da Silva, da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, sentenciou que a elaboração de tal questionamento não cabia ao Ministério Público.O magistrado entendeu que o MP estava discutindo algo que não configurava interesse coletivo e sim, "exercício coletivo de interesses individuais". Para Monteiro, "a alegada irregularidade supostamente ocorrida nas promoções anteriores poderá ter prejudicado ou beneficiado indevidamente um ou outro determinado candidato". Por isso, "caberá aos interessados que se sentirem prejudicados, manejarem ações próprias e pessoais para a devida correção".O promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Afonso de Ligório Bezerra Júnior, recorreu da decisão judicial. De forma conjunta, a promotoria de Defesa do Patrimônio Público se manifestou contrária à decisão, em entrevista à reportagem da TRIBUNA DO NORTE na sexta-feira passada. Para os promotores, cabe sim ao MP discutir a suposta irregularidade e propor a extinção.As promoções na Polícia Militar, realizada em abril de 2005 e nos meses de agosto/dezembro de 2008, seguiram as novas regras estabelecidas por decretos assinados às vésperas das ascensões. Os decretos nº 18.175, de 12 de abril de 2005, e o nº 20.663, de 15 de agosto de 2008, foram assinados pela então governadora Wilma de Faria e alteraram a forma como o comando-geral entendia o processo de promoção de oficiais. No entanto, o juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública, em março deste ano, considerou ilegais as interpretações feitas dos decretos. A visão é exposta na sentença do processo nº 038156-47.2008.8.20.0001, que tem como autor o tenente-coronel Clayton Tércio Oliveira de Souza e como réu o Estado do Rio Grande do Norte. "O decreto (nº 20.663) jamais poderia alterar o quantitativo que a lei prevê. Essa exigência legal não poderia ter sido ignorada pela Comissão de Promoção de Oficiais da Polícia Militar", relata o documento. Acrescenta ainda que alterações pretendidas pelos decretos 18.175 e 20.663 "é manifestamente ilegal"A sentença do juiz Cícero Martins deferiu o pedido de Clayton Oliveira para tornar-se coronel PM frente às irregularidades apontadas pelo oficial que pleiteava o posto. Caso similar ocorreu com o tenente-coronel Nilson Oliveira da Costa. O mesmo magistrado também decidiu pela legalidade da promoção devido às supostas irregularidades explicitadas. O Estado recorreu de ambas decisões e os processos encontram-se em grau de recursos.Para o Ministério Público, houve articulação do ex-comandante para a aprovação do decreto 20.6663/08. "(...) Visando beneficiar o referido oficial [o tenente-coronel Araújo, na época], o comandante-geral da PM articulou novamente junto a Governadora do Estado, por meio do processo nº 001/08 - GCG/PMRN, a expedição do decreto nº 20.663/08, em 15 de agosto de 2008 (a menos de seis dias do processo de promoções, e vários dias depois da data-limite prevista no art. 26 do decreto nº 6.892/76), que terminou ampliando o rol de oficiais dispostos no Quadro de Acesso para o posto de coronel, ao modificar o critério de acesso, para englobar todos os oficiais que contassem com, no mínimo, 36 (trinta e seis) meses no posto de tenente-coronel", relata a Ação Civil Pública. O MP cita ainda o que seriam incoerências nos atos do ex-comandante. De acordo com a ACP, o Quadro de Acesso para a promoção em agosto de 2008 foi publicado quase dois meses antes (16 de junho de 2008), já nos moldes do decreto que só foi publicado dia 16 de agosto, cinco dias antes das promoções. Pode-se ler na Ação: "A ilegalidade é tão patente, que o comandante-geral antecipou até mesmo a vigência de norma regulamentar, para incluir a qualquer custo os oficiais beneficiados pelas promoções de agosto". Um dos beneficiados com a interpretação da decisão da governadora foi o então tenente-coronel Francisco Canindé de Araújo Silva. Na oportunidade, ele figurava na 27º colocação e sequer entraria no quadro de promoção, uma vez que o limite estipulado era de no máximo 14. Após a suposta fraude, o rol passou a ser de 28 ten-cel e englobou o atual comandante-geral da Polícia Militar. Em dezembro de 2008, a alteração proposta pelo decreto também beneficiou os tenentes-coronéis Belarmino e Azevedo.Os coronéis da Polícia Militar que teriam sido beneficiados com as supostas irregularidades nas promoções se mostraram tranquilos em relação à ação movida pelo Ministério Público. Dos cinco citados na ação do MP, a TRIBUNA DO NORTE contactou quatro. O único que não foi localizado - (nem mesmo por e-mail) - foi André Luiz Vieira de Azevedo, que está fazendo um curso de aperfeiçoamento na Espanha.
Todos souberam da ação pela reportagem. O comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, citou o livro de Eclesiastes, em seu capítulo 3, para falar da ação: "Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus"."Tomei conhecimento agora desta ação e afirmo que estou completamente tranquilo. O Estado do Rio Grande do Norte foi quem me promoveu. A minha promoção a coronel foi baseada na Lei de Promoção de Oficiais e em decreto regulamentado. Sempre que fui promovido na PM, eu preenchia todos os requisitos exigidos para tal. Não houve irregularidade alguma e as pessoas de bem deste Estado sabem que, caso houvesse, eu seria o primeiro a não aceitar a promoção", acrescentou Araújo.Indagado sobre as supostas agregações de oficiais fictícias, na época em que o comandante da PM era o coronel Marcondes Pinheiro, Araújo foi incisivo: "Não compete a mim falar sobre isso".Sem citar nomes, Araújo disse acreditar que a ação do Ministério Público é baseada em relatos de "alguém que se sentiu prejudicado por não ter sido promovido". "Eu só posso lamentar por isso. Mas vou continuar meu trabalho tranquilamente. Essa ação não vai mudar nada aqui na Polícia Militar".O comandante de Policiamento do Interior (CPI), coronel Francisco Reinaldo de Lima também estranhou  a ação do MP. "Quando fui promovido, tinha todos os requisitos exigidos, já tinha 10 anos e quatro meses de tenente-coronel e havia uma vaga para coronel. A minha promoção foi justa não só pelo tempo de serviço, mas principalmente pela minha dedicação à Polícia Militar do Rio Grande do Norte. São 32 anos de serviço muito bem prestado. Não tiro férias, não gozo licença-prêmio e tenho nove elogios na minha ficha", disse Reinaldo.Para o comandante do Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE), coronel Francisco Canindé de Freitas, a promoção dele foi tardia. "Para falar a verdade, a minha promoção a coronel já estava passando do tempo, uma vez que fiquei mais de oito anos como tenente-coronel. Mesmo não tendo conhecimento prévio desta ação, adianto que estou absolutamente tranquilo. Isso porque quando fui promovido não houve redução de interstício, não houve agregação, havia vaga e eu era o mais antigo. Ou seja, não houve irregularidade ou anormalidade".O subcomandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Belarmino Dantas Júnior, disse não se sentir parte da ação do Ministério Público. "A minha promoção foi normal. Coube à chefe do Executivo Estadual me promover e assim foi feito, mas tudo dentro da legalidade. Só para lembrar, eu fui promovido a coronel em dezembro de 2008, mas já em agosto do mesmo ano eu era postulante da promoção. Sinceramente, eu não me vejo na obrigação de responder na condição de réu nessa ação. Para resumir, eu acho lamentável toda essa situação".Ministério Público acompanha promoções de oficiais da PM desde 2005. Vários inquéritos, ações e recomendações já foram públicos e instaurados sobre o assuntoO coronel Marcondes Rodrigues assume o comando geral da PM.O novo comando propõe alterações no processo de promoções e obtém do governo o Decreto 18.175 e publica (fora do prazo legal) novo quadro de acesso a promoções de oficiais, anulando quadro publicado em janeiro pelo comando anterior.Tenentes-coronéis são agregados em outras repartições públicas, para abrir vagas no posto, mas permanecem de fato na PM. Novo quadro de acesso a promoções é publicado.A Associação dos Oficiais PMs denuncia ao MPE diversas irregularidades nas promoções ocorridas entre abril e agosto do ano anterior.Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e a Procuradoria-geral de Justiça recomendam ao Estado para não efetuar novas promoções, tendo em vista excedente de oficiais pelos limites legais.Novas promoções de oficiais PMs, apesar da recomendação dos promotores.Boletim da PM traz quadro de acesso às promoções com 28 tenentes-coronéis (limite legal em vigor era 14).Publicado decreto 20.663 alterando o tempo mínimo de comando exigido e os limites legais de vagas para promoção a coronel. Cel. Marcondes avoca para si as notas de avaliação de alguns oficiais.Novo quadro de promoções a coronel é aberto. Marcondes avoca para si a atribuição das notas de avaliação de todos os candidatos a promoção.
o tenente-coronel Clayton Tércio entra na Justiça e, alegando irregularidades nas promoções de agosto de 2008, pede que seja promovido a coronel.O MPE pediu a Justiça o fim do sigilo no processo de promoção de oficiais.O juiz Ibanez Monteiro declara a ilegitimidade do MPE para atuar na questão.O juiz Cícero Martins, da 4ª Vara da Fazenda Pública, dá sentença favorável ao ten-cel Clayton Tércio. Com essa decisão, o ten-cel Nilson de Oliveria também move e ganha ação na Justiça e passa a coronel.Abril de 2010 O cel Francisco Araújo assume o comando geral da PM. Julho de 2011Quatro promotores da Defesa do Patrimônio Público entram com ações contra o ex-comandante da PM e pela anulação da promoção de cinco coronéis.

Amy Winehouse morreu 'sozinha na cama',

Chris Goodman, representante e amigo de Amy Winehouse, afirmou ao site TMZ neste domingo (24) que a cantora "morreu sozinha na cama".Ainda segundo Goodman, a morte teria sido presenciada por um segurança particular, que havia sido destacado para cuidar de Amy. Foi este homem quem chamou o resgate, disse o assessor."Ela estava no quarto dela, depois de dizer que queria dormir. E quanto ele [o segurança] foi acordá-la, percebeu que ela não estava respirando", contou Goodman ao TMZ. "Ele chamou os serviços de emergência imediatamente. Ele estava em choque. Neste momento, ninguém sabe como ela morreu. Ela morreu sozinha na cama", completou.Amy, que estava com 27 anos, foi encontrada morta em seu apartamento, na Camden Square, neste sábado. Segundo a Polícia Metropolitana de Londres, o óbito foi declarado ainda no local. A causa da morte ainda não foi determinada.Na manhã do domingo, a polícia anunciou que a necrópsia no corpo da inglesa não será realizada antes de segunda-feira. Segundo a imprensa britânica, o funeral deve ser realizado na terça, assim que a perícia for concluída.Tabloides ingleses publicaram neste domingo relatos de que Amy teria comprado grandes quantidades de drogas, incluindo cocaína e ecstasy, às vésperas de sua morte. A polícia, no entanto, avaliou que as especulações sobre as circunstâncias do óbito são "inadequadas".
Também neste domingo, a família de Amy divulgou comunicado lamentando a morte da cantora. "Ela deixa uma lacuna em nossas vidas", diz a nota, que a define como "sobrinha, irmã e filha maravilhosa. Estamos nos reunindo para nos lembrar dela e gostaríamos de privacidade e espaço neste momento terrível."Durante a tarde e a noite de sábado, dezenas de fãs e curiosos se reuniram diante da casa onde Amy vivia, na Camden Square, para prestar as últimas homenagens. Havia muitos brasileiros."Eu não esperava estar aqui e presenciar a remoção do corpo de Amy. Fiquei chocada", disse ao G1 estudante Vitória Cipolla, 28, que testemunhou o momento em que policiais carregaram o corpo de Amy para fora da residência.Marc Riddle, 26, que morava ao lado da casa de Amy, disse que "ela era uma boa menina". "Eu a vi por aqui diversas vezes. Nunca houve problemas", garantiu.Alvo constante dos tabloides ingleses por sua rotina de abuso de drogas, brigas e escândalos conjugais com o ex-marido, Blake Fielder-Civil, também viciado em drogas, Amy foi presa por duas vezes em 2008.Um dos seus principais hits, "Rehab", falava sobre suas constantes idas às clínicas de reabilitação. A faixa está no álbum "Back to black", de 2006, último lançado pela cantora. Rumores sobre um próximo álbum circulavam há tempos, mas uma das poucas gravações oficiais de Amy a ver a luz no período foi um cover de "It's my party", incluída em um disco do produtor Quincy Jones, lançado no ano passado.De acordo com o semanário musical "NME", o terceiro álbum da cantora teria sido concluído, mas enfrentava problemas de finalização por conta da rotina tumultuada de Amy.Amy Winehouse chegou a se apresentar em turnê pelo Brasil em janeiro deste ano, com shows em Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e São Paulo. A passagem dela pelo Brasil, no começo deste ano, prometia marcar a volta por cima da popstar britânica.O que se viu em suas apresentações, no entanto, foram shows curtos, marcados por uma presença de palco tímida e pontuados por alguns momentos constrangedores, quando a cantora esquecia as letras de suas próprias músicas e deixava o palco por alguns instantes sem dar satisfações.No mês passado, a cantora britânica abandonou uma turnê pela Europa após ter sido vaiada durante show na Sérvia por estar aparentemente bêbada durante a performance.Durante 90 minutos, Amy balbuciou partes de suas canções e deixou o palco várias vezes, enquanto a banda continuava o show.Amy Winehouse nasceu em Londres, em uma família judia. Começou a ouvir jazz quando criança e formou a primeira banda aos dez. Filha de uma farmacêutica e de um motorista de táxi, com o qual tinha uma relação conturbada, ela cresceu na área de Southgate, no norte de Londres. Seus tios maternos eram músicos de jazz profissional.Aos 16 anos, Amy passou a cantar profissionalmente. O primeiro disco, "Frank", foi lançado quando ela completou 20 anos e produzido por Salaam Remi. O segundo trabalho, "Black to black", saiu em 2006. O disco foi produzido por Mark Ronson e tinha como banda de apoio os Dap Kings, que também se apresentaram recentemente no Brasil.Foi "Back to black" que consagrou a cantora. O trabalho lhe rendeu cinco prêmios Grammy, o Oscar da música internacional.A morte precoce de Amy Winehouse aos 27 anos se junta a uma trágica lista de roqueiros que também morreram nesta idade, por consequência direta ou indireta do uso de drogas, entre eles, Janis Joplin, Kurt Cobain, Jim Morrison, Brian Jones e Jimi Hendrix.

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