domingo, março 30, 2014

Pauta destrancada abre espaço para se votar 'projetos-bomba' na Câmara

athalia Passarinho e Felipe NériDo G1, em Brasília
Após cinco meses de pauta trancada por projetos com urgência constitucional, a Câmara dos Deputados está perto de liberar as votações em plenário e poderá iniciar a análise de propostas que geram mais despesas para o governo federal. Líderes de partidos da base aliada e da oposição ouvidos pelo G1 disseram que vão pressionar pela votação de pisos salariais para agentes de saúde, policiais e bombeiros.
A análise dessas matérias será possível a partir desta terça (1º),  quando será votado o último projeto que tranca a pauta. O texto reabre o prazo para adesão das instituições de ensino ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior, do Ministério da Educação.
Vice-líder do PMDB, o deputado Danilo Forte (CE), afirmou que a bancada defende colocar, em seguida, em votação a proposta que estabelece piso salarial para agentes comunitários de saúde. "A nossa bancada tem 12 médicos, então a questão da saúde é importante para nós. Vamos, com certeza, apoiar essa proposta", disse.
Pelo projeto, o piso salarial seria de R$ 950 em 2014, R$ 1.012 em 2014 e reajustes conforme a inflação a partir de 2015. Atualmente não há um mínimo salarial, mas o governo federal repassa por meio de portaria R$ 950 por mês aos municípios para cada agente comunitário.
Preocupado com a pressão pela análise de textos que geram despesas, o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), advertiu que poderá obstruir as votações em plenário, o que deve paralisar os últimos esforços da Casa em aprovar projetos antes da campanha para as eleições de outubro. "Os mecanismos de obstrução são múltiplos e variados. Qualquer exagero paralisa a Câmara", declarou Chinaglia.
O petista disse acreditar que o ideal neste momento seja dialogar para propor uma pauta de comum acordo. "Qualquer um pode propor qualquer pauta, não questionamos. O que vamos fazer junto a líderes da base e oposição é tentar definir uma pauta importante para o país, de comum acordo", declarou.
Líder do Solidariedade, o deputado Fernando Francischini (SDD-PR), disse que não abrirá mão de votar projetos que beneficiam os trabalhadores, ainda que eles possam gerar polêmica.
Além da proposta referente aos agentes comunitários, o partido irá defender a votação de piso nacional para policiais e bombeiros, e o texto que altera o cálculo do fator previdenciário-  fórmula criada em 1999 para reduzir o valor do benefício de quem se aposenta por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos, no caso de homens, ou 60, no caso das mulheres.
O projeto em tramitação na Câmara prevê que, para obter aposentadoria com 100% do valor do benefício, a soma do tempo de contribuição e da idade do trabalhador deve totalizar o número 85 para mulheres e 95 para os homens.

"O governo não está conseguindo cuidar nem dele mesmo, que dirá retirar pautas positivas para os deputados. Ele está mais preocupado em segurar a CPI da Petrobras, não vai assumir mais esse desgaste. O governo agora vai travar tudo? Tudo que não é de interesse deles é pauta-bomba? Pauta-bomba são os valores que sumiram da Petrobras", provocou o deputado.

O líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA), afirmou que a bancada dará prioridade à aprovação do piso salarial para agentes de saúde.  "O PT pode obstruir, mas vamos trabalhar para aprovar. Essa questão dos agentes é unanimidade na bancada. Eu conheço bem a importância do trabalho dessa categoria e eles chegaram num limite bem razoável de negociação", disse.
Por sua vez, o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), quer incluir na pauta outro texto que desagrada ao Planalto - o que prevê o fim da multa adicional de 10% sobre o FGTS que o empregador paga à União pela demissão sem justa causa de trabalhadores. O Congresso aprovou texto semelhante no ano passado, mas a presidente Dilma Rousseff vetou a proposta. Os deputados agora querem, novamente, aprovar a matéria.
"Queremos eliminar  essa multa adicional do FGTS  porque ela prejudica as empresas. A PEC 300 (que prevê piso salarial para bombeiros e policiais) também é importante. O governo vai resistir, vai resistir muito. Estou com a expectativa de que haja obstrução" disse o deputado do DEM.
Para o líder do PPS, Rubens Bueno (RS), votar o projeto dos agentes comunitários é um “compromisso público da Câmara e do presidente da Casa desde o ano passado”.  “Por que não querem atender agentes comunitários, que são quase 400 mil prestando serviço comunitário, ‘na ponta’. O governo não quer atender isso. É interesse do povo mais simples”, declarou.
No final de 2013, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), chegou a anunciar em plenário diante de grupo de agentes comunitários uma data para a apreciação da matéria. No entanto, a matéria não pode mais ser votada devido ao trancamento de pauta pelo projeto do Marco Civil da Internet.

sábado, março 29, 2014

avião faz pouso de barriga em Brasília

Um vídeo obtido pela TV Globo mostra o momento em que o avião da Avianca pousa de barriga no aeroporto Juscelino Kubitschek, no final da tarde desta sexta-feira (28). O avião, com 49 passageiros a bordo, não conseguiu baixar o trem de pouso dianteiro.
No vídeo, é possível ver a aproximação da aeronave e o momento em que o piloto toca o solo com as rodas traseiras. O avião percorre boa parte da pista com o nariz do avião empinado. Quando perde velocidade, a aeronave toca o bico no chão e prossegue arrastando a parte de baixo da aeronave na pista.
O avião vinha de Petrolina com destino à capital federal. Todos os ocupantes tiveram de deixar o avião, um modelo Fokker 100, por uma rampa inflável na porta dianteira da aeronave.

De acordo com a Avianca, 20 passageiros seguiram para outros destinos em voos da própria companhia, 14 foram para suas residências em Brasília e nove adultos e uma criança foram acomodados em um hotel.
Em seguida, a gravação mostra bombeiros se aproximando do avião e despejando jatos de espuma sobre a aeronave, para reduzir o risco de explosão. A pista onde o avião pousou só foi liberada por volta das 21h. Os voos e decolagens programados a partir das 18h estavam sendo direcionadas para a segunda pista do aeroporto.
Avião (Foto: rede globo)Bombeiros em volta de avião da Avianca que pousou de barriga em Brasília  (Foto: TV Globo/Reprodução)
O engenheiro agrônomo Roque Marinato, que estava no avião, relatou que o piloto avisou que faria um pouso de emergência e que todos os ocupantes da aeronave se prepararam para um o choque da aeronave no solo. "Estava todo mundo tranquilo, não houve nenhum tumulto. Claro que tem pessoas que são mais suscetíveis a ficarem nervosas, mas o clima estava tranquilo", disse.
Estava todo mundo tranquilo, não houve nenhum tumulto. Claro que tem pessoas que são mais suscetíveis a ficarem nervosas, mas o clima estava tranquilo"
Roque Marinato, engenheiro agrônomo que estava no avião
Veja a nota da Avianca
"Sobre o ocorrido nesta sexta-feira, 28 de março de 2014, a Avianca informa que a  aeronave MK-28, Prefixo OAF 6393, procedente de Petrolina com destino a Brasília, com 44 passageiros e 5 tripulantes a bordo, pousou de forma segura no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck  às 17h42. Todos os passageiros foram desembarcados e transportados, em ônibus, até o terminal de passageiros. Após o desembarque, alguns passageiros optaram por seguir em suas conexões. Durante toda a ocorrência, priorizamos a assistência aos passageiros.
A Avianca informa que dos 44 passageiros a bordo do voo 6393 20 seguiram viagem em voos da própria companhia; 14 com destino a Brasília seguiram para suas residências e 9 adultos e uma criança foram acomodados em hotel."

terça-feira, março 25, 2014

Parlamentares pedem que PGR investigue Dilma por compra de refinaria nos EUA

Um grupo de parlamentares apresentou nesta terça-feira (25) um pedido para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, investigar a conduta da presidente Dilma Rousseff quando esteve na presidência do Conselho de Administração da Petrobras e autorizou a compra de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) cogitou a possibilidade da presidente ter cometido crime de "prevaricação" no caso e disse que o grupo de sete senadores também apoiará a realização de uma CPI no Congresso para apurar o negócio da estatal.
"Pedimos ao procurador-geral da República que investigue a circunstância de a presidente, depois de decorrido tanto tempo que deveria ter o dever de agir e não agiu neste caso, cometendo ato de prevaricação", argumento o senador.
"O que estamos questionando é por que os responsáveis por esse ato lesivo não foram afastados da administração pública, por que... não teve a atitude e a iniciativa por parte da autoridade que tinha o dever de agir", acrescentou.
Os problemas com o negócio em Pasadena são investigados desde 2008 pelo Ministério Público e pela própria Petrobras, mas ganharam novo contorno na semana passada depois que Dilma, que presidia o Conselho de Administração da estatal em 2006, quando a compra foi aprovada, afirmou que a operação se baseou em um documento "técnica e juridicamente falho".
Em 2006, a estatal comprou 50 por cento da refinaria no Texas por 360 milhões de dólares, mas em seguida, amargou uma batalha judicial com o parceiro no projeto, a Astra, e acabou desembolsando um total de 1,2 bilhão de dólares para adquirir a refinaria integralmente.
Os valores e os motivos da compra são agora alvo de questionamentos. Além da petição para que o procurador-geral investigue o caso, os partidos de oposição se articulam desde a semana passada no Congresso para criar uma CPI sobre o assunto.
Uma reunião dos opositores está agendada para esta terça para fechar a estratégia da tentativa de criação da CPI.
O governo tem tentado evitar que sua ampla base aliada apoie a investigação no Congresso, evitando assim que a oposição consiga as assinaturas necessárias para criação da CPI na Câmara e no Senado.

Desde a semana passada, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, estão conversando com os líderes de partidos aliados para barrar a investigação. (Agência Reuters)

Presidente do TSE defende o fim do voto obrigatório

O ministro do Supremo Tribunal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Marco Aurélio Mello, afirmou ser a favor do voto facultativo. “Sou a favor do exercício da cidadania, do voto facultativo, mas precisamos avançar culturalmente para que os brasileiros em geral percebam a importância do voto”, afirmou, durante gravação de entrevista para o Programa do Jô, da TV Globo. O programa vai ao ar na madrugada desta terça-feira, 25.
carlos humbertoMarco Aurélio de Mello destaca necessidade de mudanças no sistema eleitoral do PaísMarco Aurélio de Mello destaca necessidade de mudanças no sistema eleitoral do País

Segundo o ministro, o sistema de urna eletrônica no Brasil “preserva a vontade do eleitor”. “Agora é preciso que ele (eleitor) tenha, acima de tudo, vontade de buscar novos rumos para o Brasil”, afirmou. Mello disse ainda que o TSE passou a usar em sua publicidade institucional a expressão “vem pra urna” em uma alusão à mensagem “vem pra rua”, usada durante os protestos do ano passado. “Local para o protesto não é a rua e sim a urna eletrônica”, reforçou. Questionado se acreditava em mudanças significativas no quadro eleitoral deste ano por conta desse clamor popular, o ministro disse confiar nos seus “concidadãos, que vão comparecer nas eleições e elegerão os melhores”. Mello rebateu a possibilidade de fraudes nas urnas eletrônicas e disse não há casos de “nenhuma impugnação minimamente séria, muito menos procedente.” 

Ele disse que o fato de obrigar o eleitor a votar é uma maneira de tratar o cidadão como “tutelados”. “O cidadão deve ter vontade e exercitar sua vontade. O voto no Brasil sempre foi obrigatório, não decorreu do regime de exceção, mas agora é hora de se avançar e pensar no voto facultativo”, reforçou. Mello comentou ainda a questão da criação de novos partidos e o impedimento da criação da legenda da ex-ministra Marina Silva: Rede Sustentabilidade. “A participação diversificada é bem-vinda, mas tem uma demasia de partidos no Brasil”, afirmou. O ministro disse ainda que é preciso ter uma legislação que “obstaculize” a criação de novas legendas e um rigor maior pelo TSE.

Durante a entrevista, o ministro não comentou o caso do mensalão mineiro, que deve começar a ser julgado pelo STF nesta semana, mas respondeu questões relacionadas à Ação Penal 470, conhecido como mensalão. Ele negou que tenha divergências fora do plenário com o ministro Ricardo Lewandowski. “O plenário é um somatório de forças distintas. Num plenário, nós devemos discutir ideias e não tentar desqualificar o colega”, disse “Encerrada a sessão, nós voltamos a conviver.”

Questionado se por conta de ideias similares de alguns juízes da Corte era possível prever antecipadamente o resultado de um julgamento, o ministro afirmou que se “recusa a trocar voto” e que “não forma nem o clube do bolinha, nem o da Luluzinha”. “Me pronuncio de acordo com o meu convencimento. Atuo segundo minha formação técnica e humanística.”

Mello disse ainda não se intimidar ao fazer declarações. “O juiz se colocar em uma redoma é uma verdadeira autodefesa. Uma coisa é ele não se pronunciar sobre um conflito de interesse que deva julgar. Algo diverso é ser interlocutor da sociedade, informando a sociedade como deve ocorrer nos dias atuais.

terça-feira, março 18, 2014

Garibaldi: “Na conversa com o PMDB, Wilma não falou em candidatura dela ao governo”


Ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. Foto:Divulgação
Ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho. Foto:Divulgação
Alex Viana
Repórter de Política 
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), voltou a falar com O Jornal de Hoje na manhã desta quarta-feira. O ex-governador foi abordado sobre a possibilidade de a vice-prefeita de Natal e presidente do PSB, Wilma de Faria, provável aliada do PMDB e suposta candidata da aliança ao Senado, desistir desta postulação para se candidatar ao governo. “Na conversa que nós tivemos com ela, ela não falou nada disso”, disse o ministro, fazendo menção ao suposto acordo do PMDB com a ex-governadora.
Tal acordo preveria um palanque estadual liderado pelo PMDB, com candidato a governador, e o PSB, com Wilma para o Senado. Entretanto, informações dão conta de que Wilma só aceitaria disputar o Senado se o candidato do PMDB for o atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ou, então, o próprio ministro da Previdência. Diante da possibilidade – real – de o PT não fazer parte desta chapa – os petistas negociam com o PSD do vice-governador Robinson Faria a formação de um palanque oposto – Henrique poderá desistir de disputar o governo e o PMDB lançaria o ex-senador Fernando Bezerra, conhecido por conta dessa situação como “candidato laranja”. No entanto, afastado da política desde 2006, Bezerra não reuniria condições de competitividade, o que seria uma ameaça à eleição, tida como provável, de Wilma ao Senado.
Diante disso, Wilma já teria emitido sinais ao PT – e o PT já teria respondido afirmativamente – no sentido de uma aliança com Wilma para o governo e Fátima para o Senado. “Não tem novidade nenhuma. Não vou alimentar especulação. Na conversar que nós tivemos com Wilma, foi ventilado o Senado”, reforçou o ministro da Previdência.
Em entrevista ao Jornal de Hoje, na última segunda-feira, Wilma trouxe à discussão sua preocupação quanto a aliança com o PMDB apresentando Fernando Bezerra como candidato ao governo. Mesmo sem citar explicitamente o nome de Bezerra, Wilma disse que “o sentimento do povo tem que ser analisado cientificamente, através de pesquisas quantitativas e qualitativas”. Para os analistas políticos, a declaração da governadora foi uma espécie de alerta ao PMDB. Especialmente, à ideia de o partido de lançar Fernando Bezerra.
Há três semanas, o deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB), que tem proximidade com a ex-governadora, disse que Wilma não aceitaria ser candidata ao Senado ao lado de Fernando Bezerra, porque “ele puxa para baixo” o palanque. Informações de bastidores indicam que Wilma teria pesquisas de opinião, advertindo quanto ao risco de derrota dela ao Senado, em caso de um palanque com Fernando Bezerra candidato ao governo. Ao externar a preocupação quanto às pesquisas, a intenção de Wilma seria mostrar essa incompatibilidade, e reagir a ela.
Reação
Neste sentido, o PMDB jogaria com todas as suas forças – e prestígio político em Brasília – para o que seria o projeto número um do partido: a candidatura do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, a governador. A candidatura de Henrique só se viabiliza, segundo diria o próprio, se não houver palanques adversários. Como está se desenhando um forte palanque opositor, com o vice-governador Robinson Faria (PSD) disputando o governo, e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) o Senado, Henrique trabalharia junto à cúpula do PT nacional a retirada da candidatura de Fátima e a união do PT com o PMDB.
Na semana passada, circulou a informação de que o PMDB do Rio Grande do Norte teria uma reunião nesta terça-feira com o ex-presidente Lula, em Brasília. O objetivo seria convencer o PT a apoiar a candidatura de Henrique, para o que, o partido do deputado estadual Fernando Mineiro deveria abrir mão da candidatura majoritária, representada pela deputada Fátima Bezerra. O ministro da Previdência, Garibaldi Filho, porém, desmentiu esta informação. “Boato, por ora. Lula hoje não tem nem agenda aqui”, disse Garibaldi, no contato com a reportagem.
Salvação
A aliança com o PT, neste momento, é vista como a salvação da aliança entre PMDB e PSB, tendo como resultado a candidatura de Henrique a governador, que estaria condicionada a essa mega aliança – trazendo Wilma a reboque ao Senado. Na costura dessa aliança, o peemedebista já teria conseguido o mais difícil: o apoio dos partidos de oposição a Dilma a sua candidatura, representados no RN pelo DEM do senador José Agripino Maia e da governadora Rosalba Ciarlini, o PSDB do suplente de deputado federal Rogério Marinho e o PPS do suplente de vereador Wober Júnior, além de legendas satélites ao PMDB, como o PV, o PR e o PROS.
Para o palanque ficar completo, isolando qualquer possibilidade de candidatura adversária forte, faltaria apenas ao PMDB atrelar ao grupo suprapartidário o PSB de Wilma de Faria, o PT de Fátima Bezerra e o PSD de Robinson Faria. O PSB de Wilma já estaria “na agulha”, mas o palanque do PT com o PSD está assustando Henrique, que temeria enfrentar a chapa Robinson e Fátima – mesmo ao lado de Garibaldi, Agripino, Wilma – as três maiores lideranças políticas do Estado, e agregados de algum peso, como PROS e PR.
Instado a falar da intenção do PMDB de demover o PT e sua candidatura em prol de uma aliança com o PMDB e aliados, Garibaldi negou a intenção. Entretanto, manteve a posição de não descartar a possibilidade. “Absolutamente, ninguém vai mexer nada com PT. Como eu disse, com o PT tivemos aquela conversa, mas avançou mais a conversa com o PSB. Mas não está descartada (aliança com o PT), mas não está fechado”, disse o ministro Garibaldi Filho. Quanto às críticas do presidente do PT em Natal, Juliano Siqueira, ontem, no Jornal de Hoje, Garibaldi preferiu não responder. “Isso não vou dizer nada”.

domingo, março 16, 2014

Piloto falou com controle de tráfego após aparelho ser desligado, diz jornal

Um dos pilotos do voo MH-370, da Malaysia Airlines, teria falado com o controle de tráfego aéreo após o desligamento do sistema de sinalização da aeronave, segundo informou neste domingo (16) o The New York Times. O piloto não teria mencionado nenhum tipo de problema. A informação foi dada ao jornal norte-americano por uma autoridade da Malásia.
A notícia reforça a teoria de que pelo menos um dos pilotos tenha ligação com o desvio do avião, que transportava 239 pessoas e sumiu no dia 7 de março. Autoridades da Malásia já foram às residências dos pilotos em busca de informações.
Durante uma coletiva de imprensa no domingo, o ministro da Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, que também é ministro dos Transportes em exercício, deu uma resposta lacônica sobre a possível comunicação com o piloto após o desligamento do sistema de sinalização: "Sim, ele foi desativado antes", disse ele.
Investigações
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou que o voo MH-370 teve os sistemas de comunicação desligados por "alguém" que depois a conduziu até dois pontos possíveis: Indonésia ou a fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão.
Najib disse que o voo mudou de rota e voou durante 6 horas na direção oeste, após o último sinal da aeronave.
A polícia local realiza buscas na casa do piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos, que pilotava a aeronave.
O primeiro-ministro explicou que, com as novas informações obtidas, o voo MH-370 continuou emitindo sinais para um satélite até as 8h14 locais de sábado (21h14 de Brasília da sexta-feira).
Uma fonte militar malaia afirmou à agência de notícias France Presse que os investigadores acreditam que o avião pode ter sido desviado para o Índico por uma pessoa com profundo conhecimento das rotas aéreas e das posições dos radares. "Com certeza seria um piloto experiente, competente e em atividade", disse a fonte, que, no entanto, não revelou se as suspeitas apontam para um sequestrador entre os passageiros ou um integrante da tripulação.

sexta-feira, março 14, 2014

É uma piada eesse Auxiliar que errou em Vasco x Fla faz exames e retorna depois de um mês o futebol do Rio não é sério


Erro arbitragem Vasco x Flamengo (Foto: André Durão)Bola dentro do gol não foi vista por Castanheira e causou polêmica no clássico (Foto: André Durão)
Exatamente um mês depois da polêmica no clássico entre Vasco e Flamengo, Rodrigo Castanheira Flamenguista está provado, estará de volta às atividades. O auxiliar que errou ao não validar o gol de falta Douglas, que entrou 33 centímetros, foi aprovado nos exames médicos indicados pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e apareceu na escala de Macaé x Duque de Caxias, neste domingo, no Moacyrzão. O visitante corre sério risco de rebaixamento.Se o Flamengo pedir  de repente ele escapa.
Castanheira vai exercer a mesma função que o deixou marcado na ocasião, no Maracanã, como o assistente adicional que fica após a linha de fundo. Ele chegou a prestar queixa na Polícia Civil por ameaças de torcedores do Vasco que sofreu via internet. A equipe cruz-maltina acabou derrotado por 2 a 1 naquela tarde e foi ultrapassada pelo próprio rival.Ora esse safado ainda foi dar queixa na polícia. Ele devia ter sido preso e expulso do futebol. É um criminoso. Muito cuidado com esse individuo.
A diretoria do clube de São Januário fez pressão na entidade pedindo o afastamento e foi atendida. Foram 20 dias entre exames de vista, psicológicos e neurológicos em São Paulo. Com a aprovação dos médicos, o presidente da Comissão de Arbitragem, Jorge Rabello, outro Flamenguista, autorizou o retorno do profissional de 36 anos. É provável que Castanheira não atue em jogos dos times grandes do Rio de Janeiro nas próximas semanas.Cadeia nesse safado.

sábado, março 08, 2014

Aos 66 anos, morre o deputado Sérgio Guerra

O deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE) faleceu ontem devido a complicações causadas por um câncer nos pulmões. Natural de Recife, Sérgio Guerra tinha 66 anos e estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde se tratava de uma pneumonia. Economista, pecuarista e professor, o deputado estava em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados. Foi também senador, no período de 2003 a 2011. Originalmente do PMDB, Guerra passou pelo PDT e pelo PSB. Desde 1999, era filiado ao PSDB, e foi presidente nacional do partido de 2007 a 2013. Foi sucedido na presidência da legenda pelo senador Aécio Neves. Atualmente, era presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido, e do diretório da legenda em Pernambuco.
waldemir barreto
Um dos líderes da oposição, Sérgio Guerra foi presidente do PSDB entre 2007 e 2013Um dos líderes da oposição, Sérgio Guerra foi presidente do PSDB entre 2007 e 2013

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, divulgou uma nota de pesar pela morte de Sérgio Guerra, destacando que ele foi, “durante todo o período em que esteve no Legislativo, como deputado ou senador, uma contribuição importante para o debate político e parlamentar do País”. “Assim, é com grande tristeza que compartilho o momento de dor pelo qual familiares e amigos passam com a perda desse grande homem público”, conclui. A presidenta Dilma Rousseff  também enviou uma nota se solidarizando a amigos e familiares do parlamentar.

HomenagensCom a morte do deputado, a sessão de debates do Plenário foi cancelada. Antes da suspensão, os parlamentares presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Sérgio Guerra. Em seguida, deputados da base aliada e da oposição fizeram discursos a favor do tucano.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que Guerra sempre foi um fiel defensor dos princípios democráticos e sempre lutou por um Brasil melhor. “Continuará presente entre nós por meio do seu legado, de enorme valor”, ressaltou. Em nota, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, determinou luto de três dias pela morte do tucano.

A Executiva Nacional do PSDB também divulgou uma nota sobre a morte do deputado, ressaltando que, em sua gestão como presidente do partido, ele “modernizou o processo de comunicação do PSDB, investiu em mídias sociais (Facebook e Twitter) e incrementou o diálogo do partido com os diversos segmentos da sociedade (jovens, mulheres, minorias, sindicalistas)”.

O deputado Izalci (PSDB-DF) lembrou a importância de Guerra para reestruturação do PSDB. “Ele foi o grande responsável, realmente, pela unidade do partido e até mesmo a consolidação, agora, da candidatura do Aécio [Neves] à presidência”, disse. A Executiva do Democratas afirmou que Guerra tinha valor “inestimável” de combatividade e espírito público, modernidade e visão de futuro. 

A morte do ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra repercutiu também entre seus adversários. O possível candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, destacou a convivência respeitosa com o tucano enquanto foi ministro das Relações Institucionais no governo Lula. “Força à família de Sérgio Guerra. Quando era ministro de Relações Institucionais de Lula, apesar das divergências, sempre foi interlocutor respeitoso e extrovertido”, escreveu o político no Twitter.

Adversário de Sérgio Guerra em Pernambuco, o senador Humberto Costa o classificou como “um grande articulador da oposição” no Congresso Nacional. “Sempre mantive com Sérgio Guerra uma relação de cordialidade e respeito”, afirmou o senador por Pernambuco. André Carlos Alves de Paula (DEM-PE) deve assumir o mandato de Sérgio Guerra, pois é o primeiro suplente de sua coligação (PMDB-PPS-DEM-PMN-PSDB).

quarta-feira, março 05, 2014

As tentações de Joaquim Barbosa

Marcelo Coelho
Começo com uma banalidade. É natural que uma pessoa pobre sonhe em ficar rica. Mais forte, entretanto, é o sonho de enriquecer de novo quando se perde a fortuna possuída.
É mais fácil se contentar com o pouco que sempre se teve do que com o muito que se tinha, e que já não se tem mais.
Acredito que a regra funcione não só em matéria de dinheiro, mas em questões de poder também. Digo isso pensando no caso do ministro Joaquim Barbosa.
O presidente do STF deixou claro, tempos atrás, que não tinha intenção de concorrer a nenhum cargo eletivo; pelo menos, a disputa pela sucessão de Dilma Rousseff não estava no seu horizonte.
Uma coisa, entretanto, é não ter esse tipo de ambições quando tudo lhe parecia sorrir no caso do mensalão. A vitória sobre as teses da defesa estava garantida; a maioria dos réus, a começar de José Dirceu, tinha sido condenada.
Outra coisa é sentir, como Joaquim Barbosa declarou na semana passada, que todo o seu trabalho estava sendo “posto por terra”. Com a presença de Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki, não foi apenas na questão da quadrilha que o jogo parece ter virado no STF.
Corretamente ou não, Barbosa pode imaginar que, dada a nova composição dos membros do tribunal, dificilmente os responsáveis pelos próximos escândalos políticos serão punidos com a mesma severidade.
Tendo a acreditar, como dizem alguns inconformados com as decisões da última semana, que no STF de hoje nem mesmo a denúncia do Ministério Público contra os mensaleiros seria aceita.
Derrotado, Joaquim Barbosa está na situação de quem já teve o doce nas mãos e vê, de repente, que tudo não passara de um sonho. Não tem o poder de construir uma nova maioria no STF, e muito menos (embora pareça acreditar nisso) a capacidade de impor no grito suas próprias opiniões.
Ponho-me no lugar de Joaquim Barbosa. Como não acalentar a ideia de, um belo dia, nomear sozinho os futuros membros do STF? Vingar-se de Barroso, Teori e Lewandowski a partir de um lugar com muito maior poder de fogo?
A conjuntura eleitoral parece favorável a esse tipo de pretensão. Todo o clamor das manifestações de junho, contraditório como era, desapareceu sem ter sido atendido.
Eduardo Campos e Aécio Neves podem ser tão oposicionistas quanto desejem, mas não expressam aquele tipo de impaciência, de revolta, presente nas ruas. Mesmo porque, qualquer o partido a que se pertença, sempre há mensalões parecidos no fundo de alguma gaveta.
Isso é um movimento de direita ou de esquerda? Perguntava-se isso a propósito das manifestações. Havia as duas coisas. Também as duas coisas estão presentes, provavelmente, no ímpeto de Barbosa.
Violento contra o PT, ele não é menos antipático com relação aos erros ou hábitos da “mídia burguesa”. Quer figurões petistas na cadeia, não porque sejam ou tenham sido de esquerda, mas porque se recusa a aceitar que na cadeia só fiquem os pobres, os pardos, os negros.
Está desvinculado dos partidos. Parece disposto a condenar tucanos e petistas com a mesma fúria dos muitos manifestantes que rejeitavam Feliciano, Dirceu, Alckmin e Haddad num único, amplo e vago movimento.
Falta-lhe tempo na televisão (mas como ele teve tempo ao longo deste julgamento!); falta-lhe um partido de tamanho conveniente (mas é por ter achado um que Marina Silva esvaziou-se de seu potencial expressivo); falta-lhe capacidade de negociação política (mas é disso que tanta gente está cansada).
André Singer apontou, em sua coluna de sábado passado, o potencial de Joaquim Barbosa como candidato capaz de levar a sucessão de Dilma Rousseff ao segundo turno. É fato que as pesquisas, mesmo quando incluem o nome do ministro, garantem boa vantagem para a atual presidente, especialmente nas menores faixas de renda.
Mas é possível repetir-se aquele conhecido fenômeno que abala a política brasileira, a cada duas ou três décadas: primeiro Jânio Quadros, depois Collor de Mello, representaram a impaciência com os partidos e com a corrupção. O destino administrativo, político e pessoal desses personagens não foi, como se sabe, coerente com seu sucesso eleitoral.
Inflexível, autoritário, popular, emocional, Barbosa não é um demagogo nem um charlatão; suas diferenças com os dois antecessores são inegáveis. Não é impossível, entretanto, que a função —ou o drama— que ambos protagonizaram venha a repetir-se com seu nome.

terça-feira, março 04, 2014

Roberto Jefferson passa mal dentro da prisão em Niterói.Para alegria do furo político Joaquim Barbosa

O ex-deputado federal Roberto Jefferson, preso desde o último dia 24 de fevereiro, passou mal na última sexta-feira, dentro do presídio Casa do Albergado Coronel PM Francisco Spargoli Rocha, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Segundo informações da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o delator do Mensalão sentiu dores estomacais e foi atendido por seu médico particular e uma enfermeira da unidade.
Roberto Jefferson foi preso no último dia 14 de fevereiro
Foto:  Fabio Gonçalves / Agência O Dia
Roberto Jefferson fez exames de sangue e o resultado não apresentou alteração. O ex-parlamentar, que em 2012 fez uma cirurgia para retirada de um tumor no pâncreas, foi condenado a a sete anos e 14 dias em regime semiaberto por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.


    Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

     
    Powered by Blogger