sábado, março 08, 2014

Aos 66 anos, morre o deputado Sérgio Guerra

O deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE) faleceu ontem devido a complicações causadas por um câncer nos pulmões. Natural de Recife, Sérgio Guerra tinha 66 anos e estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde se tratava de uma pneumonia. Economista, pecuarista e professor, o deputado estava em seu quarto mandato na Câmara dos Deputados. Foi também senador, no período de 2003 a 2011. Originalmente do PMDB, Guerra passou pelo PDT e pelo PSB. Desde 1999, era filiado ao PSDB, e foi presidente nacional do partido de 2007 a 2013. Foi sucedido na presidência da legenda pelo senador Aécio Neves. Atualmente, era presidente do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido, e do diretório da legenda em Pernambuco.

waldemir barreto
Um dos líderes da oposição, Sérgio Guerra foi presidente do PSDB entre 2007 e 2013Um dos líderes da oposição, Sérgio Guerra foi presidente do PSDB entre 2007 e 2013

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, divulgou uma nota de pesar pela morte de Sérgio Guerra, destacando que ele foi, “durante todo o período em que esteve no Legislativo, como deputado ou senador, uma contribuição importante para o debate político e parlamentar do País”. “Assim, é com grande tristeza que compartilho o momento de dor pelo qual familiares e amigos passam com a perda desse grande homem público”, conclui. A presidenta Dilma Rousseff  também enviou uma nota se solidarizando a amigos e familiares do parlamentar.

HomenagensCom a morte do deputado, a sessão de debates do Plenário foi cancelada. Antes da suspensão, os parlamentares presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem a Sérgio Guerra. Em seguida, deputados da base aliada e da oposição fizeram discursos a favor do tucano.

O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), disse que Guerra sempre foi um fiel defensor dos princípios democráticos e sempre lutou por um Brasil melhor. “Continuará presente entre nós por meio do seu legado, de enorme valor”, ressaltou. Em nota, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, determinou luto de três dias pela morte do tucano.

A Executiva Nacional do PSDB também divulgou uma nota sobre a morte do deputado, ressaltando que, em sua gestão como presidente do partido, ele “modernizou o processo de comunicação do PSDB, investiu em mídias sociais (Facebook e Twitter) e incrementou o diálogo do partido com os diversos segmentos da sociedade (jovens, mulheres, minorias, sindicalistas)”.

O deputado Izalci (PSDB-DF) lembrou a importância de Guerra para reestruturação do PSDB. “Ele foi o grande responsável, realmente, pela unidade do partido e até mesmo a consolidação, agora, da candidatura do Aécio [Neves] à presidência”, disse. A Executiva do Democratas afirmou que Guerra tinha valor “inestimável” de combatividade e espírito público, modernidade e visão de futuro. 

A morte do ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra repercutiu também entre seus adversários. O possível candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, destacou a convivência respeitosa com o tucano enquanto foi ministro das Relações Institucionais no governo Lula. “Força à família de Sérgio Guerra. Quando era ministro de Relações Institucionais de Lula, apesar das divergências, sempre foi interlocutor respeitoso e extrovertido”, escreveu o político no Twitter.

Adversário de Sérgio Guerra em Pernambuco, o senador Humberto Costa o classificou como “um grande articulador da oposição” no Congresso Nacional. “Sempre mantive com Sérgio Guerra uma relação de cordialidade e respeito”, afirmou o senador por Pernambuco. André Carlos Alves de Paula (DEM-PE) deve assumir o mandato de Sérgio Guerra, pois é o primeiro suplente de sua coligação (PMDB-PPS-DEM-PMN-PSDB).

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