O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira (31) que não há "arestas" entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional. Nesta semana, os senadores não votaram duas medidas provisórias, atendendo a determinação da Mesa Diretora da Casa que veta análise de matérias que cheguem ao Senado menos de sete dias antes de perder a validade. As duas MPs, uma delas a que mantinha descontos nas tarifas de luz, foramenviadas pela Câmara ao Senado na última terça e perdem validade na segunda.
"Não há arestas. Eu disse em todos os momentos que a presidente compreendia muito bem o funcionamento das instituições democráticas", afirmou Renan.
O presidente do Senado também disse que a relação do PMDB com o governo "vai bem" e que tensões são "naturais".
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"O PMDB vive um excepcional momento de unidade. A própria relação do PMDB com o governo vai muito bem, com o próprio PT também. Essas coisas são superiores ao que acontece no dia a dia do Legislativo. Essas tensões são naturais".
Para substituir os efeitos da MP que não foi votada e manter os descontos nas tarifas de energia elétrica, o governo editou um decreto que adianta transferências da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para as distribuidoras de energia elétrica. Renan afirmou que apresentou ao governo alternativas para a MP e que concorda com a edição do decreto. Para ele, a única alternativa que não era viável era um "atropelamento" do Congresso.
"Havia muitas alternativas, só não havia a alternativa do atropelamento do Congresso Nacional. Essa nós não poderíamos concordar pois havíamos feito um compromisso com a Casa e com o país", concluiu
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