O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), criticou a forma como a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lutou contra a ditadura militar.As noticias da época afirmam que ela participou tambem de assaltos a diversos bancos no Brasil, o principal deles foi na Av. N.S. de Copacabana no Rio de Janeiro, e nesse um vigilante bancário foi morto pelo assaltantes hoje encastelados no governo de Lula. O tucano fez a crítica em audiência de seis comissões do Senado com o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos. A declaração de Virgílio foi feita quando ele criticava Vannuchi por ter participado da luta armada contra a ditadura militar. O tucano estendeu a crítica a Dilma, que militou em movimentos que realizaram ações armadas. A ministra nega que tenha participado diretamente das ações. “Ela (Dilma) não é bandida, mas lutou de maneira errada contra a ditadura”, afirmou o tucano. A assessoria da pré-candidata do PT anunciou que ela não vai comentar a declaração do senador tucano.Quem cala consente. Para Virgílio, o melhor caminho para acabar com a ditadura era por meio da política. Na época, ele fazia parte do partido comunista e entrou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB). O tucano destaca que foi pela via política que se chegou à democracia. Ele aproveitou para mencionar a visita que a pré-candidata fez nessa semana ao túmulo de Tancredo Neves. Virgílio afirmou que poderia se tratar de uma autocrítica. “Espero que tenha sido uma demonstração de autocrítica e não de eleitoralismo”. Antes, o tucano já tinha quase chorado ao lembrar de episódios que viveu durante a ditadura. Virgílio lembrou de um episódio em que sua casa foi invadida por militares. “Minha casa foi invadida e minha mãe foi obrigada a, comigo e com meus irmãos, foi obrigada a cantar o hino nacional de costas para a parede para mostrar que não éramos comunistas, e nós já éramos naquela ocasião”. Após quase chegar as lágrimas, o tucano afirmou não ter rancor e disse que a comissão da verdade não era o ideal. “Vi ali no Programa Nacional de Direitos Humanos a figura do rancor. Quando Vossa Excelência fala não vejo rancor, mas estou aqui para propor de se por uma pedra em cima. Essas feridas, eu não vejo porque reabri-las. Os restos mortais de amigos meus, de familiares de amigos meus, eles devem ter direito a um local para fazer um sepultamento e reavivar as memórias. Mas é isso e ponto. Não cabe isso, fazer uma comissão. Isso não é justo com os militares e os atuais dirigentes que não tem nada a ver. Peço a vossa excelência nobreza também perdoar, também esquecer”. Vannuchi respondeu as críticas de Virgílio sobre sua participação na luta armada dizendo que a derrota da ditadura se deu por “múltiplas ações”. O ministro disse ter orgulho de ter participado da resistência aos militares. “Não sou uma pessoa que quando fala naquele período fala que acertamos em tudo. Tenho orgulho ter participado juventude que mostrou que sempre quando tiver um golpe haverá reação e é fundamental que haja. Se foi correto ou não, tenho em aberto”. Depois da emoção de Arthur Virgílio, o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) também se envolveu com o tema. Ao falar da comissão da verdade e de presos, torturados e desaparecidos durante a ditadura, o senador Inácio Arruda chegou às lágrimas. A sala, lotada de senadores, ficou em silêncio por alguns segundos enquanto o senador do Ceará se recompôs e continuou a defender a necessidade da comissão para investigar o que aconteceu com os desaparecidos políticos.
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