domingo, setembro 22, 2013

Agentes do SNI monitoraram líderes da constituinte

Fabiana Melo
Agência Câmara

Brasília - No dia 1º de fevereiro de 1987, o grupo de 559 congressistas tomava posse com a missão de elaborar uma nova Constituição para o Brasil. Ao longo de dezoito meses, esses deputados e senadores foram acompanhados de perto pela imprensa e por toda a sociedade até o dia 5 de outubro de 1988, quando a Constituição Cidadã foi promulgada pelo Congresso Nacional. Hoje, 25 anos depois, se torna público que o trabalho na Assembleia Nacional Constituinte e a atividade política dos constituintes fora de Brasília eram acompanhados de perto também pelos agentes do Sistema Nacional de Informação (SNI), que manteve em funcionamento uma prática adotada no regime de exceção iniciado em 1964.
DivulgaçãoPela atuação na Assembleia Nacional  Constituinte, o deputado Ulysses Guimarães ficou conhecido como Senhor ConstituiçãoPela atuação na Assembleia Nacional Constituinte, o deputado Ulysses Guimarães ficou conhecido como Senhor Constituição

Uma busca rápida no Arquivo Nacional mostra mais de 2.250 documentos do SNI com menções à Assembleia Constituinte. Muitos com críticas ao então presidente José Sarney, o primeiro civil a ocupar o cargo após duas décadas de governo militar. Também foram produzidos boletins de dados individuais, com informações sobre parlamentares que disputariam as eleições de 1989. “Eu não tinha conhecimento que o SNI pudesse estar fazendo isso, mas desconfiava. Até porque, naquela época, sua atuação ainda era forte”, afirma o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), alvo de um dos boletins. “A abertura democrática se consolidou com a Constituinte. Se alguém tinha algo a perder, eram eles”.

Para o deputado constituinte Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), ainda que houvesse uma suspeita da vigilância do SNI, não era motivo para alarde na época. "Tínhamos essa percepção, sim. Era um fato que nós próprios não queríamos magnificar. Dávamos um tratamento como se [o SNI] fosse um espécime em extinção. Porque ele estava atingido, mas não liquidado. Faltava a Constituição Federal, que seria o símbolo da redemocratização", explica Ibsen.

DivulgaçãoIbsen Pinheiro lembra que havia suspeita sobre ação do SNIIbsen Pinheiro lembra que havia suspeita sobre ação do SNI

Inimigo interno

Os documentos vieram a público com a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação (12.527), em novembro de 2011. “Eles continuaram atuando sob a inspiração da doutrina de segurança nacional, onde o inimigo é interno, são os movimentos sociais, são os políticos de oposição”, afirma a professora do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB) Albene Miriam de Menezes. “A Assembleia Nacional Constituinte poderia, por exemplo, ter modificado a Lei da Anistia, e eles temiam muito isso”, complementa a professora. 

Relatórios detalham, por exemplo, a composição de comissões e a formação do grupo parlamentar que ficou conhecido com Centrão. Em alguns documentos, os agentes deixam clara a preocupação com a maneira deturpada como seriam vistos pelos constituintes e avaliam os efeitos que isso poderia provocar para o SNI no texto final da Constituição.

Para o jornalista e escritor Luiz Gutemberg, que cobriu os trabalhos da Constituinte a serviço da TV Bandeirantes, os relatórios revelam a natureza do SNI. “O caráter fascista do regime militar, que nunca é explorado, é exatamente isso. Eles não acreditavam na capacidade da sociedade se autogerir. Eles achavam que a sociedade ia se entregar ao comunismo, à baderna”, afirma Gutemberg.

Extinção

Apesar de ter sobrevivido à Constituinte, o SNI foi extinto em março de 1990, em um dos primeiros atos do presidente Fernando Collor de Mello, o primeiro civil eleito pelo voto direto após a ditadura. "Na Constituinte, se sentia que o aparelho, no pior sentido da expressão, tentava uma espécie de sobrevida", lembra Ibsen Pinheiro.

Para a historiadora Albene Miriam de Menezes, uma pesquisa mais aprofundada do conteúdo de todos os relatórios pode ajudar a contextualizar melhor a atuação do SNI no período de redemocratização do Brasil. “História é um processo: daqui a 50 anos teremos novas interpretações, até mesmo com o acesso a novas fontes de informações, como esses relatórios. Certezas vão ser desconstruídas e novas interpretações vão ser formuladas.”

Já são seis as baleias mortas em Upanema

Já são seis as baleias mortas após encalhamento na praia de Upanema, no litoral de Areia Branca. Segundo informações da equipe de monitoramento ambiental do projeto Cetáceos da Costa Branca, enquanto os trabalhos de resgate e reabilitação estavam sendo realizados, um dos 25 animais reconduzidos ao mar não conseguiu sobreviver. 

O biólogo Valdir Nery está no local desde a madrugada de hoje. Ele afirmou ao TN Online que a necrópsia da mortandade já foi iniciada. “Os estudos sobre as causas do encalhamento ainda serão iniciados. Por enquanto não é possível dizer o que motivou a 
vinda delas até aqui”, frisou Valdir. O coordenador do projeto Cetáceos de Areia Branca, Flávio José Lima, destacou que a baleia piloto, como é chamada, é na verdade um golfinho. 

“O adulto pode atingir até oito metros de comprimento e por ser tão grande o chamam popularmente de baleia”, explicou ele. Os populares que vivem na área invadiram o mar para ajudar os biológicos a reconduzi-los ao mar. Segundo informações não há perigo quanto a integridade física das pessoas.

quinta-feira, setembro 19, 2013

Por 6 a 5, Supremo decide dar nova chance a 12 réus do mensalão

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Fabiano Costa e Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília


O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira (18), ao iniciar seu voto sobre a validade dos embargos infringentes, que a Corte não pode ceder ao "clamor popular" e à "pressão das multidões".
Celso de Mello dará o voto de desempate sobre o recurso que, se cabível, possibilitará novo julgamento para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão.
Segundo ele, o Supremo "não pode se expor a pressões externas, como aquelas resultantes do clamor popular e da pressão das multidões, sob pena de abalar direitos e garantias individuais e [levar] à aniquilação de inestimáveis prerrogativas que a norma jurídica permite a qualquer réu diante da instauração em juizo do devido processo penal".
Como poderiam ficar as penas se réus obtiverem absolvições após análise dos embargos infringentes no mensalão (Foto: Editoria de Arte / G1)
A expectativa no Supremo é de que o ministro, que em 2012 se manifestou a favor do recurso, mantenha seu entendimento sobre o tema. Na semana passada, ele próprio disse que a decisão já estava tomada e que não mudaria seu voto. Celso de Mello deve levar um voto longo à sessão para fundamentar sua decisão.
Durante o voto, Celso de Mello disse ainda que é dever do Supremo garantir a todos os acusados "um julgamento justo, imparcial e independente".
"[Juízes] não podem deixar contaminar-se por juízos paralelos resultantes de manifestações da opinião pública que objetivem condicionar a manifestação de juízes e tribunais. Estar-se-ia a negar a acusados o direito fundamental a um julgamento justo. Constituiria manifesta ofensa ao que proclama a Constituição e ao que garantem os tratados internacionais."
Os embargos infringentes são recursos previstos no artigo 333 do Regimento Interno do Supremo, mas que não constam na lei 8.038/1990, que regula as ações no STF.
Até a semana passada, cinco ministros entenderam que a lei de 1990 revogou tacitamente (quando não há anulação explícita de um artigo) a existência dos infringentes (Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello).
Outros cinco ministros consideraram que a lei simplesmeste não tratou do recurso e que, por isso, o regimento do Supremo é válido para definir sua existência (Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski) - confira a argumentação de cada um.
A eventual aceitação pelo Supremo dos embargos infringentes poderá levar à mudança do regime de prisão de três réus do fechado para o semiaberto (José Dirceu,Delúbio Soares e João Paulo Cunha), caso eles sejam absolvidos. Pelo Código Penal, penas entre 4 a 8 anos são cumpridas no semiaberto (quando se pode deixar o presídio para trabalhar e voltar somente para dormir). Penas maiores que 8 anos são cumpridas no fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
Mesmo que os condenados não consigam absolvições, mas obtenham diminuição das penas, isso pode levar a prescrição (situação em que o condenado não pode mais ser punido em razão do tempo decorrido do cometimento do delito).
Para dois dos 12 condenados (Breno Fischberg e João Cláudio Genu), que têm apenas uma condenação, há chance de que a punição se reverta para absolvição - veja abaixo o que poderia acontecer com os 12.
Ao analisar os infringentes, porém, o Supremo também pode decidir manter as penas de todos os condenados


domingo, setembro 15, 2013

Advogados de réus do mensalão se dizem convictos de novo julgamento

Fabiano Costa
Do G1, em Brasília

A dias de o ministro Celso de Mello dar o último e decisivo voto sobre se haveránovo julgamento para 12 réus do processo do mensalão, advogados de sete deles ouvidos pelo G1 dão como certo que oSupremo Tribunal Federal (STF) aceitará os chamados embargos infringentes.
Cinco dos ministros votaram a favor e outros cinco votaram contra a admissão dos infringentes, que, se aceitos, permitirão que condenados com ao menos quatro votos favoráveis reivindiquem um novo julgamento. O último a votar, na próxima quarta-feira (18), é Celso de Mello, ministro mais antigo do STF.
Na última quinta (12), após sessão do Supremo sobre o assunto, Celso de Mello não antecipou o voto, mas disse que deve manter o entendimento que tem sobre o tema. Na primeira sessão do julgamento do mensalão, em 2 de agosto de 2012, ele afirmou: “Não sendo um julgamento unânime, serão admissíveis embargos infringentes do julgado”.
Mesmo evitando comemorar, os defensores dos réus aptos a requisitar uma nova análise das condenações não escondem o otimismo com o voto de Celso de Mello. Os advogados ouvidos pelo G1 disseram não acreditar que o ministro, segundo eles um dos juristas mais respeitados do tribunal, possa se deixar pressionar pela opinião pública (veja no vídeo abaixo as opiniões de especialistas no programa "Entre Aspas", da Globo News).
 “Não acredito que ele [Celso de Mello] venha a modificar sua posição. É um ministro que tem larga experiência, um jurista consagrado”, disse o advogado Alberto Toron, defensor do deputado João Paulo Cunha (PT-SP).
O criminalista Luiz Fernando Pacheco, advogado de José Genoino, tem a mesma opinião do Toron. Para Pacheco,apesar de ter sido um dos magistrados “mais duros” no julgamento do mensalão, o ministro é reconhecido por “prestigiar” o amplo direito de defesa.
“Celso de Mello foi um dos ministros mais duros [ao longo do julgamento], mas como jurista sério que é acreditamos que manterá a coerência. Tenho plena convicção de que um juiz experimentado como ele, com a experiência de vida de decano da mais alta corte do país, não se deixa impressionar. Ele votará conforme sua consciência”, opinou Pacheco.
Ex-ministro da Justiça, o criminalista José Carlos Dias, que comanda a defesa do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, afirmou que o ministro é um magistrado de “convicções firmes”.
“Celso de Mello não é homem de voltar atrás. Estou absolutamente confiante de que ele permanecerá com a mesma posição”, ressaltou.
Autor do recurso que antecipou a discussão no plenário do Supremo sobre a validade dos embargos infringentes, o advogado Arnaldo Malheiros também disse confiar na “coerência” do chamado "decano" (mais antigo) da corte. Malheiros atua como defensor do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.


Nesta quinta, logo após o encerramento da sessão da Suprema Corte, o advogado do ex-ministro José Dirceu, José Luis de Oliveira Lima, disse em São Paulo que Celso de Mello é “imune a qualquer pressão”.

“Tenho absoluta convicção de que o ministro Celso de Mello é imune a qualquer tipo de pressão e vai votar de acordo com a sua consciência", afirmou Oliveira Lima.
Responsável pela defesa de Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da agência de publicidade SMP&B, o criminalista Leonardo Yarochewsky foi o único dos criminalistas ouvidos pelo G1 que adotou maior comedimento em relação ao voto de Celso de Mello.
Mesmo dizendo acreditar que o ministro vai se posicionar a favor dos embargos infringentes, ressaltou que prefere “aguardar” o desfecho do voto.
“Temos de aguardar a decisão do decano. Não é razão de se comemorar nada ainda. É momento de sermos prudentes. Apesar de ele ter essa visão humanista, garantista, vamos optar pela prudência”, declarou Yarochewsky.
Réus que teriam direito
Dos 25 condenados pelo Supremo, 12 teriam direito a apresentar os embargos  infringentes caso Celso de Mello vote a favor da admissibilidade desse tipo de recurso.

São os casos de João Paulo Cunha, João Cláudio Genú e Breno Fischberg, que nas condenações por lavagem de dinheiro obtiveram ao menos quatro votos a favor.
Outros oito réus (José Dirceu, José Genoino, Delúbio SoaresMarcos ValérioKátia RabelloRamon HollerbachCristiano Paz e José Roberto Salgado) foram condenados por seis votos a quatro no crime de formação de quadrilha.
Simone Vasconcelos também obteve quatro votos favoráveis no crime de quadrilha, mas a punição prescreveu, e ela não pode mais pagar por este crime. No entanto, ainda poderá recorrer caso os infringentes sejam aceitos, reivindicando que sua pena seja recalculada
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sábado, setembro 14, 2013

Corpo do ex-ministro Luiz Gushiken é velado em São Paulo

Cíntia Acayaba
Do G1, em 
São Paulo

O corpo do ex-ministro Luiz Gushiken começou a ser velado às 7h55 deste sábado (14) no Cemitério do Redentor, no Sumaré, Zona Oeste da capital paulista.

Gushiken morreu aos 63 anos na noite desta sexta-feira (13) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O ex-ministro das Comunicações do governo Lula e fazia tratamento contra câncer no estômago desde 2002 e morreu em decorrência da doença.

Por volta das 8h30, chegou ao local o ex-presidente do PT e deputado federal por São Paulo José Genoino. Abatido, o deputado foi o primeiro político a chegar ao velório de Luiz Gushiken. Ele não quis gravar entrevista, mas ao sair, disse para as câmeras: "O silêncio fala por mim".

Genoino passa pelo velório em SP (Foto: Cintia Acayaba/G1)
Genoino passa pelo velório em SP
(Foto: Cintia Acayaba/G1)
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também passou pelo velório por volta das 8h50.
O corpo de Gushiken chegou às 7h20 ao cemitério. O filho Guilherme Gushiken, 30, pediu que a imprensa não acompanhe o velório dentro da sala. “Ele lutava contra um câncer havia muito tempo, mas não esperávamos. Passamos a noite em claro, é um momento de muita dor”, disse.

Segundo a assessoria de imprensa do cemitério, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou presença, bem como ministros e deputados. O enterro será às 16h.

Gushiken foi ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva Lula. Ele exerceu três mandatos de deputado federal pelo PT (1987-1990, 1991-1994 e 1995-1999).

Durante o período de internação, recebeu no hospital visitas de integrantes do PT, entre os quais Lula, o presidente do partido, Rui Falcão, o senador Eduardo Suplicy, deputados e dirigentes sindicais.
Bancário, Gushiken foi fundador e dirigente do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Exerceu a coordenação de campanhas presidenciais de Lula e, no ano passado, foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por falta de provas, da acusação de crime de peculato no julgamento do mensalão. A absolvição de Gushiken foi pedida pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O ex-ministro foi acusado de peculato (delito cometido por servidor contra a administração pública) após depoimento de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing e Comunicação do Banco do Brasil, que disse ter agido a mando de Gushiken no esquema que teria desviado, entre 2003 e 2004, R$ 73,8 milhões do Fundo de Investimento da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (Visanet).

Luiz Gushiken é velado em SP (Foto: Cíntia Acayaba/G1)
Amigos chegam para velório de Luiz Gushiken em SP
(Foto: Cíntia Acayaba/G1)
O dinheiro seria uma das fontes de recursos públicos do chamado "valerioduto", esquema pelo qual eram repassados recursos a parlamentares como pagamento pelo apoio político ao governo Lula em votações no Congresso, segundo o entendimento dos ministros do Supremo.
Gushiken sempre negou as acusações e, em sua defesa, sustentou que não eram da sua alçada os recursos do fundo da Visanet.
Depois de deixar a Secretaria de Comunicação, Gushiken passou a ocupar a chefia do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, de onde se demitiu em novembro de 2011.
Ele conheceu Lula quando ainda era secretário-geral do sindicato, na década de 70. Depois, foi presidente nacional do PT (1988 a 1990) e duas vezes coordenador da campanha de Lula a presidente (1989 e 1998)o G1, em Brasília
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Gushiken (Foto: Reprodução)
O ex-ministro e ex-deputado Luiz Gushiken (Foto:
Reprodução)
Leia abaixo a repercussão no meio político damorte do ex-ministro e ex-deputado Luiz Gushiken. Aos 63 anos, ele morreu de câncer na noite desta sexta-feira (13) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. No ano passado, Gushiken tinha sido absolvido pelo Supremo Tribunal Federal da acusação de peculato no julgamento do mensalão.

Cândido Vacarezza, deputado (PT-SP)
“A morte do Gushiken é uma perda irreparável para o PT. É meu amigo, fui várias vezes na casa dele, tanto em São Paulo quanto em Indaiatuba. E tenho uma relação de amizade com a mulher, com o filho e com ele.”

Delcídio Amaral, senador (PT-MS)
"Morreu Luiz Gushiken. Uma das principais lideranças do PT e um de seus melhores formuladores. Que Deus o abençoe!" (pelo Twitter)

Dilma Rousseff, presidente da República
"A morte de meu amigo Luiz Gushiken é um momento de dor e de reverência. Dor pela ausência que ele fará para todos os que tiveram a felicidade de conhecê-lo, que puderam compartihar da sua sabedoria e capacidade de pensar como o Brasil poderia ser uma nação mais justa para todos. Reverência pela serenidade como viveu a vida e enfrentou a morte. Fundador do PT, deputado federal por três legislaturas, meu colega de ministério no governo Lula, Luiz Gushiken partiu como viveu. Com coragem. Aos familiares e amigos, deixo as minhas condolências e homenagens a este grande brasileiro."

Edinho Silva, deputado estadual e presidente do PT-SP
"Perdemos o valoroso e histórico companheiro Luiz Gushiken. Deixa uma história de lutas e exemplos. Toda a solidariedade para a família." (pelo Twitter)

Eunício de Oliveira, senador (PMDB-CE)
“Nós fomos ministros juntos, ele da Secretaria de Comunicação e eu ministro das Comunicações. Sempre tive um diálogo muito bom com ele. Era uma pessoa extremamente calma, educada e de muito bom trato. Era um estrategista, uma pessoa de muito bom relacionamento, com quem tive um convívio muito bom. Perde o PT um estrategista e o Brasil, uma grande pessoa.”

Henrique Eduardo Alves, deputado (PMDB-RN), presidente da Câmara 
"Uma das maiores e mais respeitáveis lideranças do PT. Deixa uma marca de coerência na vida partidária."

Humberto Costa, senador (PT-PE)
“Para todos nós do PT e da esquerda foi uma grande perda. Ele foi uma pessoa crucial no processo de superação da ditadura, para os sindicatos de bancários de São Paulo e um dos fundadores do PT. Foi estratégico na campanha e no governo do presidente Lula, e uma pessoa extremamente injustiçada, acusada de crimes que ele nunca cometeu. Tanto que foi absolvido no processo do mensalão. A morte dele, para o PT, para o Brasil e para a esquerda é irreparável.”

Jean Wyllys, deputado (PSOL-RJ)
"Morreu devido ao câncer, mas podemos dizer também que morreu em decorrência da INJUSTIÇA praticada contra ele." (pelo Twitter)

José Dirceu, ex-ministro e ex-deputado (PT-SP)
"Gushiken, nos deixou. O sindicalista, ex-deputado e ex-ministro Luís Gushiken não está mais entre nós, para nos alegrar e sempre nos fazer refletir. Não dará mais suas broncas homéricas e não nos ensinará mais como viver com dignidade e feliz.(...) Quando Lula assumiu a Presidência da República, a 1º de janeiro de 2003, tornou-se seu ministro-secretário da Comunicação até deixar o governo por uma das maiores injustiças da Ação Penal 470 (no momento em tramitação no Supremo Tribunal Federal – STF): ele foi denunciado e sem respeito à presunção da inocência. Como todos nós. (...) Perdemos um companheiro e um amigo. O Brasil e nosso povo perdem um lutador. O PT perde um pouco de sua alma. Nós perdemos Gushiken, mas ficamos com seus exemplos de vida, de dignidade, de coragem. Isso mesmo: de coragem e acima de tudo sua disposição de luta."

José Genoino, deputado (PT-SP)
"O silêncio fala por mim."

José Guimarães (CE), deputado e líder do PT na Câmara
“Perdemos um brasileiro exemplar. Ele [Gushiken] suportou todos os dissabores, mas soube partir com dignidade. A todos os petistas que o visitavam no hospital, ele pedia uma única coisa: ‘Cuidem do PT’. Foi um homem que dignificou a República”.

Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República, e Marisa Letícia
"Luiz Gushiken foi um militante político brilhante, um conselheiro, um companheiro e um grande amigo. Um homem íntegro que dedicou sua vida à construção de um Brasil mais justo e solidário. No Sindicato dos Bancários de São Paulo, no Partido dos Trabalhadores, na Assembleia Constituinte, no governo e em todos os espaços em que atuou, sempre defendeu a democracia, a classe trabalhadora e um mundo com mais harmonia e justiça social. Nunca esqueceremos a contribuição generosa de Gushiken para a construção desse Brasil  que sonhamos juntos e que sem ele não seria possível. Neste momento de dor, queremos nos juntar e prestar nossa solidariedade aos seus familiares, amigos e todos aqueles que, como nós, só podem agradecer a Deus ter convivido com uma pessoa tão iluminada quanto Luiz Gushiken. Nossos mais sinceros sentimentos."

Marco Maia, deputado (PT-RS) e ex-presidente da Câmara 
"A morte do Gushiken deixa um vazio muito grande para o PT, para a política e para o movimento sindical. É um quadro insubstituível. Uma pessoa que dedicou sua vida à causa social, humanitária."

Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos
“Gushiken foi um dos construtores do nosso partido [PT]. Ele simbiliza  a dedicação de construir um  projeto de transformação. Era um humanista. Está todo mundo muito triste. O nosso partido hoje vive um sentimento de perda, mas de muito respeito por ele”.

Olívio Dutra (PT), ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Sul 
"Gushiken é um companheiro que conheci muito bem, já que ambos éramos militantes sindicais e bancários. Ele em São Paulo e eu em Porto Alegre. Depois voltamos a conviver na construção do PT, na construção da CUT, na Constituinte e no primeiro governo do presidente Lula. Sempre o tive como uma pessoa séria, íntegra, estudiosa, dedicada, a famosa sabedoria oriental. Tenho certeza de que ele deve ter ficado muito abalado pelo fato de ter sido incluído naquela primeira leva disso que se chamou mensalão, que ele não tinha nada a ver. Isso deve tê-lo abalado profundamente na sua visão ética, moral, de respeito à coisa pública e ao dinheiro público. Era uma pessoa muito determinada, muita dedicada. É uma morte prematura, ele era 10 anos mais moço do que eu. Tenho certeza que nessa dimensão nova da vida para onde ele foi, está junto com as pessoas de bem."

Ricardo Berzoini, deputado (PT-SP)
"Dia 13/9/13: o Brasil perde o Gushiken, um grande brasileiro que lutou pela democracia, pelos direitos humanos, pelos trabalhadores.(...) Enfrentou com dignidade uma doença agressiva, desde a juventude. Em 2002, teve que retirar dois terços do estomago e quase morreu. (...) Mas teve força pra coordenar a campanha vitoriosa do Lula, e ser um brilhante ministro, inspirador para todos nós. (...) Enfrentou a insanidade da PGR e do PIG, demonstrou como ninguèm a indignação de ser linchado, sendo inocente. (...) Enfim, só nos deu exemplos de liderança e compromisso. Estive com ele na última sexta. Lúcido, falando do Brasil, e administrando a morfina. (...) Gushiken, vc é o nosso amigo pra sempre. O Brasil te deve muito." (pelo Twitter)

Rui Falcão, deputado estadual (SP) e presidente nacional do PT 
"O Partido dos Trabalhadores lamenta profundamente o falecimento de um dos seus mais importantes construtores, o ex-ministro Luiz Gushiken. Homem de múltiplos talentos, participou da luta contra o regime militar e liderou o fortalecimento do Sindicato dos Bancários de São Paulo, trincheira onde organizou greves históricas e que trouxeram novos padrões de respeitabilidade e de direitos para sua categoria. Ainda no sindicalismo, foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Fundador do PT, coordenou campanhas eleitorais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presidiu o partido e foi um dos grandes artífices de sua consolidação como a mais importante agremiação política do país. Como ministro, colaborou na implementação de políticas públicas que hoje beneficiam milhões de brasileiros. Homem de força e coragem inabaláveis, lutou até os últimos dias contra a doença que hoje o vitimou. O PT, de luto, se solidariza com a família desse grande brasileiro. O momento é de grande tristeza para todos os nossos militantes."

Sindicato dos Bancários de São Paulo
"O Sindicato dos Bancários está de luto. Perdemos hoje nosso amigo e companheiro de muitas lutas Luiz Gushiken. Ele presidiu o Sindicato em 1985 e atuou ativamente contra a ditadura militar e em defesa da categoria bancária. Funcionário do antigo Banespa, hoje controlado pelo Santander, sucedeu Augusto Campos na direção do Sindicato no processo de redemocratização do país."
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