As buscas pelo Airbus A320-200 da AirAsia que desapareceu neste domingo (28) foram retomadas, segundo informou a agência de notícias Associated Press e a mídia local. As operações de busca haviam sido interrompidas por falta de visibilidade. A aeronave desapareceu quando fazia o trajeto entre Indonésia e Cingapura neste domingo, com 162 pessoas a bordo.
"Concluímos as buscas às 17h30 (08h30 de Brasília) porque estava anoitecendo. O tempo não era muito bom e estava ficando muito nublado', declarou o responsável do ministério indonésio de Transportes, Hadi Mustofa.
O diretor-executivo da AirAsia, Tony Fernandes, disse em uma entrevista que o sumiço do Airbus A320-200 é "inacreditável". "Meus únicos pensamentos estão com os passageiros e com a minha tripulação", disse Fernandes no Twitter ao se dirigir a Surabaya, no lesta da ilha de Java, local de origem da maior parte dos passageiros.
"Isto é um grande impacto para todos nós e estamos devastados", declarou ele ao chegar a Surabaya. Fernandes agradeceu a todos "por seus pensamentos e orações" e disse que "é preciso ser forte" em momentos como este.
As forças aéreas indonésias passaram horas buscando o avião que transportava 155 passageiros, entre eles 16 crianças e um bebê, e sete membros da tripulação. Segundo a companhia aérea, no voo havia 156 indonésios, três sul-coreanos, um malaio, um cingapuriano, um britânico e um francês (o co-piloto).
O Airbus, com número de voo HZ8501, decolou do aeroporto internacional Juanda de Surabaya, no leste da ilha indonésia de Java, às 05h20, e seu pouso estava previsto em Cingapura às 08h30 (22h30 de Brasília).
Jacarta perdeu o contato com a aeronave às 07h55, disse o porta-voz do ministério indonésio de Transportes, J.A. Barata. A AirAsia indicou, por sua vez, que a aeronave estava 'sob o controle do serviço de controle de tráfego aéreo da Indonésia' quando desapareceu.
Segundo um comunicado da direção da aviação civil de Cingapura, o contato foi perdido no espaço aéreo indonésio, '200 milhas náuticas (350 quilômetros) a sudeste da fronteira entre as regiões de informação de voo de Jacarta e Cingapura'. 'O avião (...) pediu um desvio devido às condições meteorológicas', disse a companhia malaia em sua página no Facebook.
Gérard Feldzer, ex-piloto e especialista aéreo contactado desde Paris, considera que esta manobra é particularmente complexa. "Quando não se está longe da altura máxima à qual o avião pode voar, a margem de manobra para sobrevoar uma tempestade é muito pequena", afirmou. Apesar disso, em sua opinião o mau tempo não seria o único motivo para explicar o desaparecimento da aeronave.
Ano ruim para a aviação malaia
As atividades de busca se concentraram em uma zona situada entre a ilha de Belitung e a província de Kalimantan, na parte indonésia da ilha de Bornéu, a meio caminho da trajetória do voo.
As atividades de busca se concentraram em uma zona situada entre a ilha de Belitung e a província de Kalimantan, na parte indonésia da ilha de Bornéu, a meio caminho da trajetória do voo.
Os Estados Unidos anunciaram sua disposição de ajudar 'as autoridades da região que dirigem as operações de busca do avião desaparecido'. 'Como já ocorreu no passado, os Estados Unidos estão dispostos a ajudar, de qualquer maneira possível', disse um funcionário do departamento de Estado, acrescentando que não havia cidadão americano no aparelho.
O Bureau Nacional de Segurança dos Transportes (NTSB, em inglês) comunicou que poderá enviar investigadores se houver uma solicitação neste sentido. 'Estamos acompanhando o desaparecimento do aparelho e monitorando a situação. Se formos solicitados, poderemos enviar investigadores (...) que trabalharão como assessores técnicos da agência que lidera as buscas'.
Na falta de notícias, o pânico foi se apoderando dos familiares dos passageiros no aeroporto de Changi, em Cingapura. Em Surabaya, centenas de indonésios se aproximaram do terminal em busca das últimas informações sobre seus entes queridos.
Uma mulher de 45 anos explicou à agência de notícias France Presse que seis de seus familiares estavam a bordo do avião. 'Iam para Cingapura para passar as férias lá. Sempre voaram com a AirAsia sem nenhum problema. Estou muito chocada com a notícia, e inquieta ante a ideia de que o avião tenha se acidentado', afirmou.
O Airbus desaparecido havia sido revisado em 16 de novembro, indicou a AirAsia, uma empresa que nunca teve um acidente fatal até o momento.
O presidente indonésio, Joko Widodo, afirmou que sua nação reza pela segurança dos que estavam a bordo.
A Austrália e o construtor europeu Airbus se comprometeram a ajudar na investigação, assim como o gabinete de investigação e análise francês (BEA), já que a aeronave foi construída na França.
A AirAsia tem mais de 120 Airbus A320 e é um dos maiores clientes do grupo aeronáutico europeu. Até 2026, há encomendas para mais 350 aparelhos.
O ano de 2014 foi ruim para a aviação malaia, com a perda de dois aviões da companhia nacional Malaysia Airlines.
Um Boeing 777-200 da Malaysia Airlines desapareceu no dia 8 de março pouco depois de sua decolagem em Kuala Lumpur com 239 pessoas a bordo.
Quatro meses depois, em 17 de julho, outro Boeing 777 da mesma empresa caiu com seus 298 ocupantes no território controlado pelos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.
A Indonésia, arquipélago de 17.000 ilhas muito dependente do transporte aéreo, apresenta um dos piores balanços da Ásia em matéria de segurança aérea.
Um Airbus A320-200 da AirAsia, com 155 passageiros a bordo e sete tripulantes, que fazia a rota entre a Indonésia e Cingapura, sumiu do radar neste domingo (28), informaram o Ministério dos Transportes indonésio e a companhia aérea.
Segundo porta-voz do Ministério dos Transportes da Indonésia, a aeronave perdeu contato com o controle de tráfego aéreo de Jacarta às 6h17 (horário local; 20h17 de sábado, 27, no horário de Brasília). O avião desapareceu ao voar sobre as águas ao sudoeste da ilha de Bornéu e em mau tempo.
A empresa malaia AirAsia informou que o piloto do Airbus A320-200 solicitou mudança na rota devido ao mau tempo. “O avião pediu um desvio devido às condições meteorológicas”, disse a companhia em um comunicado publicado em sua página no Facebook.
O voo QZ-8501 partiu do Aeroporto Internacional Juanda, em Surabaia (Java Oriental), às 5h20 (19h20 no horário de Brasília), com previsão de pouso emCingapura às 8h20 (22h30 no horário de Brasília). O Airbus desapareceu cerca de 40 minutos após decolar.
A AirAsia informou que, entre os passageiros, havia 149 indonésios, três sul-coreanos, um cingapurense, um malaio e um britânico. Já entre os tripulantes, havia um francês e seis indonésios.
A AirAsia confirmou em nota o sumiço da aeronave e o início de uma operação de busca e salvamento do avião.
Cingapura também acionou equipes de busca e resgate. “Dois [aviões] C130 estão prontos para ser usados. Estamos prontos para prestar assistência e apoio às operações de busca e salvamento”, afirma um comunicado da Força Aérea, Marinha e do Centro de Coordenação de Resgate do país.“AirAsia Indonésia lamenta confirmar que a torre de controle de tráfego aéreo perdeu contato com o voo QZ-8501 [Surabaia a Cingapura] às 7h24 desta manhã”, disse a companhia em um comunicado. “Operações de busca e resgate estão em andamento. AirAsia está cooperando plenamente com a assistência e serviços de salvamento”, diz a nota.
O mau tempo tem dificultado as operações de busca, realizadas em uma área de quase 200 quilômetros quadrados. A visibilidade no local, sergundo a Marinha, varia entre dois e 5 quilômetros.
Tragédia no início do ano
Um um avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo, que viajava de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China,desapareceu no dia 8 de março de 2014. Os investigadores acreditam que o voo MH-370 saiu de curso e caiu por falta de combustível no Oceano Pacífico.
Um um avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo, que viajava de Kuala Lumpur, na Malásia, para Pequim, na China,desapareceu no dia 8 de março de 2014. Os investigadores acreditam que o voo MH-370 saiu de curso e caiu por falta de combustível no Oceano Pacífico.
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