terça-feira, setembro 08, 2009

A QUEDA DE LULA, A QUEDA DE DILMA

A avaliação positiva do governo federal e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registraram uma leve queda nos últimos três meses, segundo a pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira (8). No dia 1 de junho, Lula tinha 81,5% de aprovação. Nessa última rodada, a pesquisa mostra um índice de popularidade de 76,8%, uma queda de 4,7 pontos percentuais. Já a avaliação do governo, que em junho era de 69,8%, caiu para 65,4%.Segundo a CNT/Sensus, a atuação do presidente Lula diante da crise do Senado, o envolvimento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, na crise da Receita Federal e a gripe suína foram os principais fatores da queda na avaliação do governo e de Lula. Apesar de ligar a crise do Senado à queda de popularidade do governo e do próprio presidente Lula, a pesquisa não perguntou a opinião dos entrevistados sobre a situação do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP)A avaliação negativa do governo, que era de 5,8% na pesquisa divulgada em junho, subiu para 7,2%. A desaprovação do desempenho pessoal de Lula saiu de 15,7% para 18,7%. A pesquisa divulgada em junho reflete o cenário avaliado em maio deste ano. Segundo o representante da CNT, Ricardo Guedes, a popularidade do presidente caiu devido à “postura menos política” perante a população. “O discurso do presidente Lula foi menos político. Em função dessa agenda negativa, ele teve uma comunicação menos direta com o povo. O efeito Lina, Dilma e Senado e a questão da saúde, com a gripe suína, foram predominantes”, avalia Guedes. As regiões Sul e Sudeste foram as que mais influenciaram no resultado, segundo a CNT/Sensus . A Pesquisa CNT Sensus quis saber - em votação espontânea – em quem o eleitor votaria para presidente da República no primeiro turno das eleições de 2010. Se tivesse condições de concorrer, o presidente Lula teria 21,2% dos votos. Já o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), teria 7,7%. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, faria 4,8%. Já o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), teria 3,1%. O deputado federal, Ciro Gomes (PSB-CE), registraria 1,0%. O secretário estadual de SP, Geraldo Alckmin, também teria 1,0%. A ex-senadora e vereadora de Maceió Heloísa Helena (PSOL) teria 0,9% e a senadora Marina Silva (PT-AC) ficaria com 0,9%. O número de eleitores sem candidato, segundo a pesquisa seria de 58,5%.No segundo turno, o governador de São Paulo vence em todos os cenários apresentados pela pequisa. Na primeira opção, Serra tem 49,9% e Dilma 25,0%. Eleitores sem candidato são 25,2%. Em maio de 2009 os números eram 49,7% para Serra e 28,7% para Dilma e 21,7% dos eleitores sem candidato. Os números mostram que o governador de São Paulo ampliou levemente a sua vantagem, enquanto Dilma, a principal candidata do presidente Lula, perdeu 3.7 pontos percentuais. No segundo cenário analisado pela pesquisa, sem o governador de São Paulo, Dilma tem 35,8% dos votos e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), 26,0%. Eleitores sem candidato são 38,3%. Em maio, a vantagem de Dilma tinha 39,4% e Aécio, 25,9%. O percentual de eleitores sem candidato era de 34,8%. Também nesse cenário, Dilma perdeu votos, se comparado a maio deste ano. A novidade é que a candidatura do governador de Minas Gerais também não apresentou reação no período em que Dilma esteve exposta à crise da Receita Federal e aos ataques da oposição no Congresso. Para o representante da CNT/Sensus, Ricardo Guedes, os dados revelam que a candidatura de Dilma ainda não conseguiu agregar votos próprios. "A Dilma ainda nao agregou votos próprios, apenas a médida de transferência, que é de 20%, dos votos que o presidente Lula acrescenta", diz Guedes.
Na terceira opção, novamente com Serra e sem Dilma e Aécio, o governador de São Paulo tem 51,5% e o deputado federal, Ciro Gomes (PSB-CE), 16,7%. Eleitores sem candidato são 31,9%. Em maio, 51,8% votavam em Serra e 19,9%, em Ciro. O percentual de eleitores sem candidato era de 28,4%. Os dados mostram uma melhora no desempenho de Ciro e a estabilidade na intenção de votos do tucano. Já na disputa com Aécio, o deputado federal do PSB tem 30,1%, contra 24,2% do governador mineiro. Em maio, a diferença era de 34,1% para Ciro, contra 27,9% de Aécio. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que livrou o ex-ministro da Fazenda e deputado federal Antonio Palocci (PT-SP) de responder a processo pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, a pesquisa CNT/Sensus incluiu Palocci em dois cenários, o primeiro com Serra e o segundo com Aécio. Contra Serra, Palocci tem 11,3%, contra 54,8% do governador paulista. Já contra Aécio, Palocci faz 17,5% e o governador mineiro: 31,4%.
Consideradas as grandes novidades na conjuntura política, a candidatura de Marina e de Palocci não foram submetidas a nenhum cenário com Dilma e Ciro, segundo a CNT/Sensus, porque o órgão não considerou relevante o confronto dos nomes pelo eleitorado.Na corrida pela presidência da República, o candidato com o maior margem de rejeição, segundo a CNT/Sensus, seria o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que teria 45,8% de rejeição. Em seguida viriam, Heloísa Helena 43%, Ciro Gomes 39,9%, Marina Silva 39%, Dilma 37,6% e Serra 29,1%. A acordo com as médias históricas registradas pela CNT/Sensus, candidaturas com rejeição superior ou igual a 40% nunca venceram uma eleição no segundo turno. "Podemos dizer que a candidatura de Palocci seria inviável e a rejeição da candidatura da ministra Dilma está no limite do que se considera inviável para disputar o segundo turno", diz Guedes.Em relação à transferência de votos por parte do presidente Lula, a pesquisa registra que 20,8% dos entrevistados votariam no candidato apoiado por Lula, 31,4% poderiam votar, 20,2% não votariam e 24,6% somente conhecendo o candidato para poder decidir. A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil entrevistados nas cinco regiões do país entre 31 de agosto e 4 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

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