terça-feira, outubro 26, 2010

A EX-MINISTRA ERENICE FOI INDICADA POR DILMA

Em depoimento, ela disse que se reuniu com representante da EDRB.Consultor da empresa denunciou suposto esquema de tráfico de influência.Ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, deixa a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília,após prestar depoimento.A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra afirmou nesta segunda-feira (25), em depoimento à Polícia Federal, em Brasília, que participou de uma reunião com representante da empresa EDRB. Em setembro, o ministério informou que ela não havia participado.A empresa tentava um empréstimo de R$ 9 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) supostamente por intermédio de Israel Guerra, filho da ex-ministra. Segundo o consultor Rubnei Quícoli, que tratou do negócio, Israel queria 6% do valor da liberação a título de “taxa de sucesso”. O BNDES, no entanto, negou o financiamento.Quícoli foi um dos responsáveis pela denúncia sobre o suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil.À PF, Erenice afirma que desconhecia atividades do filho, diz advogado. Erenice Guerra depõe durante cerca de quatro horas na PF. No depoimento, Erenice afirmou que a reunião aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do Executivo durante a reforma do Palácio do Planalto, e que ela participou “por alguns minutos, salvo engano entre 20 e 30 minutos”.Erenice disse ainda que não não sabia informar se a reunião na Casa Civil havia sido intermediada pelo seu então assessor Vinícus Castro, suspeito de envolvimento com o suposto esquema de tráfico de influência. Segundo a ex-ministra, a agenda do ministério era feita pelo chefe de gabinete, na época, Jorge Vidal.Ela também afirmou que não tinha conhecimento se o projeto da EDRB, de energia solar, teria chegado ao conhecimento da ex-ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e que também não sabia quem auxiliou a empresa "a fazer consulta ao BNDES em fevereiro de 2010".Ex-ministra depôs por cerca de quatro horas na PF nesta segunda.Segundo advogado, polícia não tem indício que justifique indiciamento dela.Advogado de Erenice Guerra, Mário Oliveira Filho, disse que no depoimento que ela deu nesta segunda-feira (25) à Polícia Federal, a ex-ministra da Casa Civil afirmou que não sabia das atividades do filho Israel Guerra. Erenice negou envolvimento no suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil.Segundo o advogado, durante as quatro horas de depoimento, a ex-ministra abriu mão do direito de permanecer em silêncio e respondeu a todas as perguntas, inclusive as feitas sobre o filho dela Israel Guerra.De acordo com ele, no depoimento Erenice disse que desconhecia as atividades da Capital (empresa usada por Israel para supostamente intermediar negócios de empresas com o governo) e que, durante um almoço de família, Israel teria dito a ela que estava pensando em abrir uma empresa para prestar consultoria a outras empresas.Ela disse que jamais deu autorização alguma para que qualquer contato ou negócio ou reunião fosse feita em nome dela ou a pedido dela"Mário de Oliveira Filho, advogado da ex-ministra Erenice GuerraSegundo o advogado, Erenice disse que Israel pretendia ter como sócio Vinicius Castro, ex-assessor da ex-ministra, primeiro a deixar a Casa Civil após as notícias sobre o suposto tráfico de influência na Casa Civil.Durante o almoço de família, a ex-ministra teria dito ao filho que, caso Vinicius entrasse como sócio na empresa, o então assessor da ministra teria que se demitir do cargo que ocupava na Casa Civil.Depois disso, a ex-ministra disse que não teve mais informações sobre abertura ou atividade da empresa. "Se ela soubesse antes, com certeza teria demitido [Vinicius Castro] sumariamente", disse o advogado Mário Oliveira Filho. “Ela disse que jamais deu autorização alguma para que qualquer contato ou negócio ou reunião fosse feita em nome dela ou a pedido dela", afirmou. Erenice Guerra depõe durante cerca de quatro horas na PFO advogado disse ainda que a polícia não tem nenhum indício que justifique o indiciamento dela. "O depoimento foi longo e acho que é suficiente o que ela respondeu, mas vamos ver. Algumas provas ainda serão colhidas."Só falta agora a Dilma dizer que não chece a Erenice, e esta dizer que o não conhece o filho, e o presidente Lula dizer que não conhece a Dilma, Erenice e o filho desta. É mole ou quer mais?

segunda-feira, outubro 25, 2010

LUIZ ALMIR E OS VOTOS CASADOS COM ROSALBA

A Governadora eleita Rosalba Ciarline deve ser agradecida ao deputado Luiz Almir. Conhecido como o maior benfeitor da zona norte de Natal, o deputado seresteiro fazia sozinho (com amigos) sua campanha para a reeleição de deputado estadual. A governadora eleita era a segunda colocada nas pesquisas ficando o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo em primeiro. Rosalba caia sistematicamente nas pesquisas. Depois de que passou a receber o incentivo de pessoas influentes e de quem sabemos que efetivamente Luiz Almir tem apreço, foi que alimentado pela seriedade das palavras do senador José Agripino, Luiz Almir resolveu por apoiar a candidatura de Rosalba Ciarline. Não foi coincidência não, foi liderança mesmo. Quem conhece os números, pesquise no TRE e vão encontrar mais de 20 mil votos casados de Luiz Almir com Rosalba, Zé Agripino, Garibaldi e Henrique Alves para deputado federal. Portanto nada mais merecido do que a governadora Rosalba convide Luiz Almir para exercer um importante cargo no seu governo.Competência ele tem é honesto e experiente. Permita-me o colega Túlio Lemos, se ele for para a presidência da Ceasa deve aceitar, mesmo porque ele conhece como funciona, mas, poderia ser uma secretaria social que ele conhece muito bem. Com a palavra a governadora Rosalba.

domingo, outubro 24, 2010

PT e Gilberto Carvalho viram réus em ação sobre propina em Santo André

Ana Paula Scinocca e Leandro Colon BRASÍLIA-
Uma decisão da Justiça traz de volta um fantasma que acompanha o PT e transforma em réu o partido e o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho. O assessor e o PT viraram réus num processo em que são acusados de participar de uma quadrilha que cobrava propina de empresas de transporte na Prefeitura de Santo André para desviar R$ 5,3 milhões dos cofres públicos. O esquema seria o precursor do mensalão petista no governo federal. Na segunda-feira, a Justiça tomou uma decisão que abre de vez o processo contra os envolvidos. A juíza Ana Lúcia Xavier Goldman negou recursos protelatórios e confirmou despacho em que aceita denúncia contra Carvalho, o próprio partido, outras cinco pessoas e uma empresa. A juíza entendeu, no primeiro despacho, em 23 de julho deste ano, que há elementos suficientes para processá-los por terem, segundo a denúncia, montado um esquema de corrupção para abastecer o PT. "Há indícios bastantes que autorizam a apuração da verdade dos fatos por meio da ação de improbidade administrativa", disse.O Estado esteve no Fórum de Santo André na quinta-feira para ler o processo e a decisão de segunda-feira. A Justiça local já enviou para a comarca de Brasília a citação do chefe de gabinete de Lula para informá-lo de que virou réu. No documento, a Justiça pede que Carvalho receba o aviso em sua casa ou no "gabinete pessoal da Presidência da República". O Ministério Público quer que o petista e os demais acusados devolvam os recursos desviados e sejam condenados à perda dos direitos políticos por até dez anos.A decisão judicial em acolher a denúncia foi celebrada ontem pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da região do ABC, responsáveis pela investigação. "Ao receber a denúncia, a Justiça reconhece que há indícios para que a ação corra de verdade. É um caminho importante para resgatarmos o dinheiro desviado", disse ao Estado a promotora Eliana Vendramini. Ela destaca que a Justiça decidiu aceitar a denúncia depois de ouvir a defesa de todos os acusados nos últimos três anos.Segundo a ação, o assessor de Lula transportava a propina para o comando do PT quando era secretário de governo do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002. "Ele concorreu de qualquer maneira para a prática dos atos de improbidade administrativa na medida em que transportava o dinheiro (propina) arrecadado em Santo André para o Partido dos Trabalhadores", diz a denúncia aceita pela Justiça. De acordo com a investigação, os recursos eram entregues ao então presidente do PT, José Dirceu.Apontado pelo Ministério Público como mandante do assassinato de Daniel, o ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, é companheiro de Carvalho na relação de réus. Somam-se ao grupo o ex-secretário de Transportes Klinger Luiz de Oliveira Souza, o empresário Ronan Maria Pinto, entre outros. "O valor arrecadado era encaminhado por Ronan ao requerido Sérgio e chegava, em parte, nas mãos de Gilberto Carvalho, que se incumbia de transportar os valores para o Partido dos Trabalhadores", afirma a denúncia. "A responsabilidade de Klinger e Gilberto Carvalho decorre da sua participação efetiva na quadrilha e na destinação final dos recursos." O dinheiro, aponta a investigação, serviu para financiar campanhas municipais, regionais e nacionais do PT. Por isso, o partido também responderá ao processo como réu.

DILMA TEM SIM O APOIO DE ZÉ DIRCEU E OUTROS ALOPRADOS

Programa do tucano diz que ‘votar na Dilma é votar no Zé Dirceu’.A candidata petista à Presidência da República, Dilma Rousseff, e a coligação ‘Para o Brasil Seguir Mudando’ ingressaram neste domingo (24) no Tribunal Superior Eleitoral com um pedido de resposta dentro do programa de rádio do adversário José Serra (PSDB).A coligação e sua candidata acusam a propaganda do tucano de usar mensagem ‘inverídica’, ao relacionar a candidatura de Dilma ao ex-ministro José Dirceu. O relator do caso é o ministro Joelson Dias.A mensagem contestada pela petista diz que quem votar na Dilma estará votando em José Dirceu. “Eu tenho muita pena de quem não percebeu que votar na Dilma é votar no Zé Dirceu. Toque, toque, toque. Bate na madeira. Dilma e Zé Dirceu, nem de brincadeira”, diz a mensagem apresentada no programa do tucano.Dilma e coligação afirmam que a mensagem veiculada, "além de sabidamente inverídica, macula a honradez das requerentes”. “Quando a propaganda afirma que votar em Dilma Rousseff é votar no ex-deputado José Dirceu, além de transmitir ao ouvinte fato sabidamente inverídico, distorce a verdade dos fatos de forma velhaca e ardilosa, atingindo de forma direta, o conceito, honra e imagem da candidata perante a população brasileira”, diz a defesa.A defesa da petista ainda faz referência ao candidato a vice-presidente, Michel Temer, a quem, segundo os advogados, o voto em Dilma estaria relacionado: "Logo, em respeito ao princípio da unidade da chapa, votar na Dilma é votar no Michel Temer. José Dirceu sequer é candidato no pleito, nem poderia”.Ora, será que Dilma vai procesar o Brasil que está dizendo que quem fala por ela é Lula. Ela mente quando diz que ela e Lula descobriram o Pré-Sal. Meu Deus, querem nos fazer de idiotas. Quanto a Zé Dirceu a prefeita de Natal que virou a casaca e passou a apoiar Dilma, disse em materia de todos os jornais de Natal e Mossoró que, o Zé Dirceu, o Palocci e outros aloprados ligaram prá ela convidando-a a comentar a loucura política de apoiar Dilma. Se nossos políticos tivessem acesso á campanha de Serra era só repetir as palavras de Fátima Bezerra contra Micarla de Souza. Zé Dirceu está sim na campanha de Dilma. Ele manda em Lula é sabe de todos os podres do governo.Lula também não é candidato.

sexta-feira, outubro 22, 2010

TSE multa Erenice Guerra em R$ 20 mil por ofensa a José Serra

Por 6 votos a 1, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram nesta quinta-feira (21) multar em R$ 20 mil a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, por ter usado site oficial para desqualificar o candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra. A suposta ofensa teria sido feita em nota divulgada dois dias antes do pedido de demissão pela ex-ministra. Não cabe recurso que modifique a decisão.Erenice Guerra deixou o cargo no dia 16 de setembro, após ter sido envolvida em denúncias de tráfico de influência na Casa Civil.Em nota divulgada em 14 de setembro, após a publicação das denúncias na imprensa, Erenice se disse vítima de uma "indisfarçável campanha de difamação", que, segundo a nota, favorecia "um candidato aético e já derrotado". O texto foi publicado no blog do Palácio do Planalto.Com todas as vênias, é sim usar um blog oficial para tentar desancar, desqualificar a candidatura alheia. A multa deverá servir como caráter pedagógico"Eduardo Alckmin, advogado de José Serra (PSDB)O relator do caso, ministro Henrique Neves, no entanto, entendeu que não havia conhecimento prévio da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e negou o pedido de multa feito também a ela.
O advogado da ex-ministra, Jorge Henrique, afirmou que o objetivo da nota era apenas esclarecer a verdade sobre as "acusações inverídicas veiculadas na imprensa".
"Em momento algum a nota publicada no site do Planalto faz referência à pessoa do candidato da coligação representante [José Serra]. De modo algum, [a nota] trouxe desequilíbrio no processo e isso não foi representado pela coligação [de Serra] nestes autos", afirmou a defesa de Erenice.Em defesa apresentada ao TSE, no último dia 13 de outubro, a ex-ministra afirmou que foi "execrada, indiciada e condenada" pela imprensa e, "no calor do momento", chamou o candidato tucano de "aético" e "derrotado".O advogado da coligação do candidato tucano, Eduardo Alckmin, refutou o argumento da defesa de que o nome de Serra não foi citado e afirmou que a identidade do candidato citado na nota poderia ser inferida. Ainda segundo o advogado, a ex-ministra usou um site oficial para atacar o candidato.Com todas as vênias, é sim usar um blog oficial para tentar desancar, desqualificar a candidatura alheia. A multa deverá servir como caráter pedagógico", disse o advogado de Serra.O ministro Hamilton Carvalhido foi o único a votar contra a aplicação de multa à ex-ministra. "A vontade dela [Erenice], a meu sentir, é pura e simplesmente a defesa de quem está a enfrentar uma acusação pesada, gravíssima, que decide vidas. Não estou dizendo que procedeu certo. Estou afirmando que vejo um puro grito, um exercício dessa defesa que está em todas as pessoas e que não se nega o direito a ninguém", disse o ministro.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Atitude de Lula na eleição 'contribui para clima de violência', diz Serra

O Diário do Norte do Paraná)
O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, atribuiu à campanha de Dilma Rousseff (PT) o acirramento da campanha eleitoral no segundo turno e disse que a atitude do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa “contribui para esse clima de violência”.Serra concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (21) na cidade de Maringá (PR), onde também realizou uma carreata. Serra falou sobre o episódio ocorrido na quarta (20) no Rio de Janeiro, quando houve tumulto entre cabos eleitorais do PT e do PSDB no local onde ele fazia uma caminhada. O tucano foi atingido por um objeto na cabeça. Ele passou por avaliação médica e recebeu uma recomendação de repouso.Serra foi questionado se temia um “acirramento” da disputa e, sem citar nomes, atacou a campanha da adversária petista.Quem está acirrando a campanha o tempo inteiro é o outro lado. Primeiro, através, da mentira. É a maior campanha de mentiras que eu já vi na minha vida. São profissionais da mentira. São também profissionais da violência. Já houve várias situações onde fizeram cerco, agressões e intimidações. Ontem, passaram da medida inclusive pelo tipo de gente que foi levada lá porque não são militantes tradicionais, quer dizer, é gente de repressão. E o incidente comigo foi apenas um exemplo do que aconteceu ontem. Teve uma jornalista que foi também ferida porque eles agridem com violência”, disse.saiba mais No Twitter, Serra diz que está bem e afirma que 'paz vai vencer' Serra é atingido na cabeça durante confusão no Rio Lula acusa campanha de Serra de mentir sobre agressão Depois, criticou a atuação do presidente Lula na campanha e afirmou que os tucanos não serão intimidados.É gente preparada para intimidar, mas não vão nos intimidar. Nós vamos continuar nossa campanha, mas sem reproduzir o que eles fazem. Nós somos contra a violência e contra tratar adversário como inimigo a ser destruído. Creio, infelizmente, que a atitude do presidente da República de se jogar de corpo e alma no processo eleitoral em vez de governar o país e, ao mesmo tempo, incitar a destruir os adversários, como ele tem feito -- há vários exemplos nesse sentido -- só contribui para esse clima de violência”, afirmou.

'Serra nunca falou em privatizar o BB e a Petrobrás'

Malu Delgado
Ex-presidente do DEM, Jorge Bornhausen foi convidado a integrar o núcleo político que vai comandar a campanha de José Serra (PSDB) no segundo turno da corrida presidencial. Um dos críticos mais contundentes do PT e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bornhausen, que já pregou o "fim da raça" petista, diz que o DEM deu respostas ao atual governo nas urnas. Foi em Santa Catarina que Lula disse que o partido seria extirpado e foi lá que o candidato Raimundo Colombo, do DEM, foi eleito. Político experimentado, Bornhausen cobra uma postura crítica de José Serra. Acha que a oposição tem que se mostrar como oposição. "Não vejo porque temer em falar em Fernando Henrique", afirma. Porém, salienta, o eixo da campanha não deve ser o passado. "A tônica central deve ser a proposição, o confronto de personagens. Mas, é indispensável que a crítica exista. E essa crítica foi muito mais feita pela imprensa", analisa.Sobre a questão do aborto, afirma que o tema foi introduzido à campanha pelo próprio PT na medida em que o governo defendeu a descriminalização do aborto no Plano Nacional de Direitos Humanos. O clima entre PSDB e DEM, afirma, não poderia estar melhor. "Estamos convictos de que vamos ganhar a eleição."
Como foi o processo para sua integração ao núcleo político da campanha?
O convite partiu do próprio candidato?
Na segunda-feira (depois do primeiro turno) os candidatos majoritários estiveram com o Serra. Nesta reunião, ele me pediu que colaborasse e ajudasse na coordenação de campanha. Eu concordei e disse que gostaria de trabalhar visando ao melhor resultado possível. Integramos o núcleo que tem o Aloysio (Nunes, eleito senador por São Paulo), o Sérgio Guerra (presidente do PSDB), o Rodrigo (Maia, presidente do DEM), os presidentes de partidos para ajudar exatamente no sentido político. Acho que isso poderá realmente trazer benefícios à campanha. O segundo turno é uma nova eleição. Eu estou com uma expectativa muito favorável. O clima é de vitória por parte dos que integram a equipe.
Fazendo uma retrospectiva do primeiro turno, o sr. fez diagnósticos? Quais ajustes são necessários?
Toda campanha necessita de ajustes. Acho que na política é sempre onde tem de haver a parte crítica. Isso faz com que esse espírito de oposição se incorpore à campanha. Não vejo como a oposição fazer oposição sem críticas. Respeitosas, mas necessárias.
O sr. se refere à necessidade de a campanha de Serra fazer críticas mais contundentes ao PT e ao governo?
Eu acho que são críticas ao desempenho do governo e críticas de natureza ética ao que ocorreu durante esse período em que o governo do PT trouxe mensalões e outras coisas para a vida pública brasileira.
No primeiro turno essa abordagem crítica foi deixada de lado?
A crítica realmente não foi a tônica central, nem deve ser. A tônica central deve ser a proposição, o confronto de personagens. Mas, é indispensável que a crítica exista. E essa crítica foi muito mais feita pela imprensa de forma eficiente e verdadeira, e a imprensa sendo ameaçada pelo governo Lula, do que propriamente pela campanha do candidato de oposição. Acho que agora não pode deixar de haver esse posicionamento político.
É neste sentido que se encaixa a preocupação do PSDB e do DEM de abordar o que foi o governo Fernando Henrique Cardoso sem receio de esconder o que foi esse governo?
Eu tenho uma opinião muito clara em relação ao governo do presidente Fernando Henrique. Ele foi o grande transformador do Brasil. O Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal por si só o levarão para a história como um grande brasileiro. Só que este não é o tema da campanha. O tema é o futuro, o que se quer para o Brasil. Se quer um Brasil partidarizado ou tenha um governo formado por técnicos categorizados, por políticos habilitados e com ética. Um governo com ética e um governo em que o presidente da República tenha postura de presidente. E que não falte com a verdade. Essa é a tônica que deve prevalecer na parte crítica, que faz parte da política da campanha.
O presidente Lula entrou na campanha no primeiro turno sem amarras, sendo, inclusive, multado pela Justiça Eleitoral. Como o sr. vê a questão do comportamento de Lula e a expectativa da ação dele para o segundo turno?
No primeiro turno o presidente jogou-se com a máquina estatal para eleger a sua candidata. Não poupou nenhuma ação governamental. Utilizou-se de todos os meios. Nunca foi visto na história de um país democrático uma atuação dessa natureza de um presidente. Ele foi tudo, menos o magistrado da nação.
O sr. acredita que ele continuará na mesma toada no segundo turno?
Ele nos agrediu. Agrediu o governador Luiz Henrique e recebeu a resposta nas urnas. Ganhamos no primeiro turno. Em Joinville, foi a maior votação do Raimundo Colombo. Acho que ele tem que ser respondido na medida em que atue de forma ilegal e abusiva.
O sr. se refere à frase do presidente sobre a extirpação do DEM?
O presidente fez referências diretas aos Bornhausen, desrespeitando as famílias catarinenses que vieram colonizar este Estado e o colocaram como melhor Estado da federação.
Mas, em 2006, o sr. também disse "vamos acabar com essa raça" e a frase está na memória do PT até hoje
A raça teve um sentido claro. É um lado. É a raça corintiana, a raça flamenguista, a raça petista. Não teve nenhum cunho racista. É no sentido de não permitir que voltasse a ter o mensalão. Estávamos em pleno reino do mensalão (em 2006), na maior corrupção ética da história política. Foi isso.
A polêmica sobre o aborto é central para o debate no segundo turno?
Quem colocou esse tema na pauta foi o PT e o Plano Nacional de Direitos Humanos do governo Lula, assinado pela ministra Dilma. Agora quer se esconder da responsabilidade. Cabe ao PT dizer que isso está no seu programa. Senão, é mentir.
Mas essa discussão não corre o risco de ser colocada de uma maneira enviesada em que se dilui a importância de defender um Estado laico?
Quem tem colocado essa questão são os religiosos, que defendem a vida e reagiram a essa postura do PT e da candidata, que adotou uma posição contra princípios religiosos. O PT atribui a entrada desse tema de forma intensa na campanha à onda de boatos que teria sido propagada e alimentada pelo PSDB e aliados.
Não é onda de boato que consta no programa do PT e do Plano Nacional de Direitos Humanos. Portanto, não é boato. E a candidata é do PT e, portanto, adota essa mesma posição.
O futuro deve ser a tônica do segundo turno? Quais temas serão explorados pelo candidato José Serra?
Cabe ao candidato a presidente escolher o roteiro da sua campanha. Cabe a seus companheiros ajudarem na discussão disso. O presidente é um homem muito preparado. Na minha opinião é hoje o político mais preparado do Brasil, o melhor administrador público. Ele saberá como ninguém colocar os pontos da sua administração para o futuro.
Em relação às privatizações, um debate que o PT já tinha utilizado na campanha de 2006 contra Geraldo Alckmin, o PSDB está preparado para esse embate?
Não vejo problema nenhum em se mostrar a verdade neste caso. Fica muito fácil ver os resultados. O que não aceitamos é a mentira, como dizer que o candidato falou que vai privatizar a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa. Nunca ele falou isso. Não tem essa linha. Pelo contrário. Nós vamos rechaçar o que for mentiroso e vamos mostrar que o que foi feito foi bem feito, dando bons resultados ao País.
O candidato fez várias promessas no primeiro turno. Há uma preocupação de economistas com o equilíbrio de despesas correntes líquidas e o problema futuro que o próximo presidente terá de lidar. Tantas promessas não é uma irresponsabilidade?
O Serra tem a condição de ser um grande economista. Se ele promete um aumento de despesas de um lado, ele sabe que vai cortar de outro lado. É tão fácil diminuir despesas. Só de doações que o presidente Lula fez para o exterior, mais milhões de publicidade, mais gastos em ministérios que não têm nenhum sentido, com o aumento de cargos em comissão para premiar os que têm estrelinha do PT, mas não têm competência, todos esses cortes podem ser dados para beneficiar os que precisam mais ser atendidos.
Em relação à questão social, o PT acusa o DEM de ter sido contra o Bolsa-Família. O partido de fato chegou a questionar o programa?
Não é verdadeiro isso. Ninguém questionou o Bolsa-Família. Absolutamente. O Bolsa-Família é a junção do Bolsa-Escola, do Bolsa-Gás, etc, todos criados pelo presidente Fernando Henrique, teve o apoio dos Democratas. Nós nunca fomos contra. Queremos aprimorar. Nunca votamos contra.
O partido não chegou a ajuizar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade questionando pontos do programa?
Nós não fizemos nenhuma Adin sobre o Bolsa-Família. Isso não existe.
O DEM hoje não tem nenhuma restrição ao programa?
Absolutamente.
No primeiro turno houve vários estremecimentos entre o DEM e o PSDB, Está diferente no segundo turno?
Estamos todos unidos em torno da candidatura do Serra e convictos de que vamos ganhar a eleição.
O grande desafio do segundo turno é atrair os votos de Marina Silva (PV). O que segurou a candidata Dilma foi a popularidade do presidente Lula?
A popularidade do presidente foi o que levou os votos para a candidata Dilma. Ela entrou com o nome dela, nada mais. E agora é bom que os eleitores parem para pensar para saber se é bom ter uma governante sem densidade popular e que vai ser mandada por outro governante.
O sr. acredita o presidente Lula mandaria no governo?
Até a briga final entre criador e criatura.

MATANÇA EM BRASÍLIA

Agência Brasil
BRASÍLIA - O número de pessoas contaminadas pela bactéria Klebsiellapneumoniae carbapenemase (KPC) no Distrito Federal (DF) aumentou 69,44% em menos de duas semanas. Segundo informações divulgadas nesta quinta-feira, 21, pela Secretaria da Saúde do DF, o total passou de 108, no dia 8 de outubro, para 183, em 17 hospitais. Na última sexta-feira, os registros somavam 135 casos. Dos 183 portadores da KPC, um micro-organismo resistente a antibióticos, 46 tiveram quadro de infecção e 61 continuam internados em hospitais públicos e privados do DF. O número de mortes também aumentou, de 15, na última sexta, para 18. Na semana passada, a Gerência de Investigação e Prevenção das Infecções da secretaria, responsável pelo levantamento da situação nos hospitais, confirmou 15 mortes relacionadas à infecção, e descartou três casos suspeitos. Na última quarta, o dado foi novamente revisto e foram confirmados 18 óbitos. A secretaria informou que estão em falta nos hospitais do DF alguns materiais e insumos. O estoque deve ser reabastecido até o fim desta semana, por meio de compra emergencial. O motivo alegado pelo órgão para a falta do material é que, com o aumento do número de casos de contaminação pela superbactéria, houve uma demanda maior por produtos descartáveis e de higiene, o que levou ao desabastecimento antes que o novo lote de produtos fosse adquirido. Outra razão é a suspensão, pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal, de licitações que incluíam esses produtos. O órgão encontrou inconsistências no modelo padrão de edital usado pelo governo do DF.

quarta-feira, outubro 20, 2010

WILMA DE FARIA E LUIZ ALMIR QUEM SERÁ CANDIDATO A PREFEITO?

Wilma de Faria, presidente do PSB, participará de movimentações políticas em Mossoró, Parnamirim e Natal, no fim dessa semana, em apoio a ex-ministra Dilma do PT.É a primeira participação de Wilma no segundo turno da campanha presidencial no RN. Depois de descansar em São Paulo depouis do primeiro turno das eleições,derrotada que foi pelos senadores Garibaldi Filho (PMDB) e José Agripino (DEM), Wilma a se movimentar nos bastidores na captação de votos para a candidata do PT. Em entrevista ao Diário de Natal, a ex-governadora falou ainda sobre o período que ficará sem mandato eletivo após mais de 20 anos ininterruptos, projeto político para o futuro, vida pessoal, fortalecimento do PSB, oposição, derrota e erros na estratégia de campanha.Ex-governadora atribui derrota ao "voto casado" entre Garibaldi e José Agripino
Como a senhora está ajudando na campanha de Dilma Rousseff?
Estou realizando um trabalho de bastidores pela campanha de Dilma. Isso inclui conversas com diversos segmentos da população, como representantes de igrejas evangélicas, igrejas católicas, sindicatos e lideranças políticas do interior do Estado.
Como a senhora avalia a campanha nesse segundo turno?
Essa campanha tem um diferencial. Ela está sendo pautada praticamente pelas mídias sociais, cerca de 80% a 90% do que acontece se deve às mídias eletrônicas, por isso temos que intensificar o trabalho em todo o Estado.
Agora vamos falar um pouco sobre a senhora.
A que atribui a derrota para o Senado?
Vivemos numa democracia e por isso optei por me candidatar ao Senado porque achava que a eleição não teria disputa sem a minha participação. Poderia muito bem ter me candidato a deputada federal, mas decidi investir em uma eleição de risco e perdi. Atribuo a derrota ao voto casado. Quando conseguia um voto, eles (Agripino e Garibaldi) haviam conseguido dois. Se tivesse a fidelidade partidária eles não poderiam ter feito o que fizeram. Apesar da derrota agradeço aos mais de 650 mil eleitores que confiaram em mim de forma livre e espontânea.
O voto casado foi o único responsável pela derrota?
Não, estamos em um momento de reflexão, mas já pudemos analisar que ocorreram erros estratégicos. Por exemplo, fomos o governo das adutoras, fizemos um programa de saneamento, construímos diversas pontes e o maior programa habitacional feito nos últimos 20 anos, mas não tivemos tempo suficiente para divulgar isso e comparar com os governos anteriores.Teoricamente, a senhora está sem mandato eletivo pelos próximos anos.
Como será sua atuação política?
Vou fortalecer e fazer um trabalho de conscientização com todos os vereadores, prefeitos e lideranças políticas do PSB. Além disso, vou fazer oposição de forma consciente sem radicalismo, porém sempre vigilante.
Em 2012 haverá eleições municipais. A senhora já avaliou uma possível participação?
Até agora não sou candidata a nada. Quero cuidar da minha vida pessoal. Tudo é muito recente e ainda estou num momento de avaliação, analisando tudo de forma racional, afinal de contas perdemos uma batalha, não a guerra.
COMENTÁRIO
Aristides Siqueira
Claro que dona Wilma não vai dizer agora que é candidata a prefeita de Natal. Praticamente a cidade já tem treis candidatos. O primeiro é o deputado Luiz Almir que mesmo sem ter sido eleito é um forte candidato pelos quase 25 mil votos que obteve em Natal. Como exemplo ele teve na capital 1000 votos a mais do que o deputado eleito do PT,Fernando Mineiro em todo o estado. É o grande erro da nossa Lei Eleitoral, deveria se eleger os mais votados, se assim o fosse Luiz Almir seria deputado. Mas, o seresteiro da zona norte é um forte candidato a prefeito, esperamos que seja mesmo. Os outros são Fátima Bezerra, Rogério Marinho, Carlos Eduardo e Micarla de Souza. Vai ser uma parada difícil. Se realmente Wilma for candidata ai meu amigo vai ser muito disputada essa eleição. Dessa ordem quem tiver 60.000 votos poderá ser prefeito(a) de Natal ou melhor, garantir um segundo turno.

TRAFICANTES MATARAM O JORNALISTA F.GOMES

Lamentei a morte brutal do meu amigo e colega Francisco Gomes mais conhecido como F.Gomes. A emoção e o sentimento de solidariedade do povo de Caicó tomou conta após a morte do jornalista F.Gomes.Mais de 30 mil caicoenses visitaram o velório para velar o corpo de F. Gomes durante toda manhã na Loja Maçônica, a tarde na Igreja São Jorge, ou seguir atrás do caminhão do Corpo de Bombeiros num cortejo fúnebre até o cemitério Campo Jorge, onde o jornalista foi enterrado. O parceiro de F. Gomes fotografo Joanilson Araújo do Santos, conhecido por Saci,que trabalhou fotografando ao lado do jornalista durante 19 anos. Disse Saci, que F.Gomes nada escondia um para o outro",falou da sua amizade. Eles passaram pelos jornais Gazeta do Oeste, Tribuna do Norte e Diário de Natal, neste último ficou por 12 anos. Foram juntos para o Canadá a serviço do Diário de Natal", lembrou Joanilson. Saci pretende guardar as melhoras lembranças de "F". Porém, quando questionado sobre o que teria motivado o assassinato do amigo, ele responde:que ele se envolveu muito com a questão do narcotráfico. Mais de cinco mil pessoas estiveram na igreja para rezar por Francisco Gomes. Os fans se aglomeravam dentro e fora do templo para ouvir as palavras do Bispo Dom Manoel Delson e dá o último adeus ao corajoso jornalista. Visivelmente emocionados estavam os funcionários da Rádio Caicó, da qual F. Gomes era diretor de jornalismo. "Esses tiros bateram na gente também. Eu estou órfã da direção da rádio", declarou a diretora geral da rádio, Suerda Medeiros. Segundo a PM mais de 30 mil pessoas nas ruas acompanhando o cortejo. Lenços, cartazes de protesto, palmas, buzinas, choro, desmaio, cada um manifestava sua emoção de maneira diferente, diante do "advogado dos pobres". "da voz do povo", como disseram alguns durante o trajeto de mais de uma hora entre a igreja e o cemitério. F. Gomes era casado e pai de três filhos. Ultimamente, apresentava um programa de rádio com notícias policiais. Precisamos, queremos e exigimos que este crime não fique impune. O governador Iberê Ferreira que tambem era amigo de F.Goms disse que a ordem é investigar e colocar na cadeia esses assassinos. Nos jornalistas não vamaos parar com esse assunto enquanto não a polícia não prendes esses assassinos traficantes.

O PT TEM TROPA DE CHOQUE, ISSO É TÍPICO DE MOVIMENTOS FACISTAS DISSE SERRA

Quando visitava o Rio de Janeiro José Serra foi surprendido com a brutalidade dos fascistas do PT, que o agrediram com objetos pesados como um pau de bandeira e até fitas adesivas em rolo. Parece muito com a campanha em Fernando Collor venceu o Lula. Na ocasião e por diversas vezes em quase todo o Brasil os petistas agrediam eleitores e militantes em muitos estados inclusive no Rio Grande do Norte. Estes fatos conheço muito bem pois fui um dos coordenadores a nível de nordeste.Ainda bem que o Serra não ficou ferido.A caminhada do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, nesta quarta-feira (20) no calçadão de Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, teve um princípio de confusão quando partidários do tucano se encontraram com simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT).José Serra, que estava acompanhado de Fernando Gabeira (PV), teria sido atingido por um objeto na cabeça e chegou a interromper o percurso para entrar em uma Van, que percorreu cerca de 100 metros. Em seguida o tucano desceu do veículo e voltou a caminhar pelo calçadão acompanhado de assessores e simpatizantes do PSDB.Houve discussão entre os dois grupos, e o comércio local chegou a fechar as portas. O tucano criticou o protesto dos petistas. "O PT tem tropa de choque e isso é típico de movimentos fascistas", disse o presidenciável.Para eviar suspeitas de alguma trauma, Serra foi levado para uma clínica em Botafogo e liberado em seguida.Um pastor que acompanhava Serra disse que viu o momento em que o candidato foi atingido. “Eu estava abraçando o Serra, e ele levou um rolo de fita crepe na cabeça. Eu levei uma paulada, que era uma espécie de cabo de vassoura”, afirmou Paulo César Gomes, da Assembleia de Deus do Poder e Gloria.

segunda-feira, outubro 18, 2010

QUEM PERDEU FOI A ZONA NORTE,QUEM PERDEU FOI NATAL, QUEM PERDEU FOI O RN

A Zona Norte de Natal perdeu o seu maior defensor. Luiz Almir não foi eleito. Os motivos foram vários. Esperava-se dos 150.000 mil eleitores da Zona Norte pelo menos 30.000 mil votassem em Luiz Almir. Todos nós ficamos tristes, conhecemos o trabalho incansável de Luiz Almir a favor dos mais pobres, sua luta por sua família zona norte como ele chama. Para se eleger faltou muito pouco. O eleitor foi comprado, foram identificados cabos eleitorais comprando o voto dos mais carentes, tirando desses coitados a oportunidade de eleger o seu filho, que mora, e diz que quando, morrer quer ser enterrado na Zona Norte. A Justiça Eleitoral, realmente estava cega, não enxergou os cabos eleitorais comprando votos, várias denuncias foram feitas e nenhuma providência foi tomada.A boca de urna estava aberta, burlando a Lei Eleitoral. A distribuição de gasolina foi aberta, tem candidato devendo fortunas aos postos de combustível. Durante a campanha, Luiz Almir de vez em quando era chamado para participar de aniversários e como é natural, geralmente o convite para cantar era feito. Pois bem, quantas vezes os fiscais do TRE observaram abertamente se Luiz Almir pedia algum voto.Ora pasmem, fiscalizar se ele cantava pode, mas, fiscalizar a compra descarada de votos não podiam. Foi assim que Luiz Almir perdeu a eleição. O excesso de confiança e a falta de apoio no interior do estado fazem parte do conjunto da fatores que impediu a volta desse grande líder da massa natalense. Meu caro Luiz Almir isso não é motivo para você desistir da sua brilhante vida pública. Em 2012 teremos as eleições para prefeito de Natal e você é um forte candidato, esse blog desde já lança seu nome que é forte, leal e honesto com seu povo, pobre e sofrido de Natal. Levante a cabeça Luiz Almir, você perdeu uma batalha, a guerra continua. Grandes líderes já perderam eleições e ainda estão aí, eleitos,souberam superar as derrotas corrigiram os erros e voltaram a ser vitoriosos. Garibaldi(perdeu para Wilma em 98),José Agripino ( para Garibaldi em 1994),Wilma( pra Garibaldi em 85 e em 2010), Fernando Bezerra(para Rosalba em 2008 e Henrique Alves( para Aldo Tinôco). Você, meu caro Luiz Almir não perdeu para ninguém, o povo foi quem perdeu voce. Bola para frente meu futuro prefeito de Natal.Obs: Saia do PV e crie seu próprio partido.

domingo, outubro 17, 2010

SANDRA A NOVA LÍDER DO PSB NO RN

A Sandra Rosado Estrela solitária no Congresso Nacional, a deputada federal Sandra Rosado passa a ser referência do PSB no Rio Grande do Norte com o fracasso do projeto governista relacionado às candidaturas do governador Iberê Ferreira de Souza à reeleição e da ex-governadora Wilma de Faria ao Senado. Diante desse fato, Sandra passa a ser vitrine do partido e poderá assumir o comando da legenda no Estado. Embora refute essa possibilidade, a deputada federal fala como comandante da sigla ao comentar sobre o projeto de expansão da legenda. Ela reconhece que o PSB saiu menor das eleições, mas garante que o partido ainda tem um peso político. “Se você citar três partidos, o PSB está entre eles”, afirmou. Sandra afirmou que o caminho do partido com relação ao governo Rosalba Ciarlini será o da oposição. “Acredito que o PSB fará isso, uma oposição construtiva, propositiva e que apresente as suas reações e discordâncias, mas que contribua quando for de interesse da população.” Perguntada sobre contato telefônico mantido com Rosalba, o que estaria gerando especulação sobre alinhamento político com a governadora eleita visando as eleições municipais de 2012, Sandra foi enfática: “Recebi um telefonema da senadora Rosalba, eleita governadora, e eu iria fazer a mesma coisa. Iria fazer uma visita exatamente para me colocar à disposição do RN que, queira ou não, ela é hoje a governadora eleita e vai ser a governadora do RN. Por isso, eu iria ter essa conversa e ela se antecipou para me parabenizar. Coloquei, inclusive, que estava à disposição, como ela também esteve ao nosso lado quando fizemos algumas proposições para o RN, e que eu queria continuar e ela também concordou. O povo me elegeu deputada federal para trabalhar. Elegeu Rosalba governadora também para trabalhar. O que quero é trabalhar em favor do RN e ela também. Certamente ela tem esse mesmo foco em termos de Rio Grande do Norte,” disse.
O resultado das eleições mostrou que o PSB saiu enfraquecido no RN e a senhora passa a ser a expressão maior do partido no Estado. Especula-se que, pelo fato da senhora ser a estrela pessebista, passaria a ter condições políticas de assumir o comando do PSB no RN. Essa ideia passa pela sua cabeça?
Em primeiro lugar, acho que o PSB não obteve sucesso pontualmente nessa eleição, mas o PSB não diminuiu. Se você for considerar que continuamos com a bancada estadual forte e uma representação na Câmara (Federal). O senado não tínhamos e tentávamos conquistar. Na verdade, perdemos o Governo do Estado e, de qualquer forma e falando muito francamente, é uma diminuição nesse aspecto. Perdemos o cargo do Governo do Estado. Agora com relação ao partido, a presidente é a ex-governadora Wilma de Faria e não passa pela minha cabeça, pelo fato de ser a única representante em nível federal do PSB e tenha a responsabilidade aumentada por conta disso, vir a assumir a presidência do partido. O que eu quero para o PSB é dar a minha contribuição para que ele se consolide cada vez mais e vou trabalhar para a regularização de diretórios em vez de comissões provisórias. Vou procurar chegar aonde o PSB não chegou e vou lutar para fortalecer o partido em lugares que, por exemplo, pessoas que demonstraram sua força política e que foram direcionadas para o nome de Wilma ou o de Iberê (Ferreira de Souza) e que não têm o PSB, para que elas possam participar do PSB. Isso aí eu vou lutar. Ele hoje já é um partido forte em termos de RN e se você citar três partidos com força no Estado, o PSB está dentro dos três. Quero apenas ampliar esse fortalecimento.
Logicamente que, passando a ser a maior expressão política do PSB no RN, a senhora passa a ter um peso e responsabilidade maiores nesse projeto que a senhora falou. Como será conduzido?
Será conduzido junto com a presidente do partido. Pretendo conduzir dentro das normas estatutárias do partido e, evidentemente, junto com os deputados estaduais que obtiveram suas eleições. Quero que o PSB todo tenha participação efetiva nas decisões partidárias. Aliás, que os diretórios tenham participação mais efetivas nessas decisões.
Nessas eleições, dos oito deputados federais, sete se reelegeram. A que a senhora atribui esse quadro? Foi o trabalho dos parlamentares ou ausência de nomes capazes de chegar à Câmara Federal?
Acho que foi o reconhecimento da bancada, pois o eleitor foi quem decidiu. Outros candidatos existiam e fomos os escolhidos. Certamente o Rio Grande do Norte estava satisfeito com a bancada.
A senhora falou no papel que os deputados estaduais do PSB vão desempenhar no projeto de expansão. Com relação ao futuro governo, qual deve ser o papel dos parlamentares do partido diante do governo Rosalba Ciarlini?
Considero que hoje a história do Brasil e do RN, logicamente, não quer mais do político aquele radicalismo quando se dizia situação e oposição. O PSB vai fazer oposição ao governo do DEM. Vai fazer uma oposição construtiva e é assim que entendemos. Não podemos ser contra por ser contra. Vamos, e acredito eu, e não posso falar por nenhum deputado estadual, na ótica de que esses parlamentares tenham um foco direcionado para o desenvolvimento do nosso Estado. Acredito que o PSB fará isso, uma oposição construtiva, propositiva e que apresente as suas reações e discordâncias, mas que contribua quando for de interesse da população.
Foi especulado que já teria havido uma aproximação da senhora com a governadora eleita Rosalba Ciarlini. O que houve? Há realmente essa aproximação?
Acho até interessante. Na época em que existia o radicalismo político, há muitos anos, as pessoas diziam que era prejudicial. Na hora em que existe o amadurecimento político, grupos que são reacionários e realmente radicais, que ainda existem na política, começam a plantar notícias porque duas pessoas adversárias se juntam para defender o Estado. Aí começa uma reação de destruir o que tanto tempo se pregou, de que o RN precisava se unir e precisava seguir exemplo de outros Estados. O RN esteve unido quando foi para defender empreendimentos e o que era para vir para o nosso Estado. No meu mandato de deputada federal e com o mandato da senadora Rosalba Ciarlini o que houve foi isso: um amadurecimento político que nos levou a uma convergência em defesa do RN. Somente isso. Ela permaneceu no DEM e eu permaneço no meu partido e não haverá nada mais do que isso. Recebi um telefonema da senadora Rosalba, eleita governadora, e eu iria fazer a mesma coisa. Iria fazer uma visita exatamente para me colocar à disposição do RN que, queira ou não, ela é hoje a governadora eleita e vai ser a governadora do RN. Por isso, eu iria ter essa conversa e ela se antecipou para me parabenizar. Coloquei, inclusive, que estava à disposição, como ela também esteve ao nosso lado quando fizemos algumas proposições para o RN, e que eu queria continuar e ela também concordou. Coloquei para ela que quando ela voltasse (da Alemanha) ou depois da posse que queria conversar a respeito de projetos que são da minha autoria, de recursos que foram conseguidos por mim para que a gente possa continuar esse trabalho em conjunto. Como é, por exemplo, a ponte que liga Grossos a Areia Branca, o Parque da Cidade de Mossoró, reforma, ampliação ou construção de um novo aeroporto em Mossoró, o Parque Agropecuário... São recursos que se encontram no governo do Estado, a exceção do aeroporto, que ainda não houve nenhuma movimentação nesse sentido, mas os outros estão, a parte inicial. Considero que é minha obrigação. O povo me elegeu deputada federal para trabalhar. Elegeu Rosalba governadora também para trabalhar. O que quero é trabalhar em favor do RN e ela também. Certamente ela tem esse mesmo foco em termos de Rio Grande do Norte.
Esse contato telefônico tem rendido...
Tem ocasionado alguns dissabores a alguma ala radical?
O resultado desse contato telefônico é de que teria havido um alinhamento político da senhora com a governadora eleita visando apoio para a deputada Larissa Rosado à Prefeitura de Mossoró. O deputado Leonardo Nogueira disse que a militância de Larissa a chamava de ‘prefeita de férias’...
Isso é um desserviço que se presta à boa relação política. Acho que o deputado ouviu isso da militância dele, pois a militância de Larissa pediu votos para ela como deputada estadual. Nós não costumamos fazer campanha uma acima da outra, uma antecipando a outra. Temos a lucidez e a medida exata do que é uma campanha política. Faço política até muito tempo antes de ter mandato e sei que uma campanha que é em 2012 jamais poderia ser trabalhada em 2010. Estávamos vivendo um momento eleitoral, de uma campanha para deputado estadual. Ninguém pode dizer que Larissa tenha feito alguma colocação nesse sentido ou que eu tenha feito. Se alguém ouviu foi de algum insatisfeito com a prefeita, que deve ter dado alguma resposta nesse sentido. Alguém insatisfeito com a atual administração, que tem uma reprovação imensa, de mais de 70%, e deve ter tido alguma reação. Do nosso lado, da nossa coligação, o que tivemos foi demonstrar o trabalho da deputada Larissa, uma mulher que tem compromisso com a região e com o RN. É um nome respeitado, além de outras qualidades, por todas as correntes políticas. O que trabalhamos em 2010 Larissa deputada estadual.
O eleitorado mossoroense reconheceu o trabalho dos deputados da cidade, tanto que a maioria dos votos foi para os parlamentares “de casa”. Como a senhora vê esse comportamento?
É bem interessante e importante, mas se você for analisar os dados verá o deputado Leonardo com uma queda grande na sua votação, com mais de 5 mil votos a menos, e encontrará a deputada Larissa com mais de 5 mil votos a mais. E uma outra coisa: dentro de um mesmo sistema político, um nome praticamente encostou no deputado Leonardo, que foi o vereador Chico da Prefeitura. O DEM já não tinha mais a unidade. Não era mais um nome. O eleitor mostrou que não estava mais satisfeito com aquele nome e foi o eleitor de Mossoró que votou em outro nome. Acho que é importante votar em pessoas que tenham identificação com a cidade ou com as cidades. Logicamente, não podemos dizer que um outro deputado de uma outra cidade e que tenha serviços prestados em Mossoró não tenha direito de ter votos aqui, como também o inverso é absolutamente verdadeiro. Acho que tive mais votos e outros candidatos também em cidades com as quais tinham identificação. Acho que o que é muito ruim em eleição é que o eleitor vota em candidato que não tem compromisso nenhum com a cidade. Pode ser qualquer uma cidade. Fica ruim, porque no outro dia o deputado vai embora. Ele contratou o cabo eleitoral e foi embora. No outro dia não sabe onde a gente mora e desaparece. É bom você votar em quem a gente conhece, em quem tem compromisso com as minhas reivindicações.
Nesse sentido, a senhora acha que o eleitor está mais consciente do seu papel?
Está, mas ainda há um problema e o qual eu considero grave e que na maioria das vezes é o próprio político quem faz. Eles poderiam optar por qualquer partido que tivesse vinculação com a sua cidade, como àquele político que tem compromisso com a sua cidade. Aí, determinados políticos ficam, até à véspera da eleição, que algum político venha de fora e fazer algum contrato eleitoral, e isso é ruim. Considero que o importante é o voto conquistado e é isso que busco nas minhas eleições.
Passadas as eleições, a senhora afirmou que para a vitória existem muitos pais e para a derrota, poucos. Com relação aos candidatos Iberê e Wilma, houve morosidade na escolha do vice, o racha inicial do grupo. .. Além desses fatores, o que poderia ser atribuído ao fracasso do projeto governista?
Acho que você já relacionou todos os motivos do insucesso. A demora do início da campanha, a forma como fomos afunilando o dia da escolha do candidato e a forma como foi feita. Faltou da unidade no nosso palanque. Sabíamos que outros parlamentares apoiavam Iberê, mas a gente não via esses candidatos no palanque. Enquanto no palanque de Rosalba você via senadores, deputados, candidatos a federal e a estadual, no da nossa coligação víamos um palanque, se formos contabilizar, ia quatro ou cinco pessoas que buscavam mandato. Isso foi um erro grave. Além da coordenação. Em determinado momento faltou unidade da coordenação. Mas no final, o principal problema foi a adversária ter mais votos do que o nosso candidato. Agora todos esses fatores relacionados por você e os que eu comentei fizeram com que realmente tivéssemos um insucesso na campanha de Iberê.
A senhora acha que o marketing errou ao tentar massificar o nome de Iberê ao de Lula, deixando o candidato sem identidade?
Acho que marketing é um negócio realmente sério. O marketing de Iberê certamente foi feito por pessoas competentes. Mas acho que às vezes a pessoa interpreta uma forma de apresentação que realmente o eleitor cobra mais. Na minha avaliação, faltou um pouco mais de emoção na campanha de Iberê. Não que as pessoas votem por paixão, mas a gente via que o marketing da nossa adversária tinha mais emoção do que a nossa apresentação. Agora com relação à companhia de Lula, o que prejudicou a nossa coligação foi essa expectativa da vinda de Lula, que não veio, e isso causou uma certa frustração que foi tentada ser suprida por uma gravação. Certamente isso não passou para o eleitor, que já estava se preparando para votar. A candidata vitoriosa foi ocupando esses espaços e não houve tempo de reverter. Acho que foi esse o motivo, alguns deles, que levaram ao insucesso.
A derrota da ex-governadora Wilma aponta para a saída dela da política. Essa análise pode ser feita dessa forma?
Em primeiro lugar, achei ruim para o RN. Wilma é um nome que poderia, no Senado, dar uma grande contribuição para o nosso Estado. Em segundo lugar, não considero que Wilma é carta fora do baralho. Absolutamente. Ela é um nome forte, tem uma liderança significativa e é uma política vocacionada. Então, ninguém se surpreenda se já nas próximas eleições ela já ocupe um lugar de destaque. Ela pode, perfeitamente, ocupar esse lugar de destaque, retomando ao seu espaço em alguma esfera de poder. Ela poderá, sim, ocupar isso.

sábado, outubro 16, 2010

HENRIQUE ALVES; LÍDER MAIOR DO PMDB NO RN

Deputado com o maior número de mandatos no Congresso Nacional, prestes a iniciar o 11º da carreira, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), declarou que a base aliada do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) sofreu alguns tropeços de ordem organizacional, no 1º turno da campanha de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República, mas que agora caminha, no segundo turno, para uma unidade e coerência em torno dos atores do processo. Na entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o peemedebista também falou sobre como se portará o PMDB no governo Rosalba Ciarlini, sobre presidência da Câmara dos Deputados e também sobre candidatura majoritária da legenda nas próximas eleições municipal, em 2012, e estadual, em 2014.
Henrique Alves durante entrevista com a TRIBUNA do NORTE.
O que vai caber ao PMDB no 2º turno da campanha de Dilma Rousseff?
Nós temos uma enorme responsabilidade porque o nosso compromisso com a campanha da ministra Dilma tem várias razões. Primeiro, o governo Lula, onde tivemos participação efetiva do PMDB, inclusive ocupando sete ministérios, portanto, tendo uma co-participação muito importante nas ações do governo. Nós somos governo Lula. E, como acreditamos que esse foi um dos melhores governos deste país, ele deve continuar. Então nós estamos envolvidos por estas razões de participação efetiva e coerência. E o vice da chapa é indicação do PMDB, nosso presidente nacional e o melhor que poderíamos oferecer. Então nós temos uma vontade muito grande de que o partido possa dar e demonstrar uma grande contribuição à vitória que ela terá, se Deus quiser, no 2º turno.
Houve insatisfação em realção ao primeiro turno pela centralização excessiva na coordenação petista da campanha?
Houve. E não foi só do PMDB, foi de todos os partidos da base aliada que tiveram pouco acesso. O PMDB ofereceu cinco minutos de televisão no programa eleitoral de dez minutos que a ministra Dilma tinha. Isso diariamente. E em toda a campanha não se ofereceu sequer um minuto da participação do PMDB, através do candidato a vice-presidente, do presidente nacional do partido, que poderia e deveria ter falado pelo menos aos militantes do PMDB, que é o maior partido do Brasil, com mais de 1.200 prefeitos, milhares de vereadores; maior partido em termos de bancada estadual, federal, governadores, ou seja, é um grande exército de militantes. Nem assim o nosso vice-presidente teve direito à participação. Isso é um exemplo claro e prático para mostrar que a campanha foi muito centralizada e se formou em torno da candidata uma blindagem desnecessária. Ela aparecia muitas vezes nem mais como candidata mas como presidente da República, tal o aparato em torno dela. Isso serve de lição. Eu acho que ela, como candidata, até que fez muito porque nunca disputou uma eleição e cumpriu o seu dever como melhor podia fazer. É tanto que chegou a 47% das intenções de votos, mas envolta dela se formou um núcleo de resistência. Outro exemplo de ordem prática é que que para que gravassem para Garibaldi, senador do Rio Grande do Norte, liderando todas as pesquisas, eu briguei quase 15 dias para conseguir a gravação, na qual a ministra Dilma pedia votos para Garibaldi. Enquanto isso, a ex-governadora Wilma, com todos os méritos, logo no início teve um apelo do presidente Lula; o candidato Hugo Manso com 7% teve um apelo da ministra Dilma. Isso mostra também a dificuldade de acesso. Tudo foi relatado à ministra Dilma. Algumas coisas ela nem sabia e determinou uma completa reformulação. E não é só em relação ao PMDB. PT não ganha sozinho e nem PMDB. Nós temos que buscar PR, PP, PT, PC do B, PDT, todos os partidos. Nessa hora não tem partidos grandes ou melhores.
De que forma esses partidos vão participar efetivamente da campanha da ex-ministra?
A coordenação da campanha antes era restrita há três ou quatro nomes, todos coincidentemente vinculados ao PT. Tudo bem que é um grande partido, é o partido da candidata e que merece o nosso respeito. Mas não pode ser sozinho coordenando uma campanha para a Presidência da República. O nosso companheiro Moreira Franco, por exemplo, se demitiu da vice-presidência da Caixa Econômica para ser nosso representante na coordenação. Só foi chamado nas três primeiras reuniões, depois nem chamado foi. Ele chegou a elaborar junto com um companheiro do PT um programa de governo só que não saiu do papel. Não conseguiu se viabilizar. Acho que foi um equívoco da campanha e acho que como ela disparou muito, chegando a 50%, achou que aquilo bastava. Mas provou que não bastava. Então essa lição todos nós aprendemos. Há uma parte de culpa nossa também porque, com a campanha nos estados, nós cobramos menos, deixamos de procurar mais, largamos um pouco, mas agora não. Todos nós estamos vendo os erros e agora sim, a campanha está muito melhor. A coordenação se ampliou, os partidos da base estão representados.
Há preocupação de que a centralização do primeiro turno demonstre um estilo que vai se refletir no governo, caso ela vença o pleito?
Não. Porque Lula, nos governos dele, sempre foi muito democrático e muito aberto. Quantas reuniões eu tive, como líder do PMDB, com o presidente Lula... Eu acho que a campanha é que cresceu muito e se achou que aquilo bastava. Mas agora não. Agora é ir para a rua, suar a camisa literalmente, percorrer dois ou três estados por dia, quebrar essa blindagem e ela ser o que Lula foi como candidato. E ela tem disposição para isso. Em volta dela se formou um cinturão onde eu acho que foi a falha, mas agora já corrigida. Há um clima de muita vontade, disposição e, se Deus quiser, teremos uma grande vitória porque estará em julgamento, também, um dos melhores governos que esse país já teve e que eu acho que merece um julgamento favorável do povo brasileiro.
Ainda há perspectiva de apoio de Marina Silva a Dilma Rousseff?
Eu acho que Marina está muito pressionada por todos os partidos. Todo mundo agora tem acesso à Marina, todo mundo agora é interlocutor junto à Marina. Eu imagino as pressões que ela deve estar sofrendo. Mas como ela é uma pessoa de muito bom senso, muito respeitável, equilibrada, eu tenho impressão de que ela vai liberar o seu partido e os seus eleitores para escolherem melhor. No segundo turno tem uma vantagem que permite mais o debate, torna a campanha mais profunda em cima do candidato, da sua história, do que ele propõe, as coisas boas, do que pode melhorar... Eu acho o segundo turno para a democracia muito interessante e salutar.
Como o senhor vai para o 11º mandato e será o parlamentar com mais mandatos na Câmara?
Ele tem uma marca para mim muito gratificante. Porque não é você conseguir mandatos sucessivos, se arrastando, a votação caindo e você quase se elegendo... Aí é uma marca muito gratificante. No momento que se questiona tanto os políticos, eu chego ao 11º mandato com a maior votação de todas as eleições. Até o 10º mandato a eleição que eu mais tive voto foi a 10ª e a partir do 11º a eleição que eu tive mais voto foi a 11ª, então isso mostra que eu cumpro meu dever, eu sei dos meus deveres, dos meus direitos como parlamentar, eu respeito o cidadão, respeito a confiança que o Estado deposita no meu trabalho. É tanto que a cada eleição eu tenho tido a renovação ampliada da confiança do povo do Rio Grande do Norte. Se isso me emociona muito também aumenta a responsabilidade de transformar isso em mais trabalho, mais resultado em cada mandato.
O PMDB passou a campanha dividido. Como será a relação do PMDB com o governo Rosalba Ciarlini?
Para mim foi uma eleição muito difícil. O partido não teve candidato próprio a governador, se dividiu, e ficou meio a meio. E é muito difícil chegar nos municípios e passar dez minutos do discurso explicando que tava ali e Garibaldi não estava, explicar as razões dele e as minhas... Isso já era uma situação constrangedora. E só não estar perto de Garibaldi me fez uma falta enorme. Eu não estava acostumado a fazer política sem Garibaldi. 40 anos com ele e isso não foi fácil superar. E mais, a campanha majoritária é a que dá estrutura de campanha. As movimentações da majoritária como como carreatas, os comícios se tornam regionais, e isso é bom para os candidatos. De um lado, Garibaldi com Rosalba e eu não podia estar. Do outro lado, eu comecei a estar com Iberê até uma declaração infeliz do candidato do PT, Hugo Manso, uma declaração gratuita contra Garibaldi que eu tive que reagir e me impossibilitou de ficar no mesmo palanque. Então de repente eu fiquei sem palanque majoritário de um lado e do outro. Então tive que falar sozinho a minha campanha sem ter do lado as estruturas majoritárias de campanha. Então foi outra dificuldade. Por isso que eu valorizo tanto a votação que tive. Praticamente quase 40 mil votos a mais que na anterior. Eu não tenho como agradecer todas as demonstrações de solidariedade, confiança e empenho... E eu espero trabalhar muito mais neste próximo mandato até porque nós temos imensos desafios a vencer a partir do próximo ano.
O senador Garibaldi disse que o PMDB pode indicar nomes para o secretariado (do governo Rosalba). Como está essa discussão?
Não é hora de discutir assuntos que podem gerar alguns constrangimentos e desentendimentos. Essa não é uma posição definida e nem consensual dentro do PMDB. Tem parlamentares que apoiaram Iberê. Dos 6 estaduais eleitos, 4 apoiaram Iberê. Essa não é uma condição consensual e nem é hora de discutir. Agora, independente disto, assim como fiz com a governadora Wilma, farei com Rosalba e o que ela precisar em favor do RN ela sabe que contará comigo onde eu estiver, ainda mais com Garibaldi como parceiro dela. Agora a posição do partido será discutido depois, democraticamente, respeitando os companheiros que apoiaram Iberê e Rosalba, nós faremos o que for melhor para o RN, respeitando as coerências e posições de cada um.
O fato de ter, de longe, elegido a maior bancada na Assembleia Legislativa, credencia o PMDB a indicar o nome do presidente da Casa?
O PMDB aumentou em 50% a sua bancada e será a maior com seis deputados. Mas esse assunto ficará restrito aos deputados estaduais. Eles que vão conduzir e eu não vou interferir nesse processo. Eles têm que ver o que é melhor para a bancada aqui na AL no dia a dia, na convivência com os outros partidos e parlamentares. Tem que ver também a posição importante do presidente Robinson, vai ser a sua sucessão e ele terá uma liderança importante na condução desse processo e eu acho que eles vão saber conduzir da melhor maneira possível para a Assembleia, que é um órgão, como o parlamento nacional, muito vigiado e muito questionado também e precisa mostrar cada vez melhor a participação do Poder Legislativo.
O nome do senhor surge como um dos mais possíveis sucessores para a Presidência da Câmara. Mas o fato do PT ter elegido a maior bancada atrapalha esse projeto?Nós tiramos esse assunto de pauta agora no segundo turno. Nós vamos levar para o segundo turno o que nos une e nos agrega. Tudo aquilo que nos divide, ou no Estado, ou em nível nacional, a gente deixou para um segundo, terceiro planos. Agora esse é meu sonho maior. Ser presidente de uma Casa onde estou há 40 anos... Imagine a minha realização como homem público, mas eu deixei para o segundo momento porque agora vamos nos concentrar todos, com toda a energia, para ganhar a eleição. Mas esse critério pontual não é o que, obrigatoriamente, deve prevalecer. Porque neste mandato que se encerra, o PMDB elegeu a maior bancada e fez com o PT um entendimento, e mesmo com a maior bancada ofereceu ao PT, que era a segunda bancada, a presidência da Câmara, quando elegeu Arlindo Chinaglia [deputado federal pelo PT/SP, presidente da Câmara em 2007/2008]. Ficou, à época, um entendimento que nos dois outros anos seria do PMDB, que foi o que aconteceu com Michel Temer (deputado federal pelo PMDB/SP, presidente da Câmara no biênio 2009/2010]. Então não foi critério deste último quadriênio e esse, certamente, não será o critério determinante. Mas isso nós vamos discutir posteriormente, até porque eu acho que quem for o presidente da Casa neste momento de resgate do poder legislativo, de recuperar as suas prerrogativas, devia ser um candidato de consenso da instituição e não um candidato de partido, de dois partidos ou de governo. Eu sonho com essa formulação. Mas vamos deixar para depois da eleição, que agora nós temos que ganhar a campanha, se Deus quiser.
O senhor defende que a ministra Dilma tenha dois palanques no RN, em face das divergências locais?
Não. Vai ser um palanque só, nós já nos reunimos ontem (quinta-feira) e já definimos isso para quando ela vier aqui ou o presidente Lula. Agora durante esse período que eles não vêm aqui eu propus, e foi aceito, a descentralização. Nós temos 167 cidades para andar e é muito melhor, em vez de ficar todo mundo indo para um canto só, ir cada partido e seus representantes para um lugar diferente para que possamos atingir o maior número de cidades e de eleitores. O PMDB, por exemplo, já está se organizando para a partir do dia 15 ou 16, fazer o seu roteiro em 15 dias, realizar um mutirão no Estado. Ontem, a deputada Sandra [Rosado, deputada federal] me ligou dizendo que queria participar com a deputada Larissa [Rosado, deputada estadual], e me parece que outros partidos aliados poderão participar nesta vertente.Há uma possibilidade de se abrir uma janela partidária em uma eventual reforma e a posição da governadora eleita sempre foi de uma oposição moderada ao presidente Lula.
Abrindo essa janela, o senhor acha que o PMDB pode ser uma possibilidade para ela?
Eu não diria isso. Primeiro o que nós temos que fazer é uma reforma política. Quem vier a ser o presidente da Câmara o item obrigatório, número 1, deve ser a reforma política. Nós não podemos mais enfrentar eleições no modelo que está, embora o eleitor mais consciente e a imprensa realize um trabalho de advertência, de convocação e conscientização. Mas o processo político provou, nesta eleição, ser muito confuso. Uma falta de coerência mais definida. Você chegava em um palanque e tinha um estadual que aprovava Iberê, o outro Rosalba, o outro Carlos Eduardo, e isso confunde muito a cabeça do eleitor. Tem que partir para o financiamento público e nós temos que fazer uma completa reformulação no processo político-eleitoral. Vamos ver se já que vai partir para uma reforma definitiva talvez antes seja interessante permitir que cada um fique onde quer ficar, já que hoje estão todos por sobrevivência, se acomodando nos partidos. Talvez em uma coisa verdadeira, clara e definitiva o primeiro passo seja dar liberdade para cada um se colocar ou por coerência ou ideologicamente. Então essa questão vai ficar para um segundo momento e a senadora Rosalba poderá definir com seus companheiros o que é melhor para sua vida política, partidária e eu acho que não é a hora de se pensar, nem de longe, nesse assunto.
Qual o maior desafio, na sua opinião, da próxima bancada federal do Rio Grande do Norte?
Eu já tenho vários desafios como deputado federal. Tenho várias brigas, no bom sentido, que eu vou comprar. Tenho várias bandeiras que eu vou assumir logo e espero já tratar desses assuntos, com Dilma eleita no segundo turno, logo na sua posse. Há vários desafios que não podem esperar. Primeiro a consolidação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Eu tenho boas notícias. Eu estive com a Anarc anteontem (quarta-feira) e até o final do mês vai ser remetido para o Tribunal de Contas, para a finalização do modelo do edital, pós audiências públicas e consultas realizadas. O Tribunal de Contas tem dois meses para finalizar a sua análise, vamos tentar encurtar para um mês. Eu vou lá para dentro pedir aos ministros que, com todo o rigor e critério, se puderem agilizar o processo é do interesse do nosso Estado. Então acho que no mais tardar em janeiro esse edital está nas ruas. Eu acho que vai ser um RN antes e depois desse aeroporto. Uma obra de um bilhão de reais, que vai gerar 30 mil empregos, vai ser o aeroporto mais moderno do Brasil, de cargas e passageiros. Vai ser a porta de entrada e saída do mundo, que me desculpe São Paulo e Rio de Janeiro. Tem também as duas ZPEs de Assu e Macaíba, instrumentos econômicos importantíssimos para desenvolver o estado do ponto de vista econômico e industrial. Nós temos outra questão gravíssima que é o novo Porto para o Rio Grande do Norte. O que está aí está esgotado a sua capacidade. Nós estamos perdendo espaços para os Portos de Pecem e Suape, afetando, portanto, a economia do nosso Estado. Esse trânsito caótico de Natal não pode continuar e tem espaço para o metrô de superfície. Há um projeto já pronto, da ordem de 200 milhões de reais, que está engavetado, e nós temos que buscar porque esse trânsito tende a se agravar com o passar dos anos. Tem também a questão da Transposição do Rio São Francisco, que precisamos consolidar a sua segunda etapa, que vai entrar no nosso Estado. A duplicação da BR-304 já se impõe pelo risco que a BR hoje já proporciona pelo seu estreitamento. Então já são aí processos de grande monta de recursos, mas serão desafios imediatos que eu espero que não sejam só meu, mas da bancada, da governadora, do Rio Grande do Norte. Se Deus quiser eu espero contar para essas soluções com o vice-presidente Michel Temer que eu asseguro ao RN, se eleita a ministra Dilma, um braço direito em favor do nosso Estado.
O PMDB vislumbra disputar 2012 e 2014 com candidato próprio?
Nós aprendemos nessa eleição duas lições. A necessidade do partido ter em cada eleição sua cara, suas ideias, seus projetos, para ganhar ou perder, mas é sempre bom e um partido se revitaliza e cresce quando está presente. Eu acho que nós cometemos alguns erros no passado recente por não termos um candidato próprio do PMDB. Essa é uma questão que eu quero colocar no âmbito do partido, mas certamente eu acho que seria importante para um partido do tamanho do PMDB no Brasil e, hoje, no Estado, que ele pense nas eleições futuras em uma candidatura própria.O senhor já visualiza nomes?De jeito nenhum. Nem sei se essa tese é vitoriosa porque nós temos aliados nesta eleição que postulam. Nós temos candidaturas postas como a prefeita de Natal, que deve postular a sua reeleição. Temos o ex-prefeito Carlos Eduardo que nós sabemos postula também retornar à prefeitura de Natal. Temos a ex-governadora Wilma, que não sabemos se pensa nisso, e foi de partido aliado nesse processo. Então não vamos nem mexer nisso. Mas eu acho que o PMDB, que já cresceu tanto no Estado e tem uma posição hoje tão amadurecida e respeitada, precisa pensar nisso: Se quer ampliar e crescer para o futuro, deve disputar eleições majoritárias a partir do próximo pleito.

sexta-feira, outubro 15, 2010

No governo Lula da Silva, a prova do Enem foi furtada após ser impressa. Disse Serra

Em discurso para mais de mil professores, segundo o jornal O Globo do Rio de Janeiro, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, defendeu nesta sexta-feira (15), em evento com professores em São Paulo, a reformulação total do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem."O Enem tem que ser refeito, tudo. Porque a utilização política, propagandística, acabou arruinando o Enem. Já nem falo do uso eleitoral disso, de correspondências aproveitadas com dados cadastrais do Enem, mas digo a substância mesmo, a falta de planejamento", afirmou o tucano em entrevista.O exame, criado ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1998, avalia o desempenho de estudantes das redes pública e privada que concluíram o ensino médio no ano da prova ou em anos anteriores. Hoje já substitui o vestibular em cerca de 92 mil vagas de universidades federais. Em 2009, após reformulação do exame pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, a prova do Enem foi furtada após ser impressa. O vazamento das questões levou ao adiamento do exame. Em agosto deste ano, dados de inscritos vazaram na internet.
Em discurso de cerca de meia hora, o ex-governador de São Paulo fez referência ao vazamento cadastral ao classificar o Enem como "sintese da desmoralização" do ensino médio no país."Hoje isso acabou virando instrumento de perigo para estudantes universitários que tiveram o cadastro de suas vidas exposto à manipulação de bandidos", disse Serra, que defendeu uma "reforma estrutural" no ensino médio. "É obsoleto, ineficiente, custoso e cruel com a juventude, porque não lhe abre portas para o futuro", disse.O presidenciável também reservou críticas ao ensino superior federal. Apontou falta de articulação com o ensino superior privado e o oferecido por estados e municípios. "É uma total descoordenação", definiu.Sem citar números, o tucano apontou redução no número de formandos no ensino superior federal durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo o indicador como melhor forma de avaliar o desempenho do setor.Para defender a atuação da gestão petista no setor, o presidente Lula e a campanha de Dilma Rousseff apontam com frequência o maior número de universidades federais criadas pelo PT no Planalto.[O ensino médio] é obsoleto, ineficiente, custoso e cruel com a juventude, porque não lhe abre portas para o futuro.O encontro do Dia do Professor organizado pela campanha tucana reuniu cerca de mil pessoas, a maior parte educadores das redes municipal e estadual na Grande São Paulo.O candidato, que se definiu como professor ("Foi praticamente a única atividade que tive"), defendeu políticas para o setor adotadas por gestões tucanas na Prefeitura de São Paulo e no governo do estado, como o emprego de duas professoras por sala no primeiro ano do ensino fundamental e a instituição de bônus por desempenho.Serra também criticou o sindicato dos professores do estado de São Paulo, que tem um histórico de greves e confrontos com a gestão tucana no estado. Apontou "aparelhamento político" no sindicalismo da educação paulista, citando como exemplo multa de R$ 7.000 aplicada em maio pela Justiça Eleitoral ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), por propaganda eleitoral negativa contra sua candidatura

quinta-feira, outubro 14, 2010

HENRIQUE ALVES PRESIDENTE DA CAMARA DOS DEPUTADOS

O deputado federal Henrique Eduardo Alves, poderá ser o futuro presidente da Câmara dos Deputados. Se eleito, Henrique se tornará o terceiro nome mais forte do Brasil. Estará honrando o voto dos norte-riograndenses. Eleito para seu décimo primeiro mandato, Henrique é aquela figura simples e amiga. Um excelente articulador e não tenho dúvidas de que ele receberá o voto de toda bancada federal do RN.O que pesa a Henrique é a eleição de Serra. Sua estrutura está sendo montada com o senador Garibaldi para que juntos visitem a maior parte das cidades. Prefeitos e lideranças, vice-prefeitos e vereadores serão chamados para se integrarem na campanha da candidata Dilma do PT. Essa mesma estrutura deverá ser montada pelo senador José Agripino, juntamente com Rosalba e o deputado Rogério Marinho. Assim como Henrique as principais lideranças que apoiam Serra deverão também ser chamados prefeitos, vereadores e lideranças. Vai ganhar o segundo turno quem tiver a melhor e maior estrutura de campo. A serviço de quem estarão os profissionais, aqueles que conhecem o estado e as lideranças e o poder do convencimento?

Arcebispo de João Pessoa acusa Dilma e PT por defesa do aborto

Adelson Barbosa dos Santos - Agência Estado
JOÃO PESSOA - O arcebispo de João Pessoa, Dom Aldo Pagotto, postou no Youtube um vídeo de 15 minutos no qual ele acusa diretamente o PT e a candidata do partido à Presidência da República, Dilma Rousseff, de pregarem a cultura da morte no País. O arcebispo se refere à polêmica sobre o aborto. Segundo ele, Dilma e o PT querem "descriminalizar o aborto e o transformar em direito humano fundamental". Para o arcebispo, "ataques à vida precisam ser combatidos". No discurso lido, Pagotto se dirige aos diocesanos e afirma: "Não podemos ficar calados diante da atitude pró-aborto do PT".No vídeo, o arcebispo ataca, inclusive, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pagotto afirma que o presidente jurou - em carta redigida de próprio punho, endereçada aos bispos brasileiros em agosto de 2005 - que era contra o aborto, mas enviou um projeto de lei ao Congresso legalizando a ação. Na carta, ele jurava pela própria mãe que tivesse qualquer intenção de legalizar o aborto, mas os fatos desmentem as palavras do presidente", afirma Pagotto, acrescentando que a "desonestidade (do presidente) quase alcançou seu objetivo" e que "o engodo" sobre a legalização do aborto, contido no projeto de lei, "foi descoberto pelos deputados dez minutos antes da votação.Na gravação, Pagotto aparece ao lado de uma imagem de Nossa Senhora e de uma fotografia do Papa Bento XVI. Pede que os católicos divulguem a mensagem ao maior número possível de pessoas, "porque estamos diante de um partido institucionalmente comprometido com a cultura da morte e que proíbe seus membros de seguirem suas próprias consciências". Segundo ele, o PT utiliza a mentira para enganar a população.

sexta-feira, outubro 08, 2010

SERRA É CONTRA O ABORTO E DILMA É A FAVOR

Discussão sobre descriminalização movimenta campanhas no 2º turno. A polêmica sobre o aborto se converteu em um dos temas mais comentados na retomada da campanha dos candidatos à Presidência da República neste segundo turno.Nesta quinta-feira (7), a petista Dilma Rousseff e sua coligação pediram à Justiça direito de resposta contra a emissora católica Canção Nova. O canal de televisão teria exibido na manhã de terça-feira (5), em transmissão ao vivo, o sermão de um padre que pedia aos fiéis que não votem em Dilma no segundo turno das eleições presidenciais.Nesta quinta também, o tucano José Serra disse que a discussão sobre o aborto na campanha eleitoral não se trata apenas de “ser contra ou a favor”, mas de “dizer a verdade”.Desde a fase da pré-campanha, Dilma e José Serra, que passaram ao segundo turno com 46,9% e 32,6% dos votos válidos, respectivamente, e Marina Silva (PV), que ficou em terceiro com 19,3%, externaram opiniões sobre o tema em diferentes meios e ocasiões.A legislação brasileira prevê a prática do aborto em duas situações: quando há risco à vida da mulher (o chamado "aborto necessário") e/ou quando a gravidez resulta de estupro. A eventual descriminalização da prática divide opiniões e movimenta o debate político no Brasil.
PRESIDENCIÁVEL DECLARAÇÕES SOBRE ABORTO
Dilma Rousseff (Foto: AE) DILMA ROUSSEFFEm 2007, quando ocupava o cargo de ministra-chefe da Casa Civil, Dilma afirmou em sabatina no jornal "Folha de S.Paulo" que era um “absurdo” que o Brasil não houvesse descriminalizado o aborto. Em maio de 2010, questionada pela revista "IstoÉ", defendeu o amparo do estado "para quem estiver em condições de fazer o aborto, ou querendo fazer o aborto ou precisando". Quatro meses depois, em debate promovido por televisões católicas, disse que não sabe se acha necessário ampliar os casos em que a lei já permite o aborto.4 de outubro de 2007 - “Olha, eu acho que tem que haver a descriminalização do aborto. Hoje, no Brasil, isso é um absurdo que não haja a descriminalização.”- Em sabatina à Folha de S. PauloAbril de 2009 - “Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias. Se a gente tratar o assunto de forma séria e respeitosa, evitará toda sorte de preconceitos. Essa é uma questão grave que causa muitos mal-entendidos. Existem várias divisões no país por causa dessa confusão, entre o que é foro íntimo e o que é política pública. O presidente é um homem religioso e, mesmo assim, se recusa a tratar o aborto como uma questão que não seja de saúde pública. Como saúde pública, achamos que tem de ser praticado em condições de legalidade.”- Revista Marie Claire7 de maio de 2010 - “Eu duvido que alguma mulher (...) defenda e ache o aborto uma maravilha. O aborto é uma agressão ao corpo. Além de ser uma agressão, dói, além de doer, imagino que a pessoa saía de lá muito baqueada. Eu não tive de fazer aborto porque eu tive de, na vida eu tive um problema, depois que minha filha nasceu eu tive uma gravidez tubária. Então eu não podia ter filho. Antes disso, eu não cheguei nunca a engravidar, só uma vez que eu perdi o filho por razões normais. Tive uma hemorragia. (Jornalista pergunta: “Foi logo no ínício da gravidez?”) Foi logo no inicinho da gravidez, não teve maiores efeitos físico não. (Jornalista pergunta: “Mas isso foi antes da sua filha nascer?”) Antes da minha filha nascer. Tanto é que eu fiquei com muito medo quando minha filha nasceu, de perder. Mas, todas minhas amigas que vi passar por experiência assim entraram chorando e saíram chorando." (Jornalista pergunta: “A senhora é contra criminalizar isso?”) "Eu acho que, o aborto, do ponto de vista de um governo, é uma questão não é de foro íntimo, é uma questão de saúde pública. E que você não pode hoje segregar mulheres e deixar que certos métodos, que hoje são encontrados na população de mais baixa renda, você vê uma porção de gente, principalmente nos grupos de mulheres você vê essa conversa muito forte... O uso da tal das agulhas de tricô, aquelas compridas, o uso de chás absurdos, o uso de métodos absolutamente medievais... Enquanto isso segmentos, há uma certa falsidade social, que as mulheres de mais alta renda vão para hospitais, clínicas privadas ou qualquer coisa assim e lá fazem o aborto. Então acho que, do ponto de vista de um governo, não é uma questão e não pode ser tratada como questão de foro íntimo. É uma questão necessariamente de saúde pública e tem de ser seriamente conduzida desse jeito." (Jornalista pergunta: Como a senhora vê um ex-ministro da Saúde se posicionando tão veementemente contra o aborto?) "Contra? Mas contra em que nível? No pessoal dele ou no atendimento a uma pessoa a uma pessoa que está tendo um... Porque tem que distinguir isso. Não estou discutindo aqui a posição individual de ninguém e acho estranhíssimo alguém falar assim: ‘eu acho que o aborto é ótimo’. Eu olho com... Porque não é. Você entende. É bom falar isso se não é seu corpo. Agora, uma coisa é isso. Outra coisa é enfrentar a realidade que existe. E a realidade que existe é essa que eu estou dizendo: uma parte da população não tem acesso a esse serviço." (Jornalista pergunta: “A senhora é legalmente a favor de uma legislação que não criminalize o aborto?) "Que obrigue a ter tratamento para as pessoas para não correr risco de vida igual os países desenvolvidos do mundo inteiro.” (Jornalista pergunta: “Tratamento pós-aborto, não? Ou atendimento público para quem quer abortar?). “Para quem estiver em condições de fazer o aborto, ou querendo fazer o aborto ou precisando. Acho que tem que ser tratado com uma questão de saúde pública.” (Jornalista pergunta: E a posição da Igreja Católica?) "Eu entendo perfeitamente, acho que ela, a Igreja Católica, vivemos em uma democracia, tem absoluto direito de externar sua posição.”- Revista IstoÉ(Observação: este trecho não está publicado na íntegra na revista, mas o áudio estava disponível nesta quinta-feira, 7, e o G1 fez a transcrição.)12 de maio - “Aborto é uma coisa que nenhuma mulher defende, ninguém fala ‘eu quero fazer aborto’. Não é uma questão de foro íntimo, meu seu, da igreja, de quem quer que seja. É algo que eu acredito que é política de saúde pública. Acho que a legislação brasileira nesse ponto é muito clara.”- Painel RBS1º de outubro - “Nunca escondi que acho que a questão do tratamento das mulheres, principalmente das milhares de mulheres pobres que recorrem ao aborto, não é uma questão de polícia, é de saúde pública.”- Entrevista coletiva no Rio de Janeiro 24 de setembro - “Eu também tenho uma posição clara em defesa da vida. Nós seres humanos temos que respeitar, temos que honrar e sobretudo temos que perceber a dimensão transcendente dela. Por isso, eu não acredito que mulher alguma seja favorável ao aborto. O aborto é uma violência contra a mulher. Eu pessoalmente, não sou favorável ao aborto. Como presidente da República, eu terei, se eleita, que tratar da questão das milhares de mulheres pobres desse país que usam métodos absolutamente, eu diria assim, bárbaros, e que correm sistematicamente risco de vida. Elas tem que ser protegidas. E é nesse sentido que eu falei sempre que isso é uma questão de saúde pública. Não é uma questão que pode confundir-se com a minha opção por um processo de favorecimento do aborto. Não acho que isso resulte em nenhum benefício para a sociedade. Agora, considero também que a legislação vigente já prevê os casos em que o aborto é factível e eu não sei se acho que seria necessário ampliar esses casos. Não vejo muito sentido.”- Debate na CNBB/Rede Vida29 de setembro - “Sou a favor da valorização da vida. Eu já disse no debate da CNBB que sou pessoalmente contra o aborto. É uma violência contra a mulher”- Após encontro com religiosos JOSÉ SERRAQuando ocupava o Ministério da Saúde em 1998, assinou norma técnica que orienta método de aborto em casos de estupro. Em sabatina realizada pela "Folha de S.Paulo" em 2002, lembrou que foi “muito atacado por isso”. Na pré-campanha, em maio de 2010, voltou a se dizer contrário ao aborto e admitiu a possibilidade de que deputados possam propor a mudança. Durante a campanha, posicionou-se contrário ao aborto.Novembro de 1998 - “O braço executivo das ações de saúde é formado pelos Estados e municípios. É a eles que o Ministério da Saúde oferece subsídios para medidas que assegurem a essas mulheres (vítimas de violência) a harmonia necessária para prosseguirem, com dignidade, suas vidas.”- Na introdução da Norma Técnica do Ministério da Saúde sobre procedimentos adotados para aborto em casos de estupro (nesses casos, o aborto é permitido por lei)16 de agosto de 2002 - “No caso de estupro, o Ministério da Saúde até regulamentou a, digamos, o aborto que é permitido por lei. Eu fui muito atacado por isso, defendendo a generalização do aborto, os abusos, etc. Agora se me pergunta sou a favor do aborto, não.”- Em sabatina à Folha de S. Paulo,10 de maio de 2007 - “Ninguém pode ser a favor do aborto, mas essa é uma questão que ainda vai ser debatida no Brasil.” - Após recepção para Bento XVI no Palácio dos Bandeirantes13 maio de 2010 - “Eu não sou a favor do aborto. Não sou a favor de mexer na legislação. Agora, qualquer deputado pode fazer isso. Como governo, eu não vou tomar essa iniciativa.”- Em entrevista após Programa do Ratinho, do SBT 21 junho - “Eu não mexeria na atual legislação. (...) Eu pessoalmente acho o aborto uma coisa terrível, mas independentemente disso, em um país como o nosso, hoje, nas condições atuais, isso liberaria coisa de uma verdadeira carnificina. ”- Em Sabatina à Folha de S. Paulo6 de outubro - “Nunca disse que sou contra o aborto porque eu sou a favor, ou melhor, nunca disse que sou a favor, porque eu sou contra. Tenho amigos que me acham atrasado, mas tenho meus valores históricos sobre isso e sou contra.”- Em entrevista coletiva em Brasília, na qual ele iniciou a frase com a afirmação em um sentido e depois esclareceu sua posição

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