quarta-feira, outubro 06, 2010

SERRA SE REUNE COM GOVERNADORES, SENADORES E DEPUTADOS DA OPOSIÇÃO, A ORDEM É GANHAR AS ELEIÇÕES

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, reuniu nesta quarta-feira (6), em um centro de convenções, em Brasília, os principais aliados de sua campanha no país para definir a estratégia e iniciar a corrida pelo voto no segundo turno das eleições. Governadores, senadores e demais parlamentares eleitos e reeleitos no último domingo (3) prometeram empenho para multiplicar os votos de Serra.Eleito governador de Santa Catarina no primeiro turno com mais de 1,8 milhão de votos, Raimundo Colombo (DEM), disse que já tem 36 reuniões agendadas no estado para mobilizar a militância em torno da candidatura de Serra.Vamos trabalhar para mobilizar os companheiros. Faremos 36 reuniões regionais para trabalhar em favor do Serra. Tenho certeza de que vamos ampliar a margem de votos.”Serra reúne vitoriosos do 1º turno e prega ‘política de soma’ Guerra diz que 'fantasma de Lula está arquivado pra muita gente' Já o ex-governador catarinense Luiz Henrique da Silveira, que recebeu a maior votação para o Senado, prometeu levar Serra para visitar a Oktoberfest, a maior festa alemã da América Latina, que acontece em Blumenau. Teremos neste fim de semana uma caminhada e um comício em Chapecó. Também vamos fazer uma participação à tarde e à noite na Oktoberfest, em Blumenau. O objetivo é quintuplicar os votos de Serra no segundo turno”, disse Luiz Henrique. O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse que o momento é de sair às ruas e buscar os votos para evitar que a capacidade de mobilização do PT dificulte as coisas para Serra: “É o momento de sair às ruas. Sabemos da capacidade de mobilização do PT. Não podemos cometer nenhum erro e não perder nenhum minuto.”Já o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que o segundo turno será o momento de os candidatos apresentarem suas propostas. Guerra classificou Dilma de “produto de candidato” e afirmou que a petista vai ter que mostrar suas posições sobre temas polêmicos. O segundo turno depende do povo e depende muito daquilo que o Serra vai falar. A população vai poder analisar dos candidatos e os dois vão ter que aparecer, dar a sua proposta desenvolver o conteúdo daquilo que eles pretendem fazer no país e se mostrar. A ministra Dilma, durante todo o primeiro turno, ela iludiu, ela apareceu mas não era ela. Continua não sendo. Agora, ela vai ter que falar se ela é assim ou assado, se ela é a favor do aborto ou não é. Dilma é um produto de candidato que não tem experiência para ser presidente da República”, afirmou Guerra.O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), afirmou que no segundo turno o empenho será maior na eleição presidencial porque poderá haver uma “dedicação exclusiva”. Richa afirmou que na condição de governador eleito “fica mais fácil conversar com os prefeitos.A campanha será mais acalorada, é uma campanha mano a mano (...) Da parte dos nossos companheiros nos estados vai ter mais vibração, mais pegada, mais entrosamento. Os problemas do primeiro turno são compreensíveis porque cada um está mais concentrado na sua campanha. Eu também não tive uma dedicação exclusiva, e minha campanha continua porque minha vitória está incompleta enquanto o Serra não for presidente”, afirmou Richa.O senador eleito Aloysio Nunes (PSDB) destacou que ele e o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB) farão um roteiro de viagens neste segundo turno para pedir voto para Serra. Ele acredita ser possível ter uma vantagem maior em São Paulo. “Vamos continuar arregimentando e mobilizando as pessoas. Tem ainda um contingente enorme de votos para ganhar em São Paulo e para fazer a nossa agenda não precisamos comprometer a agenda presidencial.”Candidato derrotado à Presidência em 2006 e agora governador eleito de São Paulo, Alckmin qualificou ser natural algumas críticas entre aliados sobre o primeiro turno e afirmou que a partir de agora a união poderá dar a vitória a Serra, sobretudo buscando os votos de Marina Silva (PV).Campanha, eu já passei por isso, quando você não é favorito é mais difícil mesmo, você tem solidariedade mais baixa, você tem engajamento menor, mas agora mudou o quadro, agora estamos em outro cenário, estamos em uma eleição equilibrada. O voto que foi para a terceira colocada, a candidata Marina, que fez campanha brilhante, com postura muito boa é um voto mais próximo do Serra”, disse Alckmin.O presidente de honra do DEM, Jorge Bornhausen, enfatizou a necessidade de melhorar a campanha nos estados onde Serra foi derrotado por Dilma, especialmente no Nordeste. Para ele, a campanha deve privilegiar esses estados e deixar que os aliados trabalhem onde a oposição já foi vitoriosa. “Acho que onde nós ganhamos, os que ganharam comandam a campanha e existem lugares em que estamos sem a proteção necessária e precisamos reforçar.”Um dos mais esperados na reunião, Aécio Neves também deu entrevista prometendo engajamento e afirmou que o fato de ter conseguido levar Serra ao segundo turno renova as esperanças da oposição.É um novo pensamento no segundo turno, depois de um governo que procura excluir alguns como se não fossemos brasileiros, de usar uma tese de ‘nós contra eles’, um governo que fez aparelhamento da máquina pública. É importante ter o Serra no segundo turno dizendo que o Brasil é de todos nós”, afirmou Aécio.O agora senador por Minas Gerais se comprometeu a ajudar o colega de partido. “Vamos todos estar dedicados à vitoria companheiro José Serra, não apenas em Minas, mas onde ele achar necessário estaremos à disposição dele. Temos oportunidade de mostrar as propostas, as ideias e as diferenças entre os candidatos”.A discussão sobre o aborto também foi levantada pelos aliados. Para o presidente do DEM, Rodrigo Maia, o tema foi colocado na eleição pelo próprio eleitor e merece ser debatido.“Essa questão dos valores cristãos, dos valores da família, é fundamental e nós temos posição clara, nosso partido tem e o Serra também tem, e a Dilma não tem. Nós queremos saber de forma clara qual será a posição dela, que é uma posição neste momento oportunista, que certamente vai transparecer e tem transparecido para o eleitor um oportunismo e um medo de colocar suas posições naquilo que ela pensa se chegar à Presidência do Brasil”, afirmou Maia.O PT tem reclamado que correntes na internet tenham usado declarações atribuídas a Dilma como favorável ao aborto. A candidata do PT afirma na campanha que defende a vida e que não vê necessidade de se ampliar na legislação as hipóteses em que o aborto é permitido. A descriminalização do aborto consta do programa do PT.Entre os presentes no evento está Weslian Roriz (PSC), que substituiu na disputa pelo governo do Distrito Federal o marido Joaquim Roriz (PSC), barrado pela Lei da Ficha Limpa. Ela afirmou que estava presente para manifestar apoio a Serra.Questionada se pretendia realizar algum evento com Serra em Brasília no segundo turno, a candidata afirmou que depende do presidenciável. “Se ele quiser, OK, mas se ele não vier não vou me preocupar porque os votos dele já são meus aqui”. Joaquim Roriz (PSC) não compareceu ao evento. Weslian estava acompanhada da filha Jaqueline Roriz (PSC) e da candidata derrotada ao Senado Maria Abadia (PSDB). No Rio Grande do Norte o comando do senador José Agripino e Rosalba Ciarline governadora eleita no primeiro turno, vão se juntar ao deputado Rojério Marinho presidente do partido de Serra, para ocuparem todos os espaços e arregimentar a base e aliados, e proporcionar uma grande vitória de Serra no segundo turno.

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