quinta-feira, novembro 15, 2012

Após mensalão, Dirceu pode ser levado a centro de ressocialização em SP .






Centro de Ressocialização de Limeira, em Limeira, uma das prováveis prisões em São Paulo onde o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu cumprirá pena
Foto: Michel Filho / Agência O Globo


Centro de Ressocialização de Limeira, em Limeira, uma das prováveis prisões em São Paulo onde o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu cumprirá pena
MICHEL FILHO / AGÊNCIA O GLOBO
SÃO PAULO - A decisão do local onde o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu poderá cumprir a pena em regime fechado será tomada pela Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, mas o petista considera apresentar petição ao poder público com sugestões de unidades prisionais. Os amigos do ex-dirigente do PT dizem que ele está preparado para a prisão e que o tema já é debatido, ainda de maneira reservada. O objetivo da iniciativa é garantir a proteção do réu e a sua proximidade ao distrito onde reside, em Vinhedo (SP), direitos previstos na Lei de Execução Penal.
Na avaliação de integrantes da pasta estadual de Administração Penitenciária e de pessoas próximas ao petista, ouvidas pelo GLOBO, o mais provável é que ele cumpra a pena em centros de ressocialização, como o de Bragança Paulista e o de Limeira, cujas populações carcerárias estão abaixo da capacidade total de detentos. Por haver vagas, é mais provável que a administração pública acate uma solicitação da defesa do petista para essas unidades prisionais, que abrigam presos de baixa periculosidade e oferecem melhor estrutura.
— A defesa poderá sugerir locais, mas isso não é uma garantia, uma vez que a decisão é da administração pública. E, posteriormente, pode-se recorrer ao juiz de execuções — explica o jurista Luiz Flávio Gomes.
Além de São Paulo, o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá conferir a decisão da escolha da unidade prisional à Justiça de Brasília, hipótese que é avaliada, contudo, como pouco provável por juristas e criminalistas.
Em um bairro calmo, em que o principal ponto de referência é um cemitério, o centro de ressocialização de Bragança Paulista, a 58 km de Vinhedo, é considerado uma unidade modelo. O agente penitenciário Manuel Bento, que passou pelo Complexo do Carandiru, relata que nunca foi registrada uma fuga no local, que abriga 230 presos.
Comparado a hotel
Na cadeia, os detidos têm acesso a bibliotecas, salas de aula e barbearia. Eles têm espaço para se exercitar e podem receber visitas nos fins de semana. O agente penitenciário afirma que o petista será bem recebido na unidade prisional, mas os vizinhos do local têm opinião diferente.
— Nossa, dá medo. O meu medo é toda essa repercussão tirar a tranquilidade daqui — afirmou a professora Evelin Gomes dos Santos.
Em Limeira, a 83 km de Vinhedo, o centro de ressocialização é comparado a um hotel por moradores do município. A unidade é vizinha a um horto florestal, e os detidos não são confinados em celas. No local, os 99 prisioneiros dormem em alojamentos sem grades e têm acesso livre a um orelhão. A única reclamação é o barulho. Ao lado do local, funciona um kartódromo e uma pista de motocross. O administrador da pista de kart, Carlos Alberto Munhoz, relata que já promoveu uma prova com presos e que alguns deles já lhe prestaram serviços.
— Eu vou colocá-lo para trabalhar aqui, para ele ver o que é difícil. Essa decisão deixa a gente animado com o Brasil e mostra que a corrupção pode ser combatida — afirmou.
Além dos centros de ressocialização, outra hipótese para o petista é o Complexo de Tremembé, a 140 km da capital paulista. A unidade prisional é apelidada de “Presídio de Caras”, por abrigar condenados de crimes de grande repercussão, como o jornalista Pimenta Neves e o advogado Alexandre Nardoni. A opção mais próxima de Vinhedo, contudo, é o Complexo de Hortolândia, a 45 km. A unidade penitenciária, que abriga mais que o dobro de detentos que a sua capacidade total e possui condições precárias de alojamento, não deverá ser escolhida para o petista.



Filho de Garibaldi critica ‘desarticulação’ e revela insatisfação do PMDB com DEM


 Por: Alex Viana
O líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter Alves, filho do ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), apontou a insatisfação do partido em relação ao governo Rosalba Ciarlini (DEM) como um dos motivos da avaliação que a legenda promoverá internamente, provavelmente em março do próximo ano, para discutir se deixa ou se permanece na base de apoio político do governo. Walter Alves também criticou a desarticulação do governo, que estaria causando o distanciamento do PMDB da administração. “Está havendo uma desarticulação política pelo governo, e isso está causando o distanciamento do PMDB. Mas é um assunto para ser discutido, como disse o ministro Garibaldi, pelo presidente da nossa legenda, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, que deverá convocar o partido no começo do próximo ano”, afirmou Walter Alves.
O PMDB é considerado o principal aliado político do governo Rosalba Ciarlini. Contudo, o partido não estaria sendo ouvido sobre a gestão administrativa e indicou apenas um secretário (Trabalho, Habitação e Assistência Social), além de um presidente de empresa pública (Potigás). Ontem, em entrevista ao Jornal de Hoje, o ministro da Previdência confirmou que a legenda irá discutir a aliança com o governo Rosalba no próximo ano, não descartou rompimento e até afirmou ser natural a discussão interna sobre o lançamento de um candidato a governador pela legenda.
Para Walter Alves, pelo peso, tamanho e importância do PMDB, o partido deveria ser mais ouvido pela administração Rosalba Ciarlini. “O PMDB tem dois senadores, um deputado federal, cinco deputados estaduais, 52 prefeitos, 33 vice-prefeitos e 336 vereadores. É o maior partido do estado. Temos que consultar as nossas bases porque existe uma insatisfação perante a desarticulação política do governo, com relação aos prefeitos do interior”, completou Walter Alves.
Nesta terça-feira, o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) creditou parte da sua derrota na disputa pela prefeitura de Natal ao desgaste do governo Rosalba. A aliança com um governo desaprovado pela maioria da população serviu de munição para os adversários do peemedebista, que souberam explorar o fato durante a campanha, impedindo o crescimento dele nas pesquisas. No interior do estado, o quadro foi o mesmo: candidatos peemedebistas a prefeito não fizeram questão da presença da governadora em seus palanques.
Até agora, o PMDB teria tido mais ônus que bônus com a aliança. Além de não ser ouvido, o partido seria desprestigiado há bastante tempo. O Conselho Político, criado por Rosalba no início do ano, teria servido apenas para o fechamento da aliança e torno da candidata do DEM a prefeito de Mossoró. Para completar, o PMDB indicou o vice de Claudia Regina, mas sequer foi chamado para participar da transição mossoroense.
Recentemente, Rosalba realizou modificações no governo, com as saídas de Betinho Rosado (Agricultura) e Benito Gama (Desenvolvimento), a nomeação de Carlos Augusto (Chefe da Casa Civil) e a nomeação de Anselmo Carvalho (Controladoria), tudo isso sem pedir a opinião do maior aliado. Recentemente, o governo enviou o orçamento 2013 para a Assembleia, mas não teve o cuidado de comunicar à bancada peemedebista, a maior da casa, com cinco parlamentares.
HABILIDADE
Enquanto isso, o PMDB, que exerce uma espécie de “ponte” entre o governo do DEM e a gestão da presidente Dilma (PT), com acesso aos ministérios, observaria um governo estadual de indicações políticas da governadora. Embora o PMDB negue publicamente que a avaliação da aliança seja por desgaste e inabilidade política da gestão, não há como negar que o partido ressente-se da participação.
Atualmente, são da cota pessoal de Rosalba a Educação, a Saúde, o Planejamento, a Comunicação, a Caern, a Infraestrutura, o Desenvolvimento, os Recursos Hídricos e a Administração – parte desses cargos entregues ao chamado “núcleo mossoroense” considerado à disposição de Rosalba por não dependerem de aliados para serem exonerados e substituidos.
“É o estilo de governo que tem que ser revisto. É muito lento, centralizador, os secretários são desestimulados, não têm carta branca para resolver os problemas, têm medo”, analisa o deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB), que também é favorável à discussão proposta por Garibaldi.
O deputado defendeu que a reunião para discutir a aliança com Rosalba aconteça até março. “Independente de ser governo a, b ou c, devemos pensar no Estado do RN. Administrativamente é uma coisa, politicamente é outra. Onde a gente estiver, a gente tem que ajudar quem está a frente para que o governo não seja um desastre, avance e se desenvolva. Sobre a questão política, tem que ter conversa a nível de partido, eu até defendo final de março ou abril, para poder ter uma decisão mais firme se realmente continua ou não”, completou Nélter Queiroz.

Declaração do ministro seria “recado” para melhorar participação do PMDB no governo
Em sua entrevista ontem, o ministro Garibaldi não descartou a possibilidade de rompimento, inclusive citou a hipótese, considerada por ele natural, de candidatura própria do PMDB ao governo do Estado. A aliança do PMDB com o PT da presidente Dilma Rousseff deverá ser renovada em 2014 e, neste caso, os líderes locais do PMDB, Henrique Alves, e Garibaldi, teriam por prioridade aliarem-se a partidos da base de Dilma, o que excetuaria a presença do DEM.
O resultado seria o rompimento do PMDB com o DEM para atender a esta aliança nacional. Em reforço ao que seria esta tendência, os projetos pessoais de Henrique Alves de presidir a Câmara dos Deputados e de Garibaldi continuar ministro de Estado precisam do aval da presidente e Dilma não estaria disposta a aceitar a aliança de aliados tão importantes com políticos do DEM, principal adversário do governo do PT.
TOMA LÁ…
Por outro lado, observadores da cena política analisam a movimentação do PMDB como um recado a Rosalba. O partido estaria, na verdade, querendo ser chamado para uma conversa para melhorar sua participação no governo. O aviso seria no sentido de, se não melhorar esta participação, o PMDB irá encontrar um candidato alternativo.
Para o PMDB, a Ação Social, hoje ocupada por Luiz Eduardo Carneiro, não bastaria.  A pasta do Turismo chegou a permanecer ofertada à legenda, que preferiu não indicar em represália à forma pela qual o secretário anterior, nomeado com o aval do PMDB, Ramzi Elali, deixou o governo.
Por outro lado, a ameaça de candidatura própria do PMDB a governador não vingaria. O deputado Walter Alves não teria condições de ser candidato e, para que Henrique pudesse ser, dependeria de uma série de articulações que tiraria o foco do parlamentar da presidência da Câmara dos Deputados.
A seu turno, o governo tem se demonstrado um péssimo parceiro político. Na avaliação de algumas fontes, a sorte da governadora Rosalba Ciarlini é que não existiria um candidato natural a sua sucessão – por isso suscita-se o nome do ministro da Previdência, Garibaldi Filho, como um nome do PMDB; para o ministro, seria uma honraria política ser o primeiro político do RN a governar três vezes seu estado.
Na oposição, o vice-governador Robinson Faria (PSD) não é visto como uma ameaça real pelo sistema político da governadora Rosalba Ciarlini. A falta de carisma seria seu ponto fraco. A ex-governadora Wilma de Faria (PSB), eleita vice-prefeita de Natal, também é desacreditada como candidata ao governo do Estado por Rosalba. A única ameaça real no sistema de oposição, segundo fontes governistas, seria uma candidatura da deputada federal Fátima Bezerra (PT), que até agora não disse se seu nome estará à disposição para disputar o governo.
Para alguns interlocutores do governo estadual, parte da problemática política de Rosalba se resolveria se o governo soubesse dialogar, especialmente com seus aliados. Hoje, virou chavão e lugar-comum dizer que a dificuldade financeira do RN emperra tudo. Muitos pleitos que se fossem atendidos evitariam desgaste simplesmente o governo não responde.
Hoje, apenas o presidente da AL, Ricardo Motta, estaria satisfeito com a governadora. Com a liderança que exerce sobre o plenário, ele consegue aprovar todas as matérias de interesse da administração Rosalba Ciarlini.
O eventual rompimento do PMDB com o governo, porém, é visto como praticamente o fim da gestão, daí muitos não acreditarem nesta possibilidade já que, em tese, bastaria Rosalba entregar uma ou duas secretarias estaduais para o partido que o problema com o aliado estaria resolvido.
O peso do PMDB é enorme na gestão Rosalba e, de fato, não condiz com a participação reduzida na administração. Além de contar com o líder do PMDB e futuro presidente da Câmara dos Deputados, com o ministro da Previdência e cinco deputados estaduais, o partido detém o controle sobre um importante sistema de comunicação.
Para o governo, todavia, a ameaça de candidatura de Garibaldi, suscitada no último encontro do PMDB com seus filiados, na segunda-feira passada, não chega a assustar. Os governistas acreditam que Garibaldi não teria saúde para ser candidato a governador e sua candidatura seria mais um desejo de ex-auxiliares. Além disso, afirmam que Garibaldi “está no céu” como ministro de Estado e dois gabinetes no Senado, o do pai, Garibaldi Alves, e o do seu substituto, Paulo Davim, e não teria interesse em pegar um estado destroçado.
Avalia-se, ainda, ao lado de Rosalba, que a aliança nacional do PMDB com o PT também não seria impedimento para a manutenção da aliança dos peemedebistas locais com o DEM. Isso porque o PMDB sabe da importância que tem para o governo federal e a ameaça de um novo quadro no cenário nacional, com Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, tirará de Dilma o poder de fogo contra o PMDB, cabendo ao partido escolher com quem vai se aliar nos estados sem ser importunado pela presidência da República.

quarta-feira, novembro 14, 2012

Sopro e arritmia podem ocorrer em qualquer idade; veja como prevenir


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Não há limite de idade e restrição de gênero para doenças do coração, como sopro e arritmia. Elas podem atingir qualquer pessoa e, na maioria das vezes, não apresentam sintomas claros, por isso o acompanhamento médico é essencial para identificar os sinais de alerta.
Além disso, saber o histórico de doenças da família também ajuda no diagnóstico precoce, que evita que essas doenças evoluam para complicações maiores, como explicaram a cardiologista Denise Hachul e a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta segunda-feira (12).
O sopro, por exemplo, pode provocar nenhum sintoma ou falta de ar, desmaios e inchaço nas pernas e na barriga. A doença acontece quando há disfunção das válvulas do coração, que causa um ruído mais abafado. A pessoa pode nascer com o problema ou adquiri-lo ao longo da vida por causa de doenças como febre reumática, rompimento dos pilares que prendem as válvulas do coração ou até mesmo por causa do envelhecimento.
Taquicardia (Foto: Arte/G1)
Algumas crianças, no entanto, podem desenvolver sopros que desaparecem conforme elas crescem, como explicou a pediatra Ana Escobar.
Em alguns casos, os sopros são provocados por defeitos congênitos da formação das válvulas do coração ou pela falta de fechamento de orifícios do músculo cardíaco. Essas más formações podem ser corrigidas com cirurgia, como se fosse uma plástica do coração para corrigir os defeitos.
O diagnóstico é feito com o estetoscópio na visita ao médico, por isso a importância de ter sempre o acompanhamento. O tratamento depende da causa, gravidade e consequências da doença no coração e pulmão. Como no caso das crianças, as válvulas podem ser corrigidas com cirurgia ou substituídas por válvulas artificiais; já os orifícios podem ser fechados também com cirurgia ou pela colocação de “tampões” por meio de cateteres.
Já a arritmia altera a frequência do coração; podem ocorrer acelerações, desacelerações ou descompassos nos batimentos cardíacos.
Como no caso do sopro, qualquer pessoa pode ter arritmia, desde crianças a idosos. Entre os sintomas, estão palpitações, fraqueza, intolerância a exercícios físicos, falta de ar, tontura, desmaios e, em casos extremos, pode causar parada cardíaca e, consequentemente, morte súbita.
Mais de 80% das mortes súbitas são causadas por taquicardia, quando o ritmo do coração fica acelerado. Segundo a cardiologista Denise Hachul, casos de arritmia decorrentes de exagero no esporte são muito comuns. Normalmente, são arritmias ventriculares que, por causa da prática de esportes, são mascaradas e podem levar o atleta à morte súbita. Se a pessoa descobrir a doença, pode tratar treinando da maneira correta e pode até continuar a praticar esportes.
Para perceber irregularidades nos batimentos, nesse caso, a pessoa pode medir o próprio batimento após fazer exercícios físicos. Ou o diagnóstico pode ser feito por causa de queixas de palpitações ou desmaios. No exame clínico, o médico consegue perceber as alterações no ritmo do coração, que são confirmadas pelo eletrocardiograma.
Alguns tipos de arritmia têm cura total e outros têm apenas controle, feito com o tratamento adequado. A doença pode ser tratada com medicamentos, condicionamento físico ou cauterização dos focos por cateteres.
Embolia pulmonar
Morreu na noite deste domingo (11), de embolia pulmonar, o ator e diretor Marcos Paulo. Ele estava em casa, no Rio, e tinha 61 anos de idade. No Bem Estar desta segunda-feira (12), a pediatra Ana Escobar explicou isso acontece quando há obstrução das artérias dos pulmões por coágulos.

Esses coágulos geralmente começam a aparecer nas pernas, por isso a importância de evitar fica na mesma posição por muito tempo. Além disso, cirurgias extensas, traumas, anticoncepcionas, obesidade, tabagismo e insuficiência cardíaca são alguns dos fatores de risco para a doença.
Em agosto do ano passado, o ator e diretor passou por cirurgia para remover um tumor no esôfago. Ele havia sido diagnosticado com câncer em maio de 2011. Segundo a pediatra Ana Escobar, o uso de remédios para o tratamento de câncer pode aumentar o risco de embolia pulmonar.
O corpo do ator e diretor será cremado na tarde desta segunda-feira (12) em uma cerimônia restrita à família, no Rio de Janeiro.

terça-feira, novembro 13, 2012

IBGE revela carência de coleta seletiva de lixo


O número de cidades brasileiras com coleta seletiva de lixo mais que dobrou de 2000 a 2008, mas ainda assim apenas 1.087 municípios, ou 19,5% do total, têm alguma forma de separação para reciclagem. Segundo a pesquisa Índices de Desenvolvimento Sustentável (IDS 2012), divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, apenas 8,2% das cidades tinham coleta seletiva.
Ao mesmo tempo, porém, o Brasil é campeão em reciclagem de alumínio, com 98,2% de reaproveitamento de latinhas, em 2009. "No Brasil, os altos níveis de reciclagem nem sempre estão associados à educação e à conscientização ambiental. Muitas vezes o alto valor das matérias-primas e a presença de uma massa de trabalhadores sem qualificação e poucas opções de emprego são fatores que explicam", diz o IBGE no documento da IDS 2012.
Mesmo o Paraná, Estado com a maior cobertura de coleta seletiva, tem 52,1% das cidades nessa situação. A disparidade regional é enorme: no Piauí, duas cidades (0,9% do total) têm coleta seletiva.
Os municípios com coleta seletiva estão mesmo concentrados nas regiões Sudeste e Sul, onde 25,9% e 41,3% das cidades, respectivamente, fazem separação de lixo. São piores os dados para o Norte (5,1% das cidades), Nordeste (6%) e Centro-Oeste (7,1%).
Desenvolvimento sustentável
Caiu a mobilização política local, nos municípios, em torno do desenvolvimento sustentável. Em 2002, 50,6% da população viviam em cidades com Agenda 21 Local. Em 2009, a parcela caiu para 41,2%, segundo a pesquisa IDS. Em 2009, havia apenas 978 municípios com Agenda 21 Local.
A Agenda 21 é um documento assinado por 178 países na Rio 92, estabelecendo uma série de objetivos, critérios e princípios para o desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 Local é um processo de planejamento estratégico para implementar a agenda localmente. O fim do Programa Farol do Desenvolvimento, do Banco do Nordeste (BNB), que financiava a instalação de projetos de Agenda 21 Local, foi apontado pelo IBGE como um dos motivos para a desmobilização.
Segundo Denise Kronemberger, coordenadora técnica da IDS 2012, a queda na população residente em cidades com Agenda 21 Local demonstra a insustentabilidade de programas para impor o desenvolvimento sustentável "de fora". "Isso mostra a importância desses processos serem endógenos", afirmou Denise.
Camada de ozônio
De 1992 para 2010, o Brasil reduziu em 89,2% o consumo de substância nocivas para a camada de ozônio, segundo a IDS. A destruição da camada de ozônio, um dos principais problemas da agenda ambiental de 20 anos atrás, na Rio 92, está sendo combatida.
Isso porque o Protocolo de Montreal, assinado em 1987 e atualmente com 196 países signatários, que decidiu pela redução do uso de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDOs), tem sido bem-sucedido.
No Brasil, segundo a compilação do IBGE, o uso de SDOs caiu de 11.099 toneladas PDO (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio, unidade calculada englobando os diferentes tipos de substâncias), em 2000, para 1.208 toneladas PDO, em 2010. Os clorofluorcarbonos (CFCs) são os SDOs mais conhecidos. 



Tópicos: AmbienteIBGEPesquisaLixoOzônio

32,3% dos municípios brasileiros têm coleta seletiva de lixo, diz IBGE


Do G1 em São Paulo
Uma em cada três cidades do Brasil tem programa, projeto ou ação de coleta seletiva de lixo em funcionamento. A conclusão está na pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros 2011, divulgada nesta terça-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento reúne informações dos 5.565 municípios do país (32,3% deles têm coleta seletiva). Para o IBGE, essas ações  representam "um grande avanço no que diz respeito ao gerenciamento de resíduos sólidos e tem uma importância particular, ao passo que agregam a questão ambiental à do saneamento básico".
Segundo a pesquisa, 42,7% das cidades do Brasil não possuem qualquer atividade de coleta seletiva de lixo. Em 3,3% das prefeituras, há projeto-piloto apenas em uma área restrita da cidade, enquanto 2,5% municípios informam que tiveram ações de coleta seletiva, mas elas foram interrompidas.
O estudo aponta ainda que em 19,2% dos municípios brasileiros projetos desse tipo estão em fase de elaboração.
As cidades com mais de 500 mil habitantes são as que mais possuem programa em atividade: 78,9%. Apenas 30% das cidades com até 5 mil habitantes têm coleta seletiva em andamento.
Regiões
A Região Sul é a que possui o maior percentual de municípios com programas de coleta seletiva de lixo em andamento: 55,8%. No Sudeste, o número também está acima da média nacional – 41,5% das cidades têm esse tipo de serviço.

Por outro lado, Norte e Nordeste são as regiões onde há a maior porcentagem de municípios sem programa de coleta seletiva de lixo: 62,8% e 62,3%, respectivamente.
No Centro-Oeste, 42,1% das cidades não oferecem esse tipo de serviço para a população.
Cooperativas
Segundo o IBGE, a pesquisa também identifica que em 30,7% cidades os gestores dizem ter conhecimento sobre a existência de cooperativas ou de associações de catadores de materiais recicláveis. Porém, em apenas 14,8% das cidades há, de fato, parceria formal entre prefeitura e os catadores para a coleta seletiva
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Dirceu diz que não se conforma com sentença do STF no mensalão




O ex-ministro José Dirceu voltou a se defender e criticar o STF nesta segunda-feira (12), dia em que o Supremo Tribunal Federal fixou pena de 10 anos e 10 meses de prisãopela condenação no processo do mensalão. Em seu blog, o ex-chefe da Casa Civil publicou nota em que disse que a pena "só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito".
Na nota, intitulada "Injusta Sentença", Dirceu diz que vai "lutar, mesmo cumprindo a pena". "Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta", afirma. Antes, enfatizou que o "julgamento não acabou". "Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência", disse.
Mais cedo, nesta segunda, o advogado de Dirceu, José Luís de Oliveira Lima informou que deverá recorrer da decisão do STF, que inclui pagamento de multa de R$ 676 mil. O advogado disse que vai vai apresentar embargos infringentes contra a condenação por quadrilha e embargos de declaração.
O embargo infringente pode ser apresentado ao STF quando pelo menos quatro dos onze ministros votam pela absolvição. Se acolhido, o recurso pode reverter a condenação. Se isso ocorrer, a pena de Dirceu cairia para 7 anos e 11 meses e, assim, ele poderia começar a cumprir a pena em regime semiaberto (apenas dormindo na penitenciária).

Em seu texto, Dirceu relembra sua militância contra a ditadura e a trajetória política. "Entrei e saí do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado", afirmou.

Leia a íntegra da nota de José Dirceu, após fixação da pena pelo STF
"INJUSTA SENTENÇA
Dediquei minha vida ao Brasil, à luta pela democracia e ao PT. Na ditadura, quando nos opusemos colocando em risco a própria vida, fui preso e condenado. Banido do país, tive minha nacionalidade cassada, mas continuei lutando e voltei ao país clandestinamente para manter nossa luta. Reconquistada a democracia, nunca fui investigado ou processado. Entrei e saí do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado. Fui cassado pela Câmara dos Deputados e, agora, condenado pelo Supremo Tribunal Federal sem provas porque sou inocente.

A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito, como a teoria do domínio do fato, a condenação sem ato de ofício, o desprezo à presunção de inocência e o abandono de jurisprudência que beneficia os réus.

Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência.

Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena. Devo isso a todos os que acreditaram e ao meu lado lutaram nos últimos 45 anos, me apoiaram e foram solidários nesses últimos duros anos na certeza de minha inocência e na comunhão dos mesmos ideais e sonhos.

José Dirceu"

segunda-feira, novembro 12, 2012

José Dirceu é condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão


País

José Dirceu é condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão

Na  45ª sessão, houve um áspero bate boca entre Barbosa e Lewandowski 

Jornal do BrasilLuiz Orlando Carneiro
Logo no início da 45ª sessão de julgamento da ação penal do mensalão, o ex-ministro José Dirceu – acusado pelo Ministério Público de ser o chefe do esquema - foi condenado a um total de 10 anos e 10 meses de reclusão, por crime de formação de quadrilha (6 votos a 0), e por corrupção ativa, nove vezes, em continuidade delitiva (5 votos com o relator).
No primeiro caso (pena de 2 anos e 11 meses), votaram apenas 6 ministros, já que os outros quatro tinham absolvido o réu do crime de quadrilha. Quanto à corrupção ativa, seguiram a dosimetria do relator (7 anos 11 meses, mais 260 dias-multa) os ministros Luiz Fux, Rosa Weber, Gilmar Mendes e Ayres Britto.
O ministro Marco Aurélio concordou com a pena-base do relator, mas discordou quanto à continuidade delitiva. Cármen Lúcia preferia um pena menos riogorosa (3 anos e 9 meses). Mas prevaleceu a maioria.
Bate-boca
O ministro-revisor Ricardo Lewandowski, depois de uma discussão sem precedente com Joaquim Barbosa, abandonou o plenário, por não concordar com a fixação das penas dos condenados no chamado núcleo político antes da dosimetria do núcleo financeiro, como teria sido combinado.
Lewandowski interpelou asperamente o relator, considerando-se surpreendido, e dizendo que José Dirceu e os outros réus do núcleo político não estavam com seus advogados presentes. Barbosa acusou seu colega de tentar “obstruir” o julgamento, com “esse seu joguinho”. O presidente Ayres Britto tentou acalmar os dois, mas defendeu o relator quanto à metodologia na fixação das penas dos réus já julgados e condenados. O ministro Lewandowski, indignado, abandonou o plenário, e Joaquim Barbosa comentou, em voz alta: “Ele está mesmo a fim de obstruir!”.
O julgamento continua na sessão desta tarde de segunda-feira (12) para a fixação das penas dos outros dois condenados do núcleo político: o ex-deputado José Genoino (PT-SP) e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.

Corpo do ator e diretor Marcos Paulo é velado no Rio



Renata SoaresDo G1 Rio
corpo do ator e diretor Marcos Paulo é velado na capela 1 do Memorial do Carmo, na Zona Portuária do Rio, na manhã desta segunda-feira (12).
A informação inicial do cemitério era de que a cerimônia de cremação seria às 11h. Mas, de acordo com a assessoria de comunicação da TV Globo, às 11h30 o velório será aberto ao público. A partir das 16h haverá uma cerimônia religiosa. A cerimônia de cremação, restrita à família, será às 17h.
Marcos Paulo morreu na noite deste domingo (11), aos 61 anos, de embolia pulmonar. Ele estava em casa, no Rio.
Por volta das 8h30, a atriz Flávia Alessandra chegou acompanhada do marido, Otaviano Costa, e de Giulia, uma das três filhas de Marcos Paulo.
Em seguida, a atriz Renata Sorrah chegou ao local com Mariana, também filha do diretor. Marcos Paulo tinha três filhas: Vanessa, com a modelo Tina Serina, Mariana e Giulia. Atualmente o diretor era casado com a atriz Antonia Fontenelle. Ela chegou ao velório por volta das 9h10.
Antônia Fontenelle chega ao velório de Marcos Paulo (Foto: Renata Soares/G1)
Antônia Fontenelle chega ao velório de Marcos
Paulo (Foto: Renata Soares/G1)
Amigos e companheiros de trabalho de Marcos Paulo foram ao velório do ator e diretor, entre eles a atriz Malu Mader, o ator Otávio Augusto e o casal formado pelo ator e diretor Dennis Carvalho e a atriz Deborah Evelyn.
Em uma carreira de mais de quatro décadas, iniciada ainda na adolescência, Marcos Paulo destacou-se primeiro como galã de novelas. No final dos anos 1970, ele passou a se dedicar também à direção, tendo assinado trabalhos marcantes como "Dancin' days" e "Roque Santeiro". Recentemente, estreou como cineasta, em "Assalto ao Banco Central".
Em agosto do ano passado, o ator e diretor passou por cirurgia para remover um tumor no esôfago. Ele havia sido diagnosticado com câncer em maio de 2011. Segundo comunicado da Central Globo de Comunicação divulgado na época, Marcos Paulo havia descoberto o tumor precocemente em exames de rotina e tinha dado início ao tratamento em seguida.
Na última sexta-feira (9), Marcos Paulo compareceu ao 9º Amazonas Film Festival, em Manaus (veja fotos). Ele retornou ao Rio na manhã deste domingo.
Malu Mader chega para o velório de Marcos Paulo no Rio (Foto: Renata Soares/G1)
Malu Mader chega para o velório de Marcos Paulo
no Rio (Foto: Renata Soares/G1)
De acordo com o portal Memória Globo, Marcos Paulo Simões nasceu em São Paulo, em 1º de março de 1951, e foi criado no bairro do Bixiga. Ele era filho adotivo do ator, autor e diretor Vicente Sesso, o que lhe garantiu contato precoce com a TV.
Na TV Globo, atuou em dezenas de novelas, como a primeira versão de “Gabriela” (1975) e “Tieta” (1989). Na década de 1980, em "Sinhá moça" (1986), de Benedito Ruy Barbosa, e na minissérie "O primo Basílio", baseada no romance do escritor português Eça de Queiroz (1845-1900), na qual defendeu o papel-título.
Depois, vieram participações relevantes em "Meu bem, meu mal" (1990) – cuja direção assumiu com a novela já em andamento, em substituição a Paulo Ubiratan –, "Despedida de solteiro" (1992) e "Quatro por quatro" (1995). Mais recentemente, ele pôde ser visto em “Páginas da vida” (2006).
Sua estreia na direção aconteceu em “Dancin’ days” (1978) – ele dividiu a função com Dennis Carvalho e José Carlos Pieri. Já seu principal trabalho como diretor de novelas foi em “Roque Santeiro” (1985). Ele também dirigiu "Fera ferida" (1993), "Salsa e merengue" (1996) e "A indomada" (1997). Ao longo da última década, ficou responsável por "Porto dos milagres" (2001), "O beijo do vampiro" (2002), "Começar de novo" (2004) e "Desejo proibido" (2007).
Cinema
No cinema, seu único trabalho como diretor de longa-metragem foi “Assalto ao Banco Central” (2010). Marcos Paulo já trabalhava na produção do que marcaria seu segundo filme como diretor. Segundo ele, “Sequestrados” seria um “thriller policial”, com parte de suas cenas gravadas no Amazonas. O elenco teria Lima Duarte, Milhem Cortaz, Fábio Lago, Vinícius de Oliveira e Eriberto Leão.

Desde 1998, Marcos Paulo era responsável por um dos núcleos de direção de programas da TV Globo. Além de novelas, o núcleo produziu episódios de “Você decide”, “Malhação”, o especial de fim de ano “Estação Globo” e o programa humorístico “Os caras de pau”.

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