quarta-feira, janeiro 19, 2011

VALÉRIO ALFREDO MESQUITA

Minha amizade com Valério Mesquita nasceu ao longo do tempo que militamos na política desde os idos de 1982. Quem o conhece sabe que é uma figura extraordinária, inteligente e bom amigo, solidário e atencioso. Valério tem uma característica especial, por exemplo, é o único amigo que me chama de meu “guru”, “meu irmão” é o amigo que tem a sensibilidade de dizer conselhos sem a preocupação de ensinar e passar sua experiencia, é sincero. Quando não pode atender diz e não engana, a sinceridade, inteligência e a capacidade, a irmandade é adjetivo de sua personalidade. Tem uma rica biografia. Foi prefeito de sua Macaíba, e na oportunidade realizou uma grandeadministração, deputado estadual quatro mandatos consecutivos, a Assembléia hoje sem você está mais vazia, escritor poeta e historiador, presidente da Fundação José Augusto, melhorando muito a cultura do Rio Grande do Norte e hoje é Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A política do Rio Grande do Norte perdeu quando você se retirou, e Macaíba está mais pobre politicamente e vai demorar muito nascer outro Valério Mesquita, dedicado e atento as causas e o bem estar de sua terra. Um dia assistia um programa numa tv local quando o brilhante jornalista Macaibense Ozair Vasconcelos falava com os olhos de felicidade da sua terra e de seus conterrâneos, Auta Vieira, Alberto Maranhão, Tavares de Lira, e eu fiquei esperando e como gostaria de lhe telefonar para dizer: Ozair fale em Alfredo Mesquita, Jesse Freire e Valério Mesquita, que foi nos últimos vintes anos o maior benfeitor de Macaiba, tive sim esta vontade de telefonar para Ozair, só não o fiz porque sabia que o programa era gravado, mais fica aqui o meu recado que com certeza ficará registrado para o futuro. Procurei escrever algum texto de Valério Mesquita que ainda não constasse nos seus livros. Encontrei um, foi escrito quando da última filiação dos deputados ao PPB, último partido de Valério. Sem sua permissão, transcrevo na íntegra.
A ODISSÉIA DO PPB
Há quatro anos atrás se chamava PPR. Atracado silenciosamente no porto parecia um navio pirata, misterioso e fadado ao naufrágio iminente. De longe se assemelhava a uma casa abandonada, mal-assombrada, um castelo floconoso dos filmes de Boris Karloff. A navegação era cartorial e de pouco curso. Apenas um enorme capitão habitava o convés com os olhos fito no horizonte. Seu rosto macerado espelhava o sofrimento de perdas recentes mais não conseguia apagar o sorriso confiante das viagens políticas de circunavegação. Não se deixava curvar pelos infortúnios. De binóculo, bulssolas e luneta à tira colo. FERNANDO avistou-me no cais. Acenou-me para uma longa e tenebrosa travessia. Conheci ai ARISTIDES, o prático de bordo. Integrei-me à tripulação. Dúvidas, remoques, farpas foram lançadas pelos incrédulos. Chegaram até a nos confundir com a corveta do PL que se avariou na pedra da Bicuda, na boca da barra. Mas a paciência e a lealdade eram nossos instrumentos de bordo. O capitão rompeu as amarras, içou a âncora pessimista e deu partida por mares nunca dantes navegado além da ponte de Igapó. Com meses de viagem, em mar alto, avistamos uma embarcação que havia desgarrado do navio madastra. Efetuamos os procedimentos de praxe recolhemos NELSON, RONALDO e RICARDO que logo assumiram seus postos de tripulantes. Regozijado Fernando já dispunha de quatro espadachins sob o lema de “um por todos e todos por um”. De imediato o navio foi reformado e adaptado às longas rotas, passando a se chamar PPB. Não demorou muito, no porto de Tibau, subiu FRANCISCO JOSÉ, o médico de bordo, leve e fagueiro. A viagem continuou sem enjôos ou refluxos. Não mais que de repente, um viajor um experiente dos sete mares junta-se a nós. Com toda pompa e circunstancia embarca o ibérico IBERÊ, o nosso marquês do Inharé e parada federal. De velas pandas ao vento atravessamos o canal das eleições de 1998 e contribuímos decisivamente para a vitória da esquadra “Unidade Popular”, de costa a costa, de porto a porto, sem avarias. Mas, o CAPITÃO DOM FERNANDO é incansável na perseguição do curso, do destino. No ano da graça de 1999, ele parecia prever novos embarques. De Caicó chegou VIDALVO traçando seu próprio destino com a régua e compasso. Subiu à bordo como sexto tripulante representando os sertões e as veredas do Seridó. Mal terminada a celebração, na manobra côncava e convexa em torno do Forte dos Reis Magos, entramos no Rio Potengi para receber ALEXANDRE, o maior navegante fluvial daquelas plagas e sétimo tripulante de uma verdadeira odisséia partidária. O segredo de tudo isso é que não há segredo. Ocupa-se o espaço, aprofunda-se uma aliança. Não existe vida pública sem alianças, coligações, instrumentos próprios da verdade eleitoral. Não existe subserviência, mas convivência porque somos também protagonistas da construção de uma vitoria eleitoral. Para o Governo o peso de CHICO JOSÉ é o mesmo de SANDRA. Até o físico, se quiserem. Porisso saúdo hoje a saga do PPB que emplacou na ASSEMBLEIA sete Deputados, quase um terço da sua composição legislativa. Valério Mesquita é escritor, compositor,Conselheiro e Presidente do Tribunal de Contas do Estado do RN e poeta.















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