segunda-feira, julho 20, 2015

Vasco frustra festa para Ronaldinho e vence o Fluminense no Maracanã

Gazeta Press

Campeonato Brasileiro / Vasco x Fluminense
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Jhon Cley, do Vasco, comemora seu gol em partida contra o Fluminense, válida pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro 2015, no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, neste domingo.
A torcida do Fluminense compareceu em grande número ao Maracanã para festejar a chegada de Ronaldinho Gaúcho e comemorar mais uma vitória no Campeonato Brasileiro, mas acabou frustrada. O Vasco jogou com grande aplicação e venceu por 2 a 1 na tarde deste domingo.
O resultado positivo ainda não tirou o time de São Januário da zona do rebaixamento. O Vasco, que completou dez jogos sem perder para o tradicional adversário, agora soma 12 pontos e ocupa a 18 ª posição. O Tricolor das Laranjeiras, que perdeu depois de seis partidas, caiu para a terceira colocação, com 27 pontos ganhos.
A vitória fez justiça ao desempenho da equipe do Vasco, que mostrou grande espírito de luta e soube superar as dificuldades para conseguir o resultado. O Fluminense começou bem, mas caiu de produção após sofrer o primeiro gol e não conseguiu mais se impor diante do rival.
Na próxima rodada, o Fluminense enfrentará a Chapecoense, na Arena Condá. O Vasco receberá o Palmeiras, em São Januário.
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O jogo - O Fluminense começou a partida tentando sufocar o Vasco. Empurrado por uma torcida entusiasmada, o Tricolor logo chegou à área vascaína aos dois minutos, mas a zaga desviou o cruzamento de Marcos Júnior.
O time de São Januário mantinha apenas Herrera na frente, enquanto Dagoberto e Andrezinho ficavam com a missão de se aproximar do atacante argentino. Sem se impressionar com a pressão da torcida, o Vasco equilibrou o jogo com uma forte marcação no meio-campo.
Aos dez minutos, o goleiro Diego Cavalieri precisou sair do gol para socar a bola, depois de cobrança de falta executada por Andrezinho. Três minutos depois, Anderson Salles atingiu Gerson na entrada da área. Jean bateu forte, e a bola passou à direita do gol de Jordi.
O time dirigido por Enderson Moreira foi crescendo de produção e controlando a partida. Aos 15 minutos, Marcos Junior recebeu na entrada da área e tocou rasteiro, mas a bola saiu.
Aos 20 minutos, Rodrigo cabeceou para trás e quase surpreendeu Jordi, porém o goleiro fez a defesa. Quatro minutos depois, em jogada de contra-ataque, Marcos Júnior arrancou desde o meio-campo e chutou forte, mas a bola saiu.
O time de São Januário encontrava grande dificuldade de armar jogadas ofensivas. Herrera, o mais avançado, era obrigado a recuar constantemente para dar combate aos zagueiros tricolores, enquanto Dagoberto e Andrezinho quase não apareciam no jogo. O Fluminense chegou outra vez aos 34, quando Gum, após cobrança de escanteio, cabeceou fraco, e Jordi fez uma boa defesa.
Mesmo sem mostrar um grande futebol, o Vasco marcou o primeiro gol, aos 38 minutos. Jhon Cley recebeu pela direita e, embora marcado por Antônio Carlos, cruzou para Andrezinho meter a cabeça e colocar no ângulo direito de Diego Cavalieri, que não esboçou qualquer reação. Foi o primeiro gol marcado por Andrezinho com a camisa alvinegra.
O Fluminense até partiu para buscar o empate, e o goleiro Jordi apareceu bem para cortar dois cruzamentos seguidos na sua área.
As duas equipes voltaram sem mudanças para o segundo tempo. E o Vasco retornou mais agressivo no segundo tempo.
Aos cinco minutos, Giovanni se chocou com Herrera, sofreu uma entorse no joelho direito, e foi obrigado a deixar o campo. O atacante Osvaldo foi chamado pelo treinador para fazer sua estreia na equipe tricolor. Gustavo Scarpa passou a fazer a função de lateral.
Na sua primeira participação, aos oito minutos, Osvaldo arrancou pela direita e cruzou para Gerson, que falhou na conclusão. Um minuto depois, o mesmo Gerson chutou de forma perigosa após tabelar com Fred.
A resposta do Vasco veio aos 11 minutos, em chute de Dagoberto que Diego Cavalieri espalmou e a zaga aliviou o perigo. Na sequência, o goleiro tricolor voltou a salvar sua equipe, defendendo uma conclusão cruzada de Christiano.
O Fluminense chegou ao empate aos 13 minutos, em golaço de Marcos Júnior. O atacante recebeu ótimo passe de Gerson, matou no peito e, de virada, finalizou no ângulo direito de Jordi.
Depois de sofrer o gol do empate, o técnico Celso Roth trocou o argentino Herrera pelo colombiano Riascos.
O Fluminense partiu para o ataque em busca do segundo gol e o estreante Osvaldo, caindo pelas extremas, dava grande trabalho aos zagueiros adversários.
Aos 25 minutos, o Vasco desempatou em outro gol de grande beleza. Jhon Cley arrancou desde o meio-campo sem ser combatido e acertou um belo chute no ângulo esquerdo, indefensável para Diego Cavalieri.
Enderson Moreira recorreu a Magno Alves para tentar aumentar o poder ofensivo da equipe tricolor. Aos 35 minutos, Wellington Silva cruzou, e Fred cabeceou forte, para grande defesa de Jordi, espalmando para escanteio.
Nos últimos minutos, o Fluminense partiu, na base do desespero, para buscar o gol do empate. Aos 41 minutos, Jordi saiu mal, mas Fred não conseguiu cabecear para o gol. E o Vasco segurou a pressão até o final.

sexta-feira, julho 17, 2015

Collor ameaça “Se eu for preso vai faltar cela, vai muita gente comigo, isso eu garanto”


“Se eu for preso vai faltar cela, vai muita gente presa comigo nesse país” ameaçou Collor após seus bens serem presos na nova fase da operação lava-jato.
A Polícia Federal está investigando se o doleiro Alberto Youssef mandou entregar dinheiro para o senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas. O doleiro está preso, acusado de fazer a lavagem do dinheiro da corrupção na Petrobras.
Além do apartamento do Senado e da Casa da Dinda, a Polícia Federal fez buscas em dois endereços do senador Fernando Collor, do PTB: um em Maceió e outro em São Paulo.
Rafael Ângulo Lopez, auxiliar do doleiro Alberto Youssef, disse em delação premiada que entregou dinheiro para Collor nesses dois lugares.
Na investigação contra o senador, aparecem ainda outras nove pessoas e empresas. Entre elas, Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor. A casa dele também foi apontada, por Rafael Ângulo, como local de entrega de valores. E Carlos Alberto de Oliveira Santiago, ex-sócio da empresa Aster Petróleo, em São Paulo, onde a polícia encontrou mais de R$ 3,5 milhões.
Segundo os investigadores, Carlos Santiago seria o elo entre Collor e possíveis fraudes na BR Distribuidora. As buscas feitas nas casas de dois ex-diretores da BR Distribuidora têm a ver com essas suspeitas de corrupção.
A Polícia Federal tinha ordem de apreender nos endereços de Collor bens de luxo que pudessem ter sido comprados com dinheiro de supostos crimes pelos quais ele está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal, como corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.
Um desses bens é um Lamborghini, carro que vale R$ 2,5 milhões. Ele está registrado em nome da empresa Água Branca Participações, com sede em São Paulo, da qual Collor é sócio com a esposa. Os investigadores suspeitam que seja uma empresa de fachada que pode ter sido usada para lavar dinheiro.
O carro tem uma dívida de IPVA de R$ 250 mil. Outro carro apreendido, uma Ferrari, também tem dívida de IPVA, de quase R$ 86 mil.
O advogado de Collor, Rogério Marcolini, disse que o Lamborghini, a Ferrari e também o Porsche apreendidos na terça-feira (14) não estão na declaração do senador à Justiça Eleitoral porque ou estão em nome da empresa ou estão financiados, em sistema de leasing, e ficarão no nome da financiadora até que sejam quitados.
A Operação Politeia também fez buscas na casa do senador Ciro Nogueira (PP-PI). A Polícia Federal quer saber qual a ligação do parlamentar com a construtora UTC, de Ricardo Pessoa.
A defesa do senador Fernando Collor não quis comentar a suspeita de que houve pagamento de propina em endereços dele porque ainda não obteve acesso aos autos que motivaram as buscas. Segundo o senador, os eventuais débitos de IPVA estão sendo pagos.
A defesa de Rafael Ângulo Lopes também não quis comentar a reportagem.
Pedro Paulo Leoni Ramos afirmou ter total disposição em prestar esclarecimentos às autoridades.
O senador Ciro Nogueira disse que os últimos atos da Justiça fazem parte do processo de investigação e afirmou confiar na apuração.
Carlos Alberto de Oliveira Santiago não foi encontrado e a assessoria da empresa Aster Petróleo não respondeu à reportagem.
A assessoria do STF informou que o tribunal vai dar acesso aos autos a uma série de investigados, entre eles o senador Fernando Collor de Mello.

Cunha autoriza CPIs do BNDES e dos fundos de pensão

Eduardo Cunha em entrevista coletiva em Brasília
Eduardo Cunha em entrevista coletiva em Brasília(Ed Ferreira/Folhapress)
Não demorou muito e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já colocou em prática na tarde desta sexta-feira o seu primeiro ato no papel de oposicionista: autorizou a instalação de CPIs (comissão parlamentar de inquérito) que causam pavor no governo. As duas frentes devem investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os fundos de pensão de bancos públicos e estatais.
Os requerimentos de criação das CPIs foram apresentados em abril deste ano pelos partidos de oposição - PSDB, DEM e PPS - e aguardavam a ordem de instalação para entrar em funcionamento. Para viabilizar as comissões - estavam no 7º e 8º lugar na fila, sendo que apenas cinco podem funcionar ao mesmo tempo -, o peemedebista arquivou outras propostas de CPI: a do setor elétrico, de violência contra as mulheres, desabastecimento de água e telefonia móvel.
A CPI do BNDES pretende apurar os empréstimos secretos concedidos pelo banco a outros países, como Angola e Cuba, e os repasses feitos a empresas de fachada que foram alvo de denúncia na operação Lava Jato. Entre 2003 e 2014, o BNDES concedeu financiamentos de pelo menos 2,4 bilhões de reais a essas empreiteiras.
Já a outra CPI visa apurar a aplicação de recursos destinados a quatro fundos de pensão: Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) e Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis). Conforme requerimento apresentado pela oposição, há a suspeita "de que houve má-fé na gestão do patrimônio desses fundos".
Eduardo Cunha também deu aval nesta sexta a outras duas CPIs: para investigar crimes cibernéticos e maus tratos a animais.                                    Depois de declarar guerra ao Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez nesta sexta-feira seu mais duro ataque ao governo e ao Partido dos Trabalhadores. Arrastado para o centro do escândalo do petrolão - o lobista Julio Camargo, da Toyo Setal, contou à Justiça que o peemedebista pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras para agilizar contratos na estatal -, Cunha formalizou oficialmente seu rompimento com o Planalto. E afirmou que que é vítima de uma perseguição política orquestrada pelo governo. "Tem um bando de aloprados no Planalto que vive desse tipo de circunstância, de criar constrangimentos. Esse bando de aloprados é que precisa ser investigado", disparou. Instado a citar a quais aloprados se referia, Cunha não citou nomes. A expressão é a mesma utilizada pelo ex-presidente Lula em referência aos responsáveis por forjar um dossiê com falsas denúncias contra o então candidato José Serra (PSDB) nas eleições de 2006 - na ocasião, o coordenador da campanha de Aloizio Mercadante, hoje ministro da Casa Civil, ao governo de São Paulo, Hamilton Lacerda, foi filmado entrando com uma mala no hotel onde seriam presos dois dos envolvidos no escândalo.
"O presidente da Câmara agora é oposição ao governo. Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido", afirmou. Cunha disse ainda que pregará, no congresso do PMDB, que o partido rompa oficialmente com o governo. "Não há como aceitar que meu partido faça parte de um governo que quer me arrastar para a lama dele". O presidente da Câmara disse que, ao contrário do PT, o PMDB não está envolvido no esquema que sangrou os cofres da estatal - e não tem tesoureiros presos, em referência a João Vaccari Neto. "O governo sempre me viu como uma pedra no sapato, sempre tentou me enfrentar na eleição. Não sei se é medo de mim. É porque o governo não me queria, não me quer na presidência da Câmara. O governo não me engole, tem um ódio pessoal contra mim", disparou.
O peemedebista afirmou que seu rompimento é pessoal, e que não altera sua posição institucional. "Nada deixará de ser pautado ou impedido. Teremos a seriedade que o cargo ocupa. Porém, o presidente da Câmara é oposição ao governo", afirmou o peemedebista. O anúncio de Cunha pode acarretar consequências graves ao governo da presidente Dilma Rousseff e, politicamente, indica um afastamento inédito e sintomático do PMDB dos cabides do poder no momento em que a crise política beira a temperatura máxima.
A artilharia de Cunha não poupou o juiz federal Sergio Moro, responsável por conduzir os processos da Operação Lava Jato em primeira instância, e a Procuradoria-Geral da República, capitaneada por Rodrigo Janot. "É uma orquestração que tem efetivamente a participação do governo. Desde a abertura de inquérito até essa ação do procurador. Janot, de certa forma, negociou sua prerrogativa e sua consciência visando a recondução ao cargo. Quem pode fazer sua condução é o governo, e como ele está a serviço do governo, é obvio que tem essa interação", afirmou o peemedebista. "Há um ânimo persecutório do procurador da República". Sobre Moro, Cunha disparou: "Moro acha que o Supremo Tribunal Federal e o Supremo Tribunal de Justiça se mudaram para Curitiba e que ele é o dono de todos. É um erro que ele comete, e que pode acabar tornando nulas muitas das ações que fez. Ele está invadindo uma competência que não é dele". Cunha, no entanto, defendeu a prisão dos envolvidos no esquema investigado pela Lava Jato e afirmou que falta gente na carceragem de Curitiba.
O parlamentar ainda chamou o delator Júlio Camargo de "pilantra". "Você acha que eu vou acreditar em um pilantra que fala quatro vezes uma coisa e cinco vezes outra? Ninguém confirma o que ele falou. Você acha que eu vou pautar a minha vida política com base no que disse um bandido, réu confesso, lobista ou outro doleiro preso? Eles é que provem. Até porque a lei da delação é muita clara: a palavra do delator não é prova para nada, eles têm que configurar provas", afirmou.
O presidente da Câmara ainda disse estranhar o fato de que os nomes de Dilma e Lula tenham sido citados pelo delator Alberto Youssef e nenhuma investigação tenha sido aberta a respeito - ao contrário do que houve com ele. "É preciso saber que, seletivamente, estão pegando as coisas do Youssef e colocando onde querem", afirmou Cunha. O peemedebista afirma que Janot forçou o delator Julio Camargo a alterar seu depoimento e que o governo deu início, em 23 de junho, a uma devassa fiscal contra ele. "Não dá para aceitar que o governo use a máquina para buscar a perseguição política contra aqueles que se insurgem contra ele ou que, eventualmente, se posicionem contra ele", disse. "Por que após a delação do Ricardo Pessoa o procurador não determinou a abertura de inquérito contra o ministro Mercadante ou contra o ministro Edinho Silva? Ou outros ministros? Ali houve uma acusação frontal de recebimento de dinheiro de caixa dois. A atuação do MP tem sido seletiva. É só olhar bem: as casas dos senadores [alvo de busca e apreensão na terça-feira] não eram nenhuma de alguém do PT", prosseguiu. "Os próceres do PT estão incólumes".
As retaliações ao governo devem ter início ao fim do recesso parlamentar. Cunha deve instalar as Comissões Parlamentares de Inquérito para investigar o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e os Fundos de Pensões. Além disso, ministros próximos a Dilma devem ser convocados a falar no Congresso. Ao seu lado, Eduardo Cunha tem o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), tão líder dentro do PMDB como ele, mas não tão influente na capilaridade do Legislativo. Renan aprovou a ideia. É hora de emparedar o Executivo sobre os rumos da Operação Lava Jato.

quinta-feira, julho 16, 2015

Pedaladas e Lava Jato no caminho da separação entre PMDB e PT

Além de aguardar o momento de comandar a "análise política" das pedaladas fiscais, o PMDB espera também fatos novos da Operação Lava Jato para se posicionar definitivamente sobre o afastamento do governo petista. Entre os desdobramentos, estão as investigações do caso contra dois de seus principais líderes, Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros (AL), presidente do Senado Federal. 

Mesmo após afirmar que o casamento entre PMDB e PT “já acabou”, com o casal dormindo em quartos separados, o próprio Cunha admitiu que o partido, desejoso do afastamento do PT, "não está distante da base” governista. Segundo peemedebistas ouvidos pelo blog, a legenda permanece dividida sobre o timing da saída da coalizão justamente porque a cúpula aguarda a evolução das investigações contra os dois.

A avaliação da liderança é a de que Eduardo Cunha, ágil e experiente nas decisões políticas, cometeu um erro ao atacar abertamente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A última ação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o esquema de corrupção, na 16ª fase da Lava Jato, mostrou um Janot seguro e desenvolto, atuando de madrugada para ajudar na preparação da operação contra políticos importantes, com direito a um recado claro ao mundo político: “adsumos”, ou "estamos aqui”.

Uma outra ala do PMDB, no entanto, defende o afastamento imediato, sob pena de o partido perder a oportunidade de marcar uma posição firme e clara junto ao eleitorado brasileiro. De acordo com esta ala, o momento para marcar posição, e ter a chance de uma candidatura competitiva em 2018, é agora  com a semente começando a ser plantada nas eleições municipais de 2016.

quarta-feira, julho 15, 2015

Senado aprova tornar sem efeito coligações nas eleições proporcionais

Lucas SalomãoDo G1, em Brasília
Senado aprovou na noite desta quarta-feira (15) projeto de lei que torna sem efeito as coligações partidárias – união entre partidos –  nas eleições de deputados federais, estaduais e vereadores, conhecidas como eleições proporcionais.

A Casa também aprovou, por exemplo, restringir o acesso ao fundo partidário conforme a presença das siglas nos municípios e vetar a candidatura de ex-membro do Ministério Público ou do Judiciário até dois anos após saída do órgão.
Este é o primeiro projeto proveniente da comissão especial da reforma política do Senado aprovado pelo plenário da Casa. Com a aprovação, o texto segue para análise da Câmara dos Deputados.
O texto, do senador Romero Jucá (PMDB-RR), admite que as coligações continuem existindo, mas propõe que o cálculo para a eleição dos candidatos seja feito com base no número de votos dados ao partido e não à coligação, como atualmente. Na prática, a medida dificulta a eleição de candidatos de partidos menores.
O sistema atual permite a união de partidos nas eleições para deputados estadual e federal e para vereador. Na hora de votar, o eleitor pode votar tanto no candidato quanto na legenda. Os votos nos candidatos e na legenda são somados e computados como votos para a coligação.
A Justiça, então, calcula o quociente eleitoral, que é a divisão do número de votos válidos (sem brancos e nulos) pelo número de cadeiras em disputa. O número de votos de uma coligação divido pelo quociente eleitoral determina quantos parlamentares a coligação poderá eleger. Se uma coligação conquista, por exemplo, três vagas, são eleitos os três primeiros colocados entre os candidatos da coligação, independentemente do número de votos que cada um obtiver.
Na prática, coligações que têm candidatos com potencial para conquistar muitos votos (os chamados "puxadores de votos") conseguem "puxar" candidatos com poucos votos. Por isso, é comum um candidato eleito mesmo com menos votos que outro, de outra coligação.
Em 2010, por exemplo, o humorista Tiririca (PR-SP) recebeu 1.353.820 de votos. A votação de Tiririca não beneficiou diretamente candidatos de seu partido, mas sim, candidatos de sua coligação, formada por PR, PSB, PT, PR, PCdoB e PTdoB. Ele ajudou a eleger outros três candidatos da coligação, que obtiveram menos de 100 mil votos cada um.
Com a aprovação do texto de Romero Jucá, a distribuição de vagas será feita de acordo com o número de votos dados a cada partido, já que o texto determina que a contagem do quociente para eleger o deputado seja feita por partido e não pela coligação.
O Senado chegou a aprovar um projeto que acabava com as coligações nas eleições proporcionais, que foi rejeitado posteriormente pela Câmara. "Nosso desejo era acabar com a coligação nas eleições proporcionais", disse Jucá durante a discussão da matéria.

Fundo partidário
Também foi aprovado nesta quarta pelo Senado o texto que regulamenta o acesso dos partidos aos recursos do fundo partidário, que são recursos da União repassados aos partidos políticos. Neste ano, as legendas receberão R$ 811 milhões do fundo.
O texto aprovado estabelece que o acesso ao fundo partidário funcionará de forma escalonada. Até 2018, somente terão direito ao fundo partidário as legendas com diretórios permanentes em 10% dos municípios brasileiros e em pelo menos 14 estados. Até 2022, os partidos devem ter diretórios permanentes em 20% dos municípios brasileiros e em 18 estados para terem acesso ao fundo.
O texto cria uma cláusula de barreira ou desempenho para evitar a proliferação de partidos que só tenham interesse em receber os recursos do fundo partidário ou negociar alianças em troca de tempo a mais de televisão. O fundo partidário é formado por dinheiro de multas a partidos políticos, doações privadas feitas por depósito bancário diretamente à conta do fundo e verbas previstas no Orçamento anual.
Pela legislação atual, 5% do montante total são entregues, em partes iguais, a todos os partidos com estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os outros 95% são distribuídos às siglas na proporção dos votos obtidos na última eleição para a Câmara.

Também fica estabelecido pelo texto que somente terá acesso à propaganda partidária nacional de rádio e TV a legenda que constituir diretório estadual permanente em mais da metade das unidades da federação. Nos casos da propaganda partidária estadual, o acesso será garantido ao partido que organizar diretório municipal permanente em mais de 30% dos municípios do respectivo estado até 2022. No DF, o diretório deve ser permanente.
“É uma cláusula de desempenho para que os partidos não funcionem apenas cartorialmente no Brasil. Eles precisam funcionar permanentemente”, afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Inelegibilidade
O terceiro projeto aprovado pelos senadores nesta quarta é o que afirma que membros do Judiciário e do Ministério Público não podem concorrer a cargos eletivos até 2 anos depois de deixarem o cargo. O texto foi aprovado por 47 votos a 9.
Atualmente, são inelegíveis os magistrados e membros do Ministério Público que foram aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 anos.

Cassação
O plenário também aprovou projeto que permite que a autoridade judicial ou administrativa competente possa afastar o agente público eleito quando o afastamento se fizer necessário à alguma instrução processual.
O texto também estabelece que o titular do mandato só poderá ser afastado do cargo por um órgão colegiado judicial. Atualmente, prefeitos e vereadores podem ser afastados por decisão de um juiz.

Federação partidária
O Senado também aprovou, de forma simbólica, a criação das federações de partidos políticos, que poderá ser composta por duas ou mais siglas. De acordo com a proposta, os partidos participantes atuam como se fossem uma única agremiação, tanto no processo eleitoral quanto na atuação parlamentar.
A diferença em relação às coligações partidárias, segundo o texto, é que as federações não se encerram no momento da eleição. "As federações de partidos mantêm compromisso com o exercício do poder político compartilhado no parlamento, por parte dos partidos que a integram", estabelece a proposta.
De acordo com o texto, os partidos que pretendem integrar uma federação devem mostrar identidade programática, registro na Justiça Eleitoral e vínculo de ao menos quatro anos. Para Jucá, a proposta que torna as federações equivalentes aos partidos no processo eleitoral é uma forma de reduzir distorções e fortalecer o sistema de representação política.
Os senadores afirmaram que a proposta é um "complemento" para o projeto que torna as coligações partidárias sem efeito.

Reforma na Câmara
A análise dos projetos da reforma política no Senado é feita paralelamente às votações do tema na Câmara. Os projetos já aprovados pelos deputados só serão analisados em agosto, após o recesso parlamentar, de acordo com Romero Jucá.
Também ficou decidido pelo Senado que projetos que foram aprovados na comissão e que tratam de temas similares a propostas aprovadas pela Câmara só serão analisados em agosto pelos senadores.

sábado, julho 11, 2015

Ibope: Aécio venceria Lula se eleição presidencial fosse hoje

País


Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (11) pelo jornal O Estado de S. Paulo  indica que, se as eleições presidenciais fossem realizadas agora, o tucano Aécio Neves venceria o petista Luiz Inácio Lula da Silva por 48% a 33% dos votos em um eventual segundo turno, ou seja, 19% da população brasileira não saberia em quem votar. Em votos válidos, sem contar os indecisos e os que não optariam por nenhum dos dois, o resultado ficaria em 59% a 41%.
“É preciso levar em conta que o número de indecisos, hoje, é muito maior do que seria se, de fato, estivéssemos perto de uma eleição”, alertou a diretora executiva do Ibope, Márcia Cavallari, para o jornal. “É fato que a base de Lula diminuiu, mas não se pode dizer que ele esteja morto, em termos políticos”, completou.
“É preciso levar em conta que o número de indecisos, hoje, é muito maior do que seria se, de fato, estivéssemos perto de uma eleição”, alertou a diretora executiva do Ibope
“É preciso levar em conta que o número de indecisos, hoje, é muito maior do que seria se, de fato, estivéssemos perto de uma eleição”, alertou a diretora executiva do Ibope
Se Lula enfrentasse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, haveria empate técnico, 40% para o tucano e 39% para o petista – ou 51% a 49%, em votos válidos.
Luiz Inácio Lula da Silva venceria Aécio apenas no eleitorado de menor renda e escolaridade, e em algumas das áreas geográficas, diz a pesquisa. O petista ganharia na Região Nordeste. Na segmentação do eleitorado por sexo, idade e tamanho do município, Aécio venceria. 
Na divisão por renda e escolaridade, Lula ficaria à frente, de forma isolada, entre os que ganham até um salário mínimo e que têm até quatro anos de estudo. Aécio ganharia de Lula entre os que ganham de um a dois salários mínimos (53% a 47% dos votos válidos), vantagem que aumentaria de acordo com a renda, até chegar a 72% a 28% na faixa dos que ganham mais de cinco salários.
Entre os municípios em que o PT venceu no segundo turno nas três últimas eleições presidenciais, agora, uma candidatura de Lula teria 52% nessas mesmas cidades, ante 48% para Aécio, o que configura empate técnico. Nas cidades onde o PT foi derrotado em uma ou duas das três últimas eleições, Lula perderia para o ex-governador, com 63% a 37%. Nas áreas anti-PT, o tucano teria vantagem de 72% a 28%, segundo a pesquisa.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores no País. A margem de erro do levantamento é de dois pontos porcentuais.

quinta-feira, julho 09, 2015

Desemprego sobe a 8,1% e atinge maior índice em três anos

A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua ficou em 8,1% no trimestre até maio, o que representa aumento em relação a igual período de 2014, quando estava em 7,0%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a taxa de desocupação atingiu o maior patamar da série histórica da Pnad Contínua. A pesquisa começou a ser apurada em janeiro de 2012.
Rodrigo SenaIBGE aponta para mais de 8 milhões de desempregados no BrasilIBGE aponta para mais de 8 milhões de desempregados no Brasil

O IBGE apresenta o cálculo em trimestre móvel, pois a metodologia de coleta e cálculo da pesquisa impede isolar os dados apenas de um mês.

Para o trimestre encerrado em maio deste ano, a renda média real do trabalhador foi de R$ 1.863,00. O valor é 0,4% menor do que em igual período de 2014. Já a massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 166,1 bilhões no período, estabilidade (0 00%) na mesma base de comparação.

Desempregados

A busca por trabalho aumentou em todo o País, mas as vagas geradas em um ano não deram conta da demanda. Com isso, o número de desocupados atingiu 8,157 milhões de pessoas no trimestre até maio de 2015, o maior valor já observado na série histórica da (Pnad) Contínua.

Em relação ao trimestre até maio de 2014, esse contingente foi engrossado por 1,269 milhão de brasileiros, uma alta de 18,4%. O resultado foi o aumento da taxa de desemprego para 8,1% no trimestre até maio deste ano, o maior patamar da série, iniciada em janeiro de 2012.

A população ocupada, por sua vez, também cresceu, mas num ritmo menor do que vinha sendo observado. A alta foi de 0,3% no trimestre até maio deste ano em relação a igual período de 2014, o que significou a criação de 297 mil vagas em todo o Brasil.

Ao todo, 1,566 milhão de pessoas passaram a procurar emprego no período de um ano, o que levou ao crescimento de 1,6% na população dentro da força de trabalho - ou seja, que trabalha ou busca uma vaga - na comparação com o trimestre até maio do ano passado.

Por outro lado, o número de inativos também cresceu, embora o ritmo seja menos intenso do que em trimestres anteriores. A alta foi de 1,4%, o que representou aumento de 864 mil pessoas na população fora da força de trabalho.

O IBGE apresenta o cálculo em trimestre móvel, pois a metodologia de coleta e cálculo da pesquisa impede isolar os dados apenas de um mês. Na comparação com três trimestres móveis anteriores (ou seja, com os três meses até fevereiro deste ano), a população inativa já apresenta retração. A queda foi de 0,5%, ou 307 mil pessoas a menos.

Enquanto isso, a população ativa cresceu 0,6% neste confronto (+555 mil pessoas). Só que não houve geração de vagas, pelo contrário. O mercado de trabalho fechou 201 mil postos de trabalho. Com isso, a fila do desemprego aumentou em 756 mil pessoas no trimestre até maio em relação ao trimestre até fevereiro - uma alta de 10,2% no período, segundo o IBGE.

Estadão Conteúdo

Senado derrota governo e estende reajuste do mínimo para as aposentadorias

 Senado aprovou nesta quarta-feira (8) a medida provisória que prorroga até 2019 o atual modelo de reajuste do salário mínimo e estende a regra para as aposentadorias. Como foi votada sem mudanças em relação ao texto aprovado pela Câmara, a matéria segue agora para sanção presidencial.

Pela medida provisória, o mecanismo de atualização do salário mínimo continuará a ser calculado com a correção da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
A MP foi editada em março pela presidente Dilma Rousseff, mas não incluía a extensão da regra para aposentados, o que foi incluído na Câmara por meio de emenda. O governo é contra a mudança porque alega que extensão da norma para aposentados pode comprometer as contas previdenciárias. Segundo o ministro Carlos Gabas (Previdência), a alteração gera R$ 9,2 bilhões em gastos extras por ano – sendo R$ 4,6 bilhões em 2015.

A votação nesta quarta no Senado foi marcada por diversas tentativas de governistas para impedir a aprovação da matéria com o trecho que contraria o governo. Inicialmente, os senadores José Pimentel (PT-CE) e Cristovam Buarque (PDT-DF) tentaram aprovar uma emenda para alterar o texto, o que faria com que o projeto voltasse à Câmara e não seguisse direto para sanção. A mudança, no entanto, foi rejeitada.
A emenda de Cristovam propunha que, ao invés de levar em conta o INPC, o índice para a correção do mínimo fosse o IPC-C1, relativo às famílias com renda mensal entre um e dois salários mínimos e meio. Cristovam discutiu com o senador Paulo Paim (PT-RS) de forma acalorada sobre a emenda. Paim acusou o pedetista de "trair" os trabalhadores, já que se a emenda fosse aprovada, o texto voltaria para nova análise da Câmara. (veja vídeo)

Polêmica sobre redação final
Depois da rejeição da emenda, o texto principal acabou sendo aprovado, conforme a Câmara votou e diferente do que o governo pretendia. Com esta derrota, o líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), tentou uma manobra regimental para adiar a análise da redação final da matéria. A votação da redação final é parte do trâmite no Senado, e ocorre sempre após a aprovação do texto principal e da análise das emendas.

De acordo com senadores ouvidos pelo G1, a manobra do líder do governo de adiar a análise da redação final visava dar mais tempo para o governo negociar saídas para o impacto que a extensão do reajuste para a Previdência pode causar.

Delcídio explicou, no entanto, que o pedido para adiar a votação foi para que os senadores soubessem como o texto final ficou após a aprovação de algumas alterações de redação pelo plenário.
A expectativa de Delcídio era que a redação final fosse votada apenas a partir da sessão desta quinta (9). Apesar disso, Renan Calheiros decidiu colocar o texto final em votação e rapidamente a votação foi concluída.

Após a votação, ao ser questionado se Dilma vai vetar o trecho que estende a regra de reajuste para a aposentadoria, Delcídio afirmou que o "governo vai tomar as providências devidas". "Com todo respeito, essa proposta de corrigir a aposentadoria com o reajuste do salário mínimo, nós sabemos como ela acaba", complementou.

quarta-feira, julho 08, 2015

Dilma diz a jornal que não vai cair e responde Lula: 'deixa ele falar'

A presidente Dilma Rousseff negou, em entrevista à Folha de S.Paulo, qualquer possibilidade de renúncia do cargo e classificou a oposição que pede seu afastamento de "um tanto golpista". "Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política", disse a presidente.
Marcelo Camargoilma Rousseff afirmou que descarta a possibilidade de renúncia ao cargoilma Rousseff afirmou que descarta a possibilidade de renúncia ao cargo

"Eu não sou culpada. Se tivesse culpa no cartório me sentiria muito mal. Eu não tenho nenhuma. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político", disse a presidente quando questionada sobre a possibilidade de renúncia.

A presidente disse que não é o PMDB que quer sua saída do poder e desafiou que seus opositores provem que ela recebeu "um tostão". "Não tem base para eu cair. E venha tentar, venha tentar. Se tem uma coisa que eu não tenho medo é disso. Não conte que eu vou ficar nervosa, com medo. Não me atemorizam", desafiou a presidente.

Dilma comentou também as críticas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, em uma reunião fechada, disse que tanto ele quanto a presidente estavam no "volume morto". "Ele tem todo o direito de dizer onde ele está e onde acha que eu estou. Mas não me sinto no volume morto não. Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do País", disse a presidente, antes de completar. "Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar".

A presidente disse ainda que o governo prepara novas medidas para ampliar o ajuste fiscal e torná-lo mais rápido, mas não quis dizer quais são. "Acelerar é tudo que tiver de fazer de ajuste façamos já. Porque, quanto mais rápido fizermos, mais rápido sairemos dele", disse.

Sob a pressão da pior crise política desde que assumiu a Presidência, Dilma ironizou os boatos sobre uma possível tentativa de suicídio. "Outro dia postaram que eu tinha tentado suicídio, que eu estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi cem mil vezes pior ser presa e torturada", comentou.

Dilma falou ainda sobre o escândalo da Petrobras, disse que não gosta de delação porque as pessoas dão seus depoimentos em momento de fragilidade e criticou o juiz Sergio Moro. "Não gostei daquela parte (da decisão de Moro) que dizia que eles (empreiteiros) deveriam ser presos porque iriam participar no futuro do programa de investimento e logística e, portanto, iriam praticar crime continuado. Ora, o programa não tinha licitação. Não tinha nada", disse.
Estadão Conteúdo

Aécio afirma que presidente Dilma está 'acuada'

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta quarta, 8, que a presidente Dilma Rousseff está "acuada" diante da crise. Ao comentar o alto índice da inflação divulgado hoje, o tucano disse ainda que são os mais pobres que terão de pagar pelos erros cometidos pelo governo.
Antonio Cruz/Agência BrasilAécio: Dilma não se sente segura no cargoAécio: Dilma não se sente segura no cargo

"O que vejo é uma presidente acuada, fragilizada. Uma presidente da República que vem a público para dizer que não vai cair é uma presidente que não se sente segura no cargo", afirmou, ao comentar novamente as declarações que a petista deu ao jornal Folha de S.Paulo.

Ele também voltou a repetir que o PT trabalha para impedir o trabalho das instituições e que é papel da oposição denunciar as irregularidades do governo. "Quero sugerir que as lideranças petistas poupem seus esforços de atacar a oposição e comecem em se preocupar em se defender das gravíssimas denúncias contra a presidente, seja no Tribunal de Contas da União, seja no Tribunal Superior Eleitoral", disse.

Inflação
Para o tucano, a inflação, que acumula 8,89% em 12 meses, é resultado da "crise de expectativa" que existe em relação ao governo. "Hoje os brasileiros mais pobres é que pagam o preço mais duro dos equívocos cometidos pelo governo nos últimos anos" afirmou.

O senador voltou a ironizar o fato de que o índice está quase no mesmo patamar da popularidade da presidente, que ficou em 9% de acordo com a pesquisa CNI/Ibope divulgada no início do mês.

Estadão Conteúdo

domingo, julho 05, 2015

Aécio Neves é reeleito para presidir o PSDB por mais dois anos

05/07/2015 13h59 - Atualizado em 05/07/2015 17h38

Aécio Neves é reeleito para presidir o PSDB por mais dois anos

Convenção nacional reconduziu senador ao comando do partido até 2017.
Evento partidário contou com a presença de FHC, Alckmin e Serra.

Laís Alegretti e Fabiano CostaDo G1, em Brasília
Aécio Neves discursa durante convenção nacional do PSDB, em Brasília (Foto: André Dusek / Estadão Conteúdo)Aécio Neves discursou durante 31 minutos na convenção nacional do PSDB que o reconduziu à presidência do partido. (Foto: André Dusek / Estadão Conteúdo)
Oito meses após ser derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (MG) foi reeleito neste domingo (5) por integrantes do PSDB para mais um mandato no comando do principal partido de oposição do país. Candidato único na eleição interna, o parlamentar tucano foi aclamado pelos colegas de sigla durante convenção nacional realizada em um hotel de Brasília.
Esse grupo político que aí está, está caminhando a passos largos para a interrupção deste mandato. [...] O Brasil de hoje, com essas revelações diárias de corrupção, é incapaz de alimentar esperanças. Este não é o Brasil que queremos, o Brasil com o qual sonhamos"
Aécio Neves (MG), senador e presidente nacional do PSDB
Aécio assumiu o comando do PSDB em maio de 2013, antes de oficializar sua candidatura à Presidência da República nas eleições do ano passado. O novo mandato do tucano se estenderá até 2017, um ano antes da eleição presidencial.

Expoentes do PSDB, como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e os senadores José Serra (SP) e Aloysio Nunes (SP), prestigiaram o evento partidário que reconduziu Aécio. Além deles, centenas de militantes, parlamentares e dirigentes tucanos de todo o país lotaram o centro de convenções do hotel Royal Tulip, localizado a cerca de 500 metros de distância do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Mesmo depois da derrota nas urnas para a presidente Dilma Rousseff em 2014, Aécio se fortaleceu internamente no PSDB nos últimos meses diante da crise política e econômica enfrentada pelo governo petista.
A quatro anos das eleições, ele é considerado um dos potenciais candidatos do partido oposicionista para a sucessão de Dilma em 2018. Outros nomes lembrados pelos tucanos para a próxima disputa presidencial são os de Alckmin e Serra, que também já concorreram à Presidência.

Neste domingo, Aécio ingressou no auditório do centro de convenções, por volta das 11h30, acompanhado por FHC e Alckmin. No percurso até o palco, o presidente reeleito do PSDB foi assediado por militantes tucanos, que tentavam se aproximar dele para tirar selfies. Em coro, integrantes da ala jovem do PSDB saudaram o senador mineiro com palavras de ordem, como "A juventude já decidiu, Aécio Neves presidente do Brasil".
Ao final dos discursos de parlamentares e governadores tucanos, de dirigentes de partidos oposicionistas e do ex-presidente FHC, Aécio foi anunciado oficialmente presidente reeleito do PSDB. Ao abrir seu discurso, ele fez uma homenagem a Fernando Henrique diante da militância, dizendo que o ex-presidente "inspira" os tucanos na tarefa de "conduzir o maior partido da oposição".
Neste ano, o mundo vai crescer em torno de 3,5%, os países emergentes, segundo o FMI, mais de 4%. E o Brasil? vai retroceder este ano 2%. Todo o resto do mundo cresce, enquanto nós andamos para trás"
Aécio Neves
Ao longo dos 31 minutos de discurso, o presidente reeleito do PSDB atacou a gestão da presidente Dilma, voltou a criticar a postura do PT durante a eleição do ano passado e insinuou que a petista corre o risco de não concluir seu mandato à frente do Executivo.
"Esse grupo político que aí está está caminhando a passos largos para a interrupção deste mandato. A verdade é que a presidente não governa mais. Ela perdeu o controle da máquina administrativa do Brasil. Terceirizou a condução do Brasil na economia e na política. O Brasil de hoje, com essas revelações diárias de corrupção, é incapaz de alimentar esperanças. Este não é o Brasil que queremos, o Brasil com o qual sonhamos", discursou Aécio.
O tucano também fez críticas à condução da economia. "Neste ano, o mundo vai crescer em torno de 3,5%, os países emergentes, segundo o FMI, mais de 4%. E o Brasil? vai retroceder este ano 2%. Todo o resto do mundo cresce, enquanto nós andamos para trás", disse. "Praticamos as taxas de juros mais altas do planeta. A produção da indústria se encontra no mesmo nível de 2008. São sete anos de competitividade que perdemos."
 Aécio disse que o governo não consegue dar respostas à crise e chamou o ajuste fiscal proposto pelo Executivo como "de péssima qualidade". "Para um país que precisa crescer, é inaceitável que investimentos públicos venham caindo e que gastos continuem intocados. "Temos em curso um ajuste sem reformas, e ajuste sem reforma só tem um nome: arrocho."
Críticas ao governo Dilma
A exemplo de Aécio, os oradores do PSDB centraram seus discursos, durante a convenção, em críticas e acusações à presidente da República e ao PT.
Candidato derrotado à Presidência em 2002 e 2010, José Serra declarou, durante discurso de cerca de 20 minutos, que o Brasil está enfrentando, neste momento, a pior crise que ele já viu "desde que se conhece por gente". Conforme o senador tucano, o país registra desemprego elevado, além de queda do consumo e da renda.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que não irá se manifestar sobre as críticas ao governo.
senador Aécio Neves (PSDB-MG) (e), que vai ser reconduzido neste domingo, 05, à presidência do PSDB, é cumprimentado pelo senador José Serra (Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo)Senador Aécio Neves (PSDB-MG) é cumprimentado pelo senador José Serra (PSDB-SP) durante convenção do PSDB neste domingo, em Brasília (Foto: André Dusek/ Estadão Conteúdo)
Serra disse que o Brasil só voltará a apresentar crescimento consistente do emprego e da renda se ocorrer uma "reindustrialização". "Será uma missão muito dificil [sair da crise], por conta do estrago feito pela era petista, que foi e é gigantesco. [...] Se Deus quiser, o Brasil terá melhores governos", opinou. Durante a convenção, o senador defendeu o parlamentarismo como sistema de governo.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o PT "não gosta dos pobres". "Governar é escolher e ficou claro que PT não gosta dos pobres, do social; gosta do poder a qualquer preço", disse.
Alckmin disse ser favorável a uma reforma política que reduza a influência de empresas nos partidos e campanhas. "Defendemos uma reforma política que diminua o número de partidos, hoje 32 e 28 pegando assinaturas, que diminua a promiscuidade entre partidos e empresas."
Defendemos uma reforma política que diminua o número de partidos, hoje 32 e 28 pegando assinaturas, que diminua a promiscuidade entre partidos e empresas"
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), convocou os integrantes da sigla a irem às ruas para "salvar o país". Em tom irônico, ele disse que o partido não defende golpe. "Golpe foi o que eles praticaram contra o povo brasileiro", ressaltou o senador tucano, em referência ao governo petista.
Cunha Lima declarou ainda que, durante anos, o PT tentou dividir o Brasil. "O Brasil hoje está dividido. Do lado de lá, governo corrupto do PT, do lado de cá, o povo brasileiro que vai às ruas."
O líder do partido na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), atribuiu ao governo do PT a responsabilidade por problemas registrados na saúde pública.

Oposição
Dirigentes e parlamentares de outros partidos, incluindo um senador de uma legenda que integra a base aliada da presidente Dilma Rousseff, também discursaram na convenção nacional do PSDB. Diante da militância tucana, eles teceram duras críticas à gestão petista.
saiba mais
Presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN) chegou a falar em "antecipar eleições", em razão de suspeitas de abuso de poder econômico por parte do PT na eleição de 2014. Na visão de Agripino, Dilma "terceirizou o país" e não controla todas as áreas do governo. "O Brasil quer um presidente que manda", observou o presidente do DEM.
Já o senador do PR Magno Malta (ES) disse que, apesar de o partido dele fazer parte da base governista, ele se considera "da base do povo". O parlamentar do PR arrancou aplausos da militância tucana ao afirmar que os parlamentares não devem "dar refresco" aos pacotes que são enviados pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional.
Em meio ao evento, o locutor leu uma carta enviada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que não compareceu à convenção. No texto, o dirigente do PSB, partido que apoiou Aécio no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, falou em superar a situação atual do país.
"Expresso minha esperança de que forças políticas e democráticas possam criar condições necessárias para superar as dificuldades vividas pelos brasileiros", disse Siqueira no comunicado.
Centenas de militantes do PSDB lotaram convenção nacional do PSDB, em Brasília (Foto: Laís Alegretti / G1)Centenas de militantes do PSDB lotaram convenção nacional do PSDB, em Brasília (Foto: Laís Alegretti / G1)
Executiva Nacional
Em meio ao evento, além de elegerem Aécio para presidência da legenda, os 528 delegados do PSDB também definiram os novos integrantes da Executiva Nacional e do Diretório Nacional. Na votação, Fernando Henrique foi mantido como presidente de honra da sigla.
Foram escolhidos ainda para a Executiva Nacional sete vice-presidentes, um vice-presidente jurídico, secretários e tesoureiros (veja a lista completa ao final desta reportagem).
Na convenção, também foram definidos os membros dos conselhos de ética, fiscal e político, além do presidente do Instituto Teotônio Vilela.
Veja a composição da nova executiva nacional do PSDB:
Aloysio Nunes em Mogi das Cruzes (Foto: Jenifer Carpani/G1)Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), vice-presidente
do PSDB   (Foto: Jenifer Carpani/G1)
Presidente de honra
Fernando Henrique Cardoso (SP), ex-presidente da República
Presidente
Aécio Neves (MG), senador

Vice-presidentes
Aloysio Nunes Ferreira (SP), senador
Flexa Ribeiro (PA), senador
Tasso Jereissati (CE), senador
Bruno Araújo (PE), deputado federal
Giuseppe Vecci (GO), deputado federal
Mariana Carvalho (RO), deputada federal
Alberto Goldman, ex-vice-governador de São Paulo

Vice-presidente jurídico
Carlos Sampaio (SP), deputado federal
Secretário-geral
Silvio Torres (SP), deputado federal
1º Secretário
Antonio Imbassahy (BA), deputado federal
2º Secretário
Nilson Leitão (MT), deputado federal
Tesoureiro
Rodrigo de Castro (MG), deputado federal
Tesoureira-adjunta
Thelma de Oliveira
Vogais
Paulo Bauer (SC), senador
Jutahy Junior (BA), deputado federal
Eduardo Cury (SP), deputado federal
Daniel Coelho (PE), deputado federal
Arthur Bisneto (AM), deputado federal
Rita Camata (ES), ex-deputada federal
Yeda  Crusius, ex-governadora do Rio Grande do Sul
Firmino Filho, prefeito de Teresina (PI)
Andrea Matarazzo, vereador de São Paulo
Eduardo Jorge, ex-ministro da Secretaria-Geral
Suplentes
Alfredo Kaefer, deputado federal
Geovania de Sá, deputada federal
Moema São Thiago
Terezinha Nunes
Nancy Thame
Marcos Antonio
Fernandes
Luislinda Valois

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