Além de aguardar o momento de comandar a "análise política" das pedaladas fiscais, o PMDB espera também fatos novos da Operação Lava Jato para se posicionar definitivamente sobre o afastamento do governo petista. Entre os desdobramentos, estão as investigações do caso contra dois de seus principais líderes, Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara dos Deputados, e Renan Calheiros (AL), presidente do Senado Federal.
Mesmo após afirmar que o casamento entre PMDB e PT “já acabou”, com o casal dormindo em quartos separados, o próprio Cunha admitiu que o partido, desejoso do afastamento do PT, "não está distante da base” governista. Segundo peemedebistas ouvidos pelo blog, a legenda permanece dividida sobre o timing da saída da coalizão justamente porque a cúpula aguarda a evolução das investigações contra os dois.
A avaliação da liderança é a de que Eduardo Cunha, ágil e experiente nas decisões políticas, cometeu um erro ao atacar abertamente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A última ação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o esquema de corrupção, na 16ª fase da Lava Jato, mostrou um Janot seguro e desenvolto, atuando de madrugada para ajudar na preparação da operação contra políticos importantes, com direito a um recado claro ao mundo político: “adsumos”, ou "estamos aqui”.
Uma outra ala do PMDB, no entanto, defende o afastamento imediato, sob pena de o partido perder a oportunidade de marcar uma posição firme e clara junto ao eleitorado brasileiro. De acordo com esta ala, o momento para marcar posição, e ter a chance de uma candidatura competitiva em 2018, é agora – com a semente começando a ser plantada nas eleições municipais de 2016.
quinta-feira, julho 16, 2015
Pedaladas e Lava Jato no caminho da separação entre PMDB e PT
Posted by Aristides Siqueira Neto on 19:33
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