domingo, janeiro 01, 2012

NOTICIAS DOS JORNAIS DO RIO GRANDE DO NORTE

TRIBUNA DO NORTE

Partidos definem parâmetros para formação de alianças

A proximidade das eleições municipais de outubro de 2012 vem mobilizando  partidos políticos no caminho para a concepção de candidaturas e a formatação das alianças que definirão as coligações do pleito. Há recomendações aos diretórios municipais e estaduais de alguns dos principais partidos políticos, advindas das executivas nacionais, para que sejam lançadas candidaturas próprias. No interior do Rio Grande do Norte as composições devem seguir a regra da "viabilidade eleitoral". Esse cenário, porém, difere de cidades como a capital, onde já estão sendo externadas pré-candidaturas próprias, como é o caso de Hermano Morais, do PMDB; Wilma de Faria, do PSB; Carlos Eduardo Alves, do PDT; e Fernando Mineiro, do PT. Por outro lado, siglas como o DEM, o PSD e o PMN devem optar, em Natal, por compor parcerias preferenciais e estratégicas.
Aldair DantasHenrique Eduardo Alves: empenho na candidatura própria
Henrique Eduardo Alves: empenho na candidatura própria

"Lançaremos candidatura própria depois de 20 anos chegou a vez do PMDB", afirmou o presidente estadual da legenda, Henrique Eduardo Alves. Como os peemedebistas já externaram o apoio ao nome escolhido pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) em Mossoró, as chances de uma dobradinha em Natal não estão sendo desconsideradas. "Fiquei numa saia justa com o senador [Garibaldi Alves] pedindo o apoio a Hermano Morais. Mas agora é colocar a casa e o  governo em ordem e só em falar em alianças políticas a partir do ano que vem", despistou Rosalba, durante encontro estadual do PMDB, em novembro. "Nós vamos fazer muitas dobradinhas nos municípios", emendou ela.

Se dos partidos da base do Governo apenas o PMDB lançou pré-candidato próprio já despontam três potenciais postulantes do pleito advindos da oposição. Dois deles - o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, e a ex-governadora Wilma de Faria - figuram no topo das pesquisas eleitorais, com vantagem considerável para o primeiro. O pré-candidato do PT, o deputado Fernando Mineiro, não decolou em qualquer das análises que verificaram a preferência do eleitorado, mas ainda assim tem garantido que não abrirá mão de representar os petistas na disputa. Carlos Eduardo Alves tem cobrado reciprocidade do PT, que insiste num encontro somente em um suposto segundo turno. Correndo por fora, Wilma de Faria não atesta a candidatura própria em Natal, tem ponderado que necessita ajudar os correligionários do interior, mas admite que vem sendo cobrada pelos peessebistas para "aceitar o desafio". "Estou pronta", disse ela durante encontro do PSB, em agosto passado.

Literalmente uma incógnita quanto à participação ou não no próximo pleito, a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, ainda não declarou se estará na campanha na condição de uma das protagonistas ou se de espectadora. "No momento tenho que pensar na administração, sei que estão ansiosos, mas não é hora de pensar em política". Até lá serão dez meses de diálogos intermináveis, articulações e negociações. 

Mudanças de cenários abrem novas perspectivas 

Os acontecimentos políticos ocorridos após a posse da governadora Rosalba Ciarlini terão inevitavelmente implicações diretas nas parcerias em 2012. Para começo de conversa, o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia, já descartou composições com o PSD, um dos principais parceiros dos democratas na eleição passada, uma vez que o partido no Rio Grande do Norte remanesce do PMN do vice-governador. E para reforçar essa tese ambos os grupos já estão de qualquer forma em campos opostos  em virtude do rompimento já anunciado.

José Agripino é categórico: "Na hora que fizermos uma aliança com o PSD, nós estaremos emprestando nossa história a quem não tem história". E arremata: "eles pra lá e nós pra cá". A desavença já provocou a reação dos peessedistas. O deputado Fábio Faria, vice-líder do PSD no Câmara Federal, declarou que a legenda liderada por seu pai, o vice-governador Robinson Faria, fará oposição ao grupo apoiado pelo Governo do Estado. As declarações de Agripino também foram criticadas por lideranças do interior, como é o caso do presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Francisco José Júnior, do PSD. "Com essa atitude desagregadora, José Agripino está esnobando um grupo político que deu mais de 300 mil votos à reeleição dele", disse o vereador. Ele afirmou ainda que a resolução nacional do PMN, que proíbe coligação com o PSD, não terá nenhum efeito na cidade de Mossoró. O pai do parlamentar municipal, Francisco José, continua nos quadros do PMN.
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O MOSSOROENSE

"Atravessei o ano mais difícil da minha vida pública", diz a governadora Rosalba Ciarlini

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A última semana de 2011 foi atribulada para a governadora Rosalba Ciarlini. Primeiro, uma crise gerada pelo decreto que proibia manifestações no Centro Administrativo, que foi revogada após pressão da opinião pública. Nesta entrevista, a governadora fez um balanço daquele que considera o pior ano da carreira política dela e projeta planos para 2012. Sobre esse último aspecto, ela evitou fazer anúncios. Quanto à política partidária, ela evitou polêmicas e apontar tendências para 2012. 
O Mossoroense: Governadora, a senhora tem usado o discurso de que o Rio Grande do Norte está em processo de reconstrução. Qual avaliação a senhora faz deste primeiro ano de mandato? Qual a área que tem gerado maior dificuldade?
Rosalba Ciarlini:
 Desde o primeiro dia da nossa administração, aliás, desde a campanha eleitoral quando identifiquei a vontade de mudança do potiguar, assumi o compromisso de promover mudanças no nosso Estado. Fazer o RN acontecer. Esse não era apenas um slogan para chegar ao governo, mas uma determinação, convicção de que, seguindo essa meta, o RN trilhará o caminho do desenvolvimento. Como maior obstáculo encontramos as finanças desequilibradas. Com dívidas acima de R$ 800 milhões. Adotamos medidas saneadoras, elegemos prioridades e conseguimos chegar ao final do primeiro ano, graças a Deus, com expressiva redução desse imenso desequilíbrio que encontrei.
OM: Num comparativo entre o seu desempenho como prefeita e o trabalho neste primeiro ano como governadora, percebo a senhora enfrentando um desgaste jamais visto em sua carreira. A senhora considera este o ano mais difícil da sua atuação política?
RC: 
O RN vem acompanhando meu discurso. Tenho dito repetidas vezes que atravessei o ano mais difícil da minha vida pública. E não foi por falta de um plano de governo. Insisto: as finanças do Estado não permitiam um desempenho diferente. Encontramos dívidas astronômicas, falta de projetos, uma desorganização institucional em todos os setores. Agora, felizmente, isso é passado. O importante é que estamos superando essas dificuldades e já contabilizando avanços. Entre esses avanços estão:
Na infraestrutura, desenvolvimento econômico e educação temos a atração de 18 novas indústrias (com potencial de R$ 35 bilhões); revertemos a difícil situação da Copa do Mundo e a consolidamos (o estádio Arena das Dunas está em construção e obras de mobilidade em andamento); o aeroporto de São Gonçalo é uma realidade após o leilão da concessão e a inauguração da pista pela presidenta Dilma. São obras e investimentos que vão gerar emprego e renda. É o governo gerando trabalho para o povo. Em Mossoró, o Complexo Viário da Abolição está andando. A duplicação da estrada de Tibau já tem o projeto licitado.
Além disso, estamos investindo R$ 114 milhões em recuperação e construção de estradas; três novas escolas já foram entregues, - 16 estão em reforma e mais 10 centros de ensino técnico estão em andamento, um em Mossoró, no conjunto Walfredo Gurgel; mais 76 escolas serão reformadas e equipadas para também oferecer ensino profissionalizante; estamos entregando 100 ônibus escolares adquiridos com recursos próprios; aumento de 34% para professores, garantindo piso nacional de salário (que eles nunca haviam conquistado) e este ano iniciaremos o processo de promoção vertical reivindicado há mais de oito anos, entre muitos avanços na educação. Este ano vamos trabalhar com a Fundação Roberto Marinho e Instituto Airton Senna na melhoria da qualidade de ensino.
OM: E na saúde?
RC: 
Temos o Telemedicina implantado em todos os municípios- aonde chego, recebo manifestações de elogios por esse equipamento que está salvando vidas; temos a regionalização do Samu (restando apenas o Seridó que deverá ser atendido no primeiro semestre de 2012); as ambulâncias samuzinhos para urgências neonatais e pediátricas; fizemos o reaparelhamento e ampliação dos hemocentros com um novo posto na zona norte de Natal, localizado na Uern; investimentos nos hospitais regionais, colocando em funcionamento o hospital de Assu que estava fechado; reforma do de Apodi: melhoramento no de Caraúbas. Em Pau dos Ferros fizemos a reestruturação do hospital para cirurgia ortopédica e UTI; reformas nos hospitais de Macaíba e no Santa Catarina, em Natal. O governo também assumiu o hospital regional de Caicó; demos apoio à Liga Norte-rio-grandense com convênios para aquisição do acelerador linear e apoio ao Hospital do Câncer que já foi inaugurado em Caicó; apoio à Liga Mossoroense com convênio de três milhões para conclusão do hospital e compra do acelerador linear para a radioterapia ser feita em Mossoró; em Nova Cruz fizemos parceria para a reforma do hospital que é municipalizado e estava interditado; em Santo Antônio instalamos equipamentos encaixotados há anos no hospital, como o mamógrafo; organizamos os serviços para captação de órgãos em Natal e Mossoró que vem salvando muitas vidas: zeramos as filas de transplantes de córnea. Já iniciamos o projeto para 2014 e daremos início ao hospital da zona oeste de Natal e funcionamento do hospital materno-infantil de Mossoró, além de inúmeros outros investimentos na saúde. O mais importante que tem reflexo na saúde é o saneamento básico. Obras que estavam paradas foram retomadas.
OM: Uma das áreas mais cobradas da sua gestão, sobretudo em Mossoró, é a segurança. O que a senhora tem para apresentar?
RC: 
Temos a implantação do projeto Comunidade da Paz, em Natal; criamos o programa Sertão Seguro com apoio do Bope; implantamos um novo batalhão da Polícia Militar em Mossoró; investimentos em inteligência com a ampliação do Ciosp; temos a aquisição de novas viaturas e equipamentos; a interiorização do Proerd-programa de educação contra drogas-65 mil jovens formados e a ampliação do efetivo do Corpo de Bombeiros e equipamentos. Graças a isso já temos resultados na segurança: o programa Comunidade da Paz diminuiu mais de 20% a criminalidade em Mossoró, os números mostram declínio no índice de criminalidade; temos os investimentos na operação verão em todo o litoral potiguar, integrando as polícias militar, civil e rodoviárias e Samu.
OM: E na cultura?
RC: 
Investimentos foram muitos; mas com o Fundo Estadual aprovado pela Assembleia Legislativa vamos avançar bastante em 2012.
OM: Um aspecto positivo da sua gestão é a união da classe política que a senhora conseguiu ter em torno de si. Como avalia esse fato?
RC: 
Sou imensamente grata pelo entendimento que a nossa bancada - sob a condução da deputada Sandra- tem de que o interesse do Estado se sobrepõe a qualquer divergência partidária. A bandeira do RN tem sido única. É isso que tenho dito em todas as oportunidades, em reconhecimento à postura dos senadores e deputados. Esse é o suporte que encontramos no Congresso e na Assembleia Legislativa, onde os projetos do governo têm tido todo aval. Digo sempre que não há governistas e nem oposicionistas quando os projetos são do interesse do cidadão potiguar.
OM: A senhora tem encontrado dificuldades para obter recursos junto ao Governo Federal. E avalia que isso seja pelo fato de a senhora ser filiada ao DEM?
RC: 
Deixe-me relembrar um episódio dos primeiros dias de governo. Na primeira audiência com a presidenta Dilma, lhe disse: presidenta estivemos em palanques separados, mas fomos eleitas para governar o Brasil e o Rio Grande do Norte. A vontade do povo é soberana. E foi essa interpretação que vi nas palavras e postura da presidenta da Republica. De pronto, ela assumiu e cumpriu o compromisso de dotar o RN do aeroporto de São Gonçalo, a primeira concessão aeroportuária privada do Brasil. E mais: dos ministros com quem tenho audiências frequentes, ouço que a determinação é não haver qualquer distinção política. E não se trata de discurso vazio. As ações estão ocorrendo no apoio para a Copa e em outros projetos de infraestrutura, como estradas, por exemplo.
A governadora Rosalba e a presidenta Dilma estão trabalhando de mãos dadas.
OM: Qual peso tem tido o prestígio político do deputado federal Henrique Alves para facilitar esse acesso aos recursos federais?
RC:
 O apoio administrativo que o deputado Henrique Alves vem dando ao governo do Estado tem sido significativo. Foi um defensor ferrenho na consolidação do aeroporto de São Gonçalo. Como figura de destaque da base do governo Dilma, líder de uma das maiores bancadas e tendo seu partido, o PMDB, o vice-presidente da República, é claro que o deputado traz dividendos para o nosso Estado e, de quebra, tem um tio ministro de Estado, o senador Garibaldi Filho.
OM: A oposição, leia-se o deputado estadual Fernando Mineiro, tem dito que a sua gestão faz caixa. Até que ponto essa afirmação corresponde aos fatos?
RC: 
Crescemos a arrecadação sim, mas não o suficiente para pagarmos os débitos do governo passado. Estranho que o deputado Fernando Mineiro, sendo um homem inteligente e tendo passado anos como governista, tenha essa interpretação. Ele sabe que não há caixa. O governo trabalha com transparência. 
OM: Quando a senhora começará a aplicar os recursos do Bird? Quais obras pretende programar em 2012 com esses e outros recursos?
RC:
 Essa é uma boa oportunidade para explicarmos o financiamento a que estamos nos habilitando junto ao Banco Mundial. A Assembleia Legislativa aprovou o pedido de empréstimo; fomos pessoalmente ao Banco Mundial, nos Estados Unidos, e ao Tesouro Nacional, em Brasília. Mas, ainda precisamos vencer novas etapas. Nas primeiras semanas do ano vamos ao ministro da Fazenda, Guido Mantega (a audiência deveria ter ocorrido dia 28 e foi transferida a pedido do próprio ministro) oficializar a permissão do governo e depois vamos esperar a aprovação pelo Senado Federal. São apenas trâmites legais. Quanto aos recursos do Bird, eles serão aplicados na cadeia produtiva rural.O que gostaria de destacar, além desse financiamento no Banco Mundial, é que o Estado recuperou a capacidade de endividamento, desempenho, aliás, elogiado pelo Tesouro Nacional.
OM: Do ponto de vista político, o afastamento do vice-governador Robinson Faria foi o momento mais complicado do ano em sua opinião? Existe possibilidade de no futuro haver reconciliação?
RC: 
Não diria complicado. Foi um momento que surpreendeu a todos. Estávamos em tempo de reconstrução, o Estado precisando da união de forças e lamentavelmente ele anunciou o rompimento. Como se diz: na política nada é impossível. Acho improvável.
OM: Nas eleições de Natal do próximo ano, a tendência hoje é Rosalba Ciarlini apoiar Hermano Morais ou Rogério Marinho? Felipe Maia está totalmente descartado?
RC: 
Continuo insistindo que política é um tema que só trato lá para o mês de março. O que posso dizer é que todos são bons nomes. Candidaturas e alianças discutiremos mais tarde.
OM: Em Mossoró, se fala na possibilidade de a prefeita Fafá Rosado renunciar para permitir que Ruth Ciarlini seja candidata à reeleição sem impedimento jurídico. Esse assunto é discutido em seu grupo político? Quando teremos a definição do candidato a ser apoiado pela senhora?
RC:
 Na resposta anterior, minha posição a respeito das eleições de 2012. Estou cuidando apenas da parte administrativa do governo. Temos tempo para uma discussão amadurecida. Não tenho duvidas que somaremos para ganhar, como tem ocorrido nas duas últimas décadas.
OM: O PMDB, através da ex-vereadora Izabel Montenegro, tem criticado a possibilidade de mais uma vez haver uma chapa puro-sangue na majoritária. Há espaço para o partido indicar o vice na chapa que será apoiada pela senhora?
RC: 
As alianças ficarão para depois. Por isso considero que potenciais aliados precisam também ter parcimônia. Não podemos criticar antes de qualquer definição. É prematuro e em política não podemos atuar com suposições.
OM: Por que a senhora tem demorado tanto a anunciar o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado? O cargo estaria reservado a Fafá, como dizem as informações que emergem dos bastidores?
RC: 
Não estou demorando. Os jornalistas é que estão com pressa. Tudo tem seu tempo e assim sendo não posso adiantar reservas e nem qualquer outra informação. Vamos esperar. O RN pode continuar confiando numa postura responsável, como a que tenho tido ao longo da minha vida pública.
Bruno Barreto
Editor de Política
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DIÁRIO DE NATAL
"AI-5" de Rosalba causa indignação
O ano de 2011 foi marcado politicamente pelas mudanças administrativas. Tanto em nível nacional quanto no âmbito local, tivemos um período de ascensão das mulheres na política, com as posses da presidenta Dilma Rousseff (PT) e da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). As duas não tiveram vida fácil no primeiro ano de governo. 

A gestão de Dilma, apesar de ter um alto índice de aprovação popular, foi marcada pelos escândalos de corrupção, que culminaram com a queda de sete ministros. Já Rosalba, que amarga um alto índice de desaprovação nas pesquisas realizadas até o momento, enfrentou desgaste com os servidores durante este ano. 

Em Natal, o ano também foi movimentado. A prefeita Micarla de Sousa (PV) passou por várias crises. A pior delas foi quando o movimento intitulado "Fora Micarla" ocupou a Câmara Municipal de Natal (CMN), o que culminou com a criação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos Contratos. Em dezembro, devido ao não cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), os vereadores chegaram a votar o pedido do processo de abertura do impeachment da gestora. No entanto, a maioria da Câmara rejeitou a proposta.

Na Assembleia Legislativa, 2011 foi o ano do governo. Apesar de não ter saído das urnas com maioria na Casa, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) conseguiu dobrar os deputados e aprovou todos os projetos de lei de seu interesse. Já na Câmara de Natal, o processo foi inverso. A oposição, que tinha apenas quatro membros, cresceu. Inicia 2012 com oito parlamentares, número suficiente para abrir comissões de inquérito e derrubar projetos que precisam de quorum qualificado. Confira a retrospectiva dos principais fatos políticos que marcaram o ano a seguir:
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JORNAL DE FATO
Preço alto inibe uso de protetor solarNara Andrade
Da Redação

Mesmo com as campanhas de prevenção ao câncer de pele, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância do uso constante de protetores solares, a maioria da população ainda não toma alguns cuidados considerados essenciais para manter uma pele saudável. Na maioria das vezes, as pessoas só procuram um dermatologista ao perceberem o aparecimento de alguma mancha ou sinal na pele e se surpreendem quando são diagnosticados com câncer de pele.
Foi o que aconteceu com a servidora pública Neide Marques, de 40 anos, que não mantinha o hábito de proteger a pele contra o sol, usando filtro solar apenas quando freqüentava praias ou piscina e no dia a dia usava apenas alguns produtos de maquiagem que continham o filtro solar em sua composição.
Ela conta que só percebeu a importância do cuidado com a pele há dois anos, que, ao notar o surgimento de um pequeno sinal na sua testa, decidiu procurar um dermatologista quando ele começou a coçar, e com o aparecimento de outra mancha escura no rosto.
Depois de uma raspagem, feita pela primeira dermatologista que procurou, o sinal começou a sangrar constantemente. Então, ela decidiu consultar outra médica da mesma especialidade e logo na primeira consulta a profissional afirmou que o sinal se tratava de um câncer de pele e o único tratamento era cirúrgico.
Foi quando Neide passou pela primeira cirurgia para a retirada do material, que foi encaminhado para a biopsia, e o resultado confirmou que realmente se tratava de um câncer de pele.
"Ao saber que se tratava de um câncer de pele, eu não me assustei tanto, porque já tinha lido muito sobre o problema e sabia que tinha cura na maioria dos casos, mas quando a médica disse que a única forma de tratar era cirúrgica e que o tipo do câncer que eu tinha era bastante reincidente, e que possivelmente iria continuar aparecendo e eu iria ter que fazer outras cirurgias, fiquei muito preocupada, tive medo de perder parte do meu rosto. Chorei muito. Não é fácil saber que você estar com câncer", relata.
A servidora pública procurou uma oncologista, que realizou um novo procedimento cirúrgico com uma técnica de congelamento de pele, possibilitando a retirada de uma parte de aproximadamente três centímetros de diâmetro, já que no seu caso o câncer, além de ter atingido a superfície da pele, também atingiu as camadas internas. Depois dessa segunda cirurgia, a médica refez os exames e afirmou que o tecido estava livre do câncer de pele e que não teria de passar por tantas cirurgias como a outra médica havia afirmado.
Hoje, Neide mantém uma rotina intensa de cuidados. Sempre ao acordar já coloca o filtro na parte do rosto, colo e braços e tem o cuidado de reaplicá-lo a cada duas horas. Ela também procura não se expor ao sol entre 9h e 16h.
"Com o susto aprendi a lição e estou muito mais atenta aos cuidados com a minha pele. Também oriento aos meus familiares a estarem sempre em alerta aos perigos do sol", frisa.
Produtos caros afastam consumidor
Para proteger a pele dos raios solares que provocam o câncer de pele, além de outros cuidados, como evitar a exposição ao sol entre 9h e 16h, quando a incidência dos raios é mais intensa, é indispensável o uso do filtro solar. No entanto, devido o preço do produto ainda ser alto, grande parte das pessoas afirma não ter condições de manter esse hábito.
A dermatologista Liliane Martins Negreiros afirma que, apesar da grande variedade de marcas e preços de filtros solares encontrados no mercado, um produto que garanta uma boa proteção não sai por menos de R$ 50,00.
Segundo a médica, para muitas pessoas o gasto com a compra do produto ainda é considerado supérfluo, já que é encarado como um cosmético.
Muitos ainda acreditam que o uso do filtro solar é necessário apenas no verão ou em praias ou piscinas, por exemplo, o que pode ser percebido com o crescimento das vendas de filtros nas farmácias, é o que explica Josivan Pinheiro, gerente de uma farmácia da cidade. "Neste período de veraneio, a procura por filtros solares aumenta cerca de 30%", frisa.
A coordenadora de eventos Raimunda Maria, de 50 anos, diz que, apesar de comprar o produto, esquece de usar, e no dia a dia usa apenas o filtro solar presente na composição de alguns produtos de maquiagem.
"Uso pouco porque pego apenas o sol normal do dia a dia, mas tenho o cuidado de utilizar uma sombrinha", afirma.
Já o aposentado José Gilvan, de 69 anos, diz que não usa o protetor e que nunca precisou ir até o dermatologista.
"Não uso porque nunca vou à praia. Sou meio desleixado em relação a isso", comenta.

A dermatologista Liliane Negreiros explica que entre as principais recomendações para se proteger contra o câncer de pele está o uso de protetores solares, como óculos escuros, chapéus, bonés e filtro solar.
A médica lembra que existem alguns mitos em relação aos filtros solares, como o fato de algumas marcas propagarem que o produto não sai na água. "Isso é um mito. Os testes são feitos com o produto mergulhado apenas 15 minutos. Então, é aconselhável reaplicar o filtro ao sair do mar, ou piscina, por exemplo", comenta.
Outro mito é que, quanto mais alto o número do fator de proteção do filtro, mais eficiente ele vai ser. A médica explica que existem vários filtros com diferentes fatores de proteção, como 15, 30, 45, até mais de 100, porém a diferença entre a porcentagem de proteção contra a ação dos raios entre o 15 e o 30 é de apenas 2%, já que o primeiro protege 95%, enquanto o segundo protege 97%. Mas, ela lembra que o filtro com fator de proteção 15 não é indicado para pessoas com a pele muito branca.
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GAZETA DO OESTE
 A prefeita Fafá Rosado conclui mais um ano de administração contabilizando avanços na gestão. Nesta entrevista, ela destaca as ações implementadas nas áreas de saúde, educação, assistência social, entre outras, e chama a atenção para o crescimento de Mossoró, que mereceu espaço na imprensa nacional.
 
Diversos órgãos da imprensa nacional colocam Mossoró em destaque com relação aos avanços conquistados pela cidade. Como a senhora pensa em continuar esse trabalho?
Logicamente que quando falamos em crescimento de Mossoró, apontado como você disse, em meios de circulação nacional, toda a análise é feita pelo conjunto dos serviços em Mossoró, como saúde, desenvolvimento econômico, educação e outras áreas. Claro que o nosso objetivo é continuar promovendo esse crescimento e, para tanto, precisamos do apoio e da participação de todo o mossoroense. Não podemos pensar em desenvolver a cidade sem que haja crescimento do desenvolvimento humano, e isso inclui emprego e renda. Graças a Deus a gente pode chegar aqui agora e falar que estamos fazendo o dever de casa. Ao longo desses anos, trabalhamos para garantir a melhoria da qualidade de vida da população em todos os aspectos, e uma prova dessa afirmação é que geramos  mais de 15 mil empregos com a atração de empresas e indústrias para o Distrito Industrial e o Distrito Agroindustrial.
 
A senhora acha que esse é realmente o caminho certo?
Sem dúvida. Você se refere à política de atração de novas empresas para nossa cidade e qualquer administrador que pensa no desenvolvimento de sua cidade, certamente adotaria a mesma postura. O trabalho que estamos fazendo para atrair indústrias surte efeito, não só no desenvolvimento econômico, mas reflete que Mossoró se apresenta como atrativo para estes grupos empresariais. Temos aí o Mossoró West Shopping, a Itagrês, o Hiper Bom Preço, o Atacadão... Isso mostra que a nossa cidade tem potencial de mercado e, consequentemente, se torna uma cidade com grande poder de atração para outras empresas.
 
A Prefeitura tem conseguido atender a demanda dessas empresas com relação à mão de obra?
Como já falei, essas empresas garantiram 15 mil empregos diretos, o que é uma excelente notícia. Com relação à capacitação da mão de obra, esse serviço é feito pela Fundação Municipal de Geração de Emprego e Renda (FUNGER), que realiza cursos de capacitação dos jovens e encaminha para as empresas parceiras, dependendo da necessidade do mercado. No ano passado foram mais de duas mil pessoas empregadas que passaram pela capacitação na Funger. Nossa meta é ampliar, agora em 2012, a oferta dos serviços da Funger e em parceria com o Senai.
 
Que avaliação pode ser feita na área da educação?
É um setor que merece total atenção de um gestor. Por isso que criamos a Lei de Responsabilidade Educacional. Essa lei é importante em todos os aspectos, pois direciona uma política de investimento certo e definido e quem vier depois de mim já tem um norte a ser seguido na educação. O Executivo terá que investir 30% dos recursos próprios na educação até 2014. Isso quer dizer que, independente de quem seja o próximo prefeito ou prefeita, esse é um ponto já certo. Atualmente a Prefeitura investe mais de 25% e o aumento será gradual, passando para 26%, 27,5% e 30% nos anos subsequentes. A área da educação, posso dizer, nos deixa feliz em poder contribuir com o seu desenvolvimento. Reformamos escolas, construímos outras. Instituímos a educação integral... Enfim, uma área que, com certeza, necessita sempre de atenção e de investimento na infraestrutura e, principalmente, na atenção aos professores e aos técnicos que trabalham diariamente na conquista e no avanço da educação.
 
A Prefeitura também mantém o Pró-Superior...
Sim, com certeza é outro programa muito importante. Trata-se de um programa de grande alcance e atualmente beneficia 1.300 jovens que estão cursando o ensino superior. Você pode perguntar o motivo de direcionarmos atenção à educação superior e responderíamos que não podemos fechar os olhos para uma realidade que nos deixava entristecidos. Embora tenhamos um polo universitário em Mossoró, o jovem carente não tinha acesso à educação superior e o Pró-Superior surgiu como um mecanismo que possibilita a capacitação desses jovens ao mercado de trabalho. Trata-se de uma parceria que mantemos com as instituições de ensino superior particulares, por meio de incentivos fiscais. Agora para 2012, a nossa meta é aumentarmos as vagas para beneficiar 1.500 jovens.
 
O projeto da Avenida Rio Branco terá continuidade?
Sim, porque o projeto envolve toda a extensão da Rio Branco, até seus limites com a BR-304. Nossa próxima meta agora é o Parque das Oiticicas, depois virão os outros equipamentos que vão deixar o corredor cultural completo e mais bonito.
 
A senhora já anunciou a Escola de Artes. Quando vai funcionar?
Estamos colocando esse importante projeto como uma de nossas prioridades. Não apenas porque se trata de algo importante para a nossa cultura, mas porque tem o significado de ser um projeto inteiramente construído com a participação de todos os segmentos culturais. Elaboramos toda a proposta e agora estamos com as metas para edificação  e implementação. Neste último ano de nossa gestão vamos tratar de colocar em funcionamento essa escola, e isso já está sendo feito. A Gerência da Cultura já iniciou todos os trâmites legais para que tenhamos já em 2012 a Escola de Artes em pleno funcionamento.
 
A senhora vai entrar no último ano de administração. O que Mossoró pode esperar?
A primeira coisa que preciso dizer que o último ano da nossa gestão não pode ser visto como o ano final, ano do encerramento, ano em que apenas se espera o tempo passar para a entrega do cargo. De jeito nenhum. Este vai ser o melhor ano, o mais exigido, o ápice da administração, em que vamos alcançar as demais metas estabelecidas durante todo o período. Toda a equipe está desafiada a fazer de 2012 o ano em que vamos dar o nosso melhor, fazer com que estejamos empenhados na realização de todos os projetos, execução de todas as obras planejadas. Será o momento de cumprir ainda o que resta do plano de governo que Mossoró aprovou e cumprir todos os nossos compromissos.
 
O que a senhora poderia destacar de obras importantes para 2012?
Como já falamos, inicialmente em 2012 pretendemos dar um ritmo bastante intenso de realizações. Algumas obras estão praticamente prontas e já podemos inaugurar no início do ano. Como é o caso das praças do Conjunto José Agripino e da Comunidade do Jucuri, a escola do Abolição IV que, justamente, receberá o nome de Niná Rebouças, a UEI do Santo Antônio e, não poderíamos esquecer, vamos intensificar os esforços para inauguramos o mais rápido possível a UPA do Belo Horizonte, como todos já sabem a obra física está praticamente concluída e estamos em constante discussões com o Ministério da Saúde,  já estive em Brasília com o ministro José Padilha, para que possamos equipar a UPA, também teremos agora, através da emenda do deputado Leonardo Nogueira, uma ajuda no OGE, que nos leva a crer que logo nos primeiros meses do ano estaremos inaugurando mais essa importante obra para a nossa cidade. E já quero aqui externar o meu compromisso de iniciar a quarta UPA, para que possamos dotar a nossa cidade em cada um dos quatro cantos da cidade de uma UPA.
 
Mossoró também está com diversos projetos encaminhados no PAC II?
Sim. E são obras importantíssimas para a nossa comunidade. Conseguimos incluir o PAC II diversos projetos que elencamos como essenciais, como é o caso do saneamento integrado do grande Santo Antônio, em obras de drenagem, pavimentação e erradicação de casas de taipa, as urbanizações da favelas do Wilson Rosado e do Tranquilin e também obras de pavimentação com asfalto e a paralelepípedos em mais de 180 ruas e avenidas de diversos barros da cidade. Todo isso representando investimentos superiores a R$ 80 milhões.
 
E tem mais?
Graças a Deus temos sim. Temos um planejamento arrojado de realizações para 2012. Vamos construir mais oito Unidades Básicas de Saúde, reformar outras dezenas. Vamos continuar os investimentos na infraestrutura da área da Educação construindo a primeira Escola Verde do Nordeste, a segunda do País, vamos concluir a segunda etapa da Avenida Antônio Campos, que dá aceso à Uern, ou seja, são muitos projetos que visam a melhora da qualidade de vida das pessoas. É esse o jeito certo de que falamos.
 


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