domingo, novembro 20, 2011

NOTICIAS DOS JORNAIS DO BRASIL

TRIBUNA DO NORTE
O Governo do Estado pretende investir R$ 962,3 milhões no Rio Grande do Norte em 2012, de acordo com a proposta orçamentária elaborada pelo Executivo e que deve ser aprovada pelos deputados estaduais até o dia 15 de dezembro. A soma não contempla os valores destinados aos demais Poderes (se acoplarmos Assembleia Legislativa, Ministério Público e Tribunal de Justiça o total passa a ser superior a R$ 1 bilhão), mas já se sabe que o cálculo representa 10,24% da receita estimada para o próximo ano e é inferior ao previsto para 2011, que foi de R$ 1,6 bilhão. A estimativa realizada pelo governo anterior é considerada "fantasiosa" pelo atual, uma vez que dos R$ 1,3 bilhão previstos para investimentos oriundos de convênios, apenas R$ 92,5 milhões (ou 6,7%) foram executados. 

Emanuel AmaralObery Rodrigues quer evitar estimativas exageradas de receitaObery Rodrigues quer evitar estimativas exageradas de receita

"Nós optamos por não fazer um discurso suntuoso e sim estar e acordo com a realidade e com a efetiva perspectiva para o ano que vem. Nossa intenção foi pôr no OGE o que realmente se possa consolidar", destacou o secretário do Planejamento e das Finanças (Seplan), Obery Rodrigues. Ele assinalou que os critérios utilizados para a elaboração do orçamento de 2012, no que diz respeito a investimentos, levaram em consideração os compromissos essenciais, como é o caso de pessoal (crescimento vegetativo em torno de 7%), o pagamento de dívidas, além das transferências para os municípios, que retiram dos cofres do Executivo estadual vultosas somas.

A Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) detém a maior parcela dos recursos voltados para investimentos. A pasta que era capitaneada pelo vice-governador Robinson Faria (PSD) foi contemplada com R$ 179 milhões, quase 18,6% de todo o aporte projetado. Soma considerável da verba direcionada a investimentos na Semarh será para construção e ampliação de adutoras e para a recuperação de barragens e açudes. Há ainda um valor destinado para a recuperação ambiental do rio Potengi. O secretário Obery explicou que a estimativa otimista da Semarh é em face da expectativa de convênios advindos do Governo Federal, que são muitos.

Obery afirma que previsões para 2012 são mais realistas

Os dados apresentados pelo Governo do Estado, por intermédio do secretário Obery Rodrigues (Planejamento e Finanças), à TN, comprovam haver um orçamento de fato fictício nos últimos anos. Se estima para investimentos muito além do que tem se consolidado. O exemplo mais gritante é exatamente retirado dos cálculos entre o que foi estimado para este ano e o que até agora se consolidou, como mostramos acima.

Um relatório iniciado em 2007 corrobora a informação do titular da Seplan. Naquele ano a previsão era de investimentos da ordem de R$ 441 milhões, quando apenas R$ 91,6 milhões (22,9%) se consolidaram. Quadro semelhante pode ser observado em 2008 (dos R$ 581,9 milhões previstos apenas R$ 133,2 milhões foram realizados); em 2009 (previsto R$ 741,5 milhões e consolidado R$ 179 milhões); em 2010 (761,6 milhões previstos e R$ 265,4 milhões executados).

Esse gráfico chamou a atenção do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que recomendou ao Estado que adote critérios mais realistas na estimativa dos convênios. É como se o Governo contasse com as chamadas transferências voluntárias da União e estas não estivessem chegando aos cofres do Rio Grande do Norte. "Nos preocupamos em dar esse panorama mais real". Obery explicou ainda que é mais salutar para o Poder Público incorporar ao orçamento recursos porventura conquistados durante o exercício financeiro de determinado ano do que prevê-los sem ter qualquer sinal efetivo de consolidação.

DER está entre maiores orçamentos

Na lista dos dez maiores orçamentos para investimentos estão o Departamento de Estradas e Rodagens do RN (DER/RN), com R$ 107,8 milhões; a Secretaria de Infraestrutura (SIN) - com R$ 82,6 milhões; a Secretaria de Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), com R$ 59,8 milhões; a Secretaria de Turismo (Setur), com R$ 59,2 milhões; a Companhia de Habitação e Desenvolvimento Urbano (Cehab), com R$ 46,9 milhões; Secretaria de Tributação (SET), R$ 24,7 milhões; Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), com R$ 22,9 milhões. A Sesed priorizou a instalação de unidades de segurança pública e estimou R$ 7,8 milhões para executá-las. R$ 3,1 milhões tem destino à aquisição de novos veículos e renovação da frota da pasta.

Chama atenção o fato de a Secretaria de Saúde Pública (Sesap) não figurar entre os maiores beneficiados com recursos para investimentos. O montante para a pasta é de R$ 35,4 milhões, dentre os quais R$ 18,1 milhões tem por fim a construção, reforma e ampliação de unidades hospitalares.

Em setembro passado, quando da elaboração do OGE, o governo já vinha lamentando a escassez dos recursos com fim de investir no Estado. O secretário Paulo de Tarso Fernandes, chefe do Gabinete Civil à época, enfatizava que é neste item que fica "a sobra" das despesas prioritárias e essenciais em relação ao total da receita. Ele lembrava que de uma arrecadação estimada em R$ 7,1 bilhões (recursos próprios do tesouro) somente R$ 40 milhões foram destinados para investir em novas obras, projetos e ações governamentais. Esse valor corresponde a 0,5% do orçamento para 2012.

Obery Rodrigues observou que o Governo pretende fazer um esforço para a obtenção de recursos de outras fontes e continuar se comprometendo em reduzir o custeio. "Estamos avançando no entendimento para realizar esse projeto de modernização de gestão. Tornar a máquina mais eficaz, prestar melhores serviços com menos despesas", assinalou o titular da Seplan.
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O MOSSOROENSE

fco_jose_jrO presidente da Câmara Municipal Francisco José Júnior (PSD) afirmou que o seu partido segue independente em relação ao Palácio da Resistência e que só terá uma definição sobre em qual palanque vai subir após o Carnaval do próximo ano.
De acordo com Francisco José Júnior, até lá o momento é de ouvir as ideias dos que almejam chegar ao Palácio da Resistência e fortalecer o PSD rumo às eleições proporcionais em Mossoró. "Até o momento o único partido que nos procurou no sentido de ter uma conversa política foi o PT, mas ainda é muito cedo para fechar aliança", declarou.
Apesar de reafirmar que o PSD é independente em relação ao grupo que ocupa as dependências da Prefeitura de Mossoró e a oposição, Francisco José Júnior afirma que a maioria do partido prefere a segunda opção na conjuntura atual. "Existe um sentimento de oposição entre os membros de nosso partido, mas isso não quer dizer que apoiaremos uma candidatura de oposição", frisou.
Sobre 2012, a única certeza do presidente da Câmara Municipal é de que o PSD estará unido. "Não terá essa história de o vereador Jório Nogueira ir para um lado e eu para outro. Estaremos unidos. Vamos marchar juntos. Essa é a única certeza no PSD", frisou.
ROBINSON
O presidente da Câmara Municipal informou que esteve reunido esta semana com o vice-governador Robinson Faria, presidente estadual do PSD. Francisco José Júnior disse que o encontro foi para reafirmar que continua seguindo a liderança de Robinson e o acompanha no rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). "O nosso presidente quis saber do cenário político em Mossoró e disse que a cidade é prioridade para as eleições do próximo ano. Ele também nos garantiu que teremos liberdade para formar as alianças que desejarmos. Para Robinson, Mossoró é prioridade", declarou.
De acordo com Francisco José Júnior, o vice-governador estará em Mossoró duas vezes num período de dez dias. Primeiro, ele vem no dia 2 de dezembro e virá à cidade fazer uma palestra sobre a experiência parlamentar dele dentro da programação que marcará a instalação da Escola Legislativa em Mossoró. Já no dia 12, ele será o destaque da convenção do diretório municipal do PSD em Mossoró.
Bruno Barreto
Editor de Política
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GAZETA DO OESTE

Capotagem próximo a cidade de São Rafael mata motorista e filho de deputado estadual

O jovem Gustavo Queiroz conduzia uma Hillux quando perdeu o controle e capotou a caminhonete
Postado em 14/11/2011 às 21:31 horas por Cristiano Xavier na sessão Polícia
Uma capotagem ocorrida por volta das 22h30 de domingo passado, 13, vitimou Gustavo Retlen Costa Queiroz, de 23 anos, filho do deputado estadual Nélter Queiroz. 
O acidente ocorrido na entrada da cidade de São Rafael, mais precisamente na curva conhecida como "Curva da Morte", também vitimou o motorista João Batista de Araújo, de 31 anos, e outros dois rapazes conhecidos até o momento apenas como Carlos Alberto e Márcio saíram feridos. As vítimas estavam em uma caminhoneta Hillux, de placa NNQ-1218/RN, de cor prata, que era conduzido por Gustavo Retlen. Os ocupantes do carro se dirigiam para uma vaquejada em São Rafael/RN. 
Ao sair da pista na curva perigosa, na entrada de São Rafael, o carro colidiu com um poste. Gustavo e João Batista tiveram morte instantânea. 
A vítima Carlos Alberto foi socorrida por um popular que passava no local no momento do acidente, e Márcio foi levado pela ambulância de São Rafael/RN, em estado grave para a cidade de Mossoró. Ele tinha um profundo corte na cabeça. Márcio foi arremessado trinta metros do local da colisão.
As vítimas tinham acabado de sair da Delegacia de Polícia de São Rafael, onde Gustavo teria ido entrar em contato com o comandante do destacamento, o cabo Agenor.
A polícia informou que o motorista entregou as chaves do carro para Gustavo depois de muita insistência.
O Corpo de Bombeiros de Caicó foi acionado para retirar Gustavo das ferragens. 
O corpo do estudante Gustavo Queiroz foi velado na tarde de ontem na capela do Cemitério Morada da Paz, em Emaús. 
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JORNAL METROPOLITANO

Pesquisa realizada no município de Pedro Avelino aponta vantagem da ex-prefeita Neide Suely

18 de Novembro de 2011

Pesquisa realizada no município de Pedro Avelino aponta vantagem da ex-prefeita Neide Suely Costa (DEM) na disputa pela Prefeitura Municipal. Pesquisa foi realizada pela empresa Politic Pesquisas no dia 10 deste mês e ouviu 300 pessoas nas zonas urbana e rural.

A margem de erro é de 3,2% para mais ou para menos, com confiabilidade de 96.8%. Em todas as situações apresentadas ao eleitor a ex-prefeita Neide Suely bate seus adversários em situação confortável.

Para a ex-prefeita Neide Suely, que já administrou o município com competência “isso é uma demonstração de que o povo de Pedro Avelino continua confiando no nosso trabalho e na nossa capacidade de poder bem administrar o município com polútic as publicas voltadas para a população”. Confira os números da pesquisa: 

Se as eleições fossem hoje em quem o Sr(a) votaria para Prefeito(a)? (espontânea):


Numa disputa entre Elson e Neide em quem o Sr(a) votaria para Prefeito?


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JORNAL O VALE DO APODI
 
 
A indústria ceramista potiguar está trabalhando capacitação e inovação tecnológica para tentar agregar maior sustentabilidade à sua atividade econômica. Atualmente, o setor aposta em iniciativas para reduzir o consumo de lenha, pilar da atividade e, ao mesmo tempo, maior problema que o setor enfrenta.

O presidente do Sindicato da Indústria Cerâmica do Estado do Rio Grande do Norte (SINDICER/RN), Pedro Terceiro de Melo, explica que hoje o Estado gera mais de 4.800 empregos no setor. Em 2001, o Rio

Grande do Norte contava com 220 cerâmicas em atividade, responsáveis por uma
produção mensal de 82 milhões de peças. Hoje, segundo dados do perfil do
setor cerâmico de 2008, elaborado pelo SENAI, há 159 indústrias em
funcionamento, com uma produção de 86,5 milhões de peças por mês,
divididos entre telhas, tijolos, lajotas e casquilhos. Confiram.
 




  
 
O VA­LE DO APO­DI - Qual a si­tua­ção da in­dús­tria ce­râ­mi­ca no RN?

Ter­cei­ro Me­lo
 - A in­dús­tria ce­râ­mi­ca do Es­ta­do avan­çou mui­to nos úl­ti­mos anos em vir­tu­de de um pla­ne­ja­men­to cu­ja me­ta prin­ci­pal era o en­vol­vi­men­to dos em­pre­sá­rios po­ti­gua­res em tor­no das me­lho­rias dos pro­ces­sos de pro­du­ção. Em 2001, o Rio Gran­de do Nor­te con­ta­va com 220 ce­râ­mi­cas em ati­vi­da­de, res­pon­sá­veis por uma pro­du­ção men­sal de 82 mi­lhões de pe­ças. Ho­je, se­gun­do da­dos do per­fil do se­tor ce­râ­mi­co de 2008, ela­bo­ra­do pe­lo SE­NAI, há 159 in­dús­trias em fun­cio­na­men­to, com uma pro­du­ção de 86,5 mi­lhões de pe­ças por mês, di­vi­di­dos en­tre te­lhas, ti­jo­los, la­jo­tas e cas­qui­lhos. Is­so re­pre­sen­ta um au­men­to de 4,5% , sem con­si­de­rar­mos a que­da de apro­xi­ma­da­men­te 28% no nú­me­ro de em­pre­sas em ati­vi­da­de no Es­ta­do.

O VA­LE DO APO­DI - (se cres­ceu) O que re­pre­sen­ta es­se au­men­to de pro­du­ção pa­ra a eco­no­mia do Es­ta­do?

Ter­cei­ro Me­lo
 - Se­gun­do a pes­qui­sa ela­bo­ra­da pe­lo SE­NAI, há ain­da um mer­ca­do con­su­mi­dor em ex­pan­são no RN da or­dem de 38%. Além dis­so, os no­vos pro­gra­mas de ha­bi­ta­ção dos go­ver­nos es­ta­dual e fe­de­ral pro­me­tem au­men­tar ain­da mais o con­su­mo de ce­râ­mi­ca ver­me­lha. Con­se­quen­te­men­te, mais em­pre­gos se­rão cria­dos me­lho­ran­do a eco­no­mia po­ti­guar.

O VA­LE DO APO­DI - Pre­si­den­te, vis­to que o ra­mo de ce­râ­mi­ca aju­da o Es­ta­do na ge­ra­ção de em­pre­go e ren­da, exis­te al­gum ti­po de par­ce­ria do go­ver­no em prol da in­dús­tria ce­râ­mi­ca po­ti­guar?

Ter­cei­ro Me­lo
 - Por en­quan­to o Go­ver­no do Es­ta­do não pos­sui par­ce­rias di­re­tas com o se­tor ce­râ­mi­co nes­se pon­to. To­da­via, há em­pre­sas que pos­suem pro­je­tos de pes­qui­sas de me­lho­ria de pro­ces­sos e pro­du­tos jun­to à Fun­da­ção de Am­pa­ro à Pes­qui­sa do RN (Fa­pern) coor­de­na­das pe­la UFRN e de­sen­vol­vi­das em par­ce­ria com o SE­NAI RN. Es­sas ini­cia­ti­vas são pri­va­das, mas as me­lho­rias al­can­ça­das se­rão di­vul­ga­das vi­san­do o de­sen­vol­vi­men­to do se­tor ce­râ­mi­co po­ti­guar.

O VA­LE DO APO­DI - Nes­sa ques­tão, o que mais lhe preo­cu­pa?

Ter­cei­ro Me­lo
 - Ain­da não te­mos preo­cu­pa­ção em re­la­ção a is­to, pois tan­to o Go­ver­no do Es­ta­do quan­to o Sin­di­ca­to da In­dús­tria Ce­râ­mi­ca do RN es­tão sem­pre aber­tos a ins­ti­tuir uma par­ce­ria.

O VA­LE DO APO­DI - Pre­si­den­te, sa­be­mos que a preo­cu­pa­ção com a ques­tão do meio-ambiente é glo­bal. Sa­be­mos tam­bém que a in­dús­tria ce­râ­mi­ca re­ti­ra da na­tu­re­za a matéria-pri­ma pa­ra transformá-la em pro­du­tos ce­râ­mi­cos, a exem­plo do bar­ro, da ar­gi­la e da ma­dei­ra. O que es­tá sen­do fei­to pa­ra pre­ser­var o meio-ambiente e não agre­dir, in­dis­cri­mi­na­da­men­te, o ecos­sis­te­ma?

Ter­cei­ro Me­lo
 - A preo­cu­pa­ção com o meio-ambiente sem­pre foi prio­ri­da­de na mi­nha ges­tão en­quan­to pre­si­den­te do Sin­di­cer. Pro­du­zir com cons­ciên­cia am­bien­tal é uma exi­gên­cia não só dos go­ver­nos, mas tam­bém dos con­su­mi­do­res que, ca­da vez mais, se im­por­tam com a ori­gem do pro­du­to. Atual­men­te, um gru­po de em­pre­sas li­ga­das ao Sin­di­ca­to con­tra­tou uma em­pre­sa pa­ra a pres­ta­ção de as­ses­so­ria am­bien­tal. Além dis­so, a As­so­cia­ção dos Ce­ra­mis­tas do Va­le do Açu (ACE­VA­LE) plan­tou, nos úl­ti­mos dois anos, mais de 12 mil mu­das na­que­la re­gião, vi­san­do a re­po­si­ção de ár­vo­res. Pes­qui­sas bus­can­do no­vas fon­tes de com­bus­tí­vel, maior efi­ciên­cia da quei­ma e a me­lho­ria na matéria-prima es­tão sen­do rea­li­za­das, tam­bém fo­can­do a di­mi­nui­ção do con­su­mo de ar­gi­la e le­nha.

O VA­LE DO APO­DI - Ho­je, a pro­du­ção de ce­râ­mi­ca po­ti­guar aten­de a to­da a de­man­da do Es­ta­do?

Ter­cei­ro Me­lo
 - Por en­quan­to não. O mer­ca­do po­ti­guar ain­da con­so­me 38% de ce­râ­mi­cas vin­das de ou­tros es­ta­dos, se­gun­do o le­van­ta­men­to do Per­fil do Se­tor Ce­râ­mi­co de 2008.

 O VA­LE DO APO­DI - A pro­du­ção ce­râ­mi­ca do RN é co­mer­cia­li­za­da pa­ra quais es­ta­dos?

Ter­cei­ro Me­lo 
- Nor­mal­men­te ela é di­ri­gi­da pa­ra os es­ta­dos de Per­nam­bu­co e Ala­goas

O VA­LE DO APO­DI - Quan­tas ce­râ­mi­cas exis­tem no RN e quan­tos em­pre­gos a in­dús­tria da ce­râ­mi­ca ge­ra em to­do o ter­ri­tó­rio po­ti­guar?

 Ter­cei­ro Me­lo
 - Ho­je, as 159 in­dús­trias em ati­vi­da­de no Es­ta­do ge­ram mais de 4.800 em­pre­gos, se­gun­do a pes­qui­sa do Per­fil do Se­tor Ce­râ­mi­co de 2008.

 O VA­LE DO APO­DI - Quais os prin­ci­pais pro­ble­mas en­fren­ta­dos pe­los em­pre­sá­rios da in­dús­tria ce­râ­mi­ca do RN?

 Ter­cei­ro Me­lo
 - A ten­dên­cia do mer­ca­do em ad­qui­rir pro­du­tos cer­ti­fi­ca­dos e pro­du­zi­dos de acor­do com as nor­mas am­bien­tais po­de vir a pre­ju­di­car a pro­du­ção do Es­ta­do, uma vez que a maio­ria das em­pre­sas ain­da não es­tá ade­qua­da às no­vas exi­gên­cias. Is­so po­de le­var a uma en­tra­da ain­da maior de pro­du­tos de ou­tros es­ta­dos no mer­ca­do po­ti­guar, pre­ju­di­can­do a pro­du­ção e a ge­ra­ção de em­pre­go.

 O VA­LE DO APO­DI - O que os em­pre­sá­rios do se­tor ce­râ­mi­co têm fei­to pa­ra a pre­ser­va­ção do meio am­bien­te?

 Ter­cei­ro Me­lo 
- O Sin­di­cer tem mos­tra­do aos em­pre­sá­rios a im­por­tân­cia de es­tar em sin­to­nia com uma pro­du­ção eco­lo­gi­ca­men­te cor­re­ta. Por en­quan­to, ape­nas um gru­po com me­nos de 20 ce­ra­mis­tas bus­cou au­xí­lio pro­fis­sio­nal pa­ra ade­quar sua pro­du­ção den­tro das exi­gên­cias dos ór­gãos am­bien­tais do Es­ta­do. En­tre elas es­tão a cria­ção, por ca­da em­pre­sa, de um vi­vei­ro de mu­das pa­ra re­flo­res­ta­men­to e a dis­po­ni­bi­li­za­ção de 20% de sua área pa­ra re­ser­va na­ti­va.
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JORNAL DE FATO
o Rio Grande do Norte está uma das melhores rendas salariais da região Nordeste, mas também é no Estado potiguar que está uma das maiores desigualdades de renda. Os trabalhadores da zona rural recebem praticamente menos do dobro da população da zona urbana.
Pelos dados preliminares do Censo 2010, divulgado nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento mensal dos domicílios potiguares é de R$ 1.678,00 por mês, enquanto uma família do Estado vizinho do Ceará recebe cerca de R$ 1.417,00.
Por esses dois indicadores se dimensiona a assimetria social do Estado, evidenciando a concentração de riqueza. Houve uma queda na avaliação do Gini, indicador que mede a distribuição de renda, que era de 0,597 para 0,531 nos últimos dez anos no Rio Grande do Norte. O Estado perdeu nove posições, afastando-se de Santa Catarina, Estado com melhor distribuição de renda do país.
De acordo com a avaliação do coordenador do IBGE no RN, Aldemir Freire, o resultado é um diagnóstico de como alguns outros Estados avançaram mais que o RN. No Ceará, por exemplo, o índice elevou o Estado para dez posições superiores à da última década.
Em geral, os números são um retrato da realidade brasileira apontada pelo Censo.
Segundo os indicadores, mesmo com tímidos avanços nos números, o Brasil ainda continua um país desigual. Os brasileiros mais ricos têm renda 39 vezes maior que os mais pobres.
Os melhores percentuais para o desenvolvimento do Estado apontam melhorias no que diz respeito às moradias. Pouco mais de 40% das residências já dispõem de saneamento básico adequado, motivo para comemorar, uma vez que esse percentual era de 36%. Ainda assim, o leque de saneamento é menor que do Brasil. O indicador saltou de 56,5% para 61,8%, aumentando em 5,3 pontos percentuais.
São consideradas condições adequadas de saneamento o fornecimento de água por rede geral, o esgotamento sanitário por rede geral ou fossa séptica e o lixo coletado direta ou indiretamente.
Pelo mapeamento realizado pelo IBGE, o perfil do cidadão potiguar é composto de pardos (que, pela primeira vez, superou o número de pessoas que se declaravam brancas) com renda média de R$ 543,00. Na grande maioria formada pela faixa etária dos 31,5 anos, mora em casa própria montada com os principais aparelhos eletroeletrônicos e ainda tem computador e acessa à Internet.
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POTIGUAR NOTICIAS
A Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer realiza neste sábado, 29, a partir das 8h da manhã, dentro de sua programação do Outubro Rosa, caminhada na Avenida Roberto Freire, partindo do Shopping Cidade Jardim. A mobilização é o ponto alto da campanha, que visa conscientizar mais pessoas acerca dos alarmantes números do câncer de mama. Grande parte da população feminina ainda não atentou para a importância da detecção precoce do Câncer de mama. Por esse motivo, mais de 14 mil brasileiras morreram em 2010 em decorrência da doença. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é responsável por mais de 15% das mortes por câncer no Brasil. Por ano, cerca de 50 mil novos casos desse tipo de câncer são diagnosticados no País. No Rio Grande do Norte, 610 casos foram detectados apenas de janeiro a agosto deste ano, uma média de quase 80 novos casos por mês. Desses, 60% já em estágio avançado, sendo mais de 200 apenas na capital. O índice coloca o RN no quinto lugar entre os estados do Nordeste e 15º em todo o Brasil com maior índice de novos casos.

Atualmente na Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer existem 1.200 pacientes se tratando do câncer do mama.

Mais informações sobre o Outubro Rosa, no site: www.ligacontraocancer.com.br


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CORREIO DA TARDE

Raul Pereira
Com horizonte mais verticalizado, cidade tornou-se um atrativo para as construtoras
Inserida entre as 106 cidades brasileiras acima de 200 mil habitantes consideradas campeãs de desenvolvimento e de bem estar, segundo dados divulgados pela Veja, Mossoró segue destacando-se em diversos segmentos da economia. 

No geral, não há um único índice social ou econômico em Mossoró que não tenha melhorado de forma substancial neste "boom" de crescimento que a cidade vem experimentando. A cidade investe 30% de sua receita em saúde. Além disso, uma lei municipal intitulada "Responsabilidade Educacional" obriga o governante a investir um mínimo de 30% em Educação. Ou seja, quase dois terços da receita municipal são destinados para Educação e Saúde.

Mossoró tem uma das maiores médias brasileiras de unidade básicas de saúde para grupos de habitantes. Existe uma UBS para cada grupo de 5 mil habitantes. Na Educação, os índices de medição de rendimento na educação básica, o IDEB, são em sua totalidade melhores que o do Estado e na maioria dos grupos maiores que o Nordeste.

Já quando se tratam das obras de infraestrutura que Mossoró ganhou nos últimos anos, nenhuma se destaca tanto como o Complexo Viário da Abolição. A obra consiste na duplicação e iluminação de toda a rodovia federal que circunda a cidade. São 17 quilômetros de extensão. Terá cinco viadutos interligando a cidade com as principais saídas para outros municípios. O Complexo está sendo construído com recursos do governo federal, num total de 57 milhões de reais, com a parceria do governo do Estado. 

A cadeia produtiva do petróleo também é apontada como um importante fator da geração de rendas mais abastadas no seio familiar dos mossoroenses, pois a cidade ainda hoje permanece sendo um dos locais de onde mais se tem a extração de petróleo em terra no Brasil. Ganhando melhor, as pessoas que trabalham diretamente para a Petrobras ou que são contratadas por empresas terceirizadas prestadoras de serviço à estatal, formam uma classe média com poder de compras. Contudo, a receita do crescimento não está só na esfera da renda particular de quem trabalha e é bem remunerado, pois, os investimentos públicos provindos dos royalties pagos à prefeitura acabam sendo determinantes para o avanço do município em áreas como infraestrutura urbana, saúde e educação.

Industrialização e Fruticultura são outros segmentos que alavancam a economia

Entre os fatos que mostram o embalo do crescimento está o pólo industrial. Grandes indústrias investem com perspectiva de boa lucratividade em solo mossoroense. As políticas públicas melhoram a infraestrutura para atrair mais empresas e empregos e assim, engordar o PIB (Produto Interno Bruto), hoje estimado em mais de 2 bilhões e 700 milhões de reais ao ano. 

Nos últimos anos, são condomínios, indústrias, estabelecimentos comerciais que estão mudando o cenário urbano de Mossoró. A verticalização demonstra o crescimento do setor imobiliário e o apetite das construtoras pelo recém descoberto mercado local. Quem observa Mossoró, na atualidade, logo verifica que até o horizonte dá indícios da expansão da cidade, através da sua verticalização. 

O incentivo à industrialização, graças à execução do Programa de Desenvolvimento Econômico de Mossoró, PRODEM, é responsável por fazer a cidade registrar a abertura de 31 indústrias e por criar 15.500 empregos.

Outro segmento que constitui um dos filões da economia local é a fruticultura tropical irrigada. O destaque fica com o melão. O Rio Grande do Norte é responsável por 90% da produção brasileira da fruta que é exportada.

Progresso econômico da cidade é reconhecido pela classe empresarial

Gente que movimenta o comércio, grandes redes de supermercados, lojas de departamento já se instalaram em Mossoró. "Com o crescimento verificado em Mossoró nos últimos anos, antigos comerciantes tiveram que se modernizar e investir em infraestrutura, qualificação profissional para ter competitividade de disputar com as grandes marcas que se instalaram por aqui e acreditaram no dinamismo econômico de Mossoró. A publicação da Veja é mais um reconhecimento do potencial de desenvolvimento da cidade em vários segmentos econômicos", destacou Alexandrino Lima, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). 

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico do município e presidente da ACIM, Nilson Brasil, o fato de Mossoró está se destacando como uma das cidades brasileiras que prosperam rapidamente, é mais uma forma de reconhecimento de que o governo municipal está no rumo certo. "O crescimento de Mossoró é uma afirmação do potencial econômico da cidade e das ações que o município vem desenvolvendo em razão das políticas públicas implantadas. São índices mostrados por instituições de credibilidade que nos dá mais satisfação de residir aqui. O distrito industrial que é um dos pólos de crescimento da cidade é resultado de políticas públicas bem definidas que atraem empresas e geram rendas. Temos várias atividades econômicas que dão oportunidade de carreira com excelente remuneração aqui em Mossoró. A indústria do petróleo, a fruticultura, a construção civil, dentre outras, estão aí para concluir isso", explicou Nilson Brasil, secretário de Desenvolvimento Econômico do Município. 

Com quase 23 anos investindo em solo mossoroense no âmbito da construção civil, o empresário Jorge do Rosário, da REPAV, apresenta satisfação em vivenciar esse período no qual a cidade está em pleno vapor de crescimento. "Estou muito feliz com esse crescimento econômico da cidade, sobretudo, porque sou mossoroense. A REPAV tem quase 23 anos de existência e somos de certa forma, co-participantes desse desenvolvimento especialmente no ramo da construção civil que alavanca também outros setores da economia. Os empresários do segmento imobiliário têm apostado no potencial da cidade. A participação da classe empresarial cria atividades econômicas e gera vagas. Esse ramo, além de oferecer emprego a diversas camadas sociais desde o servente ao engenheiro. A construção civil tem movimentado os setores de móveis planejados e material de construção, a título de exemplo", disse.
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DIÁRIO DO NORDESTE
O evento, voltado àqueles que querem abandonar o tabagismo, reuniu centenas de pessoas no Centro
Se o fortalezense precisava de uma boa ação que o motivasse a parar de fumar, ele teve, ontem, essa oportunidade. Através da série " Brasil Sem Cigarro", apresentada pelo Dr. Drauzio Varella e exibida no "Fantástico" pela Rede Globo. Zeca Camargo e Drauzio Varella comandaram neste sábado, da Praça do Ferreira, a campanha, ouvindo da população os relatos de quem conseguiu sair da dependência e de quem está propenso a fazer o mesmo.

Para o apresentador do "Fantástico", Zeca Camargo fazer com que as pessoas apresentem seus testemunhos, mostrando que estão engajadas nesse propósito que é largar o cigarro, é o objetivo da série. "Falar sobre saúde todo mundo se interessa e quer participar. O público de Fortaleza, assim como de outras capitais, está atento e quer se cuidar. Deixar o cigarro é obrigação para quem deseja ter uma vida saudável", disse o apresentador da Globo.

O médico Drauzio Varella afirma que a receita para abandonar o vício do cigarro, primeiro é que exista o comprometimento do fumante em largar. "É fundamental marcar uma data e cumprir. Não adianta só dizer que vai parar. O fumante sempre quer parar, mas vai adiando, adiando, porquê não é fácil, se assim fosse, ele pararia no ato. Ele sofre quando para e ninguém gosta de sofrer, mas é um sofrimento por um curto espaço de tempo e que ele pode supera perfeitamente", acrescentou.

Com relação à série "Brasil Sem Cigarro", o Dr. Drauzio acredita que conseguirá o objetivo da mesma que é mostrar o que é o cigarro. " Fumar é uma dependência de droga e é isso que queremos combater. Motivar aos que realmente estão com vontade de parar de fumar. Dar a eles um estímulo, pois largar o cigarro, contagia. Quando se tem um parente ou amigo que parou, você fumante pensa também que deve deixar de fumar", explicou.

Hábito
Varella diz ainda que a série quer apagar também a ideia de que fumar é um hábito. Os não fumantes também devem procurar alertar, principalmente os mais jovens, a não experimentar o cigarro e falar que o fumo é prejudicial, já que é fácil criar a dependência",finalizou.

Quando Zeca Camargo e Drauzio Varella subiram ao palco improvisado, instalado na Praça do Ferreira, o público presente recepcionou os dois com muitos aplausos.

O advogado aposentado José Nunes Barroso, de 81 anos, deu seu depoimento sobre como conseguiu parar de fumar, ele que foi fumante durante mais de 20 anos. "A receita é vontade", disse Barroso, que foi elogiado pelo apresentador da Globo e aplaudido.

O secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos presente ao evento, elogiou a iniciativa da Rede Globo em promover essa série nacional que vai trazer benefícios não só para a os fumantes, mas para a saúde no Brasil. No local estiveram funcionando tendas para realização de testes como de dependência à nicotina, verificação de pressão arterial, capacidade respiratória e teste de monóxido de carbono.

O Brasil Sem Cigarro promovida pela Rede Globo, tem o apoio do Serviço Social do Comércio - Sesc e do Instituto Nacional do Câncer. A série já esteve no RJ e Porto Alegre.
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O GLOBO

Investimento em tecnologia preventiva é ínfimo, dizem especialistas. Plano Nacional de Contingência nunca saiu do papel

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Local do vazamento da Chevron no Campo de Frade Foto: O Globo / O Globo
Local do vazamento da Chevron no Campo de FradeO GLOBO / O GLOBO
O Brasil não está preparado para evitar ou conter vazamentos de petróleo: o investimento em tecnologia preventiva é exíguo e o Plano Nacional de Contingência, embora previsto em lei, nunca saiu do papel. Para especialistas, o derrame de óleo da americana Chevron deve servir como alerta para corrigir o despreparo, tanto de empresas como dos órgãos de controle, visando aos desafios do pré-sal.
— Governo e empresas têm dado ênfase na pesquisa de prospecção de petróleo e pouco se tem avançado no desenvolvimento de tecnologia preventiva. Precisamos de robôs, sensores e outros equipamentos que consigam identificar vazamentos com precisão, de modo a permitir uma rápida reposta — diz o historiador ambiental Aristides Soffiati, do núcleo de estudos socioambientais da UFF de Campos.
É preciso criar um comitê independente de diagnóstico
O vazamento da Chevron no campo do Frade, na Bacia de Campos, é um exemplo desse despreparo. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO que acompanham a investigação, o robô da empresa tinha capacidade limitada de atuação a uma profundidade de 1.200 metros. Por isso, ela teve de recorrer à Petrobras, sócia minoritária do Frade e operadora de um campo vizinho, para identificar a fonte do vazamento com precisão. Foi a estatal que emprestou à petrolífera americana equipamentos mais modernos para que ela pudesse pôr em prática seu plano de contenção.
O desencontro de informações sobre a extensão do vazamento — a Agência Nacional do Petróleo chegou a estimar que o derrame era cinco vezes maior que o divulgado pela Chevron — é outro indício de despreparo. Para Segen Estefen, diretor de tecnologia e inovação da Coppe/UFRJ, os órgãos reguladores devem ter um comitê independente de diagnóstico, para não depender dos números fornecidos pela empresa responsável pelo acidente.
— Não é preciso que a ANP ou o Ibama tenham os equipamentos de monitoramento. Mas eles devem eleger previamente uma empresa independente capaz de fazer o diagnóstico e acioná-la nesses casos — afirma Estefen.
Os especialistas esperam que o acidente da Chevron seja um divisor de águas para se avançar na regulação, num momento em que, com o pré-sal, o país caminha para a exploração em águas cada vez mais profundas. Eles lembram que a legislação brasileira de controle de poluição por óleo existente só foi desenhada a partir de um dos piores acidentes já registrados no Rio: o derrame de mais de um milhão de litros de petróleo na Baía de Guanabara, após o rompimento de um oleoduto da Petrobras, em 2000.
Desde então, houve alguns avanços, reconhece a procuradora federal Telma Malheiros, que implementou e chefiou por quatro anos a coordenação de óleo e gás do Ibama, responsável pelo licenciamento ambiental no setor. Um deles é a exigência de um Plano Emergencial Individual (PEI) — desenvolvido pela concessionária para cada unidade ou instalação — entre os pré-requisitos para obtenção da licença. O Plano Nacional de Contingência e a avaliação ambiental estratégica, no entanto, ficaram apenas no papel.
Pressão de empresas emperra fiscalização
O plano nacional, explica Telma, é um planejamento detalhado da atuação de cada um dos órgãos que devem ser envolvidos em caso de vazamento de óleo. Cabe à Marinha, por exemplo, interditar o tráfego de embarcações nos arredores do local do acidente. À ANP cabe o acompanhamento operacional da contenção. Os ministérios da Pesca e do Turismo, bem como o Ibama, também devem ter suas atuações detalhadas, pois o derrame pode comprometer a atividade pesqueira e turística. Um grupo de trabalho chegou a ser montado em 2010, após o mega-acidente da BP no Golfo do México, mas a inércia das autoridades impediu que ele fosse à frente.
Já a avaliação ambiental estratégica é o mapeamento das áreas segundo sua vulnerabilidade. Por meio dela, definem-se as áreas de exclusão e aquelas onde o controle deve ser mais rígido, devido à sensibilidade dos ecossistemas. Telma recorda que, recentemente, o Ibama indeferiu o licenciamento para exploração de petróleo em Abrolhos, requisitado pela Fairfield, e para exploração na Bacia de Camamu-Almada (BA), pedido pela americana El Paso. No primeiro caso por causa da importância ambiental do ecossistema. No segundo caso, por causa da relevância turística da região.
— Essas áreas não deveriam sequer terem sido licitadas pela ANP — diz Telma.
O biofísico José Luiz Bacelar Leão, que era consultor do Ibama na época em que a instituição estava desenhando o atual marco regulatório, frisa que as leis e decretos não saíram do papel "por falta de vontade política" e por pressão das empresas.
— Investir em emergência é sempre uma despesa a mais. É tradição no nosso país evitar esse tipo de desembolso, e a ANP acaba trabalhando em prol das empresas.
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JORNAL DO BRASIL
Rio - Duas cartas apreendidas segunda-feira na Rocinha, por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), mostram que a quadrilha do traficante Antônio Bomfim Lopes, o Nem, enviava drogas com regularidade para presos revenderem na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4). 
Um comércio tão intenso, de acordo com o relato contido nas correspondências, que credencia a cadeia como entreposto da facção Amigos dos Amigos (ADA), comandada por Nem. As cartas, escritas por homens do bando do traficante - presos no ano passado durante o ataque ao Hotel Intercontinental, em São Conrado -  foram encontradas pelos policiais na casa de Johny Wallace da Silva Viana, o Xexéo, administrador dos negócios de Nem. 
As cartas foram escritas por homens do bando do traficante
As cartas foram escritas por homens do bando do traficante
Neste sábado, o chefe de segurança e disciplina do Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, Ricardo Marques Sarto, explicou que Nem terá direito a visita de familiares se esses fizerem cadastro no Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e obtiverem autorização, que é concedida após investigação detalhada do órgão.
Nem está no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e ficará 20 dias em completo isolamento, inclusive sem banho de sol. O mesmo procedimento será adotado com outros três traficantes transferidos juntamente com Nem -  Flávio Melo dos Santos, Carré e Coelho.
Ainda de acordo com Sarto, todos os presos passaram por exame de corpo de delito no Rio de Janeiro. Sarto acrescentou que o isolamento é um procedimento comum, e serve para que os detentos passem pela avaliação de psicólogos, assistentes sociais e médicos. A partir da análise do comportamento dos detentos, será decidida em qual ala eles vão ficar. Eles também tomarão conhecimento das regras do presídio para, então, serem transferidos para a cela.
Por volta das 6h da manhã deste sábado (19), Nem e seus comparsas deixaram o presídio de Bangu 1, na Zona Oeste do Rio, sob forte escolta. Um comboio com dez carros, com apoio de 40 homens do Serviço de Operações Especiais (SOE) da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), acompanhou os criminosos, que seguiam para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O pedido de transferência foi feito pelo Tribunal de Justiça do Rio e autorizado pela Justiça Federal. O transporte foi feito em um avião da Polícia Federal.
Nem no momento em que embarcava em avião da Polícia Federal
Nem no momento em que embarcava em avião da Polícia Federal
Ocupação da Rocinha
Nem foi preso na madrugada do último dia 10, quando era levado no porta-malas de um carro de luxo. Policiais militares desconfiaram do veículo e o abordaram. Um dos ocupantes se identificou como cônsul honorário do Congo e se negou a permitir a vistoria. Os policiais então decidiram conduzir o veículo para a sede da polícia. Os ocupantes acabaram desistindo de evitar a vistoria e Nem foi descoberto no porta-malas do carro.
Na madrugada de domingo, dia 12, as forças de segurança do Rio deram início à operação de ocupação da Rocinha, na Zona Sul do Rio. A ação foi concluída com sucesso na manhã do mesmo dia, sem confronto com traficantes
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ESTADÃO
O aumento da frota de motos em circulação no Brasil se tornou responsável por uma das piores epidemias que o País já enfrentou. Foram 65 mil mortes em acidentes com motocicleta nos últimos dez anos - número equivalente ao total de americanos mortos na Guerra do Vietnã.
Desde 2007, moto mata mais que carro - Efrém Ribeiro/Meio Norte
Efrém Ribeiro/Meio Norte
Desde 2007, moto mata mais que carro
E não é nas grandes metrópoles litorâneas ou do Sudeste que as mortes têm maior peso nas estatísticas. São as pequenas cidades do interior, especialmente do Nordeste, Norte e Centro-Oeste do País, que concentram as maiores taxas de mortalidade por quantidade de motos ou motonetas em circulação - em municípios como São Gonçalo do Piauí (PI), Ribeirãozinho (MT) e Aurora do Tocantins (TO).
Em números absolutos, as mortes em cada uma dessas cidades podem não impressionar. São duas, três, dez por ano. Por isso, não provocam tanto barulho. Mas, quando somadas, configuram uma epidemia só comparável à provocada pelos assassinatos. E as vítimas têm o mesmo perfil: jovens de 20 a 29 anos, do sexo masculino e de baixa renda. Nessa faixa etária, nem câncer nem enfarte nem nenhuma outra doença mata mais do que as motos. Só as armas de fogo.
Entre as capitais, São Paulo ocupa apenas o 13.º lugar no ranking da mortalidade envolvendo motociclistas. O Rio fica em 15.º. A campeã, com uma taxa três vezes maior, é Boa Vista (RR), seguida de perto por Palmas (TO).
O Ministério da Saúde se diz preocupado com o crescimento das mortes, mas há poucos programas de abrangência nacional em curso para combater a epidemia.
O aumento das mortes está diretamente ligado ao avanço da frota sobre duas rodas que, de 2000 a 2010, cresceu quatro vezes de tamanho. É exatamente a mesma taxa de crescimento do número de mortes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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