O candidato Aécio Neves (PSDB) afirmou nesta segunda-feira durante entrevista ao
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Jornal Nacional que, se eleito, o governo terá "previsibilidade". "Ninguém espere no governo Aécio Neves um pacote A, um PAC disso, um PAC daquilo ou algum plano mirabolante", afirmou.
(Veja a íntegra da entrevista no vídeo acima ou neste link: "Aécio Neves é entrevistado no Jornal Nacional".)
O candidato foi indagado se, caso eleito, tomará medidas para acabar com a defasagem nos preços das tarifas de energia elétrica e gasolina. "É óbvio que vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário – as medidas necessárias – para controlar a inflação, retomar o crescimento e principalmente a confiança perdida no Brasil", declarou.
Os candidatos à Presidência da República que ocupam as quatro primeiras posições nas pesquisas de intenção de voto concederão neste mês entrevistas de 15 minutos cada um ao JN. Nesta terça (12), será a vez de Eduardo Campos (PSB); na quarta (13), a de Dilma Rousseff (PT); e, na quinta (14), a de Pastor Everaldo (PSC). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio, com a presença de representantes dos partidos. Foram escolhidos para as entrevista os candidatos com pontuação igual ou superior a 3% nas mais recentes pesquisas dos institutos Ibope e Datafolha.
Na entrevista, Aécio Neves reiterou que pretende "enxugar" o estado, com a redução do número de ministérios – atualmente, o governo federal tem 39 pastas.
Na área social, o candidato do PSDB disse que dará continuidade ao Bolsa Família, para aprimorar o programa. "Eu não só vou continuar com o Bolsa Família, como eu quero que, além da privação da renda, as pessoas que o recebem possam ter uma ação do Estado para que outras carências, de saneamento, de educação, de segurança, possam também ser sanadas", afirmou.
Ele também foi indagado sobre denúncias de corrupção no PT e no PSDB e sobre o caso do aeroporto construído em área desapropriada no município de Cláudio (MG) que pertenceu a um tio-avô dele.
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Aeroporto
Sobre o aeroporto, foi indagado se não ficava constrangido de usar um aeroporto construído pelo governo do Estado para visitar uma fazenda da família.
"Eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando como governador do estado. E o fato central é esse, que a Anac [Agência Nacional de Aviação Civil], porque muito aparelhada hoje, nós sabemos a origem das indicações da Anac, durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto", respondeu.
O candidato também foi questionado sobre se vale mais uma fazenda com aeroporto ao lado ou uma fazenda sem aeroporto ao lado. "Essa fazenda a que você se refere é uma fazenda que está na familia há 150 anos, tem lá 14 cabeças de gado. Essa é a grande fazenda. É um sitio, que valorizado ou não, é um sítio onde a minha família vai eventualmente nas férias. Ali, ninguém está fazendo negócio. Essa cidade precisava desse aeroporto como todas as outras que tiveram investimento em Minas Gerais", respondeu.
Segundo Aécio, se houve algum prejudicado com o episódio, "foi meu tio-avô". "O estado avaliou em R$ 1 milhão. Ele [o tio-avô] pediu R$ 9 milhões [pela desapropriação] e não recebeu um centavo até hoje", disse.
Corrupção
O candidato, um crítico do caso do mensalão do PT, foi perguntado sobre a diferença entre esse escândalo e o caso do mensalão do PSDB.
"A diferença é enorme porque no caso do PT houve condenação", afirmou o presidenciável tucano, ressaltando que a maioria dos réus estão presos.
Ele disse que não prejulgou os petistas e, por isso, não iria prejulgar tucanos envolvidos em denúncias de corrupção. "O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se alguém eventualmente for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca", afirmou, em referência a petistas que defendem filiados do partido condenados e presos.
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