domingo, agosto 30, 2015

Gilmar Mendes: o ministro que tira o sono de Dilma

Desde o ano passado, são fartas as denúncias sobre o abuso de poder econômico e político na campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Adversários da então candidata apresentaram dezenas de representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando a utilização da máquina pública e a origem da dinheirama que irrigou a campanha oficial. Em vão. Num primeiro momento, os documentos foram tratados com a frieza das letras jurídicas e as apurações pouco avançaram. Ao longo deste ano, depoimentos de delatores da Operação Lava Jato levaram à Justiça Comum detalhes das fraudes nas doações à campanha de Dilma. Desde o pagamento de propina em forma de contribuição eleitoral via caixa 1, em troca de vultosos contratos na Petrobras, até o uso de empresas fantasmas para lavagem de dinheiro sujo. Estas informações se enquadrariam perfeitamente nos processos em curso no foro eleitoral. A correlação das investigações da área criminal com a eleitoral até foi detectada pelo TSE. Mas para reativar as representações que lançavam dúvida sobre a origem dos recursos que financiaram a campanha de Dilma seria preciso que um magistrado tivesse a disposição e o desassombro para encampar a cruzada da investigação. Nos últimos dias, o vice-presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, se apresentou para a missão.
01.jpgJosie Jeronimo (josie@istoe.com.br)

Em sua primeira intervenção, Mendes entoou um voto contundente dizendo que “ladrões de sindicato transformaram o País em um sindicato de ladrões”. Impulsionada por essa manifestação, a maioria dos ministros do TSE votou na terça-feira 25 pela reabertura de uma das quatro ações que pedem a cassação da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer. A ação havia sido arquivada em março por decisão da relatora, Maria Thereza de Assis Moura. Diante da análise de um recurso do PSDB, o processo será desarquivado, se os ministros mantiverem seus pareceres.
O julgamento foi suspenso pelo pedido de vista da ministra Luciana Lóssio, ex-advogada do PT e de Lula, mas, no que depender de Gilmar Mendes, será retomado em breve. O PSDB, autor da ação, argumentou que houve abuso de poder político e econômico na campanha eleitoral de 2014, devido ao uso indevido da cadeia nacional de rádio e televisão, manipulação de pesquisas e uso de dinheiro desviado da Petrobras para abastecer o caixa da campanha. Se a ação for reaberta, Dilma e o vice Michel Temer serão intimados a apresentar defesa e haverá a fase de produção de provas. Tomadas essas providências, o TSE julgará se houve ou não fraude na campanha petista à reeleição. Para ministros do STF, a fragilidade política de Dilma nos tribunais não encontra paralelo na história recente do País. “É algo sem precedentes”, dizem. Integrantes do governo reconheceram terem sido pegos de surpresa com a formação da maioria pela investigação. Na madrugada de terça-feira 25 para quarta-feira 26, o clima ficou tenso no Palácio do Planalto. Relatos de auxiliares da presidente dão conta que xingamentos impublicáveis foram ouvidos do gabinete presidencial.
Na sexta-feira 21, Mendes já havia tirado o sono do Palácio do Planalto ao pedir que a Procuradoria-Geral da República apurasse crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica nas movimentações de entrada e saída de recursos das contas que o PT e o comitê de Dilma movimentaram nas eleições de 2014. No pedido de investigação, o ministro afirma com todas as letras que há indícios fortíssimos de que campanha à reeleição foi abastecida com dinheiro desviado da Petrobras. O ministro está bem apoiado em dados para elevar o tom. De acordo com relatório técnico do TSE, o PT recebeu de 2010 a 2014 R$ 172 milhões de empresas envolvidas no esquema do Petrolão. Além dos repasses do partido, a campanha de Dilma conseguiu R$ 47,5 milhões das empreiteiras investigadas.
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Graças a Gilmar Mendes, o governo – que até então só se preocupava com o desenlace do processo das pedaladas fiscais no TCU – passou a temer o julgamento de ações no TSE. Para os próprios governistas, os delitos eleitorais têm definição legal mais palpável do que os crimes comuns e infrações administrativas. A Lava Jato é um bom exemplo disso. A força tarefa pode até não ter provas, até agora, de que o dinheiro do esquema de corrupção favoreceu diretamente a presidente Dilma Rousseff, do ponto de vista pessoal. Mas o benefício eleitoral por abuso de poder econômico está caracterizado nos relatórios de contabilidade e nas declarações de empreiteiros delatores.
As fraudes nas contas eleitorais da presidente não se encerram nas ligações com o Petrolão. A frente de investigação aberta por Gilmar Mendes inclui, ainda, a apuração de um “laranjal” de empresas de fachada abertas para, ao que tudo leva a crer, lavar dinheiro de campanha. Na terça-feira 25, o ministro pediu que o Ministério Público de São Paulo investigasse a empresa inscrita na Junta Comercial de São Paulo como “Ângela Maria do Nascimento Sorocaba – ME”. O CNPJ foi criado dois meses antes da eleição, com a única finalidade de atender a campanha do PT e emitiu R$ 1,6 milhão em notas para o comitê de Dilma. A empresa nunca prestou serviço, não tem sede e a suposta proprietária é uma empregada doméstica que trabalhou como cabo eleitoral na campanha grampeando cartazes em cavalete.
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A Focal Confecção e Comunicação Visual é outra que se encontra na alça de mira de Gilmar Mendes. A empresa foi apontada como a segunda maior fonte de despesas ao receber R$ 24 milhões da campanha de Dilma. Ainda em 2014, a análise preliminar das contas feita pelo TSE indicou que a Focal tinha como sócio um motorista com renda mensal de apenas R$ 2 mil. As diligências que Gilmar Mendes solicitou envolvendo a Focal só não foram totalmente concluídas ainda “devido ao grande volume de documentos”, segundo o ministro, mas a expectativa é de que elas tragam novidades capazes de complicar ainda mais situação de Dilma no tribunal.
Numa outra ação contra a campanha da petista, levada a frente na quinta-feira 26, Mendes votou pela aplicação de multa à presidente por propaganda eleitoral antecipada durante um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão em junho de 2014. À época, o PSB denunciou a irregularidade ao TSE e pediu multa de R$ 25 mil, mas a representação ficou esquecida nas gavetas do tribunal.
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DEFESA
O advogado da União, Luís Adams, argumenta no TCU que as
pedaladas de Dilma foram corriqueiras em outros governos
O PT tenta reagir à sanha investigatória de Gilmar Mendes tentando imprimir cores ideológicas às suas iniciativas. “O Brasil inteiro sabe do ódio nutrido pelo ministro Gilmar Mendes ao PT. Ele não pode extrapolar sua função”, atacou a senadora Fátima Bezerra (PT-RN). O ministro foi Advogado-Geral da União do governo FHC entre 2000 a 2002 e deixou o cargo para assumir uma cadeira no Supremo por indicação do então presidente tucano. Porém, se este currículo fosse impeditivo ou até mesmo questionável, o TSE não poderia ter como presidente, por exemplo, o ministro Dias Toffoli, devido à sua reconhecida ligação com o petismo, nem como integrante a ministra Luciana Lóssio, ex-advogada do partido. A resposta do plenário do tribunal, que por maioria apoiou a reabertura da investigação das contas da campanha de Dilma, na terça-feira 25, derruba o argumento de retaliação política que o governo pretende alardear. Além de Gilmar Mendes, os ministros Luiz Fux, Henrique Neves e João Otávio de Noronha apoiaram a continuidade das apurações contra Dilma no tribunal eleitoral. Neves, inclusive, sempre foi considerado pelo próprio Palácio do Planalto como um aliado de Dilma no TSE. E votou contra o interesse petista.
O governo que hoje desconfia do vice-presidente do TSE também considerava que o tema examinado pelo tribunal fosse um fato superado até mesmo para Gilmar Mendes, uma vez que na noite do dia 10 de dezembro de 2014 ele se manifestou pela aprovação com ressalvas da prestação de contas da campanha. Servidores que atuaram na análise das contas garantem, no entanto, que a aprovação parcial no apagar das luzes de 2014 se deu porque a data da diplomação de Dilma ocorreria na semana seguinte e o TSE não quis assumir o ônus de impedir a posse presidencial embasado apenas em relatórios contábeis.
O que o Planalto não imaginava, na ocasião, é que Gilmar Mendes retomaria a apuração do caso. De acordo com assessores do ministro, muitos dos indícios encontrados pela Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) em apenas 10 dias de trabalho exigiam novas diligências para comprovar a existência ou não de irregularidades.
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Mendes foi ajudado pelo trabalho do corregedor do TSE, ministro João Otávio de Noronha, em uma das quatro ações propostas pelo PSDB contra a chapa de Dilma. Noronha foi o primeiro a relacionar diretamente os depoimentos prestados à força tarefa da Operação Lava Jato aos questionamentos de crime eleitoral. O corregedor convocou o ex-diretor Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o empreiteiro da UTC Ricardo Pessoa para prestar esclarecimentos à Justiça Eleitoral sobre a ligação do esquema de corrupção na Petrobras com o financiamento de campanha do PT. Pessoa é o autor do depoimento mais explosivo, do ponto de vista da produção de provas de crime eleitoral. Ele afirmou que foi coagido a doar R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma para que sua empresa não sofresse represália em contratos com a Petrobras. Para Gilmar Mendes, revelações tão graves como a do empreiteiro não podem passar incólumes pela corte que zela pela lisura dos processos eleitorais.
Fotos: ANTONIO CRUZ/ABR; José Cruz/Agência Brasil 

sábado, agosto 29, 2015

Cozinheira diz não ter recebido por serviço para campanha de Dilma

Do G1, com informações do JN
A empresa que recebeu R$ 1,6 milhão da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff e que o ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou investigar pertence a uma cozinheira de 60 anos, de Sorocaba, segundo reportagem do Jornal Nacional.
Em dois meses do ano passado, a empresa de Angela Maria do Nascimento faturou quase R$ 2,2 milhões, dos quais R$ 1,6 milhão da campanha de Dilma. Ela afirma que nunca recebeu esse dinheiro.
Na última terça-feira, Gilmar Mendes determinou ao Ministério Público de São Paulo que investigue a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME para apuração de "eventual ilícito". Mendes é o relator da prestação de contas de Dilma, aprovada com ressalvas em dezembro do ano passado. Mas o ministro manteve o processo aberto a fim de apurar irregularidades em razão da Operação Lava Jato.
O coordenador jurídico da campanha à reeleição de Dilma no ano passado, Flávio Caetano, nega irregularidades (leia mais ao final desta reportagem).
Angela Maria do Nascimento diz que abriu a empresa para atender a um pedido da patroa, a empresária Juliana Cecília Dini Morello, para quem trabalhava como cozinheira.
"Eu pedi um serviço para ela, ela falou: ‘Mas tem que abrir uma empresa’. Então eu falei: ‘Então vamos abrir. Aí, a gente trabalha junto’", afirmou a cozinheira, que se diz assustada com a repercussão do caso. "Pago minhas contas, pago luz, pago aluguel, tenho dívida. Estou assustada", disse.
Juliana Dini e o marido, Marcelo Morello, são donos da Embalac Indústria e Comércio Ltda., que produz material para campanhas eleitorais.
Em nota, eles disseram que a Embalac trabalhou em parceria com a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba somente no período eleitoral. A nota diz também que as empresas são diferentes e que todos os contratos foram prestados corretamente.
As duas empresas são vizinhas. Apesar de menor e bem mais nova, a da cozinheira faturou seis vezes mais que a dos patrões, fornecendo material para oito candidatos, sete do PT e um do PSDB, segundo declaração das campanhas no TSE.
O principal cliente da empresa de Angela Nascimento foi a campanha de Dilma. Ao todo, a empresa emitiu 24 notas fiscais, das quais o TSE encontrou indícios de irregularidades em seis.
O pedido de Gilmar Mendes ao Ministério Público de São Paulo teve como base relatório da Secretaria de Fazenda de São Paulo. Segundo o relatório, a empresa "não apresentou registro de entrada de materiais, produtos ou serviços" e não foi encontrada no endereço registrado.
"As notas existem, foram apresentadas à fiscalização. Simplesmente, elas foram emitidas contra uma outra empresa de forma errada", afirmou Carlos Carmelo Antunes, contador do casal Morello, que cuidou de toda a papelada para a abertura da empresa da doméstica, em agosto do ano passado.
Campanha
O coordenador jurídico da campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado, Flávio Caetano, disse que os documentos que atestam a elaboração e a entrega do material contratado foram encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral.
Na última terça-feira (25), ele divulgou nota na qual informou que a produção de material da campanha por empresas contratadas foi auditada e que o TSE aprovou as contas da campanha por unanimidade.
"Todas as empresas contratadas pela campanha, inclusive a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, foram selecionadas após apresentação de diversas propostas de prestação de serviços. As empresas que apresentaram preços mais baixos foram as selecionadas. A elaboração do material contratado foi auditada pela campanha e a documentação que comprova a elaboração e entrega do material, auditada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Após rigorosa sindicância, o TSE aprovou as contas por unanimidade", diz o texto da nota.

quarta-feira, agosto 26, 2015

Sabatinado, Janot é acusado por Collor de contratar empresa sem licitação


Collor disse que Janot mente ao afirmar conduta ética e lisura em carreira pública. Foto: Divulgação
Collor disse que Janot mente ao afirmar conduta ética e lisura em carreira pública. Foto: Divulgação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, passa nesta quarta-feira (26) por sabatina no Senado, para que possa ser reconduzido ao segundo mandato à frente do Ministério Público Federal. Janot foi o primeiro colocado em uma lista tríplice de candidatos ao cargo, com 799 votos de procuradores, e depois recebeu a indicação da presidente Dilma Rousseff para continuar no cargo.
Em suas palavras iniciais, Janot ainda reafirmou seu compromisso de combater sem trégua à corrupção” e manter isonomia no tratamento entre ricos e pobres. “Pau que dá em Chico, dá em Francisco”, disse, citando o ditado popular.
“O que me motiva a um novo mandato? Esse desejo não se presta à satisfação do ego nem a sofreguidão do poder. Não é isso que me move.”
Dentre as arguições, a mais contundente foi a do senador Fernando Collor (PTB-AL). Collor acusou Janot de contratar uma empresa de comunicação sem licitação e disse que o procurador havia mentido ao afirmar a lisura de sua conduta ética. O senador citou um suposto período em que Janot teria advogado enquanto atuava como subprocurador da República e perguntou se isso era eticamente aceitável.
Collor também perguntou se Janot usa como “estratégia” vazar informações de investigações para determinados veículos de comunicação. “Quem está dizendo isso não sou eu, não sou só eu”, disse.
Collor é um dos dez dos 13 senadores investigados na Lava Jato que compõem a comissão responsável por sabatinar Janot. No dia 8 deste mês, o procurador-geral ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Collor a partir das investigações da Operação Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.
Em sua resposta, Janot, afirmou que os contratos com a empresa de comunicação Oficina da Palavra são legais e que essa empresa faz consultoria e media training para o Ministério Público Federal e para vários órgãos públicos.
Sobre os vazamentos, o procurador afirmou que, à época da chamada Lista de Janot, não houve vazamento, mas especulações. “Sou discreto”, disse.
Em outro momento da sabatina, Janot e Collor se estranharam. “Vossa excelência não me interrompa”, disse o procurador-geral da República ao senador.
Mais sobre a sabatina
Além de Collor, outros senadores – alguns antes e outros depois do alagoano – também interpelaram o procurador-geral. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) questionou Janot sobre a questão das chamadas “pedaladas fiscais” do governo federal. O procurador-geral disse que essa é uma questão que deve ser avaliada tecnicamente e que o Ministério Público Federal ainda aguarda informações da Presidência sobre o tema.
Questionado pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), Janot negou a existência de um “acordão” celebrado no âmbito da Operação Lava Jato. Ele chamou a hipótese de um “factoide” e refutou a hipótese de qualquer acordo que possa interferir nas investigações.
“Ainda que quisesse fazer um acordo desses, teria que combinar com os russos, 20 colegas e um grupo de delegados muitos preparados da Polícia Federal”, ironizou.
O procurador-geral também negou que os presos tenham acesso ao conteúdo da delação premiada dos outros, a não ser quando a delação seja aberta.
Fonte: IG

Gilmar Mendes pede investigação contra empresa

Brasília (AE) - O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo um relatório técnico elaborado pela Secretaria da Fazenda paulista que detectou irregularidades em pagamentos feitos a uma empresa contratada pela campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff. A empresa, com nome de Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, foi aberta em agosto de 2014 - a dois meses da eleição - e somente entre agosto e setembro emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões. Deste valor, R$ 1,651 milhão foi emitido em nome da campanha presidencial petista: Eleição 2014 Dilma Vana Rousseff Presidente. 

Dorivan MarinhoGilmar Mendes aponta indícios de irregularidade da empresaGilmar Mendes aponta indícios de irregularidade da empresa

A medida foi tomada dentro da prestação de contas eleitorais da presidente e é apenas uma das frentes de análise feita pelo TSE atualmente com relação aos gastos realizados pela campanha. Além da checagem das contas, a Corte eleitoral investiga em quatro ações - propostas pela coligação que lançou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência no ano passado - eventuais irregularidades e abuso de poder político e econômico na campanha da presidente.

No caso da empresa paulista, a suspeita é de que seja uma companhia considerada fantasma, já que não há "registro de entrada de materiais, produtos e serviços". Também não há destaque de pagamento de impostos nas notas fiscais emitidas. O Fisco paulista não encontrou a empresa no seu endereço comercial, em Sorocaba, interior de São Paulo. A empresa seria responsável por entregar produtos de publicidade, placas, standards e faixas, além de despesas com pessoal.

Procurada pela Secretaria da Fazenda, a proprietária da companhia foi localizada em endereço residencial e disse ter sido "orientada a abrir a empresa para funcionar no período eleitoral". De acordo com ela, todo o material era proveniente de outra empresa, a Embalac Indústria e Comércio Ltda. As duas empresas possuem um mesmo contador, Carlos Carmelo Antunes, que disse ter aberto a segunda empresa a pedido dos sócios da Embalac. O intuito, segundo ele, era faturar os produtos destinados às eleições em nome de Angela para que a Embalac não fossse "desenquadrada" do regime tributário conhecido como Simples Nacional.

O relatório que aponta as possíveis irregularidades foi elaborado pelo órgão fazendário paulista depois do pedido de Mendes para que fossem verificados indícios de irregularidades com relação à gráfica Focal Confecção e Comunicação Visual. Em ofício ao TSE, a Fazenda do Estado afirmou que precisaria de mais tempo para análise sobre a Focal "devido ao grande volume de documentos apresentados". O órgão, no entanto, apurou a situação fiscal de outros estabelecimentos paulistas citados na prestação de contas da presidente e apontados pela assessoria técnica do TSE, entre eles a Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME.

Diante do verificado, o ministro Gilmar Mendes, relator das contas da presidente no TSE, quer que o Ministério Público paulista apure "eventual ilícito" com relação à empresa. As contas de campanha da petista foram aprovadas com ressalvas pelo TSE no ano passado e indícios de possíveis irregularidades foram encaminhados aos órgãos competentes para que fosse feita a análise. 

sábado, agosto 22, 2015

Ex-presidente da Assembleia Legislativa do RN ajudou na defesa dos acusados em fraudes

Da Tribuna do Norte
Interceptações telefônicas realizadas pelo Ministério Público Estadual, durante as investigações que culminaram na Operação Dama de Espadas, trazem indícios de que o ex-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta, ajudou os acusados de desviar cerca de R$ 5,5 milhões dos cofres da instituição “a montar uma linha de defesa unificada” para responder às intimações nos depoimentos que estavam sendo tomados e “dificultar” o andamento das apurações sobre o uso de cheques-salário no esquema de desvios. Parte da orientação para a defesa, segundo o MPRN, foi do principal consultor jurídico da Presidência do Legislativo, o jurista Paulo de Tarso Fernandes. O objetivo, ainda de acordo com o MPRN, era “criar estratégia coesa para intervir no afã de combater a atividade investigativa”.
Conforme descrito pelos promotores, Paulo de Tarso participou de uma reunião na própria Assembleia Legislativa, na qual estavam Rita das Mercês, Marlúcia Maciel e Rodrigo Marinho (todos servidores da AL); e também Oswaldo Ananias, gerente da agência do banco Santander. Os quatro últimos são acusados de participação no esquema que usava cheques-salário para desvio de erário público. No final dessa reunião, em 20 de agosto de 2014, se dá o diálogo entre a procuradora Rita das Mercês e o então presidente da Assembleia, gravado na escuta telefônica. Motta é informado sobre como foi a reunião com Paulo de Tarso e reclama que “tudo é bronca”, mas também se mostra confiante em uma saída é que tudo vai ficar “tranquilo” (vide fac-símile).
Procurado para comentar o teor dessa conversa telefônica, o deputado estadual Ricardo Motta demonstrou surpresa quando informado do fato. “O Dr. Paulo de Tarso é consultor da Assembleia há muito tempo. Mas olhe, não me leve a mal. Mas eu não vou dar entrevista, não. Tá certo?”, e desligou o telefone. Paulo de Tarso foi procurado insistentemente, mas não atendeu ou retornou as tentativas de contato telefônico.
No documento protocolado na 8ª Vara Criminal, que discorre sobre o pedido de Busca e Apreensão e Sequestro de Bens dos acusados, os promotores de Defesa do Patrimônio Público detalham a ação dos principais acessados para tentar obstacular as investigações. “O poder desse núcleo central é perceptível, de forma indubitável, a partir da análise de diversos contatos (via telefone e SMS) em que eles protagonizam, especialmente Rita das Mercês Reinaldo e Rodrigo Marinho, os acertos necessários para que diversos servidores subalternos prestem depoimento perante o Ministério Público sustentando versões alinhadas”, diz o MPRN.

sexta-feira, agosto 21, 2015

“Antes de ser candidata a prefeita, Rosalba precisa resolver sua situação jurídica”

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Do Visor Político
Analisando o quadro sucessório, o prefeito Francisco José Júnior refere-se aos seus eventuais adversários de campanha, como a ex-governadora Rosalba Ciarlini e a ex-deputada Larissa Rosado, lembrando que Rosalba ainda tem que resolver sua situação jurídica. E cita que a ex-governadora terá várias outras dificuldades.
“Tem a questão jurídica, tem o projeto dela que é disputar o Senado em 2018 e tem ainda a própria avaliação negativa da gestão dela no governo do Estado, que inviabilizou inclusive que ela sequer pudesse disputar a reeleição e se dizem que terei dificuldades, acredito que a ex-governadora tenha mais ainda que eu”, complementou o chefe do Poder Executivo.
Sobre sua própria situação jurídica para a disputa, Francisco José Júnior lembra que não há nenhum impedimento legal contra sua postulação.
“Eu não tenho nenhuma decisão judicial que me impeça, o fato de ter disputado a primeira eleição não me torna inelegível, até mesmo quem pensava assim já sabe que a jurisprudência do TSE diz que eu posso ser candidato à reeleição. É tanto verdade que não vejo hoje ninguém mais falando disso, até os adversários já sabem que esta questão está superada e eu posso disputar”, observou Francisco José Júnior.
Comentando sobre a situação da ex-deputada Larissa Rosado, outra provável adversária, o prefeito diz que os palanques de 2016 vão servir para muitos debates e muita coisa terá que ser explicada a população.
“Eu vou explicar, por exemplo, sobre o que fiz nestes três anos, as dificuldades que enfrentei e tudo que realizei. Há outros que vão ter que explicar, por exemplo, questões criminais, como o desvio de mais de milhões de reais da administração da Casa de Saúde Dix-sept Rosado, tudo isso vai estar no foco dos debates e é importante para a população decidir em quem vai votar”, raciocinou o chefe do Poder Executivo.

segunda-feira, agosto 17, 2015

Gilmar vota pela aceitação de recurso de impugnação do mandato de Dilma


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu início nesta quinta-feira, 13, ao julgamento de um recurso apresentado pelo PSDB contra decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura, que havia rejeitado uma ação que pedia a impugnação do mandato da presidente Dilma Rousseff à Corte eleitoral. O caso foi retomado nesta manhã após pedido de vista feito pelo ministro Gilmar Mendes em março. A sessão, no entanto, foi encerrada em seguida após pedido de vistas de Luiz Fux.
Os ministros Gilmar Mendes e Luiz Fux haviam indicado um voto pela aceitação do recurso. O presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli, não participou do julgamento, alegando que tinha compromisso agendado com parlamentares.
Mendes deu início à análise do caso fazendo um duro voto pela aceitação do recurso. O ministro aproveitou o julgamento para dirigir críticas à relatora do caso, ministra Maria Thereza de Assis Moura, que havia decidido pelo arquivamento do processo. Em seu voto, Gilmar disse que a ministra rejeitou o recurso apresentado pelo PSDB “sem instruir o processo, sem, portanto, sequer citar os investigados”, argumentou.
Em tom de crítica, ele disse que a ministra “daria uma brilhante contribuição ao Brasil esclarecendo esse fenômeno. Corrupção na Petrobrás resulta em lavagem de dinheiro nas doações eleitorais, veja, isso precisa ser esclarecido. Se não com efeito prático, para a história desse país”, disse.
Para justificar a demora em devolver o processo ao Plenário do TSE, Mendes disse que levou cinco meses porque “a toda hora tinha que fazer atualizações” no caso devido à evolução da Lava Jato. “A cada nova operação, há fatos conexos aqui”, argumentou. “Puxa-se uma pena e vem uma galinha na Lava Jato.”
Quanto às investigações sobre o esquema que desviou recursos da Petrobrás, disse que “não se cuida em transportar para o Tribunal Superior Eleitoral análise de todos os fatos apurados na Operação Lava Jato”, mas “busca-se tão somente verificar se, de fato, recursos provenientes de corrupção na Petrobrás foram ou não repassados para a campanha presidencial”, argumentou. Gilmar citou então os depoimentos prestados por três delatores da Lava Jato: o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef e o empreiteiro e dono da UTC, Ricardo Pessoa.
Ao citar os desvios de 3% dos contratos da Petrobrás para o esquema que envolvia empreiteiras e políticos, Gilmar disse que “não é difícil adivinhar que parte desses recursos pode ter vindo para a campanha. As triangulações têm sido reveladas e isso precisa ser no mínimo investigado”, argumentou.
O ministro disse ainda que a Justiça eleitoral “não pode ficar indiferente a esse tipo de exame ou liminarmente indeferir um pedido de busca esclarecer. Não se trata de cassar mandato aqui, mas de ver o que ocorreu”, argumentou. O magistrado pediu ainda que Ricardo Pessoa seja ouvido para esclarecer o caso. “Imagine que se possa demonstrar a partir desse depoimento que esse senhor Ricardo Pessoa, que os R$ 7 milhões que sua empresa doou foram claramente fruto de propina?”, disse.
Além disso, o ministro citou a prisão de José Dirceu, na semana passada, dizendo que, ao fundamentar a detenção dele, o juiz Sérgio Moro falou em “lavagem de dinheiro”. Com isso, Gilmar afirma que o argumento apresentado pelo PSDB, acompanhado de “mínimo suporte probatório pode, sim, qualificar-se como abuso de poder econômico, o que, a meu ver, justifica a necessária instrução do feito, em busca da verdade dos fatos, respeitando as garantias do contraditório e da ampla defesa”, disse.
Já o ministro Luiz Fux elogiou o voto de Gilmar Mendes e disse que talvez tivesse votado diferente no ano passado, quando o Tribunal aprovou as contas de campanha de Dilma, devido ao aparecimento de novos fatos envolvendo a Lava Jato. “Se muitos de nós soubessem o que sabemos agora, nem teríamos acompanhado o relator que aprovou as contas com ressalvas”, disse.
O caso foi proposto pela Coligação Muda Brasil, pela qual o senador Aécio Neves (PSDB-MG) concorreu às eleições presidenciais no ano passado. O partido argumenta na ação que houve abuso de poder político na campanha de Dilma, com convocação de rede nacional de rádio e televisão, manipulação na divulgação de indicadores sociais, uso indevido de prédios e equipamentos públicos para atos próprios de campanha e veiculação de propaganda institucional em período proibido. Além disso, o PSDB aponta a existência de suposto abuso de poder econômico com realização de gastos de campanha acima do valor limite, financiamento de campanha com doações oficiais “contratadas pela Petrobrás como parte da distribuição de propinas”, entre outros.
Fonte: Istoé

domingo, agosto 16, 2015

Ex-presidente Lula é citado na transcrição de grampos

São Paulo (AE) - A Polícia Federal citou o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos autos da Operação Lava Jato sobre a empreiteira Odebrecht. Em relatório sobre interceptação telefônica da Operação Erga Omnes, 14.ª fase da Lava Jato, a PF informa ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-presidente conversou com o executivo Alexandrino de Salles Ramos Alencar, da Odebrecht, no dia 15 de junho deste ano. 

Heinrich Aikawa/Instituto LulaLuiz Inácio Lula da Silva aparece nos autos da Operação Lava JatoLuiz Inácio Lula da Silva aparece nos autos da Operação Lava Jato

Quatro dias depois do telefonema, Alexandrino Alencar foi preso com o presidente da maior empreiteira do País, Marcelo Bahia Odebrecht. Segundo o relatório, datado de 30 de julho, Lula estaria preocupado com “assuntos do BNDES”. A PF não grampeou o ex-presidente. Os investigadores monitoravam os contatos do executivo, por isso a conversa foi gravada. 

“Outro contato considerado relevante ocorreu em 15 de junho de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nele ambos demonstram preocupação em relação aos assuntos do BNDES referindo-se também a um artigo assinado por Delfim Netto que seria publicado no dia seguinte sobre o tema. Alexandrino disse também que Emilio (Emílio Odebrecht, pai de Marcelo) teria gostado da nota que o Instituto Lula (...) teria lançado depois da divulgação do laudo pericial acerca da contabilidade da empresa Camargo Corrêa, que teria doado três milhões de reais ao Instituto entre 2011 e 2013 e efetuado pagamentos a Lils Palestras Eventos e Publicidade LTDA na ordem de R$ 1,5 milhão no mesmo período”, escreveu o delegado federal Eduardo Mauat da Silva, que integra a força-tarefa da Lava Jato.

Na conversa, conforme a PF, eles fazem referência a um evento do qual havia participado no mesmo dia Marcelo Odebrecht e no qual ele defendeu os empréstimos obtidos pela empreiteira no BNDES. O ex-presidente não é investigado no âmbito da Lava Jato, mas é alvo de uma apuração criminal conduzida pela Procuradoria da República no Distrito Federal por suspeita de tráfico internacional de influência em favor da Odebrecht. 

Em nota, a Odebrecht afirmou que "lamenta que as informações sejam colocadas fora de contexto, traçando conclusões equivocadas".  O BNDES também disse que "lamenta tentativas, na imprensa e em redes sociais, de manipular e distorcer informações”. 

sexta-feira, agosto 14, 2015

Sonho que pode se tornar realidade.Aneel propõe reduzir conta de luz

Brasília (AE) - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs ontem uma redução de 18% no valor da chamada bandeira vermelha – que é uma cobrança extra que os consumidores vêm recebendo na conta de luz porque a geração de energia está custando mais. Caso essa redução seja aprovada, o valor cobrado para cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos durante a vigência dessa bandeira cairia de R$ 5,50 para R$ 4,50, a partir de setembro. Considerando o consumo médio residencial brasileiro, a redução média nas contas de luz das famílias seria de 2%. Isso equivale a uma redução de R$ 1,7 bilhão na arrecadação das empresas de distribuição até o fim do ano. A decisão final sobre isso, porém, só deverá sair em uma audiência no dia 28.
Ana SilvaSegundo o relator, a expectativa é de que o novo valor possa ser aprovado no dia 28 de agostoSegundo o relator, a expectativa é de que o novo valor possa ser aprovado no dia 28 de agosto

A proposta de alteração foi motivada pelo desligamento de 21 térmicas na semana passada, responsáveis pela geração de 2.000 megawatts (MW). Por se tratarem das térmicas mais caras em operação, a economia de custos estimada até o fim do ano é de R$ 5,5 bilhões. "As bandeiras tarifárias sinalizam de maneira imediata para os consumidores - mês a mês - os custos de geração da energia elétrica", destacou o diretor da Aneel relator da proposta, Reive Barros, para justificar a redução. De acordo com o relator, a chamada "Conta de Bandeiras" hoje ainda é deficitária em R$ 1,25 bilhão, um passivo considerado normal pelo órgão regulador, que espera um equilíbrio até o fim do ano.

Segundo Barros, os custos a serem cobertos são bastante voláteis e incluem inclusive questões que hoje são afetadas por liminares judiciais sobre o risco hidrológico (GSF). "Por outro lado, a demanda tem respondido adequadamente, com a redução do consumo que também possibilitou o desligamento das térmicas", completou o diretor.

Valor
Segundo o relator, a expectativa é de que o novo valor possa ser aprovado no dia 28 de agosto, após a fase de audiência pública que vai até 24 deste mês. Para a bandeira amarela não há alteração, continuando a cobrança em R$ 2,50 por 100 kWh consumidos. Na bandeira verde, não há cobrança adicional. Mesmo se a mudança para R$ 4,50 for aprovada, ainda assim, a "taxa extra" vermelha do setor elétrico continuará mais cara que a cobrança prevista originalmente, que era de R$ 3 até fevereiro deste ano, quando os valores foram reajustados.

"A proposta é realista, sem nenhuma aventura. É até mesmo uma proposta conservadora, já que existem cenários em aberto, com liminares e sem liminares. Se houver mudança nos cenários, vamos reavaliar o assunto", alegou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. Ou seja, se as liminares perderem validade, poderá haver um novo desconto na bandeira vermelha.

Na última terça-feira, a presidente Dilma Rousseff adiantou que a redução na bandeira vermelha ficaria entre 15% e 20%. Na ocasião, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, explicou que a economia com as térmicas ainda não seria suficiente para alterar pela primeira vez a bandeira para o nível amarelo, que ainda não foi aplicado a nenhum mês desde o início da vigência do regime, em janeiro. "Para mudar para a bandeira amarela, seria necessário desligar muito mais térmicas ainda este ano, o que eu não acho provável", concluiu Rufino.

SAIBA MAIS
O que são bandeiras tarifárias?
A partir de 2015, as contas de energia passaram a trazer uma novidade: o Sistema de Bandeiras Tarifárias. As bandeiras indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade. O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha. Confira abaixo o que acada uma indica:

- Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

- Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

- Bandeira vermelha: é a que está em vigor atualmente e significa que há condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo de R$ 0,055 para cada quilowatt-hora kWh consumidos.

Obs.: O sistema de bandeiras é aplicado por todas as concessionárias conectadas ao Sistema Interligado Nacional. A partir de 1º de julho de 2015, passou a ser aplicado também pelas permissionárias de distribuição de energia.

Fonte: Aneel

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