terça-feira, agosto 11, 2015

RN tem 106 eólicas e 2.477 MW habilitados para leilão

Júnior SantosParque eólico no RN: Estado é o maior gerador de energia eólica no país e espera mais investimentosParque eólico no RN: Estado é o maior gerador de energia eólica no país e espera mais investimentos

O Rio Grande do Norte e a Bahia estão empatados em quantidade de projetos habilitados nessa área, mas a oferta de energia é superior nos projetos baianos. De acordo com os dados divulgados ontem pela EPE, Bahia e Rio Grande do Norte foram os que mais registraram projetos eólicos, com 106 cada um. Só que a oferta de energia é de 2.541 MW na Bahia e de 2.477 MW no RN. O Ceará é o terceiro estado em número de projetos habilitados e oferta de energia,   seguido do Piauí e do Maranhão.

Os 371 projetos habilitados, ao todo, para o leilão, equivalem a 9.594 MW. Além dos empreendimentos decorrentes da energia eólica, foram habilitadas 17 pequenas centrais hidrelétricas (184 MW), 13 termelétricas a biomassa (612 MW) e 3 termelétricas a gás natural (417 MW).

Preços
Segundo informações da EPE, o preço inicial do leilão para a fonte eólica será de R$ 184 por MWh; para as termelétricas a biomassa e termelétricas a gás natural, de R$ 218,00/MWh; e para empreendimentos hidrelétricos, de R$ 216/MWh.

De acordo com representantes do setor o preço estabelecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é um entrave nesse leilão, ao reduzir a atratividade do investimento e indicar que o governo pode não ter mapeado, neste momento, a necessidade de contratação de um grande volume de energia nova. "O preço estabelecido é horrível. O valor de R$ 218/MWh não fica nem perto do patamar necessário", afirmou o presidente da Associação Brasileira de Geradoras Termelétricas (Abraget), Xisto Vieira Filho. O valor citado é o máximo que será pago pela energia a ser gerada por novos projetos térmicos incluídos no leilão.

O formato do certame estabelece a compra de energia a partir do menor valor ofertado, ou seja, os vencedores são as empresas que oferecem o maior deságio em relação ao preço-teto.

Para o presidente da Abraget, o preço proposto para as térmicas deveria estar acima de R$ 350/MWh no caso dos empreendimentos abastecidos com gás natural liquefeito (GNL) importado e em um patamar acima de R$ 310/MWh para as usinas a biomassa. "Com esse preço (proposto), quem entrar não sabe fazer conta", disse Xisto Vieira em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

O pessimismo é compartilhado pela presidente da Associação Brasileira de Energia Elétrica (ABEEólica), Elbia Gannoum. Para ela, o valor é "bastante limitante". "Em junho, enviamos carta ao ministro (de Minas e Energia) a partir da qual mostramos as condições de momento. Utilizamos o preço do Leilão de Energia de Reserva (LER) de 2014, de R$ 144/MWh, e fizemos os devidos ajustes. Chegamos a um valor de R$ 207/MWh e pedimos, na oportunidade, um preço-teto de R$ 210/MWh" revela Elbia.

O valor corrigido, segundo ela, considerava o dólar mais valorizado em relação ao real, mudanças nos custos de financiamento e nas condições de recursos disponibilizados pelo BNDES, no custo do aerogerador, entre outros pontos. A inflação acumulada não foi incluída na conta. "Esse preço não estimula a competição e os projetos mais eficientes. Hoje eu não tenho expectativa e há uma preocupação de que não haja oferta", afirmou. Em função das condições pouco atrativas do A-3, os geradores de energia eólica já começam a planejar projetos para o LER 2015, previsto para 13 de novembro.

Plano Nacional de Energia será lançado hojeDo Estadão Conteudo

O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Altino Ventura Filho, disse ontem que está confirmado para amanhã o lançamento do Plano Nacional de Energia Elétrica pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, o plano reflete "a necessidade de o Brasil criar a 'energia do amanhã', com a construção de usinas e linhas de transmissão para atender bem um mercado que cresce a taxas razoáveis".

"Essa expansão se faz pelos leilões de energia. Temos um programa que está em expansão no sistema, fruto dos leilões já realizados, e de expansão com novas usinas que deverão ser licitadas em leilões neste ano e em 2016, como a hidrelétrica de São Luiz de Tapajós (PA)", afirmou a jornalistas. 

Ventura Filho deu as declarações antes de sua participação na audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre o desenvolvimento e o uso da energia solar fotovoltaica, a proposta de implantação da agência estadual de energia elétrica e o aumento da conta de energia dos irrigantes do Estado. O secretário, porém, não deu detalhes qual matriz energética será considerada no plano, embora tenha citado, além da hidrelétrica, a eólica e a solar.

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