domingo, fevereiro 27, 2011

O PODER POLÍTICO - DJALMA MARANHÃO

Djalma Maranhão nasceu em Natal, no dia 27 de novembro de 1915. Filho de Luiz Inácio de Albuquerque Maranhão e D. Salmo de Carvalho de Maranhão. Pai de 3 filhos, Lamarck Maranhão, Marcos Maranhão , conceituado advogado e Ana Maria Maranhão. Homem simples, inteligente e amigo. Organizado, planejava tudo, sabia o que queria e não transigia de suas idéias. Atencioso com os mais humildes, razão de sua popularidade entre os mais necessitados. Nacionalista por Inteiro denunciava, gritava, protestava e brigava pelas causas que achava justa. Sua ideologia era expressa de maneira clara e inequívoca, acreditava na vitória do socialismo, tinha convicção de que somente a dialética marxista-lenilista libertaria as massas da opressão e da fome, através da socialização dos meios de produção e pregava a reforma agraria com a entrega da terra ao homem do campo. A intriga política não o deixava preocupado, acima de tudo era honesto, não se adaptava e nem concordava com a corrupção, razão de ter sido expulso de alguns partidos políticos. Quando servia o Exercito no posto de Cabo já militava no comunismo participando da Intentona Comunista de 1935 e na ocasião foi preso político, contava que andou pelos presídios políticos e pelos campos de concentração martirizado pelos esbirros de Felinto Muller e Getulio Vargas. No ano de 1946 Djalma Maranhão foi expulso do Partido Comunista, denunciou que os dirigentes eram desonestos, ausente da convenção que o expulsou fez um manifesto escrito contendo a denuncia já que lhe fora negado o direito de se defender. Era temperamental, quando foi eleito prefeito de Natal em 1960, só admitia o erro quando fosse cometido com a intenção, de acertar. Comandou a campanha “ De pé no chão também se aprende a ler” conseguiu unir ao movimento, os católicos, evangélicos, espiritas e marxistas, e foi alcançado o objetivo. Para ele governar era realizar e foi o que fez à frente da prefeitura de Natal. Em 1945 foi eleito deputado estadual pelo PSP – Partido Social Progressista, foi autor o projeto que deu autonomia a Natal. No ano de 1955 na campanha para o governo, emprestou seu apoio ao candidato Dinarte Mariz na coligação UDN e PSP, quando derrotaram Jocelin Vilar do PSD. Esta aliança resultou na indicação de Djalma Maranhão para ser o prefeito de Natal com posse em 1o de fevereiro de 1956. Sua aliança com Dinarte Mariz durou até 1959, como suplente de deputado federal assumiu o mandato e foi ser um dos comandantes da frente nacionalista, voltando em 1960 para participar da Cruzada da Esperança e ser eleito novamente prefeito de Natal com Aluizio Alves no governo. Do brilhantismo político ao jornalismo se destacava muito bem. Foi revisor, repórter esportivo, repórter político, redator chefe, secretario da redação, diretor e proprietário de jornais. Passou pôr todos os cargos que um jornalista possa alcançar, foi fundador do jornal O Monitor Comercial, Diário de Natal, Folha da Tarde e O Jornal de Natal. Como escritor seus principais livros tiveram sucesso, A Luta Ante – Imperialista, Cascudo Mestre do Folclore Brasileiro e A Carta de Um Exilado. Em 1964 foi o ano que perdemos Djalma Maranhão, a cruel revolução o prendeu, um habeas corpus concedido pelo STF – Supremo Tribunal Federal. Se exilando na Embaixada do Uruguai, para em seguida se transferir para Montevidéu cidade que o acolheu até a morte em 1971. Seu desejo era voltar para Natal, cidade que ele amava e que tinha sido seu melhor prefeito. Está sepultado no cemitério do Alecrim, com a interferência do Senador Dinarte Mariz, Jessé Freire e outros políticos de influencia na ocasião. Seu enterro foi acompanhado de uma multidão incalculável numa demonstração e reconhecimento da enorme popularidade deste que foi um político que deixou saudades aos natalenses. Seu irmão Luiz Inácio Maranhão Filho, foi deputado estadual e desapareceu nos porões da ditadura militar de 1964.

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