terça-feira, abril 26, 2011

Começa operação para trazer à superfície destroços de avião da Air France

France Presse
Paris - A delicada operação para trazer à superfície os destroços do Airbus da Air France que em 1º de junho de 2009 caiu no Atlântico com 228 pessoas a bordo teve início nesta terça-feira, informou o Escritório de Investigações e Análises (BEA), organismo responsável por estabelecer as causas da tragédia. Nesta manhã aconteceu a primeira busca operacional do 'Remora 6000', o robô submarino da empresa americana Phoenix International, segundo um comunicado do BEA.Entre as 228 vítimas da tragédia estavam 72 franceses e 59 brasileiros. O robô submarino foi levado para a zona de busca, nas costas do Brasil, pelo navio francês "Ile de Sein", que na sexta-feira fez uma breve escala em Dacar com 68 pessoas a bordo, incluindo a tripulação.A nova e delicada fase acontece depois que o BEA anunciou, no início do mês, ter localizado a zona do acidente a 3.900 metros de profundidade, ao norte da última posição conhecida do Airbus A330 que havia decolado do Rio de Janeiro com destino a Paris.Airbus é a primeira indiciada pelo acidente do voo Rio-Paris Ao fim da quarta fase de busca em uma zona não explorada de 10.000 km2, o BEA informou que as tarefas para trazer à superfície os destroços da aeronave começariam no início de maio. A prioridade dos investigadores é localizar as caixas-pretas que registram os parâmetros de voo e as conversas na cabine dos pilotos. O BEA considera que uma falha nas sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales foi um dos fatores do acidente, mas considera que só terá a explicação definitiva da tragédia com as caixas-pretas. Esta fase, na qual trabalharão duas equipes, é totalmente financiada pelo Estado francês, segundo o BEA.Uma equipe seguirá analisando 15.000 fotos feitas por robôs submarinos e outra estudará os "procedimentos operacionais" vinculados à recuperação das c aixas-pretas e pedaços da aeronave.A causa oficial da tragédia ainda permanece indeterminada, mas foi parcialmente atribuída ao mau funcionamento dos sensores de velocidade usados pelos Airbus. Até o momento, o BEA considera que a falha dessas sondas de velocidade é um dos elementos que explicam o acidente, mas que esta pode não ser a única causa da catástrofe. Estas sondas chamadas de Pitot, fabricadas pela francesa Thales, tinham problemas de congelamento em altas altitudes, que as tornavam inoperantes. Os investigadores esperam que trazer os destroços do avião à superfície ajude a explicar como o avião se acidentou.

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