domingo, abril 10, 2011

A CURA DA DIABETES TIPO 2

Uma nova esperança para os obesos que sonham em ter uma melhor qualidade de vida começa a ser vislumbrada com a possibilidade de realização da cirurgia bariátrica ou metabólica, conhecida como cirurgia de redução de estômago. Até pouco tempo indicada para pacientes com Índice de Massa Corporal - IMC superior a 35, a partir da realização do II Congresso Internacional de Intervenção para Terapia do Diabetes Tipo 2, realizado no final do mês de março, em Nova York. Os médicos presentes ao evento encaminharam à Federação Internacional de Diabetes solicitação para que pacientes com diabetes tipo 2 e IMC entre 30 e 35 possam se candidatar à cirurgia, desde que não respondam ao tratamento com medicação. Presente ao encontro, o cirurgião digestivo Carlos Alexandre Guerra, considera a decisão um avanço, tendo em vista a pressão de muitos pacientes com IMC acima de 30 reivindicarem este procedimento, inclusive pelos bons resultados alcançados com a cirurgia. O documento, assinado por especialistas reconhecidos em todo o mundo, salienta que pacientes obesos com diabetes tipo 2 conseguem ter melhoras substanciais nos níveis da glicose — e em outras doenças relacionadas — quando fazem a cirurgia. Daí a necessidade de antecipar o procedimento para pacientes com IMC entre 30 e 35 e incluir a operação no protocolo primário do tratamento de pacientes com IMC acima de 35: isso significa que a intervenção passaria a ser uma das primeiras opções dos médicos.A incidência de obesidade e diabetes vem aumentando exponencialmente em todo o mundo. No Brasil, pesquisas apontam que 50% da população está acima do peso normal, dos quais de 10 a 15% são considerados obesos. Com relação a diabetes, os indicadores apontam um índice de 14% da população com metabolismo alterado da glicose ,ou seja, pré-diabéticos e diabéticos. Uma face sinistra desta epidemia é que 46% dos diabéticos, ou seja, cerca da metade desta população desconhece a sua condição de saúde. Só para ter uma ideia, nos últimos dez anos houve um incremento de 53,9% de internações tendo como causas a diabetes e/ou doenças relacionadas.Segundo o médico Carlos Alexandre, no Rio Grande do Norte a questão é agravada em decorrência de fatores como o sedentarismo - Natal configura como a capital nacional do sedentarismo e hábitos alimentares que prioriza doces, massas, queijos e carnes, ao invés de frutas e verduras. “É preciso se movimentar mais, fazer exercícios, caminhadas, e um programa de reeducação alimentar”, enfatiza o cirurgião, defendendo medidas preventivas de forma a diminuir os casos de obesidade. “No Congresso, tivemos conhecimento de vários países com epidemias de obesidade, inclusive entre adolescentes”, informou.O número de internações decorrentes de complicações vasculares de diabetes e obesidade (derrames cerebrais, infartos, tromboses e obstruções arteriais) aumentou exponencialmente”. Quanto ao número de cirurgias, nos EUA em 2007 foram realizados 200.000 procedimentos. “No Brasil, mesmo sendo o segundo pais em número deste tipo de cirurgia, não realizamos nem um quarto dessa soma”, relata. Recentemente, lembrou, foram publicadas novas diretrizes alimentares americanas para prevenção de obesidade, com recomendações para todas as idades a partir dos 2 anos.



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