sexta-feira, junho 29, 2012

Justiça Federal revoga prisão temporária de Mução, diz advogado

O radialista Rodrigo Vieira Emerenciano, o Mução, detido em Recife (PE), deixará a prisão. De acordo com o advogado Waldir Xavier, a Justiça Federal revogou a prisão temporária executada durante a Operação DirtyNet, da Polícia Federal, que investiga supostos crimes de divulgação na internet de material contendo pedofilia. O advogado afirma que a decisão deverá ser cumprida ainda nesta sexta-feira (29).

Segundo o advogado, o principal argumento utilizado para a revogação da prisão temporária é que as necessidades cautelares que justificaram a prisão já foram cumpridas durante as buscas e apreensões em imóveis de Mução. Por isso, ainda de acordo com o advogado, o radialista não tem como oferecer risco à instrução processual e, portanto, a manutenção da prisão não se justificaria.

Waldir Xavier também informou que Mução alega inocência. "O que ele declarou hoje está sendo confirmado pelas investigações", explicou o advogado, reafirmando que o computador do radialista também seria utilizado por outras pessoas. 

O advogado Waldir Xavier aguarda a expedição do alvará de soltura para que Mução possa ser liberado. A prisão temporária de Mução seria de cinco dias, terminando apenas na terça-feira, 3 de julho. 

A reportagem da TRIBUNA DO NORTE tentou contato com a Justiça Federal de Pernambuco, com a unidade prisional onde o radialista ficaria custodiado e com a Polícia Federal de Pernambuco, mas não obteve sucesso.

'Foi um mal-entendido', diz advogado sobre prisão de radialista


André Teixeira
Do G1 CE

O advogado do radialista Mução, Waldir Xavier, afirma que o suposto envolvimento do humorista com crimes de pedofilia foi um “mal-entendido''. "Uma possibilidade é que alguém tenha acessado conteúdo com pedofilia no computador dele. Daí se gerou um mal-entendido", afirmou o advogado em entrevista coletiva nesta quinta-feira (28) na sede da Polícia Federal (PF), em Fortaleza. A operação "DirtyNet" realizada nesta quinta-feira em 11 estados e no Distrito Federal prendeu o humorista no Bairro Meireles, em Fortaleza, por suspeita de divulgação na web de material pornográfico infantil.
O radialista Rodrigo Vieira Emerenciano segue preso na Superintendência da Polícia Federal, em Fortaleza, segundo Xavier. Caso a Justiça aceite o pedido de prisão preventiva, solicitado pela Polícia Federal nesta quinta-feira, ele poderá ficar preso até a conclusão das investigações.
''Ele (Mução) já liberou o uso dos computadores e, ao longo das investigações, vai ser provado que ele não tem qualquer relação com o fato. Ele foi preso por um equívoco e vamos demostrar isso'', disse Xavier. O advogado diz que já entrou com pedido de habeas corpus alegando que Mução não traz riscos às investigações.
Materiais de informática que estavam com ele, como notebook e tablet, foram apreendidos para perícia. O radialista comanda um programa de rádio de humor retransmitido no Nordeste há 15 anos. Atualmente, ele é retransmitido em rádios de todo o país e é conhecido por aplicar pegadinhas por telefone.
“Tudo vai ser esclarecido. Ele não tem nenhuma participação. É profissional reconhecido nacionalmente. A partir das oitivas (depoimentos), a Polícia Federal vai constatar que ele não tem nenhum envolvimento”, afirmou o advogado do radialista, Waldir Xavier.
Prisões
Além do humorista, outras prisões ocorreram no Rio Grande do Sul (5), Paraná (3), São Paulo (9), Rio de Janeiro (5), Espírito Santo (1), Ceará (1), Minas Gerais (5), Bahia (1) e Maranhão (2). Entre os presos, está um humorista famoso em Fortaleza, conhecido como Mução. Uma pessoa segue foragida.

A PF começou a monitorar a quadrilha há seis meses através de redes privadas de compartilhamento de arquivos. Os suspeitos atuavam no anomimato. Os arquivos compartilhados pela quadrilha continham cenas de adolescentes até 12 anos, crianças e bebês em contexto de abuso sexual. As fotos não eram vendidas, mas trocadas entre os usuários.
Segundo a Polícia Federal, 97 estrangeiros e 63 brasileiros participariam da rede de pedofilia, trocando material contendo cenas de sexo explícito com crianças e adolescentes. Em todo o Brasil, 49 pessoas foram identificadas.
Perícia
Segundo a PF, o humorista teve a prisão temporária decretada pela Justiça Federal em Pernambuco. "Acredito que, pela materialidade das provas, [a prisão] pode ser transformada em preventiva", afirma a delegada da PF, Kilma Caminha.

A transferência ou não do suspeito para a sede do Recife depende da perícia que está sendo feita nos eletrônicos apreendidos com ele. "Se for constatado que há material pornográfico infantil ou adolescente, vai ser efetuado o flagrante e ele fica preso em Fortaleza", acrescenta a delegada.
A PF fez duas buscas no Recife, no antigo endereço residencial do suspeito, no bairro da Imbiribeira, e no comercial, no bairro de São José, além de buscas em dois locais em Fortaleza e um no Rio Grande do Norte. "A busca é uma complementação dessa arrecadação de provas, para que possamos ver se ele pode ser indiciado por outros crimes. Por hora, já temos comprovado que ele trocava essas imagens. Outros crimes estão sendo investigados", explica a delegada da PF.
De acordo com Nilson Antunes, diretor regional de Combate ao Crime Organizado da PF, os dados obtidos ao longo das investigações já comprovam o envolvimento do suspeito. "Já temos provas robustas da participação dessa pessoa no cometimento desses crimes. São provas técnicas que não temos como materializar, análise de transmissão de dados, de material de informática", afirma.
O suspeito teria se mudado para Fortaleza há pouco tempo, cerca de três meses. "Quando as investigações começaram, em dezembro, ele morava aqui no Recife. Identificamos residências dele em Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte", afirma Antunes, que ressalta ainda a impossibilidade de dar mais detalhes sobre a operação. "Esse é um caso que corre em segredo de Justiça, todo cuidado é pouco", diz o diretor regional.

quarta-feira, junho 27, 2012

FORTUNA DE EIKE BATISTA "ENCOLHE" US$ 11,1 BILHÕES EM TRÊS MESES


Eike Batista (Foto: Daryan Dornelles)
Eike Batista despencou no ranking dos bilionários da Bloomberg. O brasileiro, que chegou a ocupar a sétima posição no mês de março, aparece hoje na 14ª posição entre os homens mais ricos do mundo.

A fortuna de Eike Batista é avaliada em US$ 23,4 bilhões, uma "perda" de US$ 11,1 bilhões em relação ao valor estimado pela Bloomberg no fim de março (US$ 34,5 bilhões).

Na ocasião, a fortuna de Eike Batista chegou a esta cifra recorde depois que ele vendeu 5,63% por US$ 7,7 bilhões de sua holding EBX a investidores árabes de Abu Dhabi Mubadala.

O ranking da Bloomberg é diário e leva em consideração o movimento das ações em posse dos bilionários. Como o mercado acionário é muito volátil, a classificação dos ricaços varia bastante. O levantamento começou a ser feita em março para rivalizar com a a lista anual da revista Forbes.


Eike Batista nunca escondeu seu desejo de se tornar o homem mais rico do mundo, superando o mexicano Carlos Slim, hoje com uma fortuna de US$ 69,1 bilhões. Apesar da atual queda, ele ainda é o brasileiro melhor colocado da lista que engloba 40 bilionários. Na 39ª posição, está o investidor Jorge Paulo Lemann, com uma fortuna de US$ 15,7 bilhões.

terça-feira, junho 26, 2012

Collor refuta golpe e critica reação do Brasil a impeachment de Lugo


O ex-presidente e senador Fernando Collor, na tribuna do Senado (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)O ex-presidente Fernando Collor, na tribuna do
Senado (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) refutou nesta terça-feira (26), durante discurso no Senado, de que tenha ocorrido um golpe ao presidente destituído do Paraguai Fernando Lugo. O senador, que atualmente preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado, sustentou que o afastamento ocorreu dentro da legalidade e seguiu os ditames da Constituição paraguaia, que prevê o impeachment quando o governante desempenha mal suas funções.
"Não há que se falar em golpe de Estado ou quebra da legalidade, o que só ocorreria se houvesse a desobediência às normas legais com o uso da força", argumentou o senador, que, em 1992 renunciou à Presidência após a abertura de um processo de impeachment motivado por suspeitas de corrupção.
Fernando Collor foi afastado da Presidência da República através de um impeachment em setembro de 1992. Na época, o presidente foi acusado de ter participado de um esquema de corrupção e tráfico de influências junto a Paulo César Farias, o PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor à presidência.

Ele lembrou que o impeachment de Lugo foi aprovado pela Câmara e pelo Senado do Paraguai e que a Constituição do país vizinho "não estabelece detalhes, e não prevê um rito pormenorizado para o processo". Vários críticos apontaram a rapidez do afastamento, decidido em menos de dois dias e o pouco tempo de defesa para Lugo, que se resumiu a duas horas.

Collor citou ainda a decisão da Corte Suprema de Justiça do Paraguai, que rejeitou nesta segunda (25) o recurso de Lugo ao impeachment, o que, para Collor, mostra "a inexistência clara de uma contestação importante ou significativa em relação à medida do legislativo paraguaio".
Diplomacia
Para Collor, "interesses de caráter político-ideológico têm levado a distorções que impedem a clareza da análise" sobre o afastamento de Lugo. Ele classificou como "açodada" a reação da diplomacia brasileira, "no sentido de criticar o impeachment de Lugo como uma ruptura democrática e um golpe de estado", a exemplo do que aconteceu em outros países sulamericanos, como Argentina e Venezuela.

"Essa reação brasileira não contribuirá para o relacionamento com o novo governo, que já manifestou, como é natural, desejo de aproximação com o Brasil, inclusive prometendo proteção a nossos centenas de milhares de nacionais, os chamados brasiguaios que, vale ressaltar, já solicitaram ao governo brasileiro o reconhecimento do novo presidente do Paraguai, sr. Federico Franco", afirmou.

Collor afirmou que o governo brasileiro falhou ao ser "tomado de surpresa" pela situação no Paraguai antes da queda de Lugo. "A diplomacia brasileira não antecipou o cenário e não antecipou uma ação preventiva, como fez no passo por inúmeras e diversas vezes", disse.

O ex-presidente também vê como erro tratar a questão com uma posição conjunta da Unasul. "A regionalização e o prolongamento da situação farão com que Lugo – cuja base política é tênue – possa assumir a liderança da esquerda mais radical, valer-se dos sentimentos menos favoráveis ao Brasil, e se voltar para o apoio externo dos países que criticam o novo governo", completou.

infografico cronologia paraguai 26/6 (Foto: 1)
Crise no Paraguai
Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra Lugo, que durou dois dias, foi desencadeado a paritr de um conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país. A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".

Ele também foi acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas e não ter atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a maior partes deles antes mesmo de Lugo tomar posse.
O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista. A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1.
Até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo.No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo. Na sexta, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência.
O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo. Em discurso após o impeachment, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado.
Mas, neste domingo, Lugo voltou atrás, aumentou o tom disse que não reconhece o governo de Federico Franco e que não deve, portanto, aceitar o pedido do novo presidente para ajudá-lo na tarefa de explicar a mudança de governo a países vizinhos.

OEA se reúne para definir medidas após saída de Lugo no Paraguai

Amauri Arrais
G! Assunção
A Organização dos Estados Americanos (OEA) se reúne nesta terça-feira (26) para estudar eventuais medidas diante dos acontecimentos no Paraguai, depois que o Congresso destituiu Fernando Lugo da presidência na última sexta.
Segundo o comunicado divulgado na segunda pela organização, a OEA debaterá "a situação na República do Paraguai e, caso necessário, tomará as decisões que o Conselho Permanente acordar. A reunião, em Washington, ocorre às 15h30 de Brasília.
A decisão tomada pelo órgão ganhou peso após a porta-voz do Departamento de Estados dos EUA afirmar que o país adotará a resolução tomada pelo conselho permanente da OEA sobre o Paraguai.
O Estados Unidos se declararam na segunda “bastante preocupados” com a rapidez do julgamento político que destituiu o presidente Fernando Lugo, disse a porta-voz, segundo a qual a secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com seu par brasileiro, Antonio Patriota, durante o fim de semana sobre a situação paraguaia
OEA realizou uma primeira reunião de emergência na sexta-feira sobre os acontecimentos no país, que serviu para que os países da organização hemisférica apresentassem suas dúvidas sobre o processo político.
O secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, assegurou nesta segunda o organismo não tem atribuições para intervir no Paraguai.
"Ninguém tem atribuição para intervir", disse em entrevista à chilena "Rádio Infinita".
"Quando a OEA age, é principalmente para tentar resolver os conflitos pondo às partes de acordo, inclusive no caso de Honduras, que foi um golpe de Estado", explicou Insulza.
Unasul e Mercosul
Esta será a primeira das três reuniões de organizações internacionais para discutir a situação no país.

Também na segunda, a Unasul (União das Nações Sul-americanas) decidiu remarcar para a sexta-feira (29), na cidade argentina de Mendonza, sua reunião para discutir o caso Paraguai.
Segundo a chancelaria do Peru, país que sediaria o encontro na quarta, a intenção é que a reunião coincida com a Cúpula do Mercosul, já marcada para Mendonza nesta data, para aproveitar a presença dos chefes de Estado na cidade.

infografico cronologia paraguai 25/7 versão 2  (Foto: 1)
Presidentes dos dois grupos diplomáticos devem discutir uma posição sul-americana conjunta sobre o impeachment do presidente Fernando Lugo e a consequente posse deFederico Franco no governo paraguaio.
O rápido julgamento político de Lugo levou o Paraguai a um crescente isolamento diplomático na região, com a sua suspensão de encontros tanto do Mercosul como da Unasul.
O presidente afastado Lugo, no entanto, afirmou estar em contato com a presidente argentina Cristina Kirchner, que ocupa a presidência temporária do Mercosul, para ir à reunião do bloco "prestar explicações" sobre a situação.
O julgamento político sumário que destituiu Lugo na sexta-feira, alçando à presidência o então vice-presidente Federico Franco, recebeu uma forte condenação dos países do continente, muitos dos quais anunciaram que não reconhecerão o novo governo.
Crise no Paraguai

Federico Franco assumiu o governo do Paraguai na sexta-feira (22), após o impeachment de Fernando Lugo. O processo contra Lugo foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos no interior do país.



A oposição acusou Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".



Ele também foi acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas e não ter atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a maior partes deles antes mesmo de Lugo tomar posse.

O processo de impeachment aconteceu rapidamente, depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do então vice-presidente Franco, retirou seu apoio à coalizão do presidente socialista.


A votação, na Câmara, aconteceu no dia 21 de junho, resultando na aprovação por 76 votos a 1 – até mesmo parlamentares que integravam partidos da coalizão do governo votaram contra Lugo. No mesmo dia, à tarde, o Senado definiu as regras do processo.



Na sexta, o Senado do Paraguai afastou Fernando Lugo da presidência. O placar pela condenação e pelo impeachment do socialista foi de 39 senadores contra 4, com 2 abstenções. Federico Franco assumiu a presidência pouco mais de uma hora e meia depois do impeachment de Lugo.

Em discurso após o impeachment, Lugo afirmou que aceitava a decisão do Senado.


Mas, neste domingo, Lugo voltou atrás, aumentou o tom disse que não reconhece o governo de Federico Franco e que não deve, portanto, aceitar o pedido do novo presidente para ajudá-lo na tarefa de explicar a mudança de governo a países vizinhos.



Isolamento
O analista político José Carlos Rodríguez, um consultor em Assunção, disse à Reuters que, apesar do isolamento internacional, o apoio das forças políticas locais a Franco é amplo, mas advertiu que o cenário interno pode mudar.



Franco "tem um apoio político gigantesco, mas é conjuntural e não sabemos quanto tempo vai durar", disse.



O novo governo de um dos países mais pobres da América do Sul está isolado regionalmente, depois que Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Uruguai retiraram ou chamaram para consultas seus embaixadores em Assunção.

A pressão da região é bastante perigosa para a pobre economia do Paraguai, que depende dos portos de seus vizinhos Argentina, Brasil e Uruguai para o transporte e o abastecimento, além das exportações.


O governo brasileiro disse que não tomará medidas que "afetem o povo irmão paraguaio".



O Uruguai também afirmou que não adotará sanções econômicas.



A Venezuela anunciou a interrupção do envio de petróleo ao Paraguai, mas o presidente da estatal paraguaia Petropar garantiu o abastecimento no país, um importador.



O novo chanceler paraguaio, José Félix Fernández Estigarribia, que tentou sem sucesso fazer contato com seus pares da região, disse que nem sequer o diplomata responsável pela embaixada da Argentina em Assunção o atendeu pelo telefone.



"Telefonei ao encarregado de negócios da Argentina e eles têm ordens de ainda não atender ao telefone", disse.



A Alemanha afirmou que a Europa estava seguindo com preocupação os acontecimentos no Paraguai.



Os Estados Unidos, por sua vez, informaram que a sua secretária de Estado, Hillary Clinton, conversou com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, no fim de semana sobre a situação.



"Estamos muito preocupados pela velocidade do processo utilizado para esse impeachment", disse em entrevista coletiva a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland.











segunda-feira, junho 25, 2012

Luiz Almir não será candidato à Prefeitura de Natal

Luiz Almir vai comunicar decisão à Micarla nesta segunda-feiraLuiz Almir vai comunicar decisão à Micarla nesta segunda-feira
Fred Carvalho - Editor

O radialista e ex-deputado estadual Luiz Almir não será candidato a prefeito de Natal nas eleições deste ano. O nome dele surgiu como provável indicação do Partido Verde (PV) à sucessão de Micarla de Sousa após a prefeita anunciar na sexta-feira (22) que não vai concorrer à reeleição.
"Recebi o convite para concorrer à Prefeitura na sexta-feira e tive o fim de semana todo para pensar nisso. Conversei bastante com minha família e com meus amigos e decidi que entre a razão e a vaidade, o melhor para mim seria ficar com a razão", falou Luiz Almir.O ex-deputado estadual deverá concorrer a uma das 28 cadeiras na Câmara Municipal de Natal. "O convite para brigar pela Prefeitura é muito honroso, mas não tenho condições financeiras para bancar essa luta. Além do mais, já fui candidato a prefeito de Natal em 2004 [pelo PSDB] e aprendi muita coisa sobre essa disputa, que sempre é injusta e agressiva. Diante disso, devo lançar meu nome para vereador".Luiz Almir disse que desde a noite deste domingo (24) vem tentando comunicar a decisão que tomou. "Liguei para ela algumas vezes e ainda estou tentando. Espero que Micarla me receba em reunião nesta segunda para eu poder explicá-la minha postura e que ela compreenda", falou.O radialista, que era vereador de Natal antes de ser deputado estadual, disse ainda não saber quem o PV vai indicar para concorrer à Prefeitura. "O partido tem bons nomes para isso. O senador Paulo Davim, a meu ver, é um excelente candidato. Temos também o presidente da Câmara, Edivan Martins. Fora isso, o PV pode apoiar algum coligado, como é o caso do atual vice-prefeito Paulinho Freire, do PP [Partido Progressista]. Mas isso ainda será discutido internamente".Caso se confirme a candidatura de Luiz Almir a uma cadeira na Câmara Municipal, ele terá que deixar os programas que apresenta na 96 FM e na SimTV! no próximo fim de semana, prazo estabelecido pela lei eleitoral.

domingo, junho 24, 2012

Cadidatos têm de deixar programas de rádio e TV

Luiz Amir é candidato a prefeito de Natal. Fotos: Fotos: Eduardo Maia/DN/D.A Press

Obedecendo ao cronograma previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo para as convenções partidárias termina no dia 30 de junho. No momento em que são homologados em convenção, os candidatos ficam proibidos de continuar em programas de rádio e televisão, sob pena de terem suas respectivas candidaturas impugnadas pela Justiça Eleitoral.

Aquino Neto não poderá mais participar de programa de rádio... Fotos: Fábio Cortez/DN/D.A Press


Em Natal, os vereadores Aquino Neto (PV) e Ney Lopes Júnior (DEM), que têm programas de televisão, vão se licenciar para concorrer às eleições. O ex-deputado estadual Luiz Almir (PV) deverá deixar seu programa para ser candidato a prefeito de Natal. O deputado estadual Gilson Moura (PV), que foi homologado como candidato a prefeito de Parnamirim neste sábado, também está com participação na televisão suspensa.

Gilson Moura, que também deixará a TV, disputa a prefeitura de Parnamirim é o primeiro nas pesquisas
Em 1º de julho, as emissoras de rádio e televisão ficam proibidas de fazer qualquer tipo de ação que favoreça algum candidato. As propagandas eleitorais serão liberadas a partir do dia 6 de julho, data a partir da qual os candidatos, os partidos políticos eas coligações poderão realizar comícios e utilizar aparelhagem de sonorização fixa, das 8 às 24h. Também serão liberadas as propagandas na internet.

ou televisão, assim como acontecerá com Ney Júnior


No dia 7 de julho, os gestores públicos ficarão impedidos de nomear ou exonerar funcionários. Em 10 de julho acaba o prazo para os candidatos requererem registro de candidatura. No dia 21 de agosto, começará o horário gratuito de propaganda eleitoral obrigatória nas emissoras de rádio e da televisão. A partir de 22 de setembro, nenhum candidato, membro de mesa receptora e fiscal de partido poderão ser detidos ou presos, salvo em flagrante delito. No dia 2 de outubro, a regra será aplicada para todos os eleitores.

A campanha eleitoral no rádio e na televisão terminará no dia 4 de outubro, último dia também para propaganda política mediante reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa entre as 8 e as 24h. A data limite também vale para debates eleitorais, que poderão se estender até às 7h do dia 5. A eleição será realizada em 7 de outubro. 

Carlos e Wilma oficializam candidaturas a prefeito e vice

DT e PSB homologaram neste sábado (23) as candidaturas de Carlos Eduardo Alves (PDT) e de Wilma de Faria (PSB) a prefeito e vice-prefeita de Natal. A coligação abrangerá duas chapas proporcionais contará com o apoio de nove partidos. O discurso entre os aliados é de que "Natal precisa sair do caos", numa referência à gestão da prefeita Micarla de Sousa (PV), que anunciará na segunda-feira (25) a desistência de concorrer no pleito. O presidente nacional do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi, prestigiou os eventos dos pedetistas e do PSB.

Carlos Eduardo Alves disse que está satisfeito com a parceria com a ex-governadora, sua candidata a vice. "Com uma biografia dessas aceitar ficar ao meu lado mostra desprendimento, espírito público e mostra principalmente amor a Natal", destacou o candidato do PDT. O ex-prefeito destacou ainda que Natal vive um momento de "incompetência e irresponsabilidade". Esse tom foi adotado por praticamente todos os presentes, inclusive pelos peessebistas.

O PSB reuniu a militância na Assembleia Legislativa e após finalizado o ato seguiu para o Palácio dos Esportes, em Petrópolis, onde a festa era do PDT. Entre os presentes, o ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), que luta contra um câncer há dois anos, pediu saúde para participar ativamente da campanha. A palavra de ordem foi: "libertar Natal". Também prestigiaram o evento o vice-governador Robinson Faria (PSD), o deputado federal Fábio Faria (PSD) e o ex-deputado Wober Júnior, candidato a vereador pelo PPS.

Chapa do PV em Natal terá Luiz Almir para prefeito e Sérgio Pinheiro para vice

Estamos firmes e vamos fazer que o povão pobre e humilde chegue á prefeitura, disse Luiz Almir. Popular por excelência, Luiz Almir tem muito na popularidade do prefeito Djalma Maranhão e a humildade de Aluizio Alves e a disposição de Dinarte Mariz. Esse foi o comentário da domestica Maria do Carmo que estava radiante de felicidades de ver Luiz Almir candidato a prefeito, ela disse ainda que ia votar em Carlos Eduardo mas, com Luiz Almir a história é outra é o povo na prefeitura.Na próxima segunda-feira será anunciada oficialmente a chapa do Partido Verde para disputar a Prefeitura de Natal. Com a desistência de Micarla de Sousa o nome escolhido foi o do ex-deputado Luiz Almir.
Já o vice virá do PTN, será o ex-secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura Sérgio Pinheiro. Na próxima segunda-feira, Micarla de Sousa, que é presidente estadual do PV, concederá entrevista coletiva às 16h.

sábado, junho 23, 2012

Mudança de planos no PV: Micarla retira candidatura e Luiz Almir entra na disputa pela Prefeitura de Natal

Mudança de planos no Partido Verde de Natal. A prefeita de Natal Micarla de Sousa não resistiu a pressão da família e as dúvidas surgidas a partir do problema de saúde (com crises de hipertensão). Somado a isso, a gestora vem demonstrando grande preocupação com problema que estão sendo resolvidos na sua administração. A solução encontrada pelo PV é a candidatura a prefeito , do ex-vereador e ex-deputado Luiz Almir. Luiz é um nome popular e tiver uma boa equipe vai fazer frente e polarizar com o ex-prefeito Carlos Eduardo.Será a segunda vez que o político Luiz Almir tentará chegar à Prefeitura de Natal.Na primeira vez perdeu por uma diferença muita pequena e contra a mega estrutura apresentada pelo então candidato eleito Carlos Eduardo Alves, Vamos pra frente, pois achamos que Natal precisa de mudanças, e Luiz Almir é sem duvida nenhuma uma grande opção de mudanças, se eleito o povão vai ter um popular na prefeitura. Quem for vivo verá.

Vereador por dois mandatos (1996-2000, 2000-2002), tendo sido eleito deputado estadual no ano de 2002, como o mais votado de Natal e o terceiro do RN. Em 2004, foi candidato a prefeito de Natal e obteve 48% dos votos válidos, numa disputa acirrada e marcante em sua vida pública. Notabilizou-se pelo trabalho realizado nas camadas populares, através de seus programas de rádio em nosso Estado (há 29 anos é radialista, e há 15 anos apresentador de TV). O apoio a entidades de filantropia é outra marca de seu trabalho. Neste segundo mandato como deputado estadual manteve a sua atuação voltada para defesa de projetos que contemple ações que venham a atender aos interesses dos mais humildes.


sexta-feira, junho 22, 2012

Carlos convida Wilma para ser candidata a vice e ela aceita

Fonte Tribuna do Norte

Carlos Eduardo, pré-candidato pelo PDT, oficializou ontem o convite para a ex-governadora Wilma de Faria, presidente estadual do PSB, ser candidata a vice-prefeita na chapa dele. A ex-governadora anunciará publicamente hoje a decisão, mas a tendência é que ela aceite o convite e integre a coligação como vice. Assessores próximos aos dois políticos afirmaram que a Wilma de Faria foi "muito receptiva" e deve, hoje, confirmar a opção de disputar o pleito na chapa majoritária na aliança com o ex-prefeito. 

Na véspera de anunciar o destino político para o pleito 2012, Wilma de Faria se reuniu com os vereadores do PSB, mas a eles também não adiantou a decisão. No final da tarde de ontem, Carlos Eduardo foi à residência dela. Na ocasião, fez o convite oficialmente.  Para a noite de ontem ainda estava prevista uma conversa da ex-governadora com o ex-governador Iberê Ferreira e com a deputada federal Sandra Rosado. Os dois são do PSB. Nessas reuniões, Wilma de Faria deverá comunicá-los sobre a decisão antes do anúncio oficial, provavelmente na manhã de hoje. 

"A experiência dela é muito importante para nossa campanha e para uma administração que vai se dedicar à recuperação da cidade", afirmou Carlos Eduardo, ontem, ao confirmar que fez o convite. Ele disse que tomou conhecimento que integrantes do PSB e dos demais partidos que formam a coligação são favoráveis à presença da ex-governadora na chapa majoritária. "Os partidos demonstraram isso. Ela tem um contribuição muito importante para nosso município. Pode colaborar. É com isso que pretendemos contar", afirmou Carlos Eduardo.

A alternativa de ser candidata a vice-prefeita surge para Wilma de Faria como uma forma de continuar no cenário político, já visando o pleito de 2014, quando deverá ser candidata a deputada federal. 

Wilma de Faria foi eleita pela primeira vez em 1986 para o mandato de deputada constituinte. Em 1988, venceu a eleição para a Prefeitura. Em 1992, voltou a disputar a Prefeitura e venceu novamente. Foi reeleita. Em abril de 2002, renuncia à Prefeitura para disputar o governo do estado, sendo eleita com 820.541 votos. Em 2006, foi reeleita governadora. 

Convenções iniciam neste sábado

Amanhã começarão as homologações dos candidatos a prefeito da cidade de Natal. O ex-prefeito Carlos Eduardo terá o nome para a disputa confirmado oficialmente na convenção do PDT, que acontecerá nesse sábado no ginásio da Cidade da Esperança. Já o deputado estadual Fernando Mineiro será homologado no próximo domingo, na convenção do Partido dos Trabalhadores que será realizada na Assembleia Legislativa. Esses dois pré-candidatos também vão confirmar as escolhas de vice hoje. O de Carlos Eduardo virá do PSB, com grande chance de ser a ex-governadora Wilma de Faria. O PT irá com uma chapa "puro-sangue" e deverá indicar o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte Carlos Alberto Medeiros. 

Amanhã, além do PDT, o PSB, presidido pela ex-governadora Wilma de Faria, e o PSD, do vice-governador Robinson Faria, também farão as convenções. Ambos apoiarão a candidatura de Carlos Eduardo. 

Os demais pré-candidatos deixaram para o último dia previsto por lei, o outro sábado (30 de junho), para promoverem as convenções. A prefeita Micarla de Sousa (PV), o deputado federal Rogério Marinho (PSDB) e o deputado estadual Hermano Morais (PMDB) estarão sendo homologados no próximo final de semana e ainda não fizeram a escolha de vice.

No caso do PV, que terá como candidata a prefeita Micarla de Sousa, o convite para vice foi feito ao ex-secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura, Sérgio Pinheiro (PTN). Ele ainda não respondeu a prefeita, mas em entrevista a imprensa ponderou que a gestora havia definido pela candidatura "muito tarde".

Micarla de Sousa adia anúncio

A prefeita de Natal Micarla de Sousa (PV) adiou o anúncio da candidatura à reeleição. Previsto para ocorrer na manhã desta sexta-feira, a entrevista coletiva da gestora foi marcada para a próxima segunda-feira, às 10h, na sede do Partido Verde.

O presidente de honra do PV, Rivaldo Fernandes, explicou que o adiamento foi motivado porque a prefeita irá dedicar hoje o dia a participar da audiência pública sobre a Copa do Mundo, evento que ocorrerá no CEMURE, em Cidade da Esperança. Fernandes confirmou que a definição da prefeita é para ser candidata a reeleição. 

"A prefeita chegou ontem (quarta-feira) do Rio de Janeiro. Ela também vai aproveitar esses dias para fechar algumas alianças", disse o presidente de honra do PV. Ele confirmou que o apoio do PP já está fechado e as negociações estão ocorrendo para atrair o apoio do PSC, que tem como líder o vereador Osório Jácome, o PMN, do deputado Antonio Jácome, e ainda o PCB.

Vice indefinido

O ex-secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura Sérgio Pinheiro (PTN) afirmou que ainda não respondeu ao convite para ser vice da prefeita Micarla de Sousa. Segundo ele, a prioridade, no momento, é fechar a aliança proporcional que será integrada pelo PTN, PRTB, PT do B, PRT, PSDC e PTC. "Vamos

unir esses partidos pequenos, acreditamos que poderemos fazer três ou quatro vereadores", disse Sérgio Pinheiro.

O plano do PTN era lançar Pinheiro como candidato a prefeito de Natal. O ex-secretário da Prefeitura de Natal é ponderado ao falar sobre o convite da prefeita Micarla de Sousa. "Nós (ele e Micarla de Sousa) ainda teremos uma última conversa", completou.
No fim da manhã desta sexta-feira (22), a ex-governadora Wilma de Faria (PSB) concedeu entrevista coletiva e anunciou que será a candidata a vice-prefeita de Natal na chapa do ex-prefeito, Carlos Eduardo Alves (PDT). Em seu primeiro pronunciamento como candidata, Wilma afirmou que foi em seu governo que a cidade de Natal tornou-se sede da Copa de 2014 e criticou a situação das obras de mobilidade, a ex-governadora considera a situação das de Natal na copa "gravíssima".
 
Presidente estadual do PSB, Wilma de Faria já havia comprometido o partido na aliança com o ex-prefeito. Nesta sexta-feira, ela também recebeu a confirmação do apoio do vice-governador Robinson Faria (PSD) à chapa encabeçada por Carlos Eduardo. 

Criticando a atual gestão de Natal, Wilma disse que o foco principal para a possível futura administração será a saúde. Na opinião da ex-governadora, a atual gestão do município "está de costas para o povo". O objetivo, segundo Wilma, é a integração dos partidos em um esforço para mudar a situação.

Sobre a possibilidade de punição aos vereadores do PSB que votaram pela desaprovação das contas de Carlos Eduardo, Wilma afastou a possibilidade de retaliações aos vereadores Adenúbio Melo e Bispo Francisco de Assis, que votaram contra a aprovação das contas. "Eles estão conosco e não serão punidos. Está sendo dada uma nova chance a eles", destacou a líder do PSB.

O ex-prefeito Carlos Eduardo não se limitou a falar sobre a eleição que irá disputar. Seu objetivo é de ir além na união com Wilma de Faria para as próximas eleições. "Estamos juntos em 2012 e estaremos juntos em 2014. Mas vamos cuidar primeiro de 2012. A primeira eleição, mas com certeza chegaremos juntos e ampliados em 2014", acredita Carlos Eduardo.

Com a participação do PSB, o programa de governo da chapa de Carlos Eduardo que já está pronto, será registrado no Tribunal Regional Eleitoral, em seguida a população conhecerá suas propostas. 

Interior

A ex-governadora Wilma de Faria disse que, apesar de ser candidata a vice-prefeita, vai participar das eleições no interior. Wilma disse que vai "cumprir a missão e somar com o pré-candidato", mas sem comprometer sua atuação como presidente do PSB.

Senado do Paraguai começa julgamento do impeachment de Lugo

Amauri ArraisDo G1, em Assunção

Atirador do Exército observa nesta sexta-feira (22) multidão reunida em apoio ao presidente Fernando Lugo em frente ao prédio do Congresso do Paraguai, em Assunção (Foto: AFP)Atirador do Exército observa nesta sexta-feira (22) multidão reunida em apoio ao presidente Fernando Lugo em frente ao prédio do Congresso do Paraguai, em Assunção (Foto: AFP)


Recurso à Suprema Corte
Mais cedo, Lugo apresentou uma ação de inconstitucionalidade à Suprema Corte de Justiça do país contra o julgamento político iniciado na véspera pelo Congresso, anunciou o secretário-geral da presidência, Miguel López.saiba mais
Paraguaios protestam nesta sexta-feira (22) na Praça das Armas, em frente ao Parlamento, em Assunção, contra o processo de impeachment de Fernando Lugo (Foto: AFP)Paraguaios protestam nesta sexta-feira (22) na Praça das Armas, em frente ao Parlamento, em Assunção, contra o processo de impeachment de Fernando Lugo (Foto: AFP)Com agências internacionai
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O Senado do Paraguai começou por volta das 12h20 desta sexta-feira (13h20 de Brasília) o julgamento do processo de impeachment do presidente Fernando Lugo.
Lugo, acusado de "mau desempenho de suas funções" pelo parlamento dominado pela oposição, decidiu não comparecer e apenas enviou sua equipe de cinco advogados para apresentar sua defesa ao Senado. Eles terão duas horas para isso.
(Ouça acima relato de Amauri Arrais, enviado do G1 a Assunção)
Seus ministros marcharam a pé do palácio até a praça em frente ao Congresso, em um trajeto de cerca de 200 metros, gritando slogans como "ditadura nunca mais", e se juntaramaos pelo menos três mil manifestantes que tomam o local em apoio ao presidente.
Chegou-se a anunciar que Lugo marcharia rumo ao Congresso junto com seus ministros, mas isso não se confirmou.
O ministro de Finanças de Lugo, Dionisio Borda, disse que não ir ao Congresso foi uma "decisão pessoal" de Lugo, que considera o processo contra si "inconstitucional".
Ricardo Canese, secretario-geral da Frente Guasu, alianca de partidos que elegeu o presidente, disse que o grupo iria convocar manifestações pacíficas em todo o país e uma paralisação geral.
"O presidente reclama mais tempo para defesa", afirmou o porta-voz à imprensa, poucas horas antes do início do julgamento, marcado para a tarde desta sexta-feira e que foi interpretado como um "golpe de estado branco" pela comunidade latino-americana.
Lugo protesta contra o que considera o "rito sumário" em seu julgamento.
A ação apresentada ao principal tribunal do país alega que o Parlamento "não respeita o devido processo legal", anunciou o advogado do presidente, Adolfo Ferreiro.
"O presidente Lugo pede à Corte a suspensão do julgamento político até que sejam concedidas as garantias constitucionais para a defesa", completou Ferreiro.
O advogado demanda como "medida de urgência" a suspensão do julgamento político que acontecerá nesta sexta-feira, ante "a privação de tempo para preparar a defesa, desenvolvê-la e debatê-la".
"O prazo para preparar uma defesa é de 18 dias", destacou, baseado no que é estipulado pelo Código Civil.
O comunicado da defesa foi assinado por Ferreiro, pelo advogado Luis Samaniego, pelo assessor jurídico da presidência Emilio Camacho e pelo procurador Enrique García.
O Senado pretende anunciar o veredicto às 16h30 (17h30 de Brasília) ainda desta sexta.
O clima é tenso na capital do país, Assunção.
Militantes de movimentos sociais ocupam a praça do Congresso, no centro da cidade, na expectativa do resultado do julgamento.
Havia forte policiamento, mas não foram registrados incidentes violentos.
Uma comitiva de chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), incluindo o Brasil, está no país para monitorar a situação e tentar negociar uma saída democrática.
O processo foi iniciado por conta do conflito agrário que terminou com 17 mortos na semana passada no interior do país.
A oposição acusa Lugo de ter agido mal no caso e de estar governando de maneira "imprópria, negligente e irresponsável".
O presidente também é acusado por outros incidentes ocorridos durante o seu governo, como ter apoiado um motim de jovens socialistas em um complexo das Forças Armadas ou não ter atuado de forma decisiva no combate ao pequeno grupo armado Exército do Povo Paraguaio, responsável por assassinatos e sequestros durante a última década, a maior partes deles antes mesmo de Lugo tomar posse.
O caminho para abrir o processo ficou aberto depois que o Partido Liberal Radical Autêntico, do vice-presidente Federico Franco, retirou seu apoio à frágil coalizão do presidente socialista.
A Câmara aprovou a abertura do processo numa votação quase unânime, por 76 votos a 1, e o Senado -onde Lugo também não tem maioria- marcou o julgamento político muito rapidamente já para esta sexta.
"Estão me fazendo um golpe de Estado 'expresso', porque fizeram entre a noite e a madrugada. Nós dizemos que é inclusive anticonstitucional, porque não se respeita o devido processo", disse Lugo, um ex-bispo católico de 61 anos, em entrevista à emissora de TV Telesur na noite de quinta-feira.
"Tomara que reine a racionalidade nos nossos parlamentares, e que o presidente Lugo possa realmente sair vitorioso desse julgamento político injusto ao qual é submetido hoje pelo Congresso Nacional", acrescentou.
Os parlamentares decidiram acelerar o processo por temerem que protestos populares inviabilizem o andamento do impeachment.
Em caso de afastamento de Lugo, o vice-presidente Franco deve completar o mandato, que termina em 2013.
O último processo de impeachment no Paraguai aconteceu em 1999, quando o então presidente Raúl Cubas foi acusado de envolvimento no assassinato do vice-presidente Luis Argaña e na posterior morte de sete manifestantes.
Cubas renunciou e se exilou no Brasil antes da conclusão do julgamento.

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