O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta sexta-feira (3) durante evento de campanha em comunidade de Belo Horizonte que o presidenciável que vencer as eleições irá encontrar "caos" na economia do país. A declaração foi dada após Aécio ser questionado sobre uma eventual união entre PSDB e PSB no segundo turno.
- "Estamos defendendo os nossos projetos de forma democrática, legítima e respeitosa. Eu acredito que nós [PSDB] temos as melhores condições de vencer o PT no segundo turno e, mais do que isso, de dar ao Brasil um governo eficiente, um governo com experiência para enfrentar o grande caos que nós vamos encontrar na economia brasileira, um governo com gente qualificada para enfrentar os nossos indicadores sociais", disse Aécio.
Ao ser indagado por jornalista sobre se aceitaria apoio de Marina Silva, presidenciável do PSB, num eventual segundo turno mesmo após declarações duras de Marina contra ele, Aécio disse não se lembrar das declarações. "Eu não me lembro dessas declarações", ironizou.
No debate da TV Globo com os presidenciáveis realizado nesta quinta-feira (3) Marina e Aécio tiveram confronto. O tucano disse reconhecer que a adversária era alvo de ataques do PT, mas afirmou ter dúvidas sobre o conceito dela de "nova política" e de "governar com os bons". "Também fui atacada injustamente por vossa excelência", rebateu Marina.
Nesta sexta, Aécio teceu elogios à candidata do PSB. "Eu tenho que ter enorme respeito com todas candidaturas. E tenho esse respeito em especial com a candidata Marina Silva, que disputa e disputa de forma extremamente competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno", declarou.
Correios
O candidato tucano também fez nova denúncia sobre suposto uso indevido dos Correios pela campanha petista. Segundo Aécio, panfletos da Força Sindical deixaram de se ser entregues pela estatal em Minas Gerais. Nesta quinta-feira, o PSDB entrou com ação no Tribunal Superior Eleitroral (TSE) para que se investigue a atuação dos Correios no envio de material da campanha tucana. O partido alega que folders da coligação deixaram de ser entregues.
Aécio também cobrou explicações de Dilma sobre a não divulgação do montante que teria sido pago à empresa, em São Paulo, na prestação de contas da candidata. "Acabo de ter, do presidente licenciado da Força Sindical [deputado federal Paulinho da Força], presidente do Solidariedade, que as cartas também enviadas pela Força, em especial aos aposentados em Minas Gerais, não chegaram aos destinatários", disse. "Isso é algo extremamente grave."
O candidato cumpre uma série de agendas em áreas de comunidades e vilas na capital mineira. No segundo evento de Aécio nesta sexta, ele passou por um inconveniente enquanto cumprimentava moradores do Aglomerado da Serra, conjunto de vilas na zona sul de Belo Horizonte. Ao estender a mão para um eleitor, o homem se recusou a cumprimentá-lo. "Nunca", respondeu.
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