quinta-feira, outubro 16, 2014

Aécio diz que marqueteiro de Dilma usa método 'nazista'

Tahiane StocheroDo G1, em São Paulo
Aécio Neves concede entrevista coletiva na sede de seu comitê de campanha, em São Paulo (Foto: Marco Ambrósio / Estadão Conteúdo)Aécio Neves concede entrevista coletiva na sede de seu comitê de campanha, em São Paulo (Foto: Marco Ambrósio / Estadão Conteúdo)
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quinta-feira (16) que o marqueteiro da campanha presidencial do PT, João Santana, utiliza no processo eleitoral métodos semelhantes aos difundidos pelo ex-ministro nazista Joseph Goebbels, que usava a propaganda para manipular ideologicamente o povo alemão durante o governo de Adolph Hitler. O presidenciável tucano fez a declaração, em São Paulo, ao rebater acusação da presidente  Dilma Rousseff de que ele não cumpriu o investimento mínimo exigido pela Constituição na saúde na época em que governou Minas Gerais.
 O G1 procurou a assessoria da campanha do PT e o marqueteiro João Santana, mas até a última atualização desta reportagem não havia obtido resposta.
Na última terça (14), durante o debate da TV Bandeirantes, a candidata do PT à reeleiçãoresponsabilizou o governo de Aécio em Minas pelo "desvio" de R$ 7,6 bilhões na saúde. Diante do rival tucano, ela pediu que os telespectadores checassem a informação no site do Tribunal de Contas mineiro.
No entanto, segundo reportagem do jornal "Folha de S.Paulo", a página do TCE-MG saiu do ar logo após a declaração da petista.
Indagado nesta quinta sobre o motivo de os dados terem sido retirados do site da corte de fiscalização, Aécio disse não ter nenhuma informação sobre o caso. Ele, contudo, assegurou que não houve irregularidades nas contas de sua gestão à frente do Palácio da Liberdade.
"Nós cumprimos a lei em tudo. A presidente [Dilma] pode fazer todo o esforço que quiser. Ela pode seguir o seu marqueteiro, que, na verdade, me parece discípulo de [Joseph] Goebbels, ministro da informação nazista de Hitler, que dizia que uma mentira repetida mil vezes se transforma em uma verdade. Mas aqui eu não vou deixar que isso aconteça. O meu governo em Minas foi honrado do início ao fim", disse Aécio Neves durante coletiva de imprensa na capital paulista.
Ele também afirmou que, na opinião dele, essa é a eleição "mais vergonhosa da democracia brasileira". O tucano acusou a campanha da adversária do PT de ser uma "fraude permanente".
Aécio e Dilma participam nesta quinta-feira, às 18h, do segundo debate do segundo turno. O debate será organizado pelo SBT, pelo portal UOL e pela rádio Jovem Pan.“Nós vamos disputá-la [a eleição presidencial] falando a verdade e combatendo a mentira. Essa é a eleição mais vergonhosa da democracia brasileira. A nossa adversária, ela perdeu totalmente a condição de debater os temas que interessam aos brasileiros, porque a campanha dela é uma fraude permanente. São notícias pela metade, inverdades em relação a dados. Uma tentativa criminosa de desconstrução dos seus adversários”, criticou.
Pesquisas eleitorais
Em meio à coletiva, Aécio comentou o resultado das pesquisas de intenção de voto  divulgadas nesta quarta-feira (15). No Datafolha* e no Ibope**, Aécio tem 51%, e Dilma, 49% dos votos válidos.

“Olha eu estou extremamente feliz com este resultado de 51%. Há pouquíssimos dias atrás, talvez, há, 12, 15 dias, eu tinha, acima de todas as expectativas, 30% das intenções de voto. Tenho 51%. Isso significa um crescimento de 17 pontos [percentuais] na nossa candidatura em 15 dias. Eu nunca achei que seria uma eleição fácil, como talvez os nossos adversários achavam que seria”, avaliou o tucano.
* O Datafolha ouviu 9.081 eleitores em 366 municípios nos dias 14 e 15 de outubro. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01098/2014.
** O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 204 municípios entre os dias 12 e 14 de outubro. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-01097/014.

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