quinta-feira, outubro 16, 2014

Revista inglesa pró-Aécio representa 'sistema financeiro', afirma Dilma

Glauco AraújoDo G1, em São Paulo
A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, durante entrevista coletiva em São Paulo (Foto: Glauco Araújo / G1)A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, durante entrevista coletiva em São Paulo (Foto: Glauco Araújo / G1)
 Após a revista britânica "The Economist" divulgar artigo no qual defende a eleição do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (16) que a publicação representa o "sistema financeiro internacional".

No artigo, intitulado "Por que o Brasil precisa mudar", a publicação afirmou que sob a gestão de Dilma à frente do governo federal a economia do país "paralisou" e o progresso social diminuiu. Além disso, a revista acrescentou que em 2010, quando Dilma foi eleita, o Brasil parecia estar à altura de seu "enorme potencial", mas a promessa "desapareceu". "Eu acho que as revistas do mundo inteiro, como as nacionais, têm o direito de tomar sua posição política e levá-la ao conhecimento de seus leitores. Agora, sei qual a filiação da 'The Economist', todo mundo sabe disso. É uma revista muito ligada ao sistema financeiro internacional", respondeu a presidente, antes de se dirigir para um debate na TV.

O artigo da revista britância afirma também que o Brasil teve a pior performance do BRIC (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China) e cita escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras durante o governo de Dilma.

"The Economist" defende que Aécio merece ganhar as eleições deste ano porque, na avaliação da revista, o tucano pode fazer com que as políticas econômicas funcionem. "O Brasil precisa de crescimento e de um melhor governo. [Aécio] Neves é mais propenso a entregar isso do que [Dilma] Roussef", conclui a publicação.

Questionada por jornalistas sobre se o posicionamento editorial da revista era "elitista", Dilma respondeu à imprensa ao afirmar que o artigo "é uma manifestação do sistema financeiro internacional."

Marcada inicialmente para as 15h30, a entrevista foi remarcada para as 16h30 e a presidente começou a discursar por volta das 17h05,. Ao chegar para a coletiva, em um hotel na capital paulista, Dilma tropeçou no pedestal que segura o painel da campanha, normalmente posicionado atrás da candidata, e pediu desculpas pelo atraso.

Educação
A entrevista coletiva desta sexta foi convocada inicialmente para que a presidente pudesse apresentar propostas para a educação. A candidata do PT defendeu a abertura de creches, alfabetização e educação em tempo integral.

"Nós estamos em um estágio avançado, porque o Plano Nacional de Educação, que eu sancionei sem veto, prevê que em 2016 nós tenhamos universalizada a pré-escola para crianças de 4 a 5 anos. Isso significa que temos 89% dessas crianças na pré-escola", disse.

A candidata do PT disse que a colocação de crianças nas creches depende da vontade das mães e das famílias e afirmou que o conjunto de medidas que ela defende formará a base do ensino brasileiro, ao dizer que "ao contrário do passado, quando se opunha o ensino básico ao ensino universitário e técnico, hoje não, nós acreditamos que a educação vai da creche até a pós-graduação.
"

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