quinta-feira, agosto 06, 2009

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que não vai renunciar ao comando da Casa mesmo contra a vontade dos seus familiares.Não cometi nenhum ato que desabone a minha vida. Tenho que resistir, foi a única alternativa que me deram. Referido-se aos senadores disse;todos aqui somos iguais, ninguém é melhor que o outro. "Não esperem de mim renuncia."Ele disse que as 170 diretorias do Senado não foram criadas por ele. "É um absurdo. É uma herança do passado, mas disseram e consta de uma representação que 70% dessas diretorias foram criadas por mim. Eu criei 23 diretorias para atender novos serviços que servem aos senadores, como TV, rádio, jornal."Os atos secretos. "Qual o senador que sabia ou podia pensar que existiam atos secretos. A Constituição diz no artigo 37 que a administração dos poderes deve obedecer aos princípios da publicidade, moralidade e eficiência. Esses atos tinham nulidade necessária, eu anulei todos eles, resalvando as decisões tomadas pela mesa, porque que eu não tinha autoridade para anular atos da mesa aprovados pelo plenário desta Casa."A crise do Senado se virou para mim. "Hoje, não se fala mais em crise administrativa do Senado. Ela sumiu e toda mídia e alguns senadores não a vinculam senão a mim. Não dizem o que fiz de errado, porque que eu devo merecer punição, o que devo fazer pela reforma do Senado. A mídia, nunca se voltou tanto contra uma pessoa como estão fazendo comigo. Desde o meu nascimento, não encontrando nada, invadem minha privacidade e abrem calunias que se estende pela minha família inteira."O Conselho de Ética do Senado reunido ontem quarta feira rejeitou 4 das 11 acusações contra Sarney. São cinco representações por quebra de decoro parlamentar --três apresentadas pelo PSDB e duas pelo PSOL-- e seis denúncias --quatro protocoladas pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e outras duas dele com o senador Cristovam Buarque.Pelo regimento do Senado, o presidente do Conselho de Ética tem autonomia para arquivar as representações sumariamente, ou mesmo sugerir o "apensamento" das reclamações em um único processo.Depois de reunidas as acusações, um senador integrante do conselho tem que ser sorteado para relatá-las. O PSDB e o PSOL, autores das representações, e o PMDB, partido de Sarney, não podem entrar no sorteio para a escolha da relatoria.Como os aliados de Sarney são maioria no Conselho de Ética, a expectativa do grupo é que um senador da base de apoio do peemedebista seja escolhido para relatar as denúncias --se elas forem reunidas. Do contrário, cada uma vai ganhar um relator distinto para a sua análise.O presidente José Sarney, apresentou uma lista de supostos parentes que teriam sido contratados a seu pedido na Casa Legislativa e negou a contratação de um a um. Admitiu, apenas, que pediu a contratação de sua sobrinha Vera Portela Macieira Borges, lotada no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MS).Sarney decidiu afastar dos quadros do Senado a sobrinha. Sarney falou ainda da denúncia de que mandou quatro seguranças do Senado para fazer varredura em sua casa, ameaçada de ser incendiada. "Se isto é falta de decoro, nós temos dado a vários senadores remessas para policiais ao estado. Essa é a função da nossa polícia."Ele também explicou que em operações de empréstimos consignados aos servidores do Senado, favoreceu a empresa do se neto."Meu neto teria sido beneficiado com crédito consignado. O meu neto não teve nenhuma relação com o Senado. O senhor José Adriano nunca integrou o quadro do Senado, nunca teve qualquer contato. Eu não era presidente, não tinha nada a ver com isso, nem estava sabendo em 2005."Sarney criticou a divulgação de gravações da Polícia Federal mostrando que ele e seu filho, Fernando Sarney, negociaram a contratação de Henrique Dias Bernardes, ex-namorado de sua neta, com o ex-diretor-geral Agaciel Maia, apontado como responsável pela edição dos atos secretos."Ninguém pode gravar alguém, pegar a conversa interlocutória e divulgá-la com o sigilo de Justiça, ainda mais com um senador da República, que tem foro privilegiado pelo STF [Supremo Tribunal Federal]. É uma ilegalidade, além de ser uma brutalidade. Hoje é comigo, mas amanhã pode ser feito por qualquer um dos senhores."O senador disse que as gravações não mostram que Bernardes foi nomeado por ato secreto. "Se pudermos ajudar legalmente, qualquer um de nós não deixa de ajudar. A pessoa era competente, pós-graduada, sempre trabalhou com assiduidade."As acusações foram rejeitadas porque as provas apresentadas eram apenas recortes dos jornais.


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