domingo, agosto 16, 2009

Tentativas de formar terceira força no Rio Grande do Norte acabaram sempre em derrota frustradas

A política do Rio Grande do Norte foi marcada nos últimos anos pela falta de coerência dos líderes políticos do Estado. Todo mundo fala com todo mundo. É difícil encontrar quem é oposição e governo. Todos os partidos possuem direta ou indiretamente uma indicação no Governo Wilma de Faria (PSB). A única exceção é o senador Agripino do DEM. Agripino faz uma dura oposição ao governo Lulal, no Rio Grande do Norte a postura tem sido branda. É uma estratégia, o que ele quer é trazer para sua base, partidos como o PR e PMN, e tem surtido efeito, de qualquer forma o deputado federal João Maia e Robinson Faria (PMN), estão afinados com a oposição há pelo menos três anos.Os dois sonham com um palanque forte para disputar o Governo do Estado e estão vendo dificuldades para serem candidatos na situação, pois o vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) estará no comando do Rio Grande do Norte em 2010 e deseja disputar a reeleição., e tem esse direto. Sem espaço no governo, a tendência natural é buscar abrigo na oposição. O espaço na oposiçao está ocupado pela senadora Rosalba Ciarlini (DEM), que lidera as pesquisas. João Maia e Robinson Faria se uniram ao deputado federal Henrique Alves (PMDB) e criaram numa coalisão denominada de Unidade Potiguar. A meu ver, a ausencia do senador Garibaldi Filho que orientou o filho deputado Walter Alves a não comparecer, esta coalisão não tem a força eleitoral que alguns apregoam. O efeito só não foi maior também, porque os líderes evitaram falar em candidatura alternativa ou terceira força. Tentaram passar a impressão que se uniram para entrar fortalecidos nas discussões sobre 2010. Uma candidatura em faixa própria ,sem estar sob a tutela do Governo do Estado, nem de acordo com os interesses do grupo de oposição, leia-se Ze Agripino. A história política do Rio Grande do Norte mostra que candidaturas nascidas da terceira força, nasce, e morre no seco, a exemplo de algumas, apenas para não voltar muito ao tempo.Nas campanhas de 1982 e 1986, o Partido dos Trabalhadores (PT) tentou ocupar esse espaço sem sucesso.Em 1982 ganhou José Agripino e Geraldo Melo em 1986, derrotando respectivamente Aluízio Alves e João Faustino.Em 1990, o PT novamente foi outro fiasco. Acabou polarizada pelos senadores José Agripino -PFL- (pela família Maia) e Lavoisier Maia - PDT- (apoiado pelos Alves). Ao encerrar o primeiro mandato como prefeita de Natal, Wilma de Faria, já no PSB, tentou disputar o Governo do Estado em faixa própria. A aventura resultou na maior frustração eleitoral da governadora. Ela terminou o pleito em quarto lugar, atrás do vereador por Natal Fernando Mineiro (PT). Em 1998, coube ao PT tentar sozinho quebrar a polarização entre Alves e Maia no Rio Grande do Norte. Mais uma vez sem sucesso. A disputa terminou no primeiro turno, com Garibaldi reeleito e derrotando José Agripino. Em 2002, a então prefeita de Natal Wilma de Faria renunciou ao cargo e se lançou candidata ao governo, com pouquíssimos apoios no interior. O favorito para a disputa era o então senador Fernando Bezerra (PTB). O governo comandado pela família Alves apostava na candidatura do deputado Henrique Alves, que acabou sendo abortada por conta de denúncias publicadas na imprensa do eixo Rio/São Paulo/Brasília. A alternativa foi apostar no vice-governador Fernando Freire (PP), que conseguiu ir ao segundo turno, enfrentando Wilma, esta desbancou Fernando Bezerra. Wilma com 64% dos votos derrotou Fernando Freire no segundo turno e se tornou a primeira mulher a governar o Estado. Não considero a eleição de Wilma a terceira força, porque o grupo dela tinha o prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, seu pai prefeito de Parnamirim e ex-senador Agnelo Alves, Lavoisier Maia, que foi um dos governadores mais queridos no interior do estado, além de vereadores e lideranças conhecidas de todos nós, lideranças que se vendem e mudam de lado na maior cara de pau, basta que uma tendência de vitória.Em 2006, Wilma de Faria se tornara um dos lados da moeda. O outro estava dividido entre as famílias Alves e Maia, que se uniram em torno da candidatura de Garibaldi Filho para voltar ao poder. Como o PT havia se incorporado ao projeto de Wilma, o espaço alternativo ficou com os partidos denominados nanicos. Pleiteando o apoio da oposição para disputar o Senado, o presidente estadual do PSDB, Geraldo Melo, era um dos favoritos para a disputa. Ele acabou deixado de lado para que a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (DEM) fosse candidata da oposição. Diante desse quadro, coube a Geraldo Melo o papel de candidato alternativo nas eleições do Rio Grande do Norte. O "baixinho" teve pouco mais de 100 mil votos, e Rosalba foi eleita senadora, desbancando o favorito Fernando Bezerra.Em 2008, se uniram com o PT, tendo como candidata a prefeita a competente deputada federal Fátima Bezerra, ela teve o apoio da governadora Wilma, do senador Garibaldi e outras lideranças de peso. Micarla com o apoio de João Maia, Robinson Faria e Zé Agripino, foi eleita no primeiro turno. Está provado que ninguem lidera a vontade do povo, dinheiro não ganha a eleição, o candidato bom de voto, que reúne simpatia, caindo na graça do povo, vai longe.

1 comentários:

CyroMedeiros. (www.ccunhamneto@bol.com.br disse...

Acho quase impossível comentar os ditos de um amigo, imagina os de um irmão, e que, o dito está absolutamente correto, com todas as letras. É exatamente isso a política do meu querido RN. Parabens meu irmão/amigo por saber retratar de uma forma tão simples uma das coisas mais complicadas do mundo. A soberana política do nosso Estado papa jerimum.

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