terça-feira, fevereiro 28, 2012

Da cadeia, 'homem da motosserra' ameaça Judiciário

Jornal O Estadão

Hildebrando Pascoal enviou duas cartas de ameaça e extorsão a autoridades do Judiciário local. (Foto: AE)Preso há 12 anos e condenado a mais de 110 anos de prisão, o ex-deputado federal e ex-coronel da Polícia Militar Hildebrando Pascoal - o “homem da motosserra” - driblou a vigilância da penitenciária de segurança máxima do Acre e enviou duas cartas de ameaça e extorsão a autoridades do Judiciário local. Ele exige dinheiro e afirma ter fatos a revelar aos Conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP), conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo no domingo, na coluna Direto de Brasília, de João Bosco Rabello. As cartas integram um inquérito sigiloso em tramitação no Ministério Público do Acre.

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Manuscritas e postadas no dia 23 de novembro de 2011 numa agência dos Correios em Rio Branco (AC), foram enviadas por Sedex à desembargadora Eva Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre, e à procuradora de Justiça Vanda Milani Nogueira, ex-cunhada de Hildebrando. Aos 60 anos, o homem que na década de 90 liderou o “esquadrão da morte” mostra-se ressentido e disposto a vingar-se de quem, segundo ele, o teria abandonado.
Na carta enviada à procuradora, Hildebrando pede que ela lhe envie R$ 6 mil “para me manter e manter minha família”. E prossegue: “Caso não me atenda, tenha a gentileza de encaminhar esta carta para os órgãos competentes, pois caso contrário eu a encaminharei e apresentarei esclarecimentos provando os fatos”.
O Ministério Público atribui as ameaças e tentativa de extorsão à cassação da patente de coronel da PM, decretada em 2005, mas que se efetivou no ano passado, com o trânsito em julgado (esgotamento dos recursos) da decisão. O ex-deputado explicita esse ressentimento na carta: “Você (Vanda) conseguiu com sua turma tirar a minha patente e o meu salário, posição que conquistei, com honra”.
Eva foi a juíza-revisora do processo de cassação da patente. “É claro que me senti constrangida. Em 36 anos de magistratura, nunca fui ameaçada”, disse Vanda ao jornal O Estado de S. Paulo. Ela encaminhou a carta ao Ministério Público e ao presidente do TJ, pedindo reforço na ronda feita em sua residência.
Caneta
Na carta a Eva, Hildebrando diz que a única arma que possui no momento é uma “caneta” e avisa que pretende usá-la. Em 2009, ele foi julgado e condenado por um dos crimes mais bárbaros da década de 90: a morte de Agilson Santos, o Baiano. Segundo o MP, em julho de 1996, ele teve os olhos perfurados, braços, pernas e pênis amputados com o uso de uma motosserra. Ele teria sido morto por não revelar o paradeiro de José Hugo Alves Júnior, suspeito de matar Itamar Pascoal, irmão de Hildebrando.
Na mesma carta, afirma que teria presenciado Vanda entregar a Eva o gabarito das provas do concurso para o MP em que a filha dela, Gilcely, teria sido aprovada. Na carta a Vanda, acusa-a de sabotar uma reunião em que ele tentaria encerrar as desavenças com o desembargador Gercino da Silva Filho, mediada pelo então governador Orleir Cameli.
Atribui à frustração dessa conversa a sequência de denúncias que partiram de Gercino contra ele, que desencadearam, em 1999, a CPI do Narcotráfico, a cassação de seu mandato e sua prisão. Hildebrando foi acusado de homicídio, formação de quadrilha, tráfico de drogas e compra de votos.
Nas cartas, Hildebrando menciona o governador do Acre, Tião Viana, e o irmão dele, senador Jorge Viana, ambos do PT, seus adversários políticos. Para Vanda, ele afirma que Gercino “passou a utilizar-se de todos os meios repugnáveis ao Estado Democrático de Direito para destruí-lo, com o apoio de Jorge Viana”. Para Eva, lamenta a proximidade dela com seus desafetos. “Diante de tanta amizade, não cabia a senhora se aliar aos meus algozes Jorge Viana e Tião Viana, condenando-me à desonra e à execração pública.”
Coordenador do grupo de combate ao crime organizado, o procurador de Justiça Sammy Barbosa considera uma “afronta” as ameaças e a falha de segurança, sobretudo diante da alta periculosidade do preso. “Ele é um caso único no Brasil. Colocou um Estado inteiro de joelhos”, resume. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líder do PMDB intermedia negociação entre hoteleiros da Via Costeira e Ibama

O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, intermediou um encontro entre empresários da Via Costeira, em Natal, e a direção geral do IBAMA. Os empresários buscam um acordo na justiça, com o aval do órgão ambiental, que possibilite a retomada das obras do hotel da BRA, com um andar a menos do que a construção atual, além da licença ambiental para a construção de seis novos hotéis.
“As licenças estão emperradas na SEMURB por falta de segurança jurídica em função do embargo de outras obras já licenciadas”, declarou o presidente da ABIH Nacional, Henrico Fermo. O representante da indústria hoteleira ainda queixou-se de multas aplicadas pelo IBAMA em dez dos onze hotéis da Via Costeira no valor de até R$ 300 mil por empreendimento.
O deputado Henrique Alves defendeu o consenso entre os órgãos ambientais e alinhamento entre a superintendência local e a direção do IBAMA em Brasília. “Precisamos desse entendimento em nome da nossa economia e do turismo”, disse o líder, lembrado da necessidade das obras para Natal, uma das cedes da Copa do Mundo de 2014.
Todos os órgãos ambientais do Estado, exceto a Superintendência Regional do IBAMA, segundo os hoteleiros, estariam de acordo com a regulamentação definitiva da Zona Especial de Interesse Turístico da Via Costeira com seis novos empreendimentos, além dos onze já existentes. Os demais espaços livres seriam preservados e utilizados como áreas de belvedere. A legislação ainda determina a construção de livre acesso à praia entre todos os equipamentos.
Por causa do recuo do IBAMA, que considera a Via Costeira Área de Proteção Permanente (APP), uma audiência de conciliação, marcada para 14 de fevereiro passado na Justiça Federal, em Natal, foi cancelada. A insegurança jurídica levou os empresários a recorrerem ao IBAMA em Brasília.
O Presidente Interino do IBAMA, Fernando Marques, acompanhado de um procurador do órgão se comprometeu em estudar o impasse e buscar uma saída para o problema ainda ao longo do mês de março.

Não se pode confundir juiz sério com 'vagabundos infiltrados', diz Calmon

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Débora SantosDo G1, em Brasília

A corregedora-nacional do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, afirmou nesta terça-feira (28), em audiência na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que juízes que atuam de maneira "séria e decente" não podem ser confundidos com "meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na magistratura".

"Precisamos abrir diversos flancos para falar o que está errado dentro da nossa casa. Faço isso em prol da magistratura séria, decente e que não pode ser confundida com meia dúzia de vagabundos que estão infiltrados na magistratura", declarou Calmon, que também é ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O desabafo foi feito pela ministra depois de citar as razões pelas quais foi iniciada uma investigação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras Coaf), do Ministério da Fazenda, a pedido do CNJ, sobre movimentações financeiras "atípicas" entre magistrados, servidores do Judiciário e familiares. Em setembro, ela já havia provocado reações ao afirmar que havia "bandidos escondidos atrás da toga".
Entidades que representam juízes são autoras de ação, protocolada no ano passado, que buscava barrar a investigação do CNJ sobre pagamento supostamente privilegiado de auxílio-moradia e gratificações legais a magistrados. Elas acusam o CNJ de quebra de sigilo bancário e fiscal em processo administrativo, sem autorização judicial, além do vazamento de informações.
Na audiência no Senado, Eliana Calmon debateu propostas da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pretende ampliar os poderes do CNJ de investigar e punir juízes.
Uma das propostas da PEC autoriza o CNJ a usar provas sigilosas compartilhadas de outras investigações e processos. Para a ministra, esse mecanismo é fundamental às investigações. Ela citou o exemplo dos tribunais de Justiça de São Paulo e de Mato Grosso nos quais, segundo a corregedora, boa parte dos magistrados não apresentam a declaração de bens.
"Através do imposto de renda e também desse compartilhamento de quebra de sigilo eu posso fazer alguma coisa", disse Eliana Calmon.
A ministra afirmou que, na época da instalação do CNJ, havia a intenção de se criar um sistema de controle de todos os pagamentos da Justiça Estadual e, por isso, foi feito o pedido ao Coaf para monitorar movimentações atípicas de pessoas ligadas ao Judiciário. Eliana Calmon disse ainda que a ideia de fazer o banco de dados de pagamentos foi abandonada.
"Estamos encontrando o seguinte: desembargadores ganham o teto, R$ 26 mil, mas durante três meses do ano vem um penduricalho onde se dá uma gratificação monstruosa. Se somarmos tudo e dividirmos por 12, eles não ganham R$ 26 (mil), ganham R$ 50, R$ 40 (mil)", disse a corregedora nacional de Justiça.
Corregedorias 'despreparadas'
Mais cedo, durante a audiência no Senado, Eliana Calmon  disse  que as corregedorias estão "despreparadas" para fiscalizar as atividades da magistratura no Brasil.

Ela participou nesta tarde de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado que discute proposta de emenda a Constituição para ampliar os poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de fiscalizar e punir juízes.
Para a ministra, uma das dificuldades do trabalho de disciplinar magistrados é a cultura de que a carreira precisa se "proteger".
"Temos a consciência de que o grande papel de disciplina é feito pelas corregedorias locais, que estão absolutamente despreparadas para atender a demanda necessária, e também pela cultura que se estabeleceu com ranços, inclusive de uma civilização 'bonapartista', de que temos de nos proteger", afirmou a corregedora.
Criado em 2004, o CNJ tem a missão de planejar, fazer o controle e garantir a transparência do trabalho dos magistrados. Para Eliana Calmon, a deficiência das corregedorias locais demonstra a importância do papel da corregedoria nacional. Durante a audiência, ela disse que, como "toda a sociedade", o Poder Judiciário passa por um "esgarçamento ético bastante acentuado"
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'É preciso reconhecer que erramos', diz Marta sobre eleição em SP

A senadora Marta Suplicy durante sessão do Senado em maio de 2011 (Foto: Renato Araújo / Agência Brasil)Marta Suplicy fez declarações pelo Twitter (Foto:
Renato Araújo/Agência Brasil)
Um dia depois de o ex-governador José Serra (PSDB) confirmar sua pré-candidatura à Prefeitura de Sao Paulo, a senadora Marta Suplicy (PT) disse nesta terça-feira (28) em seu Twitter que o PT errou no processo eleitoral em São Paulo.
"No processo eleitoral de São Paulo é preciso reconhecer que erramos. Fomos precipitados", disse Marta. A assessoria da senadora confirma o teor das declarações, mas diz que Marta nao poderá dar entrevista sobre o assunto nesta terça.
Marta era pré-candidata no PT, mas perdeu a indicação do partido para o agora ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela chegou a afirmar na época que Serra ia se lançar candidato e ela era o melhor nome para enfrentá-lo.
Marta condenou a tentativa de aproximação entre o PT e o PSD do prefeito Gilberto Kassab, entusiasta da candidatura Serra. "Ficamos flertando com o adversário enquanto nossos tradicionais aliados migraram para o lado deles", disse, pelo Twitter.
No início de fevereiro, também pelo Twitter, a senadora afirmou que não participava da pré-campanha de Haddad para não correr o risco de ficar "de mãos dadas com o Kassab". "Como posso, neste momento, me integrar à campanha do Haddad se corro o risco, de uma hora para outra, de me ver de mãos dadas com o Kassab?", disse a senadora.

Márcia: Rosalba se preocupa com política e esquece de administrar

Allan Darlyson // allandarlyson.rn@dabr.com.br


Deputada concordou com os termos da entrevista do vice-governador a O Poti. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A PressAo comentar a afirmação do vice-governador Robinson Faria (PSD) de que "o único projeto do governo é a reeleição de Rosalba", na edição d'O Poti/Diário de Natal do último domingo, a deputada estadual Márcia Maia (PSB) criticou a "preocupação da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) com as questões políticas eleitorais em detrimento da administração pública". A parlamentar afirmou, em entrevista ao Diário de Natal, que uma prova disso é a manobra política que está sendo costurada para fazer da vice-prefeita de Mossoró e irmã da governadora, Ruth Ciarlini (DEM), candidata do sistema governista à Prefeitura de Mossoró.

Por ser parente de Rosalba, Ruth só pode legalmente ser candidata se a prefeita Fafá Rosado (DEM) renunciar, disputando a reeleição. "Enquanto o estado passa por dificuldades na saúde, segurança e em todas as áreas da administração, a governadora, pelo que mostra a imprensa, está preocupada em articular a indicação da prefeita de Mossoró para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e tornar a irmã candidata. Isso mostra a preocupação política do governo. É uma situação que me deixa muito triste", declarou.

Em sintonia com o vice-governador, Márcia Maia também cobrou a execução de projetos pelo atual governo. Na visão dela, Rosalba Ciarlini ainda não apresentou nenhuma ação consistente em favor do estado. "Eu concordo com o vice-governador quando ele diz que faltam projetos. O que temos visto é um governo sem projetos, sem planejamento, sem rumo. O que vimos foi a desativação de projetos importantes para o Rio Grande do Norte. O Programa do Leite, por exemplo, está numa situação precária. Isso quebrou toda a cadeia produtiva", observou.

A pessebista também comentou o balanço administrativo feito pela governadora referente ao primeiro ano de gestão. "Olhando para a própria mensagem da governadora lida na Assembleia Legislativa (AL) no início de 2011 e observando o cenário de hoje, percebemos que quase nada das metas estabelecidas foram cumpridas. Para este ano, ogoverno não tem quase nenhum projeto próprio. Todas as suas metas são baseadas em ações do governo federal. Torço para que essa situação precária dos serviços do estado seja revertida", enfatizou.
Comentário
Realmente Marcia tem razão e o vice-governador Robinson Faria sabe das coisas. Observando de fora vemos importantes projetos dos governos Garibaldi/Fernando Freire(Programa do Leite, Central do Cidadão e as Adutoras), esquecidos e exterminados pela governadora Rosalba. No governo Wilma Iberê, o mais importante deles foi a Farmácia para o Povo. Estou antevendo o que vai acontecer com o governo Rosalba é a candidatura de Garibaldi Filho ao governo do Rio Grande do Norte. Quem for vivo verá.

Questionada sobre a reclamação do vice-governador referente à falta de diálogo do governo, Maia apontou essa como uma das marcas da gestão democrata. "O diálogo inexiste nesse governo. Não há diálogo com os servidores. Não há diálogo com os cidadãos. Não há diálogo com as instituições. Pelo contrário, o que observamos é uma postura autoritária que vem sendo adotada desde o início da administração", finalizou. 


segunda-feira, fevereiro 27, 2012

MEC divulga valor do novo piso nacional de professores em R$ 1.451

Ministério da Educação divulgou na tarde desta segunda-feira (27) que o piso salarial nacional dos professores será reajustado em 22,22% e seu valor passa a ser de R$ 1.451,00 como remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. A decisão é retroativa para 1º de janeiro deste ano.
Segundo o MEC, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024.
A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

domingo, fevereiro 26, 2012

"O único projeto do governo é a reeleição de Rosalba"

Por mais que negue o ressentimento, o vice-governador Robinson Faria, presidente regional do PSD, deixou transparecer sua mágoa com o "casal", como ele se refere à governadora Rosalba Ciarlini e seu marido Carlos Augusto Rosado, com quem rompeu no ano passado . Na entrevista que concedeu ao O Poti/Diário de Natal, Robinson disse que sua amizade com o senador José Agripino foi cortada, criticou a inexistência de projetos do governo - "O único projeto do governo é a reeleição de Rosalba" - , a situação precária da população em termos de saúde e segurança e disse que o seu partido, organizado em 132 municípios do RN, disputará as eleições deste ano em, pelo menos, 50 cidades potiguares.
Allan Darlyson // allandarlyson@dabr.com.br 
Edilson Braga // edilsonbraga@dabr.com.br 

Juliska Azevedo // juliskaazevedo@dabr.com.br 



Ana Amaral/DN/D.A Press
Quais as perspectivas do PSD para as eleições de 2012?

O PSD está organizado em 132 municípios, com diretórios formados. É lógico que não vamos ter candidatos a prefeito em todas essas cidades. O número preciso de candidatos a prefeito eu não tenho. Mas acredito que disputaremos a prefeitura em mais de 50 cidades. Em outras situações, teremos candidatos a vice-prefeito e formações da chapa proporcional. Temos uma capilaridade muito boa. O PSD está espalhado em todas as regiões do estado.

O partido poderá indicar o vice numa chapa encabeçada pela ex-governadora Wilma de Faria?

Não tem nada definido ainda no quesito apoio. Até porque não teria como definir sem consultar o partido. Eu tenho que reunir os deputados estaduais José Dias e Gesane Marinho, o deputado federal Fábio Faria, o diretório, antes de ter uma definição. Será uma decisão coletiva. Mas na conversa que teve individualmente comigo, Wilma cogitou a possibilidade de o PSD indicar o vice dela, caso venha a apoia-la na disputa pela prefeitura de Natal.

O senhor também conversa com o PT e com o ex-prefeito Carlos Eduardo?

Como sou presidente estadual do partido, eu tenho sido procurado por todos os pré-candidatos a prefeito de Natal. O PSD é um partido que tem o vice-governador, um deputado federal, dois deputados estaduais bem votados em Natal e que são bons parlamentares. José Dias é muito atuante, Gesane tem uma votação muito boa na cidade. Além disso, o PSD, tudo indica, terá o terceiro maior tempo de televisão do Brasil, pois tem 57 deputados federais. Com isso, o partido fica sendo muito cortejado. O tempo de TV vai valer ouro na campanha de Natal e Mossoró. A eleição na capital é feita praticamente na televisão, com pouca força dos comícios. O deputado estadual Agnelo Alves (PDT) já acenou para uma aproximação com o PSD em Natal. Também já tive reuniões com o deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Os dois também buscam o PSD. A todos eles eu disse que ainda não tenho uma resposta. Não vou responder pela minha simpatia pessoal. A definição será do grupo.

O senhor acredita na possibilidade de união da oposição em Natal?

Não cabe a mim essa decisão. Eles estão se encontrando entre si. Já ouve encontro de Wilma com Carlos Eduardo. Já existiram conversas de Fátima Bezerra, Mineiro e Wilma. Então, não posso me antecipar e escolher um candidato que amanhã possa até não ser mais candidato e vir a apoiar outro. Meu desejo era que as oposições seguissem unidas já no primeiro turno. Mas acho muito difícil. Gostaria que lançássemos uma chapa forte na primeira etapa. Mas, os sinais não indicam este sentido.

Quais seriam os nomes para representar a chapa forte de oposição?

É difícil responder. Até agora, Wilma não lançou-se candidata. Ela própria já adiou várias vezes o lançamento do seu nome. Ela é um nome forte, assim como também o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT). Mas, as pesquisas mostram que 80% dos natalenses ainda nãoescolheram seus candidatos a prefeito de Natal. Então, fica difícil dizer quem é mais forte quando o eleitor ainda não se interessou por escolher seu candidato a prefeito.

Quais os nomes que o PSD tem hoje para oferecer como vice na formação de uma chapa?

Qualquer nome, menos o meu. Eu não pretendo ser, pois já sou vice-governador do estado. Mas, tem Fábio, Gesane, José Dias, que são nomes que estão aí. Eles não externaram desejo de integrar a chapa. Mas são lembrados pelos pré-candidatos. São nomes com credibilidade. Fábio tem a simpatia dos jovens. José Dias é experiente, com sete mandatos. Já Gesane é uma mulher de força, uma novidade. Nunca falei com eles sobre isso. Mas os pré-candidatos veem neles essas características.

O senhor aceitaria trocar a vice-governadoria pela vice-prefeitura?

Não vejo razão para isso, pois entrei com capital político-eleitoral para ser vice-governador. Fui um vice eleito. Não seria correto com o eleitor que votou na governadora Rosalba Ciarlini (DEM), em grande parte por euser vice dela, eu abrir mão do cargo para ser candidato a vice-prefeito de Natal só por causa da contingência política.

Como é sua relação com Rosalba hoje, após o rompimento?

Não tenho atuação no governo. Nunca fui procurado por ninguém do governo até hoje para, sequer, dar uma mera opinião. Então, não há relação nenhuma. Mas, sou consciente das minhas obrigações, da liturgia do cargo que ocupo. Dou expediente normalmente como vice-governador do estado. Estou à disposição do estado, independente da questão política. Politicamente, não tenho mais nenhuma ligação com o grupo da governadora Rosalba Ciarlini.

Qual a estrutura da vice-governadoria?

É mínima. Vereadores do interior talvez tenham maior estrutura do que o gabinete do vice-governador. Tem em torno de seis cargos comissionados apenas. Por sinal, nem estão preenchidos todos, porque eu era secretário de Recursos Hídricos e, com a dificuldade que o estado tinha para a contratação de pessoal, fui o primeiro a dar o exemplo e não preencher todos os cargos, nem no gabinete da vice-governadoria nem na secretaria.

O seu último projeto como deputado estadual foi a criação do "Cidadão sem Fome", que visava a educação fiscal e a assistência às famílias carentes. Hoje, o programa não funciona mais. O governo sequer pagou o que devia ao fornecedor. Isso se deve às dificuldades do governo ou à falta de vontade política?

Eu não tenho informações de dificuldades financeiras. Já foram publicadas várias matérias na imprensa mostrando que o estado teve superávit de arrecadação. Só de ICMS o estado arrecadou R$ 1 bilhão a mais em 2011 em relação a 2010. E agora mesmo teve um novo recorde de arrecadação. Então, acredito que seja mesmo a má vontade, por ser um projeto que tem o rosto do vice-governador, que na época era deputado estadual. É muito vinculado a mim esse "Cidadão sem Fome". Acredito que por isso o governo está deixando acabar. É uma decisão política deles. 


Entrada de Serra na disputa esquenta 'mercado' das coligações; PT mira PSB


FERNANDO GALLO, BRUNO BOGHOSSIAN, DANIEL BRAMATTI - O Estado de S.Paulo

A entrada do ex-governador José Serra (PSDB) na campanha pela Prefeitura de São Paulo aumenta a tensão no "mercado" de coligações e cotas de propaganda eleitoral gratuita na televisão ao atrair partidos para a órbita tucana e empurrar o PSB, aliado do governo federal, ao campo petista.
Com Serra no páreo, a chapa tucana, que até o momento dá como certo apenas o apoio do PP de Paulo Maluf, terá também o alinhamento automático do DEM e do PSD do prefeito Gilberto Kassab. Líderes do DEM já indicaram até que, se o ex-governador sair candidato, poderão abrir mão da vaga de vice para facilitar uma composição.
A candidatura do tucano também torna mais plausível a atração do PPS e do PV, que negociam a formação de um "bloquinho" na capital. Juntos, eles somariam ao tempo de TV dos tucanos quase dois minutos por bloco de horário eleitoral, além de duas inserções de 30 segundos (veja quadro).
O PPS mantém a pré-candidatura de Soninha Francine, mas já foi sondado por Serra na quarta-feira, conforme antecipou o Estado. O partido é aliado do PSDB nas esferas federal e estadual, e apoiou a candidatura do tucano à Presidência em 2010. O mais provável é que ceda e se una a uma chapa tucana com Serra.
O PV, por sua vez, sofre forte influência de Kassab, que sempre apontou essa parceria como primeira opção no cenário eleitoral. "Participamos dos governos municipais do Serra e do Kassab", disse o presidente do partido, José Luiz Penna. "O mínimo de coerência exige abrir uma conversa com o PSDB."
Uma das maiores preocupações de Serra para entrar na corrida eleitoral é a formação de uma chapa forte em termos de exposição na televisão. A propaganda seria fundamental para reduzir a taxa de rejeição ao ex-governador, que chega a 33%, segundo a última pesquisa Datafolha.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Pery Ribeiro morre aos 74 anos, vítima de um infarto



Pery Ribeiro em foto da capa do disco 'Cores da minha bossa', de 2006 (Foto: Divulgação)

Pery Ribeiro em foto da capa do disco 'Cores da
minha bossa', de 2006 (Foto: Divulgação)
O cantor e compositor Pery Ribeiro morreu na manhã desta sexta-feira (24), aos 74 anos, vítima de um infarto, no Rio de Janeiro
De acordo com a esposa de Pery, a empresária Ana Duarte, ele estava internado havia 30 dias no Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte, para tratar de uma endocardite e tinha alta programada para esta semana. "Hoje [sexta-feira] pela manhã fomos surpreendidos com esse infarto fulminante", lamentou Ana, casada há 20 anos com o artista. Ele deixa dois filhos: Paula, do seu primeiro casamento, e o produtor de comerciais Bernardo Martins.
A carreira
Pery iniciou a carreira artística aos três anos, quando fez a dublagem do anão Dengoso em filmes de Walt Disney ao lado de sua mãe, que interpretava a Branca de Neve. Aos 5 anos, em 1942, participou de “It’s all true”, o filme inacabado de Orson Welles, filmado no Brasil. Em 1959, trabalhando na TV Tupi como operador de câmera, foi convidado para participar do programa de Paulo Gracindo na Rádio Nacional.
Assumiu, então, o nome artístico de Pery Ribeiro, seguindo sugestão de César de Alencar. Ainda em 1960, gravou seu primeiro disco, um compacto duplo contendo a canção "Sofri você" (Ricardo Galeno e Paulo Tito), entre outras.
Pery gravou a primeira versão comercial de "Garota de Ipanema", de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, além de 12 discos dedicados à bossa nova. A partir da década de 1970, se dedicou a trabalhos mais voltados para o jazz, ao lado de Leny Andrade, viajando por México e Estados Unidos, onde atuou também ao lado do conjunto de Sérgio Mendes.
Ganhou mais de 60 prêmios na carreira, incluindo o Troféu Roquette Pinto, o Chico Viola e o Troféu Imprensa. Além da carreira musical, foi apresentador de programas de televisão e participou de filmes no cinema nacional.

CORPO DA EMPRESÁRIA ELIANA TRANCHESI É VELADO NO HOSPITAL ALBERT EINSTEIS NO MORUMBI EM SP

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O corpo da empresária Eliana Tranchesi, ex-dona da butique de luxo Daslu, era velado por volta das 9h desta sexta-feira (24) no Hospital Albert Einstein, no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo. Eliana morreu no início desta madrugada.
A assessoria de imprensa do hospital não havia informado até o horário o motivo da internação da empresária. Segundo a assessoria, a causa da morte só será divulgada após autorização de familiares da empresária. A assessoria da Daslu também não informou a causa da morte de Eliana, informando apenas que ela vinha lutando contra um câncer no pulmão desde 2006.
O corpo de Eliana será enterrado do Cemitério do Morumby, na Zona Sul. Segundo a assessoria de imprensa da Daslu, o corpo deverá ser enterrado às 15h.
Eliana comandava a empresa fundada há mais de 50 anos anos por sua mãe, Lucia Piva. Em março de 2009, ela foi condenada a 94 anos e meio de prisão por crimes como descaminho, formação de quadrilha e falsidade ideológica, como resultado da operação Narciso, da Polícia Federal (PF).Ela chegou a ficar presa logo após o julgamento, mas foi solta por meio de um habeas corpus.
Em fevereiro de 2011, os credores da Daslu aprovaram o plano de recuperação judicial que previa a venda da empresa. A butique de luxo foi vendida ao Fundo Laep, do empresário Marcus Elias. Pelo plano, Eliana Tranchesi, que era controladora da Daslu, manteve a futura loja do shopping JK, para onde foram transferidas as operações da Villa Daslu. A “antiga” Daslu, que ficou nas mãos da empresária, é, hoje, responsável por negociar os estimados R$ 500 milhões em dívidas com a Receita Federal.

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