quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Fafá Rosado reconhece que vaga no Tribunal de Contas está na mesa de negociações da renúncia

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A prefeita Fafá Rosado (DEM) admitiu em entrevista ao jornal Tribuna do Norte que pode renunciar ao cargo para o qual foi eleita para permanecer até 31 de dezembro. Ela também delimitou o final do mês de março como a época em que ela deve deixar o Palácio da Resistência, para que a vice-prefeita Ruth Ciarlini (DEM) tenha condições jurídicas de disputar a reeleição.

Na entrevista a prefeita deixou bem claro que a vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), em aberto desde setembro, está na mesa de negociações e a vaga é para ela, que descartou a possibilidade de o marido e deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM) assumir o posto. "Leonardo irá permanecer na Assembleia cumprindo o seu mandato. Estamos conversando e trabalhamos a parceria com todo nosso grupo, não é só o DEM, mas são todos os partidos. E nosso grupo político entende que é importante ter uma cadeira na Assembleia com o deputado Leonardo ocupando. Está descartado. Não foi conversado sobre isso. É importante que o deputado Leonardo continue na Assembleia", destacou.
A prefeita disse que assumir uma vaga no TCE seria um desafio. "Todo local que a gente vai não deixa de ser um desafio. Quando vem alguma coisa para mim, gosto de enfrentar, mas ainda nem pensei nessa possibilidade. Estamos no último ano de gestão, e a vontade que tenho é de trabalhar cada vez mais. Digo-lhe que tudo que vem para mim assumo como desafio, mas essa (o cargo de conselheira do TCE) é uma coisa que ainda não foi amadurecida", destacou.
Sobre a possibilidade de renúncia, ela disse que o assunto ainda precisa ser amadurecido, mas está na mesa de negociações. "Vamos ver o que é melhor para o nosso grupo e consequentemente para a cidade de Mossoró. Depois é que nós vamos nos posicionar. Não há nada confirmado, estamos amadurecendo. Estamos conversando para encontrarmos um nome (candidato a prefeito de Mossoró) que seja apoiado por mim, pelo deputado Leonardo, pela governadora, pelo senador José Agripino, pelo deputado Betinho e por todos os aliados. Não tem nada decidido. Podemos pensar. Se no momento for melhor para o grupo, melhor para a nossa cidade, não tem nada amadurecido", acrescentou.
A prefeita classificou a possibilidade de renunciar como um atendimento a um "desejo" da governadora Rosalba Ciarlini e da irma dela. "Realmente a gente percebe que é desejo da governadora (Rosalba), e da própria Ruth, que já assumiu a Assembleia Legislativa e hoje é vice-prefeita. Ela tem esse desejo. Mas não podemos descartar outros nomes como dos vereadores Chico da Prefeitura e Cláudia Regina. São três nomes (Ruth, Cláudia e Chico) que são bem avaliados e poderão disputar a Prefeitura de Mossoró", acrescentou. 


ASSESSORIA
A reportagem fez contato com o gerente executivo da Comunicação Ivanaldo Fernandes para saber mais informações acerca da entrevista, mas ele não atendeu nem retornou as ligações.

Mãe da prefeita afirma que decisão desrespeita memória de Dix-neuf
Na primeira semana de janeiro, a prefeita Fafá Rosado (DEM) deu uma entrevista à TCM afirmando que não renunciaria. Para reforçar as palavras, participou da entrevista na casa de praia dela, em Tibau, a mãe da chefe do Executivo municipal, Odete Rosado, que disse que a atitude desonraria a memória do pai Dix-neuf Rosado.
Na entrevista reproduzida no blog do jornalista Julierme Torres, Odete Rosado explicou os motivos que levariam à renúncia a ser uma desonra à memória de Dix-neuf. "O pai dela nunca foi de começar um trabalho e não terminar", acrescentou.
Na época as declarações da mãe da prefeita foram interpretadas por muitos setores da mídia como uma prova definitiva de que a prefeita não renunciaria.

Cláudia Regina afirma que prefere aguardar decisão oficial do DEM
A vereadora Cláudia Regina, ao ser contatada pela reportagem do jornal O Mossoroense, declarou estar tranquila quanto ao noticiário em torno de uma possível renúncia que viabilize a candidatura de Ruth Ciarlini.
A parlamentar declarou que não tem o que opinar o sobre o assunto. "Não tem o que achar sobre esse assunto. Tenho que respeitar a prefeita. Repito o que venho dizendo: continuo esperando uma posição oficial do meu partido e respeito muito as decisões das pessoas", declarou.
Questionada a respeito do destino político que deve seguir diante do quadro político que se desenha com a possível renúncia de Fafá, Cláudia Regina evitou emitir opinião. "Cada coisa ao seu tempo. Tudo ao seu tempo", destacou.
Sobre a possibilidade de disputar a reeleição de vereadora, Cláudia disse que essa hipótese está descartada. "Foi uma decisão tomada em conjunto com a família e é definitiva. É uma decisão pessoal. Não fico por aí dizendo o que vou fazer e volto atrás. Não tomo decisão por birra ou raiva", acrescentou.
A parlamentar disse que não disputa a reeleição nem sob apelo partidário: "Sempre contribui com meu partido e espero que meu partido respeite a minha decisão".

"Essa decisão ofende ao povo que vota em mim", declara Chico
O vereador Chico da Prefeitura reagiu com ironia ao ser provocado pela reportagem do jornal O Mossoroense a comentar a admissão de Fafá Rosado de que a renúncia é possível. "Achei maravilhosa porque é muito bom quando uma pessoa decide. O mandato é dela. Quem sou eu para decidir por ela?", destacou. Em seguida, ele disparou: "Essa decisão ofende ao povo que vota em mim. Muita gente já me disse que vota nulo", frisou.
Na sequência ele fez uma comparação entre a democracia brasileira e postura do DEM mossoroense. "Estamos numa democracia plena e moderna, mas nos partidos vivemos como se fosse numa ditadura. O que vale é o poder de barganha. Isso me entristece na política do Rio Grande do Norte", acrescentou.
O parlamentar disse ainda que está acostumado com os tombos que o DEM mossoroense proporciona para ele. "Não será o primeiro nem o último", declarou.
Questionado se aceitava ser o vice ou disputar a reeleição como forma de fortalecer a bancada do DEM, Chico disse que as duas hipóteses são remotas. "Perdi o pique porque o povo me queria candidato a prefeito e não a vereador", destacou.
O demista avaliou também a possibilidade de subir no palanque da oposição. "Não quero ter que tomar essa decisão, mas se tiver que fazer isso, eu faço", ameaçou.
O vereador disse ainda que não vai tomar qualquer decisão agora: "Não vou colocar o carro na frente dos bois. Vamos deixar o tempo correr. Não vou dar mais de clarações que depois não vou ter como cumprir".

TCE evita polemizar sobre vaga de Fafá
Dinarte Assunção
Portal Nominuto.com

O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Valério Mesquita, prefere tratar com silêncio o arranjo político que tenta pavimentar o caminho da prefeita de Mossoró, Fafá Rosado (DEM), à Corte de Contas do RN. "Prefiro não opinar sobre o assunto. A competência constitucional é da governadora Rosalba Ciarlini", sentenciou.
Valério Mesquita afirmou que ao TCE cabe receber a indicação que deverá ser feita pela governadora. Para ele, "as críticas e aplausos virão da opinião pública".
Instado a se manifestar, generalizadamente, sobre o que pensa a respeito de um cargo de fiscalização ser preenchido para atender interesses políticos, Mesquita descontraiu: "Meu caro, se você estivesse na cadeira em que estou agora, daria a mesma resposta. Não posso opinar sobre esse assunto".
A vacância gerada pela aposentadoria do conselheiro Alcimar Torquato, cinco meses atrás, tem servido de trunfo à governadora Rosalba Ciarlini, a quem cabe a indicação.
A estratégia é manter seu grupo no domínio da Prefeitura de Mossoró, da qual Fafá Rosado é alcaidessa em segundo mandato. Vice-prefeita e irmã de Rosalba, Ruth Ciarlini é a preferida dentro do Democratas. A legislação, contudo, impede que ela seja candidata a prefeito, mas permite que dispute a reeleição. Para ser reeleita como prefeita de Mossoró, Ruth precisa da renúncia de Fafá Rosado, a quem está sendo oferecida a vaga no TCE.
Em entrevista ao Nominuto.com no fim de 2011, e no Jornal 96 em janeiro deste ano, a governadora Rosalba Ciarlini negou a existência de articulação para conduzir a prefeita de Mossoró ao TCE e, assim, viabilizar a ascensão da irmã. Fafá tem sido enfática ao dizer que terminará seu mandato. Nem ela mesma, contudo, acha isso provável.
"É provável que Fafá não aceite a vaga, mas renuncie em favor de seu marido", comentou a fonte à reportagem. O esposo é o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). O sacrifício de Fafá se justifica: se a indicação for em seu nome, o Ministério Público Estadual não deverá ficar calado diante do caso que poderá ser enquadrado como nepotismo.
A prefeita Fafá Rosado e seu irmão e chefe de Gabinete, Gustavo Rosado, não atenderam às chamadas da reportagem. O Nominuto tenta falar com a governadora Rosalba Ciarlini.

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