Brasília (AE) - O candidato derrotado do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), declarou-se líder da “mais vigorosa oposição que o Brasil já assistiu”. Em ato político entre tucanos e integrantes de partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), Aécio disse que os 51 milhões de votos dados a ele pelos eleitores brasileiros fortalecem a atuação da oposição no País. “Farei a oposição com as convicções com que eu governaria, com os mais pobres e que mais precisam. Não vamos permitir dividir o Brasil entre nós e eles”, disse.
Marcos Oliveira/AE
Aécio rebate governistas e lembra que aumento da Selic contradiz discurso de Dilma na eleição
Aécio rebate governistas e lembra que aumento da Selic contradiz discurso de Dilma na eleiçãoO senador se disse respaldado pelos 51 milhões de votos que teve no segundo turno. “Aqueles que ganharam as eleições, que governam o Brasil, quando olharem para o Congresso não contabilizem a oposição pelo número de cadeiras da Câmara e do Senado”, afirmou. “Em cada voz enxergue através dela 51 milhões de brasileiros atentos, acordados, vigilantes. Vamos fazer a mais vigorosa oposição que esse Brasil já teve em defesa dos brasileiros, da ética e da moral”, discursou.
Aécio reforçou o embate contra o PT, apontado por ele como um partido que fez “o diabo” para ganhar as eleições, utilizando a máquina pública para vencer. “O diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas nesta eleição”, declarou. “Sempre que o PT teve de optar pelo PT, ele optou e o Brasil perdeu”, disse, citando a oposição petista ao Plano Real e à Lei de Responsabilidade Fiscal.
O tucano disse que o governo está “envergonhado” pela forma como administrou a campanha eleitoral e por tomar medidas que acusou ele, Aécio, de tomar se fosse eleito, como o aumento da taxa básica de juros (Selic) e da gasolina. “Eles nos acusavam de ser os grandes patrocinadores do capital financeiro. O que aconteceu poucos dias depois da eleição foi a taxa de juros aumentar para combater uma inflação que para eles não existia”, disse.
Aécio voltou a afirmar que, durante a campanha, foi atacado com “armas que não são decentes, não são honradas”. “Fizeram da mentira sua principal arma de luta e isso não dignifica quem ganhou”, disse, ressaltando que ele, Eduardo Campos e Marina Silva (ambos do PSB) passaram pelos “mais torpes ataques”.
O parlamentar mineiro destacou que qualquer tentativa de conversa entre o governo da presidente Dilma e a oposição está condicionado à investigação e à punição das denúncias de corrupção que atingem a Petrobras, principal assunto da campanha presidencial deste ano.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), candidato derrotado na disputa pelo governo da Paraíba, reforçou o discurso tucano de que o PT utilizou método de desconstrução de oponentes no campo estadual. “Não se pode aceitar o método que foi praticado e precisa ser combatido de forma eloquente e veemente para o Brasil”, disse o parlamentar.





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