O advogado Mário de Oliveira Filho, responsável pela defesa do lobista Fernando Soares, conhecido “Fernando Baiano”, afirmou nesta quarta-feira (19) que, no Brasil, empresário que não paga “alguma coisa” não faz obra pública. Oliveira Filho esteve na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, nesta tarde, para acompanhar o depoimento do cliente dele, que se entregou nesta terça (18) às autoridades policiais. O interrogatório, no entanto, foi adiado para esta quarta (20).
“Acontece uma coisa muito curiosa que ninguém percebe. O empresário, se porventura faz uma composição ilícita com algum político para pagar alguma coisa, se ele não fizer isso [...] E quem desconhece isso, desconhece a história do país. Você pega uma prefeitura do interior, uma empreiterinha com quatro funcionários, se não fizer acerto, não põe um paralelepípedo no chão”, disse o defensor de Fernando Baiano na portaria da PF paranaense.
Apontado pelo doleiro Alberto Youssef como operador do PMDB no esquema de corrupção que envolve a Petrobras, Fernando Baiano, na avaliação do advogado, está sendo usado como “bode expiatório” no processo da Lava Jato. O PMDB nega que Baiano tenha qualquer elo com o partido.
O cliente de Oliveira Filho era um dos dois últimos foragidos da nova etapa da Operação Lava Jato. Até se entregar, ele era procurado pela Polícia Federal e pela Interpol.
Ao depor à PF e ao Ministério Público Federal em outubro, o doleiro Alberto Youssef, considerado um dos líderes da organização criminosa desarticulada pela Lava Jato, disse à Justiça Federal do Paraná que Fernando Baiano fazia a ponte entre a construtora Andrade Gutierrez com a Petrobras.
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