segunda-feira, julho 30, 2012

Denúncia do ‘JB’ em 2004 gerou a ação penal de maior impacto da história do STF


Jornal do BrasilLuiz Orlando Carneiro, Brasília  
Há quase cinco anos, no dia 28 de agosto de 2007, o plenário do Supremo Tribunal Federal concluiu o até então mais longo julgamento de sua história (cinco dias de sessões, 30 horas de votos dos ministros), e transformou em réus todos os 40 denunciados pela Procuradoria-Geral da República no inquérito do mensalão do PT. Inclusive os 24 acusados de formação de quadrilha para a prática de crimes como os de corrupção ativa e passiva, à frente dos quais o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, os ex-dirigentes do PT José Genoino e Delúbio Soares, e o publicitário-empresário Marcos Valério, o principal operador da “sofisticada organização criminosa”, conforme a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República da época, Antônio Fernando de Souza. 
Nesta quinta-feira, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo — hoje com 38 réus e quase 70 mil folhas (totalmente digitalizadas) — inicia o que será o mais longo julgamento do STF — previsto para durar mais de um mês — com a leitura reduzida de seu relatório de 120 páginas, há muito disponibilizado. Logo depois, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá cinco horas para fazer a sua sustentação oral, na qual vai reforçar as denúncias referentes a 36 dos 38 réus, e solicitar a absolvição, por falta de provas suficientes, de Luiz Gushiken (ex-ministro de Comunicação Social no primeiro governo Lula) e de Antonio Lamas (irmão do ex-tesoureiro do antigo PL Jacinto Lamas, também réu). 
A capa do 'JB' de 24 de setembro de 2004
A capa do 'JB' de 24 de setembro de 2004
Furo do ‘JB’ 
Em 24 de setembro de 2004, o Jornal do Brasil foi o primeiro veículo de comunicação a empregar o termo “mensalão”, em matéria dos repórteres Paulo de Tarso Lyra, Hugo Marques e Sérgio Pardellas, intitulada “Miro (Teixeira) denuncia propina no Congresso”. A reportagem explicava que “mensalão” era uma “mesada fixa em troca de votos favoráveis (dos parlamentares) no painel eletrônico”.  

                                                            

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