Partidos falídos, a disputa é entre os grandes em 2010
O deputado Gustavo Carvalho, não falou sozinho, tem o respaldo da chefe, quem está dizendo é o eleitor. Estou sempre dizendo que não subestimem o vice Iberê Ferreira de Souza, quem o conhece sabe da sua habilidade política. A governadora Wilma não vai dizer que autorizou o deputado a dar aquela entrevista, e também não dizer que que o deputado falou por ele. Na verdade Wilma é bastante inteligente e sabe que não pode queimar o nome de Iberê, ele terá em 2010 a chave do cofre e poderá de uma canetada só acabar com o sonho de Wilma ser a segunda senadora do Rio Grande do Norte.Acho que os partidos no Brasil deixaram de existir. Lula não fala no PT nem obrigado, ele sabe que seu partido está falido, queimado e cheio de corruptos. É muito importante analisar o quadro político do RN. A disputa de governo, que é o carro chefe de uma campanha, temos fortes candidatos, Iberê, Robinson, João Maia, Carlos Eduardo e Rosalba Ciarline que mesmo longe da hora "H" lidera as pesquisas. Para o senado temos José Agripino, Wilma e Garibaldi, um importante detalhe, é que um já derrotou o outro entre si. Garibaldi derrotou Wilma em 1985 para prefeito de Natal, Wilma derrotou Garibaldi para o governo em 2004 e Garibaldi derrotou José Agripino em 1998 São treis feras, e um vai dançar. Os partidos brasileiros faliram. Morreram. Ou o que é pior, viraram legendas e propriedades privadas de seus dirigentes. A governadora continua dizendo que tem o controle da situação, que sua base está unida, isso é conversa prá leigo. Seu candidato é Iberê, a não ser que ela resolva sair candidata a deputada federal, o que eu acho até provavel, caso contrario se contrariar Iberê ela vai ficar sozinha e ai será seu suicidio politico.
Do outro lado
Do outro lado está o senador José Agripino, é um nome de peso, líder do seu partido(DEM), no Congresso Nacional, um nome respeitado em todo o Brasil. Comanda uma aliança com a prefeita Micarla, deputados e principalmente sua candidata ao governo senadora Rosalba Ciarline. O senador Agripino, já foi duas vezes governador e treis vezes senador, é muito querido em Natal e no interior, dos candidatos é o que tem a melhor equipe, só falta um homem de campo com conhecimento para detectar os furos da campanha, que a olho longo existem algumas falhas pois ninguem é perfeito. Ele tem um excelente quadro. Eu e seu assessor Esdras Alves, em 1990 fizemos juntos a campanha de José Agripino para o governo e Flávio Rocha para deputado federal.
Os Bacuraus
O senador Garibaldi é outro candidato a reeleição, assim como Agripino, foi governador duas vezes,treis vezes senador e quatro mandatos de deputado estadual. Ele é incansável, pois vem de uma maratona longa. Sua reeleição não é fácil, pela posição que seu primo Henrique Alves vem anunciando, ou seja, se manter na base de Lula, o barco de Lula começa a afundar a partir de março quando acabará seu governo, pois os políticos passarão a se alinhar na direção do candidato com mais chances de vitória. Sua candidata, a ministra Dilma, é arrogante e dura com seus pares, imaginem o que ela não fará com o povão. Diferente de Lula que é populista e demagogo, ela é elitista e arrogante. Se Garibaldi for na onda de Henrique ficará sem mandato, o povo não perdoa.
Agnelo Alves
Estória da história: Monsenhor Walfredo foi o último governador a se manifestar pelo AI-5
Nenhum governador do Estado tinha se indignado mais com o AI-5 do que o Monsenhor Walfredo Gurgel. (Agnelo Alves)Não falei com ele na mesma noite da decretação fatídica que vitimou com a vida de milhares de brasileiros presos, torturados e assassinados. Falei no dia seguinte. A vítima, porém, mais importante, entretanto, foi quem, a contra-gosto, assinou o AI-5, o presidente Marechal Artur da Costa e Silva.
Eleito pela “linha dura” do golpe de 64 para sucessor do presidente, também marechal, Castelo Branco, o general Costa e Silva teve como ministro do Exército do “golpe militar” um comportamento hostil ao próprio Castelo Branco e a quem pudesse significar o “esfriamento” do que tomou nome de “Revolução”. O presidente marechal Castelo Branco não contou com o apoio do general Costa e Silva, quando resistiu em assinar o AI-2, logo após o “golpe”.
Mas, Castelo conseguiu votar uma Constituição, registrando-se a primeira fraude diante da nação impotente. Os relógios do Congresso Nacional, mas precisamente, os da Câmara Federal, foram “atrasados” para que a votação e promulgação da nova Constituição tivessem obedecidos aos “prazos legais”.
Promulgada a Constituição, o presidente Castelo Branco tratou de armar a própria sucessão. Queria um civil como sucessor. Mas marechal Costa e Silva, em nome da “Linha Dura”, vetou. O sucessor teria que ser um general. No caso, ele, Costa e Silva. Os políticos cederam. E o general Costa e Silva foi eleito pelo voto indireto dos deputados federais e senadores, sendo promovido, ao sair para a reserva, à Marechal.
O presidente Costa e Silva surpreendeu pelo comportamento democrático. Já não era general. Veio a crise com a negativa, pela Câmara, de cassação do deputado Márcio Moreira Alves. A “Linha Dura” não aceitava a decisão da Câmara, a exemplo de Castelo Branco, obrigado a decretar o AI-2. Não tiveram como resistir. (Agnelo Alves)Na noite do AI-5 previ para Celina que a truculência daria até em prisão na família. Não imaginava que fosse eu... Mas foi exatamente eu, na família Alves, o prisioneiro.
Costa e Silva cassou Aluízio Alves, atendendo a imposições políticas locais e amizades pessoais na mesa de jogo em que somente ele “ganhava”. Todos os demais “perdiam”. Quis abreviar o período de vigência do AI-5. Não conseguiu. Quando tomou conhecimento de minha prisão, determinou que fosse imediatamente solto e voltasse para a Prefeitura. Não foi obedecido, como fora enganado ao cassar Garibaldi, pai. Confrontado e desmoralizado, Costa e Silva teve um derrame cerebral. Foi substituído na Presidência não pelo vice-presidente, Pedro Aleixo. Mas, por uma junta Limitar, que – diga-se – me cassou.
Todos os governadores, preservando-se seus mandatos, assinaram telegrama de solidariedade pelo AI5. O Monsenhor Walfredo Gurgel recusou-se a ter o mesmo procedimento. Quando da cassação de Aluízio, quis renunciar. O próprio Aluízio não só apelou para ele não renunciar, como para que adotasse um comportamento que preservasse o seu mandato de governador para não satisfazer os adversários.
Foi Manoel de Medeiros Brito, chefe da Casa Civil, interpretando o pensamento de todos os amigos e correligionários, quem levou a Caicó o rascunho do telegrama para monsenhor assinar. O último governador a assinar o apoio ao AI-5.