quarta-feira, julho 22, 2009

João Francisco de Borja ( Joca Soares )Fundador de Areia Branca -RN


A ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA

Foi um periódo de glória do nosso povo. Em Mossoró, sede da circunscrição, é fundada em reunião no dia 6 de janeiro de 1883, a histórica Sociedade Libertadora Mossoroensse sob a presidência de Joaquim Bezerra da Costa Mendes, um cearense ali radicado, sempre voltado para os mais sofridos. Aconteceu porém, que, no dia 30 de setembro, em Mossoró, que consagra a abolição dos seus 86 escravos existentes na cidade. O dia 30 de setembro é dia de festa em Mossoró.
Areia Branca, em 1883 era um simples povoado e pertencia ao município de Mossoró, teve participação nos históricos acontecimentos abolicionistas, são imprecisas as notícias e nela figuravam apenas cinco de seus habitantes. Segundo a citação de Luiz Fausto, graças a segura e bem orientada pesquisa realizada em 1977, pelos professores Vingt-Un Rosado e sua esposa América Rosado, publicada no seu livro"Alguns Subsídios á Saga Quase Centenária da Abolição Mossoroense( tive a oportunidade de conhecer Vingt-Un, D. América e Luiz Fausto de Medeiros, aprendi com eles, me deram importantes informações para enriquecer o meu livro 1, A História dos Municípios do RN). No livro de doutor Vingt-Un Rosado e D. América, esclarece os fatos históricos, da participação de Areia Branca, com a publicação na íntegra da ata da sociedade que Almino Afonso fundou no povoado, no dia 10 de outubro, quando da sua passagem para Fortaleza, que transcrevemos:
"Ata da inauguração da Sociedade Interservil - Os Trabalhadores do Mar."Em 10 de outubro de 1883, na povoação de Areia Branca, porto de Mossoró, no Rio Grande do Norte, reunidos todos os moradores circunvizinhos, para o fim humanitário e civilizador de auxiliar, por todos os meios e a toda transe, a libertação dos escravos da Província, ou que venham a ela socorrer-se, ou por acaso nesta Barra aportarem, foi unanimemente proclamado pelo presidente, o Sr. Libanio da Costa Pinheiro; 1º vice-presidente João Francisco de Borja; 2º vice-presidente Jeremias Gomes Galvão Guará; 1º secretário José Antonio Freitas de Carvalho; 2º secretário Francisco Nogueira da Costa; tesoureiro Laureano Ângelo da Silva; procuradores Antonio Bento de Souza e Raimundo Gomes Galvão Guará; diretores: André Corsino de Medeiros, Raimundo Nonato Cavalcante, João Francisco de Mendonça, João Felix do Vale, João Henrique do Rego e Geraldo Guilherme de Melo. no mesmo ato foi sancionado como regimento e Lei da Sociedade com o seguinte termo: Art. Único sem parágrafos: - Fica absolutamente proibido embarcar ou desembarcar escravos no por e barra de Mossoró. Todos os meios são reconhecidos lícitos para o fim de realizar esta resolução dos Trabalhadores do Mar. E para constar se lavrou a presenta Ata, em que assinaram todos os cidadãos presentes.
deste movimento abolicionista promovido pelo Dr. Almino Afonso, no pequeno povoado de Areia Branca, resultou logo depois, um acidente marítimo que teria sido de graves consequencias se não fora a reconhecida habilidade dos nossos marinheiros, que apenas, quiseram comprovar que eram lícitos todos os meios para impedir o embarque e desembarque de escravos em nosso porto. À força quando chegou a Areia Branca, nimguem quis vender nem um pão e foi o próprio Líbanio, presidente da Sociedade abolicionista, que acolheu o capitão e seus comandados, que naturalmente, não poderam prosseguir dalí.
No livro" Terra e Gente de Mossoró" de Raimundo Nonato da Silva, na página da "Galeria Abolicionista", cita os areia-branquenses ou aqui residentes, conhecidos como os únicos participantes do movimento da abolicionista. Os nomes: Libanio da Costa Pinheiro, nasceu em Natal era funcionário público, como presidente da Sociedade Libertadora, exercia um grande papel, recebia os pretos clandestinos e fugitivos, oriundos a maior parte do Recife. de forma inteligente e com precauções, distribuía esses escravos para outras localidades, especialmente para Mossoró, onde a Libertadora lhes dava destino final.
André Corsino de Medeiros, natural de Macau-RN. Tinha uma forte vinculação com o mar. Foi durante muitos anos encarregado de missões importantes de atividades marítimas, foi Prático-Mor da barra de Mossoró. Seu nome está lidado a campanha abolicionista e pertenceu a Loja Maçônica 24 de junho de Mossoró.
João felix do Vale, natural de Areia Branca, era comerciante e industrial, teve um desempenho importante nos negócios.
João Francisco de Borja, o grande mossoroense. Fundador de Areia Branca, um notável e intrépido abolicionista. No circulo de suas relações de amizade e no comércio era mais conhecido como Joca Soares. Suplente de vereador de 1869 a 1872 e vereador de 1881 a 1882. Foi pioneiro do progresso de Areia Branca, recebeu ajuda de muitos amigos que a seu convite passaram a trabalhar colocando suas inteligencias e seus negócios a favor do desenvolvimento da nossa terra. Joca Soares construiu a primeira casa de alvenaria na ilha de Maritacaca, foi pioneiro na construção das primeiras salinas. O historiador Luiz Fausto foi criado por Maria Praxedes de Gois,filha de Joca Soares e era casada com Manoel Lucio de Góis, eram os pais de Antônio Lucio de Gois(meu avô),Cabôco Lucio, pai de D. Odete de Gois Rosado, que mãe da atual prefeita de Mossoró Fátima Rosado(Fafá).
Pedro Celestino Tinôco, nasceu em Natal. Foi comerciante em Areia Branca, Juiz de Paz e vereador em Mossoró de 1881 a 1882. Foi um abolicionista.





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