Pesquisa
Está nas mãos do comando do DEM do Rio Grande do Norte a nova pesquisa realizada pelo IPESP sobre a sucessão 2010. Números colhidos nos dias 16 e 17 de julho, há duas semanas, mostra o eleitor potiguar os nomes e cenários do momento. O Blog teve acesso ao resultado da sondagem e mostra os principais pontos que mais interessa ao eleitor.
Deputado EstadualRobinson Faria
Pesquisa – IPESP
Para o governo, a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) aparece em posição confortável em relação a todos os governadoráveis. Resultado 1: Rosalba 61%; Robinson Faria (PMN) 19%. Resultado 2: Rosalba 67%; Iberê Ferreira (PSB) 11%. Resultado 3: Rosalba 68%; João Maia (PR) 10%. O ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) não fechou os quatro pontos. Carlos Eduardo na minha avaliação, juntamente com João Maia, deverão se candidatar a vice-governador ou a deputado federal
Pesquisa-IPESP
A pesquisa do Ipesp identificou outro resultado positivo para Rosalba Ciarlini. Quando colocada contra os outros quatro governadoráveis na mesma questão, a vantagem se consolida. A democrata aparece com 49%, enquanto os outros oscilam entre 4% e 12%. Nesse cenário, o Ipesp incluiu o nome do deputado federal Henrique Alves (PMDB), que chegou a ser ventilado para o governo.
Governadora Vilma de Faria
Pesquisa IVO Ipesp também fez simulação com chapa completa, ou seja, para Governo do Estado e Senado Federal. Resultado 1: a chapa Rosalba/José Agripino/Garibaldi Filho aparece com 66% da intenção de votos, contra 16% da chapa Iberê/Wilma de Faria/outro candidato. Resultado 2: Rosalba/Agripino/outro candidato tem 64%; contra 18% de Iberê/Wilma/Garibaldi Filho.Não foram incluídas as frações, para, facilitar a leitura.
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Fechem a boca bacuraus
O PMDB do Rio Grande do Norte decidiu ficar calado. Os líderes Garibaldi Filho e Henrique Alves fizeram um pacto de não falar sobre nomes e alianças em relação a 2010, até que o partido tome a decisão, ouvindo as bases. Tudo aconteceu na reunião com os prefeitos do PMDB, sexta-feira, dia 3.o que sabemos é que 71% dos prefeitos querem Rosalba. Se o jogo for igual a eleição de prefeito, os bvacuraus vão amargar mais uma derrota, pelo menos é o que os institutos de pesquisas estão apontando, e tem mais em Mossoró Rosalba abocanha sómente 92% do eleitorado. É que for na onda, pode cair do cavalo.
Agaciel Maia e Carlos Zoghbi
Segundo a pela Comissão de Sindicância, o potiguar Agaciel Maia cometeu crimes de improbidade e prevaricação no exercício da direção geral do Senado. O ex-diretor João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos)também está arrolado . Com a sindicância em mãos, o presidente José Sarney (PMDB) vai resolver se abre processo administrativo contra os dois. Ora nós que conhecemos Agaciel Maia, sabemos que ele não praticaria estes atos se não recebesse ordens da Mesa do Senado. Eles não brinquem, porque se ele abrir a boca vai ter muita gente que vai para o fundo do poço, e Sarney será o primeiro
Marinho Chagas
A entrevista que o repórter da Tribuna do Norte, Vicente Estevam fez com o maior lateral direito do Mundo, Marinho Chagas, merece que o nosso Blog reproduza na íntegra. De parabéns está o excelente repórter Vicente Estevam.
Vicente Estevam - Repórter
Acometido pela hepatite tipo C, uma doença que aflige grande parte dos atletas que estiveram em atividade durante os anos 70 e depois de ter revelado seu problema de dependência química, o craque Marinho Chagas se mostra disposto a driblar as armadilhas do destino e apagar a imagem de ex-ídolo-problema que o acompanha há alguns anos. Remotivado e certo de que vai dar a volta por cima, o melhor lateral-esquerda do Mundo pensa em implantar um projeto para ajudar ciranças carentes, no bairro da Redinha, e também publicar um livro de memórias, onde pretende expor a “caixa preta” de sua vida. Além do trabalho com crianças, outro fato que motivou a “Bruxa” a buscar ajuda para largar o vício e inciar o sério tratamento contra a hepatite, foi o fato de Natal ter sido escolhida como uma das sedes do Mundial de 2014, onde ele pretende se transformar numa espécie de embaixador da cidade na recepção das delegações estrangeiras.
O que motivou você a lutar por sua recuperação?
Primeiro, eu quero agradecer à torcida abecedista pela grande ajuda que me deu adquirindo a camisa em minha homenagem, aquela frase estampada nela “Um Guerreiro Nunca Desiste” foi uma preliminar desse incentivo para eu tentar recomeçar a minha vida.
Mas qual foi a sua grande motivação para abandonar as bebidas?
A minha decisão de parar também foi motivada pelo projeto que tenho de tocar uma escolinha de futebol aproveitando o terreno que tenho na Redinha, onde vou contar com a ajuda de alguns amigos holandeses que estiveram comigo na Copa de 1974, na Alemanha. Será um centro esportivo e educativo para crianças de 6 a 12 anos. Eu tenho uma estrutura quase montada, mas que está parada há quatro anos e também necessitarei da ajuda de alguns amigos e empresários para colocar o projeto para frente.
Esse projeto não é novo, então por que está parado há tanto tempo?
Porque eu era irresponsável! Eu era irresponsável! Ninguém acredita em quem bebe e depois que me aposentei, me acomodei e junto a isso muitas outras coisas ocorreram. Outros amigos também se aposentaram, viviam me convidando para as farras e o tempo foi passando e muita gente foi ocupando o meu espaço. Quero me recuperar, porque acho que em Natal o único mundialista sou eu, eu sou o melhor do mundo e não deixei de ser de Natal, joguei na seleção ao lado de Rivelino, Carlos Alberto; atuei no Cosmos ao lado de Pelé, Beckenbauer. Então eu peguei uma geração de jogadores que não são apenas ídolos, mas que se transformaram em verdadeiros mitos dentro do futebol.
Você acredita que modificando a postura poderá tirar algum proveito disso?
Essa minha parada acredito que aconteceu no momento certo, eu me internei duas semanas antes de Natal ser anunciada como uma das sedes da Copa de 2014 — o que para mim foi uma surpresa. Quando os emissários da Fifa estiveram por aqui eu não estava presente, me encontrava na Holanda buscando patrocínio para o meu projeto. Então muita gente pensou que o governo do estado e a prefeitura não tinham me convidado para participar da comitiva de recepção, mas eles convidaram sim. Agora após a escolha da nossa cidade como sede, parei de ser irresponsável e acredito que ninguém poderá representar melhor a nossa cidade nessa festa do que o Marinho Chagas.
E por que a escolha da Casa de Saúde Natal para se internar?
Vim para cá por ser um local especializado em tratar de pessoas em todos os aspectos que você imaginar, com problemas de drogas, cigarro, álcool, ou seja, com capacidade para tratar de pacientes com qualquer tipo de vício. Os médicos e os funcionários são muito competentes e aqui eu me considero em casa. Existem centros de tratamento luxuosos que não tem a mesma capacidade de recuperar pessoas da forma adequada. Não adianta você passar um tempo em tratamento, sair e depois ter uma recaída. Depois desse meu tratamento aqui eu vou sair para não voltar, esse é o meu pensamento e tenho fé em Deus que vou conseguir. Estou contando com o incentivo de muita gente, inclusive dos pacientes desse hospital. As pessoas torcem por mim e vou sim representar Natal na Copa de 2014.
Apenas o seu currículo como profissional basta para isso?
Eu joguei 52 partidas pela Seleção Brasileira, fui eleito o melhor do mundo, falo cinco idiomas e já estou mais calmo, mais paciente e tranquilo. Antes eu era muito nervoso, por qualquer coisa eu queria brigar, não escutava ninguém, nem a opinião da minha filha que dizia que eu estava errado e aprendi que a vida não é assim. Tenho fé em Deus e quero mostrar o caminho da recuperação já no ano que vem, quando eu pretendo estar representando o Brasil na África do Sul ao lado de alguns mitos do futebol mundial. Sempre recebo convite da Fifa para comparecer a estes eventos e farei o possível para estar lá. Eles garantem espaços em hotéis para os jogadores eleitos para seleção dos melhores do mundo e meu nome está lá.
Quando iniciou seu problema de dependência?
Eu já me internei umas duas vezes, não nego que foi por causa dos problemas com álcool. Só que eu sou aquariano e, portanto sou uma pessoa muito sentimental. Os meus problemas com a bebida foram sempre precedidos por alguma decepção e uma delas ocorreu com meu próprio irmão que reside em São Paulo, João Marinho. Na ocasião nós havíamos aberto uma sociedade para eu tomar conta de um clube, tava tudo certo, passei dois anos sem beber só pensando nisso e o clube nunca foi inaugurado. Ai eu cai em depressão e vinha pelada, cerveja, festas e nada do clube funcionar, isso foi me aborrecendo e voltei a beber de novo.
Mas as amizades não influíram nesse problema?
Acredito que não, tudo ocorreu mais por depressão mesmo. Você pode ver que mesmo com o nome e a experiência que tenho, eu nunca tive a oportunidade de treinar o ABC, nem o América. Só o Alecrim, onde fizemos uma boa campanha, mas o clube naquela época passava por uma série de dificuldades.
O jeitão Marinho de ser também pode ter te atrapalhado?
Deve ter atrapalhado de alguma forma, pois eu sempre gostei de andar de sandália e bermuda, bem à vontade, até nos tempos eu que eu ganhava muito dinheiro com o futebol. Só que no mundo capitalista as pessoas só dão valor a quem anda bem vestido, camisa de manga comprida, calça, sapato elegante. A pessoa é obrigada a moldar a sua imagem.
Seu problema foi apenas com álcool, ou também com drogas?
Nunca fui preso por drogas, nunca me queimei por drogas, meu problema foi mais depressão mesmo. É claro que você numa boate ou cabaré, como fui várias vezes, chega o momento que você dá uma bobeira e alguém insere uma droga eu sua bebida, no cigarro. A pessoa fica louca e na hora que acorda não se lembra de muita coisa, você perde o dinheiro e volta para casa chorando. Comigo isso ocorreu muitas vezes, ia para as noitadas com bastante dinheiro e voltava sem um centavo, chegando ao ponto do meu carro parar por falta de gasolina. Você nem sabe como chegou em casa. Muitas vezes Deus foi quem me levou de volta.
Se você tivesse uma nova oportunidade, tentaria se blindar?
Nesse novo momento que eu pretendo iniciar, minha primeira atitude foi jogar o chip do meu celular fora. Agora só vou passar o número do meu telefone para as pessoas de bem e que considero os meus verdadeiros amigos, as pessoas que de alguma forma sei que estão querendo me ajudar. Eu vou fazer esse projeto na Redinha, mas não devo ficar socado lá dentro, que é para evitar contato com as pessoas que só me procuram para fazer farras. Vou mudar de ambiente, mas isso não quer dizer que migrarei para alta sociedade. Isso você consegue a qualquer momento, basta ter dinheiro para gastar. Eu quero é mudar de estação, a passada já era, devo passar algum tempo ou em São Paulo ou no Rio de Janeiro, onde existem pessoas que ainda me consideram muito.
Marinho quer ser treinador ?
Eu tenho muita vontade de seguir a carreira de treinador, primeiro porque não é difícil para quem jogou bola e depois pelo fato de hoje em dia ser fácil trabalhar com os jogadores, a maioria é muito profissional. O empresário paga a eles e eles obedecem. Antes tinha o craque que chegava a hora em que bem queria ao clube, atualmente não, jogador rebelde não tem mais espaço no clube. Esse é o futebol empresa, ninguém paga para quem não quer nada. Estou disposto até trabalhar nas bases, na formação de novos talentos. Eu sou abecedista, não escondo de ninguém e me sentiria gratificado se tivesse uma oportunidade por lá.
É muito difícil ser um ex-jogador de futebol?
Eu no Rio de Janeiro tinha quatro carros: um Mustang, Doge RT, um Maverick e um Puma conversível. Eu era o verdadeiro rei do Rio, porque outros jogadores igualmente famosos como Roberto Dinamite e Zico não gostavam de brincar, evitavam as noitadas. Eu era o lourão, queimadão da praia que metia bronca mesmo. Éramos eu e Doval (um argentino que atuou no Fluminense) agente deitava e rolava no Rio de Janeiro. Você tinha tudo nas suas mãos e logo depois isso acaba.
Você no caso foi vítima de uma ascensão meteórica?
Minha vida mudou muito num curto espaço de tempo. Em 69 comecei no Riachuelo, em 70, me transferi para o ABC (campeão invicto), 71, fui para o Náutico onde também fui campeão logo depois fui emprestado para o Botafogo, chegando lá, na estreia faço um gol no Santos de Pelé. No ano seguinte, em 1973, fui convocado para Seleção Brasileira, em 1974 vou para Copa e sou eleito o melhor lateral-esquerda do Mundo. Tudo isso ocorreu em cinco anos, eu era muito jovem e não tinha um empresário para administrar minhas coisas, não tinha pessoas para me aconselhar como hoje os atletas possuem psicólogos e seus agentes. Agora eu não quero mais caminhar sozinho. Só, as pessoas ficam desguarnecidas e costumam agir por impulso.
Se estivesse em atividade hoje, você acredita que teria a mesma projeção que teve na década de 70?
Acredito que se jogasse hoje teria muito mais nome, não digo mas dinheiro, mas fama com certeza. Se fizer uma pesquisa eu devo aparecer entre os laterais que mais marcaram gols, se não for o maior artilheiro da posição. E olha que na minha época o lateral era praticamente impedido de atacar. Não interessa que tipo de gol foi feito se de falta ou pênalti, eu ainda vou pedir a alguém para fazer esse tipo de pesquisa. Hoje existem dois cabeças de área e o lateral passou a ser um ala, com uma função muito mais ofensiva.
Da Seleção de hoje, qual atleta teria vaga no time de 1974?
Kaká entraria fácil, o Júlio César também, comparando ele com Leão, o goleiro atual é melhor. Entre Daniel Alves e Zé Maria para jogar na lateral-direita, eu sou mais o Daniel, sou honesto não vou mentir. O Maicon que é o atual titular também é um bom jogador, mas acho que o defeito dele é centrar muito no primeiro pau (trave), quando cruza ele bate forte na bola e as vezes ele tem que dar o chuveirinho na área.
E quanto ao Dunga no comando da Seleção?
O retrospecto dele é muito bom, ele está bem e não é hora de mudar. Nós estamos a um ano da Copa da África e não tem como fazer alterações. Os jogadores que estão no time fecharam com ele, até porque a maioria sabe que em caso de qualquer mudança de últimahora, metade deles não vai voltar a vestir aquela camisa. O Dunga é predestinado, não tem jeito, nasceu com dom de vencedor, mas ele merece, deve ser uma boa pessoa.
Como você pretende servir de exemplo para os futuros atletas?
Devo servir como exemplo daquilo que fiz dentro de campo. Quando um treinador quiser citar nomes como o meu ou de Paulo César Caju como exemplo de vida a não ser seguido, antes eles devem pensar o que nós propiciamos em campo, da alegria que garantimos a milhares de brasileiros. Eles estão falando de grandes jogadores e não podem esquecer isso.
Se pudesse retornar a sua vida, você mudaria alguma coisa?
Eu faria tudo outra vez, não mudaria nada que fiz fora de campo. Só que tomaria o cuidado de ser mais discreto e tomaria mais cuidados com as amizades. Não confiaria mais em tanta gente, já que perdi muito dinheiro com sócios, amigos e familiares. Cansei de mandar fechar boates, não deixava ninguém sair e pagava tudo. Talvez modificasse apenas a minha ingenuidade da época.
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