Avelós é usado em pacientes com câncer
Carla França
Tribuna Do Norte
De uma garrafada (preparo de ervas medicinais) tipicamente nordestina pode surgir a mais nova esperança no tratamento contra o câncer. O produto, chamado de AM-10, foi desenvolvido a partir de uma planta conhecida como avelós e se mostrou eficaz nos primeiros testes realizados em pacientes terminais da doença.
"Nos testes in vitro a droga funcionou bem contra as células do câncer, em seguida testamos em ratos e cachorros e depois em pacientes terminais da doença e que já utilizaram outras drogas. Nesses casos também tivemos resultados positivos. Não é uma panacéia que vai curar todos os tipos de cânceres. Temos sim um produto brasileiro que vai ser uma ferramenta muito boa nas mãos dos médicos para o tratamento de diversos tipos da doença", disse o farmacêutico e coordenador da pesquisa, Luiz Pianowski.
Durante essa primeira fase, começaram a surgir surpresas com relação à eficácia da droga. Uma paciente terminal de câncer e outras quatro pessoas que serviram de cobaias tiveram não só uma estabilização do quadro clínico, como também a redução das dores que a doença provoca.
"Descobrimos uma molécula do avelós que é potente no combate à dor, por isso a droga também pode ser utilizada como analgésico e anti-inflamatório. Além da ação de conter ou reduzir o avanço da doença através de um processo chamado apoptose celular", explicou Luiz Pianowski. Apoptose é uma espécie de suicídio celular programado e no caso do AM-10, ele induz, aparentemente, apenas a destruição das células cancerígenas. "Diferente do que acontece na quimioterapia, que destrói, inclusive, as células humanas, deixando os pacientes mais debilitados. Essa droga é menos lesiva porque vai direto na célula do câncer", disse o farmacêutico.
Com isso, a droga tem o potencial para, caso não haja a regressão, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor. Essa primeira fase de testes já foi concluída e a previsão da equipe de Luiz Pianowski é que a segunda etapa já comece em julho. O tratamento será realizado em seis hospitais do Brasil - nenhum deles no Nordeste - inicialmente com 160 pessoas e busca descobrir a dose melhor tolerada pelos pacientes. "Um possível efeito colateral é a diarréia, então tentaremos ver a dose máxima que podemos dar sem que isso se torne um problema. Dependendo do resultado, poderemos pular a terceira fase dos testes, que geralmente é feita com pacientes que não estejam com a doença em estado muito avançado", explicou Pianowski. A partir daí, os cientistas vão buscar aprovação da droga para que chegue ao comércio já no próximo ano. "Geralmente as pesquisas para a criação de novos medicamentos duram em média dez anos, mas graças à eliminação da burocracia e aos investimentos feitos por um empresário nordestino - os custos estão ente R$25 milhões e R$27 milhões - conseguimos diminuir esse tempo", disse Luiz Pianowski.
Outra vantagem, segundo o farmacêutico, é o custo do medicamento. Apesar de ainda não existir um preço de comércio definido para a droga, o farmacêutico acredita que o valor seja mais em conta do que os medicamentos atuais, que podem chegar até R$13 mil.
TESTES
Não são todos os pacientes que podem participar dos testes. É preciso que essas pessoas se enquadrem no protocolo de procedimento feito nos hospitais que vão realizar os testes.
"Nos testes in vitro a droga funcionou bem contra as células do câncer, em seguida testamos em ratos e cachorros e depois em pacientes terminais da doença e que já utilizaram outras drogas. Nesses casos também tivemos resultados positivos. Não é uma panacéia que vai curar todos os tipos de cânceres. Temos sim um produto brasileiro que vai ser uma ferramenta muito boa nas mãos dos médicos para o tratamento de diversos tipos da doença", disse o farmacêutico e coordenador da pesquisa, Luiz Pianowski.
Durante essa primeira fase, começaram a surgir surpresas com relação à eficácia da droga. Uma paciente terminal de câncer e outras quatro pessoas que serviram de cobaias tiveram não só uma estabilização do quadro clínico, como também a redução das dores que a doença provoca.
"Descobrimos uma molécula do avelós que é potente no combate à dor, por isso a droga também pode ser utilizada como analgésico e anti-inflamatório. Além da ação de conter ou reduzir o avanço da doença através de um processo chamado apoptose celular", explicou Luiz Pianowski. Apoptose é uma espécie de suicídio celular programado e no caso do AM-10, ele induz, aparentemente, apenas a destruição das células cancerígenas. "Diferente do que acontece na quimioterapia, que destrói, inclusive, as células humanas, deixando os pacientes mais debilitados. Essa droga é menos lesiva porque vai direto na célula do câncer", disse o farmacêutico.
Com isso, a droga tem o potencial para, caso não haja a regressão, pelo menos conter ou reduzir o avanço da doença, induzindo a apoptose de muitas das células do tumor. Essa primeira fase de testes já foi concluída e a previsão da equipe de Luiz Pianowski é que a segunda etapa já comece em julho. O tratamento será realizado em seis hospitais do Brasil - nenhum deles no Nordeste - inicialmente com 160 pessoas e busca descobrir a dose melhor tolerada pelos pacientes. "Um possível efeito colateral é a diarréia, então tentaremos ver a dose máxima que podemos dar sem que isso se torne um problema. Dependendo do resultado, poderemos pular a terceira fase dos testes, que geralmente é feita com pacientes que não estejam com a doença em estado muito avançado", explicou Pianowski. A partir daí, os cientistas vão buscar aprovação da droga para que chegue ao comércio já no próximo ano. "Geralmente as pesquisas para a criação de novos medicamentos duram em média dez anos, mas graças à eliminação da burocracia e aos investimentos feitos por um empresário nordestino - os custos estão ente R$25 milhões e R$27 milhões - conseguimos diminuir esse tempo", disse Luiz Pianowski.
Outra vantagem, segundo o farmacêutico, é o custo do medicamento. Apesar de ainda não existir um preço de comércio definido para a droga, o farmacêutico acredita que o valor seja mais em conta do que os medicamentos atuais, que podem chegar até R$13 mil.
TESTES
Não são todos os pacientes que podem participar dos testes. É preciso que essas pessoas se enquadrem no protocolo de procedimento feito nos hospitais que vão realizar os testes.
Quem quiser tirar dúvidas sobre os testes pode mandar um e-mail para os seguintes endereços:secretaria@amazoniafitomedicamentos.com.br e secretaria@pianowski.com.br
O Rio Grande do Norte vai receber laboratório de refino. O Rio Grande do Norte vai receber o primeiro laboratório de refino de avelós. A partir do próximo mês, o farmacêutico Luiz Pianowski vem morar em Natal parar agilizar a construção do laboratório.Fomos ver uma propriedade que tem muito avelós. "A matéria-prima vai ser feita aqui, no laboratório de refino da substância. O local ainda não está definido", disse Pianowski que vai comandar o laboratório. A substância já é produzida, em pequena quantidade, em Bragança Paulista, onde ele mora, mas tudo vai ser transferido para o RN, já que existe uma grande oferta da planta. Outros pesquisadores já foram contratados para trabalhar no laboratório para estender a quantidade do plantio do produto, que também poderá ser exportado."Quem sabe a indústria do medicamento também não venha para cá. Vamos tentar conversar com o secretario estadual de saúde para ver o que o Estado pode oferecer, mas nada relacionado à ajuda financeira", disse Pianowski. Luiz Pianowski começou pesquisa há seis anos. A pesquisa teve início há seis anos quando o empresário do ramo de bebidas, Everardo Ferreira Telles, procurou o pesquisador Luiz Pianowski, proprietário de uma empresa de consultoria farmacêutica para desenvolver uma pesquisa com a avelós. Depois de observar a melhora de um parente, que tinha câncer, após tomar a famosa 'garrafada' feita com avelós, ele resolveu investir em pesquisas. A avelós é uma planta típica das regiões Norte e Nordeste do país. Sua ação medicinal já era mencionada na cultura popular, o que motivou a indústria farmacêutica a analisar sua ação. Encontrada com alguma facilidade no Ceará, a planta avelós, poderá se tornar o primeiro medicamento feito, totalmente no Brasil, para a cura do câncer.
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