segunda-feira, março 16, 2015

Corrupção está no Executivo, não no Legislativo, diz Eduardo Cunha


Do G1, em Brasília
Coletiva do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no centro do Rio de Janeiro, onde participou de reunião com empresários, nesta segunda-feira. 09/03/2015  (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo )O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) em imagem de arquivo
(Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo )
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) afirmou nesta segunda-feira (16) que a corrupção "não está no Poder Legislativo, está no Executivo". Cunha se reuniu na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com um grupo de empresários.
"É bom deixar claro que a corrupção não está no Poder Legislativo, a corrupção está no Executivo. Se eventualmente alguém no Poder Legislativo se aproveitou da situação para dar suporte politico em troca de benefícios indevidos é porque esses benefícios existiram pela falta de governança do Poder Executivo, que permitiu que a corrupção avançasse", afirmou.
Cunha está na lista de 50 pessoas – dentre elas, 48 políticos – que tiveram pedido de abertura de inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O deputado foi citado na delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Cunha negou qualquer envolvimento com o esquema em depoimento à CPI da Petrobras.
Segundo Youssef, o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa intermediou contrato de aluguel de um navio plataforma da Samsung junto a Petrobras. Para viabilizar o contrato, o doleiro afirmou que o executivo Júlio Camargo pagou propina a integrantes do PMDB, "notadamente Eduardo Cunha". Ele não soube precisar o valor.

Cardozo e Rossetto falaram à imprensa na noite de domingo logo após as manifestações contra o governo Dilma Rousseff. Na entrevista coletiva, eles disseram que Dilma anunciará nos próximos dias" uma série de medidas de combate à corrupção e à impunidade. Os dois também defenderam a reforma política.
Manifestações

Cunha também falou sobre a declaração dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) após os protestos realizados neste domingo (15) em diversas cidades do país. Para o peemedebista, a fala dos ministros foi um "desastre".
Ao comentar as manifestações, Rossetto disse que os protestos partiram de um setor que é crítico ao governo Dlma Rousseff e que não votou na presidente. Ele destacou, no entanto, que os protestos são "legitimos".
"Eu achei a participacao dos ministros ontem um desastre , na minha opiniao pessoal. Achei que vem dois ministros – e cada um fala uma coisa diferente. Um apenas se limitando a dizer que eram eleitores que não votaram na presidente da República que estavam nas ruas. Ou seja, quem fala em diálogo e já sectariza quem está nas ruas, não está querendo dialogar", disse Cunha.
"Eu não vi ontem nas ruas aquilo que foi expressado pelos ministros. Eu não vi ninguém pedir reforma política na rua. Eu vi pedir reforma de governo", ressaltou.
Questionado sobre se a presidente Dilma "deveria ter dado a cara a tapa" após os protestos, Cunha se esquivou e disse que "essa é uma decisão política de quem está no exercício do Poder Executivo".
"Poderia ser os ministros. O que eu estou dizendo é que o conteúdo que eles vieram a publico é que é equivocado. Parece que eles viram uma manifestacao e a gente viu outra", disse o peemedebista.

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