sábado, março 28, 2015

Pai do copiloto está 'completamente arrasado', diz prefeito francês

O pai de Andreas Lubitz, o copiloto da Germanwings que supostamente derrubou de forma proposital o Airbus A30 nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, está "completamente arrasado", contou neste sábado (28) o prefeito da cidade francesa de Prads-Haute-Bléone, Bernard Bartolini.
O conteúdo da única caixa-preta encontrada indicou, como revelou esta semana a Promotoria francesa, que Andreas Lubitz teria provocado a queda do aparelho nas montanhas, após aproveitar uma ausência do comandante da cabine.
"Ele sente sobre ele toda a responsabilidade do drama e atravessa uma angústia incrível", disse o prefeito em declarações à emissora francesa "BFM TV".
Conforme relatou, eles se encontraram na quinta-feira (26), na cerimônia de homenagem realizada na cidade de Le Vernet, na França, que se transformou em lugar de peregrinação dos familiares das vítimas.
O pai do copiloto participou do ato com alguns membros da tripulação, sem se misturar aos parentes dos passageiros. Segundo Bartolini, "não há palavras para expressar" o estado em que ele estava.
Copiloto procurou tratamento para problema de visão
O copiloto do avião da Germanwingsprocurou tratamento para problemas de visão que podem ter prejudicado sua habilidade de trabalhar como piloto, informaram dois oficiais com conhecimento das investigações ao jornal “New York Times” neste sábado.
A revelação de um possível problema com seus olhos adiciona um novo elemento na montagem do perfil do piloto de 27 anos, que segundo as autoridades também passava por tratamento para problemas psicológicos e havia escondido estas informações de seu empregador.
Queria ser lembrado
Andreas Lubitz disse a sua ex-noiva que estava em tratamento psiquiátrico e que planejava um grande gesto do qual todos se lembrariam, publicou o jornal alemão “Bild” neste sábado.
O jornal apresentou uma entrevista com a mulher que disse ter mantido um relacionamento em 2014 com Andreas Lubitz.
“Quando soube do acidente, eu lembrei de uma frase que ele disse”, contou a mulher, uma comissária de bordo de 26 anos identificada apenas como Maria W. “Um dia eu farei algo que vai mudar o sistema, e então todos saberão meu nome e se lembrarão dele.”
Ela disse que não entendia o que ele queria dizer, mas que agora fez sentido. “Ele fez isso porque percebeu que, devido a seus problemas de saúde, seu grande sonho de trabalhar na Lufthansa, de ter o cargo de piloto em voos de longa distância, era praticamente impossível.”

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Powered by Blogger