quinta-feira, abril 05, 2012

Governadora tem problemas de relacionamento na Assembleia Legislativa

 O deputado Fernando Mineiro (PT) acredita que a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) concluirá o seu mandato sem os aliados que dão sustentação ao seu mandato. Em recente pronunciamento feito no plenário da Assembleia Legislativa, o parlamentar petista comparou a chefe do Poder Executivo do Rio Grande do Norte com a situação enfrentada pela prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV) que se inviabilizou politicamente.

  "A governadora Rosalba Ciarlini vai perder seus aliados assim como a prefeita Micarla de Sousa que está praticamente sozinha. Em 2008, Rosalba e Micarla estavam juntas e nas eleições de 2010 também. Mas do jeito que as coisas andam, ela terminará o mandato sem esses aliados que hoje estão ao seu lado, embora já estejam externando insatisfação", disse.
   Fernando Mineiro citou que o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN) está há quase um mês sem titular. "A febre aftosa avançando, o Rio Grande do Norte em uma área de risco e a pasta que deveria cuidar dessa inspeção agropecuária não tem sequer um gestor há quase um mês", lamentou Fernando Mineiro que continuou, mencionando ainda o caso da secretaria Estadual de Turismo que se encontra há 15 dias sem um titular, depois que o empresário Ramzi Elali pediu exoneração da pasta alegando dificuldades de gestão.
  O parlamentar do Partido dos Trabalhadores ressaltou que o empresário Ramzi Elali estava executando um bom trabalho como titular da pasta de Turismo, sobretudo em função de ser ligado ao segmento que emprega e gera riqueza para o Rio Grande do Norte. Mineiro mencionou que, comenta-se que uma das razões para que o empresário tenha deixado a pasta foi exatamente a falta de condições para atuar. "Fala-se que o desprestigio de sua pasta o levou a pedir exoneração do cargo", cita.
 
 REAÇÕES - No final de semana passado, o líder da base de sustentação do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Getúlio Rego (DEM), fez críticas ao que considera falta de diálogo do governo com o Poder Legislativo norte-rio-grandense. Ele considerou que falta ao Executivo, por intermédio de seus interlocutores promoverem a construção de uma relação mais próxima com os deputados estaduais. 
  "Acho que o doutor Anselmo Carvalho, secretário-chefe do Gabinete Civil, é uma pessoa competente e preparada. Agora falta a ele, claro, o traquejo político. Ninguém pode cobrar uma atuação desenvolta, tendo em vista que não é a praia dele. Mas sendo uma pessoa preparada e inteligente, pode assimilar. Para isso, tem que ter autonomia e estabelecer uma convivência mais próxima com a classe política. Neste aspecto, a pessoa que está colaborando muito é o presidente da Assembleia, o deputado Ricardo Motta, que é bastante ameno, muito flexível na convivência, respeita o contraditório, sabe conviver com o contrário. O deputado Ricardo Motta é um homem de diálogo e tem ajudado de forma consistente à governadora", explicou o líder governista, deputado Getúlio Rego.
  Após a exoneração do empresário Ramzi Elali, o deputado estadual Walter Alves ocupou a tribuna do Legislativo para avisar que o Partido do Movimento Democrático Brasileiro não seria subserviente ao governo Rosalba Ciarlini. Ao mesmo tempo em que criticou a gestão estadual, Walter avisou que o PMDB não indicaria o substituto para Ramzi Elali na Secretaria Estadual de Turismo, espaço destinado ao PMDB no governo. O gesto do peemedebista caracterizou uma espécie de distanciamento da sigla em relação à administração estadual, embora, o presidente da legenda no Rio Grande do Norte, deputado federal Henrique Eduardo Alves tenha dito que o apoio da legenda a administração é, "total e irrestrito". Mesmo, assim, o PMDB optou por não indicar o secretário Estadual de Turismo.
 Entrevistado no jornal Tribuna do Norte, em sua edição de ontem, o ministro da Previdência Social, senador licenciado Garibaldi Alves Filho chamou atenção para as declarações que foram externadas pelo líder do governo parlamento estadual. "O governo deve se debruçar nas orientações do próprio líder. Caso contrário poderá ter problemas, mesmo com uma base tão ampla que possui na Assembleia", alertou o senador-licenciado.

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