RIO - Eram cerca de 18h de sexta-feira quando Joice Rosa de Araújo, 16 anos, voltava da casa da tia, sua vizinha, na comunidade de Quinta Lebrão, em Teresópolis, na região serrana fluminense. Chovia muito forte na região, mas a família não tinha ideia da gravidade do temporal.
“O sistema de alarme falhou. Se estava chovendo e eles viram que a chuva estava forte, qual era a obrigação deles? O sistema tinha que funcionar. Quando o sistema funcionou, o corpo da minha filha já estava lá embaixo, na rua”, conta a mãe, Rosane de Araújo.
Segundo ela, no ano passado, depois do temporal que atingiu a região serrana e deixou mais de 900 mortos, a Defesa Civil esteve na Quinta Lebrão, mas não interditou a casa de Rosane. “Se ela visse que nossa casa estava em risco, qual era a obrigação dela? Que mandassem a gente sair. E eles não mandaram. Eles andaram esse morro todinho e disseram que a Quinta Lebrão não estava em risco”, lembra.
Segundo Nilda, a sirene só tocou cerca de três horas depois do deslizamento, mas mesmo assim ela decidiu permanecer em casa, porque não tinha como transportar o sogro, que sofre de câncer, para um dos pontos de apoio designados.
De acordo com a prefeitura de Teresópolis, das 14 sirenes que deveriam soar na cidade, apenas quatro não soaram. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, o acionamento é feito por mensagens de texto (SMS). Caso haja falha, núcleos comunitários de Defesa Civil são treinados para soá-las manualmente.
As duas sirenes da Quinta Lebrão foram acionadas, segundo a prefeitura. O prefeito Arlei Rosa não soube dizer por que houve demora no acionamento na Quinta Lebrão. Arlei Rosa diz que a Defesa Civil está vistoriando o sistema de sirenes e fará um relatório ao final do trabalho.
As informações são da Agência Brasil
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