A diplomacia brasileira reagiu com “preocupação” à denúncia de que os Estados Unidos, por meio da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), teria espionado milhões de e-mails e telefonemas de brasileiros e cobrou explicações do governo americano. O caso foi revelado pelo jornal O Globo, que teve acesso a documentos coletados pelo ex-técnico da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA), Edward Snowden.
“O governo brasileiro recebeu com grave preocupação a notícia de que as comunicações eletrônicas e telefônicasde cidadãos brasileiros estariam sendo objeto de espionagem por órgãos de inteligência norte-americanos”, afirmou Patriota à imprensa, em Paraty (RJ). O teor da declaração foi divulgado em seguida pela assessoria de imprensa do Itamaraty.
“O Governo brasileiro solicitou esclarecimentos ao governo norte-americano por intermédio da Embaixada do Brasil em Washington, assim como ao Embaixador dos Estados Unidos no Brasil”, acrescentou o ministro.
Além das explicações cobradas de Washington, Patriota disse ainda que o Brasil vai atuar na esfera multilateral para o “aperfeiçoamento” das regras sobre segurança nas telecomunicações, por meio da União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Nas Nações Unidas, o País vai agir para “proibir abusos e impedir a invasão da privacidade dos usuários das redes virtuais de comunicação, estabelecendo normas claras de comportamento dos Estados na área de informação e telecomunicações para garantir segurança cibernética que proteja os direitos dos cidadãos e preserve a soberania de todos os países”.
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