terça-feira, março 13, 2012

Planalto anuncia Chinaglia como novo líder do governo na Câmara

Priscilla Mendes e Nathalia Passarinho Brasília

A presidente Dilma Rousseff indicou nesta terça-feira (13) o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para substituir Cândido Vaccarezza (PT-SP) na liderança do governo na Câmara. A escolha foi anunciada pelo porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.
Ele também oficializou a troca da liderança do governo no Senado, onde Dilma substituirá Romero Jucá (PMDB-RR) por Eduardo Braga (PMDB-AM). Atroca foi anunciada nesta segunda pelo líder do PMDB, Renan Callheiros (PMDB-AL).
Segundo o porta-voz, Dilma agradeceu "tanto ao trabalho do Romero Jucá quanto do Cândido Vaccarezza e continua contando com eles na base de apoio do Congresso".
Vaccarezza foi destituído da função na manhã desta terça. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também será substituído pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Segundo Vaccarezza e Jucá, Dilma disse que pretende implementar um sistema de rodízio de líderes nas duas Casas. "Essa será política a partir de agora", afirmou Vaccarezza.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), novo líder do governo na Câmara (Foto: José Cruz/ABr)
O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), novo líder
do governo na Câmara (Foto: José Cruz/ABr)
Na Câmara desde 1995, Chinaglia está em seu quinto mandato de deputado federal. Antes, foi deputado estadual, eleito em 1990, quando começou a carreira política. Em 2001, se licenciou por um ano ao ser chamado para assumir a Secretaria de Governo da Prefeitura de São Paulo a convite da ex-prefeita Marta Suplicy.
De 2007 a 2009, foi presidente da Câmara dos Deputados, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Formado em medicina, Chinaglia foi também líder sindical da categoria em São Paulo.
Eduardo Braga exerce seu primeiro mandato como senador e atualmente preside a Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação, Inovação e Informática (CCT). Antes, governou Amazonas durante dois mandatos (2003-2006 e 2007-2010). Foi também prefeito de Manaus, deputado federal, deputado estadual e vereador.
Formado em engenharia elétrica, Braga é também empresário e possui uma rede de concessionárias de veículos no Amazonas. Mais cedo, questionado sobre o novo papel, ele disse que só iria se manifestar após o anúncio oficial do Planalto.


Crise na base
Chinaglia e Braga assumem a articulação política junto aos demais líderes em meio a uma crise na base aliada. Na semana passada, Dilma sofreu uma derrota no Senado com a reprovação do nome de Bernardo Figueiredo para a direção-geral da ANTT.

Na Câmara, mais de 50% dos deputados do PMDB assinaram manifesto no qual se dizem excluídos das decisões políticas do governo federal. Por causa da troca ba liderança da Câmara a votação do Código Florestal deve ficar para a próxima semana.
"O relatório está pronto, mas a votação deve ser adiada por uma questão política. O governo está sem líder na Câmara", disse o relator do projeto, Paulo Piau (PMDB-MG).
BRASÍLIA - O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) é o novo líder do governo na Câmara. Ex-presidente da Casa, Chinaglia assume a vaga que era do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). A comunicação foi feita na tarde desta terça-feira, 13. A troca ocorre um dia depois do senador Romero Jucá (PMDB-RR) deixar a liderança do governo no Senado. A intenção de Dilma é fazer um rodízio de líderes tanto na Câmara como no Senado. 
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As mudanças dos articuladores acontecem menos de uma semana depois de Dilma ter sido derrotada pelos senadores na recondução de Bernardo Figueiredo para a direção-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). No entanto, a presidente manteve o cargo de Jucá com o PMDB dando sinais de que respeita o gigantismo do partido do vice-presidente Michel Temer. Para o lugar do líder no Senado, Romero Jucá (RR), ela chamou o senador amazonense Eduardo Braga (AM).
As trocas feitas pela presidente visam a tentar debelar a crise existente hoje entre o Congresso e o Palácio do Planalto, uma junção de descontentamento com falta de liberação de emendas parlamentares ao Orçamento e demora na nomeação de indicados para cargos em estatais. “Eu pretendo fazer um rodízio de líderes a partir de agora, tanto no Senado quanto na Câmara”, disse a presidente ao líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL).

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